DOE 23/06/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa 
futuros estimados são descontados ao seu valor 
presente, utilizando uma taxa de desconto antes 
dos impostos que reflita o custo médio ponderado 
de capital para a indústria em que opera a unidade 
geradora de caixa. O valor líquido de venda é 
determinado, sempre que possível, com base em 
contrato de venda firme em uma transação em 
bases comutativas, entre partes conhecedoras e 
interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à 
venda do ativo, ou, quando não há contrato de 
venda firme, com base no preço de mercado de 
um mercado ativo, ou no preço da transação mais 
recente com ativos semelhantes. Na data-base das 
demonstrações contábeis a Companhia não 
identificou quaisquer indícios de impairment com 
relação aos seus ativos não financeiros. 2.7. Ativo 
imobilizado (exceto direito de uso de ativos 
arrendados): Os itens do imobilizado são 
mensurados pelo custo histórico de aquisição ou 
construção. O custo de ativos construídos inclui o 
custo de materiais e mão de obra direta, quaisquer 
outros custos para colocar o ativo no local, custos 
de empréstimos sobre ativos qualificáveis e 
condição necessários para que esses sejam 
capazes de operar da forma pretendida pela 
Administração. O custo de reposição de um 
componente do imobilizado é reconhecido no 
valor contábil do item caso seja provável que os 
benefícios econômicos incorporados dentro do 
componente irão gerar benefícios futuros e que o 
seu custo possa ser medido de forma confiável. O 
valor contábil do componente que tenha sido 
reposto por outro é baixado. Os custos de 
manutenção no dia-a-dia do imobilizado são 
reconhecidos no resultado conforme incorridos. 
Ganhos e perdas na alienação de um item do 
imobilizado são apurados pela comparação entre 
os recursos advindos da alienação com o valor 
contábil do imobilizado, e são reconhecidos 
líquidos dentro de outras receitas no resultado. 
Depreciações: Itens do ativo imobilizado são 
depreciados a partir da data em que estão 
disponíveis para uso, ou no caso de ativos 
construídos internamente, a partir do dia em que a 
construção é finalizada e o ativo está disponível 
para uso. A depreciação é calculada sobre o custo 
dos ativos imobilizados ou outro valor substituto 
do custo. A depreciação é reconhecida no 
resultado baseando-se no método linear com 
relação às vidas úteis estimadas já que esse 
método é o que mais reflete o padrão de consumo 
de benefícios econômicos futuros incorporados 
no ativo. Terrenos não são depreciados. As taxas 
utilizadas estão de acordo com o Manual de 
Controle 
Patrimonial 
do 
Setor 
Elétrica 
(“MCPSE”), 
aprovado 
pelas 
Resoluções 
Normativas nº 367/2009 e 474/2012 pela ANEEL. 
Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os 
valores residuais são revistos a cada encerramento 
de exercício e eventuais ajustes são reconhecidos 
como mudança de estimativas contábeis. 2.8. 
Receitas e despesas financeiras: Para todos os 
instrumentos financeiros avaliados ao custo 
amortizado e ativos financeiros que rendem juros, 
classificados como ativos financeiros ao valor 
justo, a receita ou despesa financeira é 
contabilizada utilizando-se a taxa de juros efetiva, 
que desconta exatamente os pagamentos ou 
recebimentos futuros estimados de caixa ao longo 
da vida estimada do instrumento financeiro ou em 
um período de tempo mais curto, quando 
aplicável, ao valor contábil liquido do ativo ou 
passivo financeiro. A receita de juros é incluída na 
rubrica receita financeira, na demonstração do 
resultado. As despesas financeiras abrangem 
despesas com juros sobre empréstimos, ajustes de 
desconto a valor presente das provisões e, 
variações no valor justo de ativos financeiros 
mensurados pelo valor justo por meio do 
resultado. Custos de empréstimo que não são 
diretamente atribuíveis à aquisição, construção 
ou produção de um ativo qualificável são 
mensurados no resultado pelo método de juros 
efetivos. 2.9. Provisões: Geral: Provisões são 
reconhecidas quando a Companhia tem uma 
obrigação presente (legal ou não formalizada) em 
consequência de um evento passado, é provável 
que benefícios econômicos sejam requeridos para 
liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do 
valor da obrigação possa ser feita. Quando a 
Companhia espera que o valor de uma provisão 
seja reembolsado, no todo ou em parte. A despesa 
relativa a qualquer provisão é apresentada na 
demonstração do resultado, líquida de qualquer 
reembolso. Provisões para riscos tributários, 
cíveis e trabalhistas: A Companhia é parte (polo 
passivo) de diversos processos judiciais e 
administrativos. Provisões são constituídas para 
todas as contingências referentes a processos 
judiciais para os quais é provável que uma saída de 
recursos seja feita para liquidar a contingência/
obrigação e uma estimativa razoável possa ser 
feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui 
a avaliação das evidências disponíveis, a hierarquia 
das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões 
mais recentes nos tribunais e sua relevância no 
ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos 
advogados externos. As provisões são revisadas e 
ajustadas para levar em conta alterações nas 
circunstâncias, tais como prazo de prescrição 
aplicável, conclusões de inspeções fiscais ou 
exposições adicionais identificadas com base em 
novos assuntos ou decisões de tribunais. Em 31 de 
dezembro de 2019, com base na opinião dos 
assessores jurídicos da Companhia, a Companhia 
constituiu provisão no montante de R$ 150 (R$ 
150 em 2018) cuja probabilidade de perda foi 
avaliada como provável. A composição das 
contingências passivas envolvendo questões cíveis 
e trabalhistas avaliadas pelos assessores jurídicos 
como sendo de risco possível de perda para os 
quais nenhuma provisão foi constituída, baseado 
nas práticas contábeis vigentes é como segue:
  
31/12/2019
Natureza
 Cíveis 
 
395
 Trabalhista 
 
4.311
 Total 
 
4.706
2.10. Normas, alterações e interpretações que 
entraram em vigor em 2019: CPC 06 (R2) - 
Arrendamentos: O CPC 06 (R2) estabelece os 
princípios para o reconhecimento, mensuração, 
apresentação e divulgação de arrendamentos. 
Fornece um modelo único de contabilização dos 
arrendamentos, requerendo que o arrendatário 
reconheça os ativos e passivos para todos os 
contratos de arrendamentos, a menos que o prazo 
do contrato seja inferior a 12 meses ou o valor do 
ativo objeto do contrato tenha baixo valor. Para 
os arrendadores não há alterações substanciais, 
devendo continuar classificando os contratos 
de leasing como operacionais ou financeiros, 
conforme definido na norma. A Companhia possui 
contratos de aluguéis de imóveis, onde possui o 
direito de uso do bem alugado. No entanto, nem 
todos os contratos entraram no escopo da referida 
norma, pois para alguns deles, o prazo do contrato 
é inferior a 12 meses ou o valor do ativo objeto 
do contrato era de baixo valor. Para maiores 
informações vide Nota 7. Os registros contábeis 
provenientes da adoção inicial foram realizados 
com base na abordagem de transição retrospectiva 
cumulativa, sem a realização de reapresentações de 
períodos comparativos. Para tanto, a Companhia 
adotou os seguintes critérios de reconhecimento 
e mensuração inicial dos ativos e passivos 
contemplados pela norma: i. Reconhecimento 
de passivo de contratos de aluguéis na data da 
aplicação inicial para contratos iniciados antes 
de 2019, sendo feita a mensuração do passivo 
ao valor presente dos pagamentos das parcelas 
do aluguel remanescentes, descontado a partir 
das taxas de juros incrementais de empréstimo. 
ii. Reconhecimento de ativo de direito de uso na 
data da aplicação inicial para contratos iniciados 
antes de 2019. A mensuração do ativo de direito 
de uso foi feita com valor equivalente ao passivo 
de contratos de aluguéis. Interpretação IFRIC 
23 - Incerteza sobre o tratamento do imposto de 
renda: A interpretação entrou em vigor a partir 
de 1º de janeiro de 2019 e esclarece como aplicar 
os requisitos de reconhecimento e mensuração 
no CPC 32 - Tributos sobre Lucro quando há 
incerteza sobre os tratamentos de tributos sobre 
o lucro. Ativos fiscais diferidos sobre prejuízos 
fiscais de apuração de imposto de renda e base 
negativa de contribuição social não são registrados 
pela Companhia considerando a ausência de 
perspectiva de realização futura. Em 31 de 
dezembro de 2019, a Companhia não possui 
diferenças temporárias contabilizadas.
3. Caixas e equivalentes de caixa
  
    2019  2018
Fundo fixo 
 
267  
271
Bancos 
 
80  
126
Aplicação financeira 
 2.204  14.654
Total 
 2.551  15.051
Referem-se a aplicações em Certificados de 
Depósitos Bancários, junto ao Banco ABC 
Brasil remunerados à 70% e 98,5% do CDI, com 
liquidez imediata e prontamente conversíveis em 
um montante de caixa e que estão sujeitas a um 
insignificante risco de mudança de valor.
4. Contas a receber
  
 
2019  2018
Salus Fundo de
 Investimentos (a) 
 4.500  12.955
Ventos de São Vitorino
 Energias Renováveis (a) 
 
346  8.028
Outras contas a receber
 clientes (a) 
 
60  
23
Complexo Eólico Itaguaçu
 da Bahia (b) 
 5.474  5.166
Total 
 10.380  26.172
Circulante 
 4.906  21.006
Não circulante 
 5.474  5.166
(a) A Companhia registrou no ativo circulante 
montante de R$ 4.906 (R$ 21.006 em 2018) 
decorrente da prestação de serviço ao Salus 
Fundo de Investimento no valor de R$ 4.500, 
venda de torres anemométricas e equipamentos 
no valor de R$ 346 à Ventos de São Vitorino 
Energias Renováveis S.A. e prestação de serviços 
diversos de R$ 60. (b) A Companhia registrou no 
ativo não circulante montante de R$ 5.474 (R$ 
5.166 em 2018) referente ao direito relativo ao 
projeto do Complexo Eólico Itaguaçu da Bahia, 
conforme Termo de Compromisso assinado entre 
as partes. O valor será pago à Casa dos Ventos 
quando do início de operação do parque eólico.  
5. Outros créditos
  
 
2019  2018
Direito creditório -
 Eletrobrás (a) 
 12.242  14.024
Cessão de direitos
 creditórios (b) 
 5.973  7.401
Cessão de direitos
 Santa Leia (c) 
 2.500  
-
Valores a receber - Renova (d)  
-  43.000
Crédito compartilhamento -
 Partes relacionadas 
 1.998  1.095
Outros 
 
460  
492
Total 
 23.173  66.012
Circulante 
 14.700  15.611
Não circulante 
 8.473  50.401
(a) A Companhia possui saldo a receber 
atualizado no valor de R$ 12.242 (R$ 14.024 em 
2018) referente à cessão de direitos creditórios 
firmado com a Têxtil União, onde a mesma cede 
e transfere 80% (oitenta por cento) do seu crédito 
judicial, em que a Eletrobrás Centrais Elétricas 
Brasileiras S/A figura como ré. O processo está 
fase de liquidação de sentença com expectativa 
de recebimento até o final do exercício de 2020. 
(b) Aquisição de direitos referentes a contratos 
de arrendamentos, os quais transferem fluxos 
de recebimentos à utilização da propriedade do 
vendedor para a Casa dos Ventos. (c) Cessão 
dos direitos com a Santa Leia referente ao 
recebimento da propriedade sobre a Fazenda 
Facheiro I. (d) Valor efetivamente transferido à 
Casa dos Ventos do Projeto Facheiro conforme 
contrato firmado com a Renova.
6. Investimentos: A Companhia mantém 
investimentos em projetos eólicos conforme 
abaixo: 
 
2019 
2018
Itaguaçu da Bahia Energias
 Renováveis S.A 
 3.819 
3.765
  
 3.819 
3.765
A 
movimentação 
dos 
investimentos 
da 
Companhia foi conforme segue:
  
 
 Aumento
Investidas 
 2018 de capital 2019
Itaguaçu da Bahia Energias
 Renováveis S.A 
 3.765 
54 3.819
  
 3.765 
54 3.819
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº131  | FORTALEZA, 23 DE JUNHO DE 2020

                            

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