DOE 09/07/2020 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            com ativos semelhantes. Na data-base das demonstrações contábeis a Com-
panhia não identificou quaisquer indícios de impairment com relação aos 
seus ativos não financeiros. 2.7 Ativo imobilizado: Os itens do imobilizado 
são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção. O custo de 
ativos construídos inclui o custo de materiais e mão de obra direta, quais-
quer outros custos para colocar o ativo no local, custos de empréstimos so-
bre ativos qualificáveis e condição necessários para que esses sejam capazes 
de operar da forma pretendida pela Administração. O custo de reposição de 
um componente do imobilizado é reconhecido no valor contábil do item 
caso seja provável que os benefícios econômicos incorporados dentro do 
componente irão gerar benefícios futuros e que o seu custo possa ser medido 
de forma confiável. O valor contábil do componente que tenha sido reposto 
por outro é baixado. Os custos de manutenção no dia-a-dia do imobilizado 
são reconhecidos no resultado conforme incorridos. Ganhos e perdas na 
alienação de um item do imobilizado são apurados pela comparação entre os 
recursos advindos da alienação com o valor contábil do imobilizado, e são 
reconhecidos líquidos dentro de outras receitas no resultado. Depreciações: 
Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir da data em que estão 
disponíveis para uso, ou no caso de ativos construídos internamente, a partir 
do dia em que a construção é finalizada e o ativo está disponível para uso. A 
depreciação é calculada sobre o custo dos ativos imobilizados ou outro valor 
substituto do custo. A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se 
no método linear com relação às vidas úteis estimadas já que esse método é 
o que mais reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros 
incorporados no ativo. Terrenos não são depreciados. As taxas utilizadas 
estão de acordo com o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrica 
(“MCPSE”), aprovado pelas Resoluções Normativas nº 367/2009 e 
474/2012 pela ANEEL. Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os va-
lores residuais são revistos a cada encerramento de exercício e eventuais 
ajustes são reconhecidos como mudança de estimativas contábeis. 2.8 Re-
ceitas e despesas financeiras: Para todos os instrumentos financeiros avalia-
dos ao custo amortizado e ativos financeiros que rendem juros, classificados 
como ativos financeiros ao valor justo, a receita ou despesa financeira é 
contabilizada utilizando-se a taxa de juros efetiva, que desconta exatamente 
os pagamentos ou recebimentos futuros estimados de caixa ao longo da vida 
estimada do instrumento financeiro ou em um período de tempo mais curto, 
quando aplicável, ao valor contábil liquido do ativo ou passivo financeiro. A 
receita de juros é incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do 
resultado. As despesas financeiras abrangem despesas com juros sobre em-
préstimos, ajustes de desconto a valor presente das provisões e, variações no 
valor justo de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do 
resultado. Custos de empréstimo que não são diretamente atribuíveis à aqui-
sição, construção ou produção de um ativo qualificável são mensurados no 
resultado pelo método de juros efetivos. 2.9 Imposto de renda e contribuição 
social: Ativos e passivos tributários correntes do último exercício e de anos 
anteriores são mensurados ao valor recuperável esperado ou a pagar para as 
autoridades fiscais. As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para 
calcular o montante são aquelas que estão em vigor ou substancialmente em 
vigor na data do balanço nos países em que o Grupo opera e gera receita 
tributável. Imposto de renda e contribuição social correntes relativos a itens 
reconhecidos diretamente no patrimônio líquido são reconhecidos no patri-
mônio líquido. A administração periodicamente avalia a posição fiscal das 
situações nas quais a regulamentação fiscal requer interpretação e estabelece 
provisões quando apropriado. A Administração avalia, periodicamente, as 
posições assumidas pela Companhia nas apurações de impostos sobre a ren-
da com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá 
margem a interpretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com 
base nos valores estimados de pagamento às autoridades fiscais. Ativos fis-
cais diferidos sobre prejuízos fiscais de apuração de imposto de renda e base 
negativa de contribuição social não são registrados pela Companhia consi-
derando a ausência de perspectiva de realização futura motivada pela opção 
do regime de tributação quando da entrada em operação do Empreendimen-
to. Na data-base das demonstrações contábeis, a Companhia não possui di-
ferenças temporárias. 2.10 Normas, alterações e interpretações que entraram 
em vigor em 2019: Adoção CPC 06 / IFRS 16 - Arrendamento: Estabelece 
os princípios para o reconhecimento, mensuração, apresentação e divulga-
ção de operações de arrendamento mercantil e exige que os arrendatários 
contabilizem todos os arrendamentos conforme um único modelo de balan-
ço patrimonial, similar à contabilização de arrendamentos financeiros nos 
moldes do CPC 06 (R1). A Companhia está em fase pré-operacional, fase 
esta que é representada por pesquisas, através de antenas de medições do 
vento, que englobam velocidade, direção, entre outros. Considerando que 
nessa fase de pesquisa não há certeza de viabilidade econômica do projeto, 
podendo o contrato de cessão de direito de uso ser cancelado caso os resul-
tados das medições não apresentem números aceitáveis, a Companhia en-
tende que o referido CPC não é aplicável pois nesta fase a mesma não possui 
os benefícios econômicos do ativo. Interpretação IFRIC 23 - Incerteza so-
bre o tratamento do imposto de renda: A interpretação entrou em vigor em 
1º de janeiro de 2019 e esclarece como aplicar os requisitos de reconheci-
mento e mensuração no CPC 32 - Tributos sobre Lucro quando há incerteza 
sobre os tratamentos de tributos sobre o lucro. Devido não ter entrado em 
operação, a Companhia vem apresentando prejuízos, sendo assim, não há 
impactos com relação às práticas contábeis adotadas atualmente.
3. Gerenciamento de riscos: A Administração é responsável pelo estabele-
cimento e supervisão da estrutura de gerenciamento de risco da Companhia. 
As políticas de gerenciamento de risco são estabelecidas para identificar, 
analisar e definir limites e controles apropriados, e para monitorar riscos 
e aderência aos limites. (i) Risco operacional: O risco operacional está re-
lacionado com a paralisação de parte ou de todo o fornecimento esperado 
relacionado ao parque eólico. (ii) Risco de crédito: O risco de crédito de 
saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela tesouraria 
da Companhia de acordo com a política por este estabelecida. Os recursos 
excedentes são investidos apenas em instituições financeiras autorizadas 
e aprovadas pela controladoria, avalizadas pela Diretoria Executiva, res-
peitando limites de crédito definidos, os quais são estabelecidos a fim de 
minimizar a concentração de riscos e, assim, mitigar o prejuízo financeiro 
no caso de potencial falência de uma contraparte. (iii) Risco de liquidez: 
Risco de liquidez é o risco em que a Companhia irá encontrar dificuldades 
em cumprir com as obrigações associadas com seus passivos financeiros 
que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financei-
ro. A abordagem da Companhia na administração de liquidez é de garan-
tir, o máximo possível, que sempre tenha liquidez suficiente para cumprir 
com suas obrigações ao vencerem, sob condições normais e de estresse, 
sem causar perdas inaceitáveis ou com risco de prejudicar a reputação da 
Companhia. A Companhia possui ativos financeiros representados por caixa 
que resultam diretamente das integralizações dos acionistas. A Companhia 
não efetua aplicações de caráter especulativo, em derivativos ou quaisquer 
outros ativos de risco. Conforme descrito na Nota 1, em 31 de dezembro 
de 2019, a Companhia apresenta capital circulante líquido negativo de R$ 
25.792 e ainda despenderá quantias significativas em custos de montagem, 
organização, desenvolvimento e pré-operação para conclusão da construção 
do Empreendimento. De acordo com estimativas e projeções, a situação do 
capital circulante líquido negativo, assim como as demandas para futuros 
investimentos para a conclusão do Empreendimento, serão suportadas pelas 
receitas de operações futuras, por aportes de acionistas e/ou captação de 
financiamentos bancários. (iv) Risco de mercado: Risco de mercado é o 
risco que alterações nos preços de mercado, tais como as taxas de câmbio, 
taxas de juros e preços de ações, têm nos ganhos da Companhia ou no valor 
de suas participações em instrumentos financeiros. O objetivo do gerencia-
mento de risco de mercado é gerenciar e controlar as exposições a riscos 
de mercados, dentro de parâmetros aceitáveis, e ao mesmo tempo otimi-
zar o retorno. A Administração da Companhia não efetua investimentos em 
ativos financeiros que possam gerar oscilações relevantes nos seus preços 
de mercado. A Companhia não possui em 31 de dezembro de 2019 e 2018 
exposições financeiras atreladas à moeda estrangeira ou a outros índices de 
mercado.
4. Caixa e equivalentes de caixa 
 
31/12/2019 
31/12/2018
Fundo Fixo 
 
- 
1.500
Bancos 
 
784 
1.853
Total 
 
784 
3.353
5. Imobilizado
a) Composição do imobilizado 
 
31/12/2019 
31/12/2018
Torres anemométricas 
 
938.128 
991.717
Imobilizado em andamento 
 
217.995 
217.995
Torres solarimétricas 
 
11.646 
13.793
Total 
 
1.167.769 
1.223.505
b) Movimentação do imobilizado
  
 
31/12/ 
 
 
Depre- 
31/12/
  
 
2018 Adições 
Baixa 
ciação 
2019
Torres anemo-
 métricas (i)  
 
991.717 
49.876 
- (103.465) 
938.128
Imobilizado em
 andamento (ii) 
 
217.995 
- 
- 
-  
217.995
Torres solari-
 métricas 
 
13.793 
- 
(728) 
(1.419) 
11.646
Total 
 1.223.505 
49.876 
(728) (104.884) 1.167.769
(i) Refere-se à compra de torres anemométricas para estudos e medições 
da energia eólica e que se encontram em uso. A taxa de depreciação anual 
utilizada é de 10%. (ii) Refere-se à prestação de serviço de consultoria para 
certificação da energia em função da fase pré-operacional da Companhia.
7. Patrimônio líquido: Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, o capital social 
subscrito é de R$ 2.306.000 e está representado por 2.306.000 ações ordiná-
rias nominativas e sem valor nominal. O capital social integralizado é de R$ 
2.306.000 (R$ 1.505.500 em 2018) e está representado por 2.306.000 ações 
ordinárias nominativas e sem valor nominal, conforme composição a seguir:
  
 
31/12/2019 
31/12/2018
  
 (%) de 
 
(%) de
Acionistas 
 ações 
Valor 
ações 
Valor
Salus Fundo de Investimento em
 Participações Multiestratégia  100% 
2.306.000 
100% 1.505.500
Total 
 100% 
2.306.000 
100% 1.505.500
Aumento de capital: No exercício de 2019, foram realizadas integralizações 
de capital conforme boletins de integralizações no montante de R$ 800.500 
com entrada em caixa e equivalente de caixa.
8. Prejuízos fiscais: Em 31 de dezembro de 2019 e 2018, a companhia 
possuía saldos de prejuízos ficais a compensar:
  
 
2019 
2018
Prejuízos fiscais 
 
(721.807) 
(271.590)
Conforme mencionado na Nota 2.9, ativos fiscais diferidos sobre prejuízos 
fiscais de apuração de imposto de renda e base negativa de contribuição 
social não são registrados pela Companhia considerando a ausência de pers-
pectiva de realização futura motivada pela opção do regime de tributação 
quando da entrada em operação do Empreendimento. Na data-base das de-
monstrações contábeis, a Companhia não possui diferenças temporárias
108
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XII Nº145  | FORTALEZA, 09 DE JULHO DE 2020

                            

Fechar