DOE 27/01/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            GRUPO 01.02: Técnicas de produção associadas à tipologia FIBRAS VEGETAIS
01.
BOLEADO - Técnica de transformar material plano em forma boleada com a utilização do boleador de metal, que aquecido no fogo e ainda quente é colocado sobre a fibra vegetal flexível 
escolhida. Com o auxílio das mãos são criados pequenos sulcos, valetas ou nervuras na matéria-prima.
02.
COMPOSIÇÃO DE BONECOS(AS) - Técnica que permite compor bonecos (animais, objetos, peças temáticas, personagens) utilizando partes feitas com fibras vegetais.
03.
COMPOSIÇÃO DE FLORES ARTESANAIS - Confecção de flores utilizando fibras vegetais, junto a outros recursos florestais não madeireiros, ou materiais de origem animal, ou não.
04.
CROCHÊ - Técnica executada com fios de fibras vegetais e o auxílio de agulha especial terminada em gancho, que produz uma espécie de malha ou renda.
05.
ENTALHAMENTO - Técnica que consiste em cortar ou entalhar uma fibra rígida, de fácil manuseio, com ferramentas cortantes, como formões, goivas e outras, com o propósito de dar forma 
a um determinado desenho, transformando-o em alto-relevo.
06.
ESCULPIR - Técnica que consiste no desbaste de uma fibra vegetal rígida, utilizando martelo e cinzel ou talhadeira, para dar forma a objetos em três dimensões.
07.
MACRAMÊ - Técnica de dar nós cruzando os fios e formando desenhos geométricos, franjas e uma infinidade de formas decorativas. No caso do feitio de franjas, os fios podem ser colocados 
no tecido para que sejam desenvolvidos ou pode se desfiar o próprio tecido para fazer a franja.
08.
MAMUCABA - A técnica consiste em transformar faixas de fibras vegetais em fios, trançando-os. Esse tecido atravessa e reforça o cabrestilho, sendo as extremidades ornadas com as bonecas 
de mamucabas, que dão reforço e beleza aos punhos da rede de dormir.
09.
MOSAICO - Técnica de formar imagens pela organização de pequenas peças feitas com fibras vegetais, geralmente coloridas, firmadas sobre uma base rígida.
10.
PRODUÇÃO DE PAPEL - Técnica desenvolvida a partir do processamento de fibras vegetais, devidamente preparadas. Uma inovação neste nicho foi a introdução de pequenas sementes na massa 
do papel, que depois de utilizado pode ser “plantado” em terra fértil.
11.
TECELAGEM - Técnica de tecer com fios de fibra vegetal, em teares e/ou batelões movidos a pedal ou manual. A técnica também pode ser aplicada no tear de prego. A operação é feita através 
do entrelaçamento regular de fios verticais e horizontais (urdidura e trama).
12.
TRANÇADO - Técnica de entrelaçamento de tiras e/ou fios de fibras vegetais. A peça é iniciada mediante o simples cruzamento de duas ou mais talas, que correspondem à parte central, base ou 
fundo. Entrelaçando-se a seguir novas talas, obtém-se a forma desejada.
13.
TRICÔ - Técnica executada com duas agulhas, que além de propiciar o entrelaçamento do fio (criando cada ponto), abrigam a malha de tricô já tecida. Os fios podem ser de fibras vegetais flexíveis.
GRUPO 02.02: Técnicas de produção associadas à tipologia FIOS E TECIDOS
01.
BORDADO À MÃO (Pontos: Crivo, aplicação, Arpilharia, Boa noite, Casa de abelha, aberto, cheio, corrente,cruz, matiz, reto, russo, sombra, rococó) - Técnica executada com as mãos, utilizando 
agulha e bastidores, para ornamentar tecidos com fios de algodão, seda, metais e/ou elementos decorativos.
02.
BOLEADO - Técnica de transformar material plano em forma boleada com a utilização do boleador de metal, que aquecido no fogo e ainda quente é colocado sobre o material. Com o auxílio das 
mãos se criam pequenos sulcos, valetas ou nervuras no tecido.
03.
BORDADO VAGONITE ou OITINHO - Bordado em tecido com textura tipo tabuleiro (quadriculado) em relevo ou em tecido etamine, no qual a agulha desliza sob a trama mais proeminente, sem 
atravessar o seu avesso. O padrão dos desenhos é geométrico, com ângulos, por causa do seguimento das tramas do tecido.
04.
BORDADO LABIRINTO - Técnica que parte do risco de um desenho no tecido. Em seguida, obedecendo ao desenho, o tecido é desfiado com auxílio de agulha, lâmina e tesoura, desfazendo a 
trama original e formando outra em forma de tela. A partir daí se cria uma nova trama, com novas texturas, formas e estampas, usando agulhas muito finas no tecido esticado numa grade de madeira 
com pregos. A partir dos espaços que se abrem pela trama, outros fios são entrelaçados e os próprios espaços – emoldurados por cores ou texturas novas – formam padrões originais nos tecidos.
05.
BORDADO REDENDÊ, RENDENDEPE, RENDA DE DEDO OU HARDANGER - Técnica executada preferencialmente sobre o linho preso em bastidor. Após ser bordado é recortado com tesoura 
para retirada do centro do bordado ou das partes do tecido que não foram cobertas pela linha. São utilizados pontos cheios e abertos formando desenhos geométricos com ângulos.
06.
BORDADO À MÁQUINA - Técnica executada em máquinas de costura domésticas para ornamentar tecidos com linhas de algodão, seda ou de outros materiais. Pode ser executado com auxílio 
de bastidor sobre o risco do desenho que será bordado.
07.
BORDADO RECHILIÊ, RICHELIEU ou RICHILIEU - Técnica de bordado aberto, no qual riscos de desenhos são contornados por meio de um ponto de casear, com linha, em tecido preso em 
bastidor. Pode ser executado à mão ou à máquina de pedal. Concluído o bordado, são feitos recortes nos desenhos escolhidos.
08.
COMPOSIÇÃO DE FLORES ARTESANAIS - Confecção de flores utilizando tecidos e outros recursos florestais não madeireiros ou fios metálicos.
09.
COSTURA DE BONECOS(AS) - Técnica que permite criar bonecos (animais, objetos, peças temáticas, personagens) utilizando tecidos. As peças costuradas são cheias (ou não) com materiais diversos.
10.
COSTURA EM RETALHOS (PATCHWORK) - Técnica que consiste na formação de uma imagem ou de figuras geométricas a partir da combinação de peças de tecidos de várias cores, tonalidades, 
padrões ou formas costuradas entre si.
11.
COSTURA - FUXICO - Técnica de reaproveitamento de tecidos, usando retalhos para fazer trouxinhas, que podem ser usadas para confeccionar ou ornamentar colchas, toalhas, roupas e acessórios.
12.
CROCHÊ - Técnica executada com fios têxteis e o auxílio de agulha especial, terminada em gancho, que produz uma espécie de malha ou renda.
13.
MACRAMÊ - Técnica de dar nós cruzando os fios e formando desenhos geométricos, franjas e uma infinidade de formas decorativas. No caso do feitio de franjas, os fios podem ser colocados no 
tecido para que sejam desenvolvidos ou pode se desfiar o próprio tecido para fazer a franja.
14.
MAMUCABA - A técnica consiste em transformar faixas de tecido plano ou fibras vegetais em fios, trançando-os. Esse tecido atravessa e reforça o cabrestilho, sendo as extremidades ornadas com 
as bonecas de mamucabas, que dão reforço e beleza aos punhos da rede de dormir.
15.
PINTURA - Técnica estruturada em três peças fundamentais: o suporte, a ferramenta e a matéria. Nesta tipologia os suportes são confeccionados com tecidos; as ferramentas principais são os 
pincéis; e a matéria é constituída de tintas e pigmentos diversos. A pintura caracteriza-se pela aplicação das tintas e pigmentos sobre um desenho ou tema pré-definido, de autoria do artesão, no 
suporte devidamente preparado, formando uma camada cromática.
16.
PINTURA BATIQUE - Técnica de pintura em tecidos que utiliza cera de abelha, parafina e tinta. Assim que o tecido é pintado, ele é colocado em um banho de corante onde as áreas sob a cera 
permanecerão destingidas. Podem ser produzidos desenhos complexos ao sobrepor cores e ao usar rachaduras na cera pintada para produzir linhas finas.
17.
PINTURA BAUERNMALEREI - Técnica que retrata flores e arabescos em sua essência. Caracterizado por pinceladas livres, espessas e precisas, em formato de vírgula, realçadas com traços de 
branco. Bauernmalerei ou simplesmente Bauer significa pintura campestre.
18.
RENDA DE BILRO - Técnica de produzir renda utilizando linhas de algodão presas por espinhos de mandacaru, ou alfinetes, a uma almofada cilíndrica, cheia de palhas ou fibras vegetais flexíveis, 
onde é fixado o papelote (piquê) com o risco da renda. As linhas são trançadas pela troca de posição dos bilros (pedaços de madeira similares a um fuso nos quais as linhas são enroladas).
19.
RENDA OU BORDADO FILÉ - Técnica elaborada a partir de uma rede tecida em linhas de algodão, presa por pregos a uma grade de madeira (quadrado ou retângulo), onde são traçados os pontos 
com agulha de mão, formando uma renda. O filé também é considerado um bordado.
20.
RENDA FRIVOLITÊ - Espécie de renda cuja técnica consiste em pequenos nós produzidos inicialmente com o uso de navetes de madeira e linha de algodão. Hoje, o frivolité também é feito 
com agulhas e o cordão utilizado como matéria-prima na produção de colares, cintos, bolsas e outros adornos. Para as peças mais finas e vestuário, usa-se as linhas finas, conforme a tradição.
21.
RENDA GRAMPADA - Técnica de laçar fios e fitas ao redor de hastes de metal (grampos) com o auxílio de uma agulha de crochê. Conforme a malha vai crescendo, são retiradas dos grampos 
as primeiras laçadas.
22.
 RENDA GRIPIER OU GUIPURE – É feita de linho ou seda para fazer imitação em alto-relevo. O ponto é trabalhado com agulhas para contornar com linha grossa, alguns dos desenhos 
considerados mais importantes do padrão. A característica principal deste tipo de renda é a execução de diversos motivos como folhas, flores e ramificações de frutas, folhagens e arabescos. Cada 
um dos motivos é feito em separado.
23.
RENDA IRLANDESA - Trata-se de uma renda de agulha que tem como suporte o lacê, cordão brilhoso que, preso a um debuxo ou risco de desenho sinuoso, deixa espaços vazios a serem preenchidos 
pelos pontos. Estes pontos são bordados compondo a trama da renda com motivos tradicionais e ícones da cultura brasileira, criados e recriados pelas rendeiras.
24.
RENDA RENASCENÇA - Técnica que utiliza linha, agulha e o lacê (espécie de fita), costurado por todo o desenho feito em papel. A seguir são preenchidos os espaços entre os lacês, com pontos 
diversificados, e ao final é retirado o papel.
25.
RENDA SINGELEZA, TURCA OU JAGUAPITÃ - Técnica elaborada com linha e agulhas. Uma das agulhas usadas é a de tapeçaria e as agulhas de apoio do trabalho são feitas usando talos de 
coqueiro, palitos de churrasco ou outros materiais. Em alguns locais os artesãos usam a mesma navete que pescadores utilizam em suas redes. Os pontos são costurados com a agulha de tapeçaria 
enquanto ficam montadas na agulha de apoio. A cada trecho vão sendo retirados desse apoio e trabalhados com novos detalhes.
26.
RENDA TENERIFE OU NHANDUTI OU RENDA DO SOL - Renda feita utilizando-se agulha grossa, linha e tábua de vários tamanhos e formas. A tábua serve de modelagem onde são colocados 
pregos sem cabeça para o entrelace da linha. Consiste no entrelaçamento da linha nos pregos repetidas vezes.
27.
SERIGRAFIA(Pintura) - Técnica de impressão na qual a tinta é vazada, pela pressão de um rodo, através de uma tela preparada, normalmente de náilon, sendo aplicada em tecidos, com diversos 
tipos de tintas ou cores. No artesanato é feita de forma mecânica, por pessoas, do desenho feito à mão livre, de autoria do artesão, à confecção da tela e impressão no suporte. O nome de origem 
grega significa: seri (seda) e grafia (escrever ou desenhar).
30.
TAPEÇARIA – Técnica de produção de tapetes que consiste na confecção artesanal de um tecido, geralmente encorpado, formado pelo cruzamento de duas estruturas de fios obtidos de fibras 
flexíveis, como lã ou algodão. O uso de fios coloridos e de técnicas diversas de entrelaçamento permite que figuras sejam compostas durante o processo de execução.
31.
TECELAGEM - Técnica de tecer com fios têxteis em teares ou batelões movidos a pedal ou manual. A técnica também poder ser realizada no tear de prego. A operação é feita através de entrelaçamento 
regular de fios verticais e horizontais (urdidura e trama).
32.
TRANÇADO - Técnica de entrelaçamento de fios e tecidos. Sempre se inicia a peça mediante o simples cruzamento de dois ou mais fios ou tiras, que correspondem à parte central, base ou fundo. 
Entrelaçando-se a seguir novos fios ou tiras, obtém-se a forma desejada.
33.
TRICÔ - Técnica executada com duas agulhas, que além de propiciar o entrelaçamento do fio (criando cada ponto), abrigam a malha de tricô já tecida. Os fios podem ser de couro ou de outra fibra têxtil.
GRUPO 01.02: Técnicas de produção associadas à tipologia MADEIRA
01.
ENTALHAMENTO - Técnica que consiste em cortar ou entalhar a madeira com o propósito de dar forma a um determinado desenho, transformando-o em alto relevo. Geralmente são usadas 
madeiras moles, de fácil manuseio, com ferramentas cortantes, como formões, goivas e outras.
02.
ESCULPIR - Técnica que consiste no desbaste de madeira dura, utilizando martelo e cinzel ou talhadeira, para dar forma a objetos em três dimensões.
03.
FOLHEAÇÃO/DOURAÇÃO - Técnica de decoração de superfícies que utiliza uma camada finíssima de ouro ou material com aparência deste metal. O metal transformado em lâminas muito finas 
(conhecidas como folhas de ouro) é aplicado em objetos como madeira ou similares. Deve ser obrigatoriamente associado às técnicas de criação do objeto que servirá como suporte.
04.
LUTERIA - Diz respeito à construção e manutenção de instrumentos musicais de cordas (com caixa de ressonância) feitos em madeira, artesanalmente.
05.
MARCENARIA - Técnica de trabalhar a madeira , de forma mais delicada, para confecção de móveis e outros objetos elaborados, utilizando várias ferramentas manuais e equipamentos especiais 
para medir, cortar, perfurar, entalhar, tornear, raspar, lixar, ajustar e fixar peças.
06.
MARCHETARIA - Técnica de incrustar, embutir ou aplicar peças recortadas de madeira e outros materiais, formando desenhos variados.
07.
MOSAICO - Técnica de formar imagens através da organização de pequenas peças de madeira de diferentes cores, firmadas sobre uma base também de madeira.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº020  | FORTALEZA, 27 DE JANEIRO DE 2021

                            

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