DOE 06/02/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            realizar testagem. 
9.12. Em caso de familiares ou alunos que retornarem de viagem para o exte-
rior ou outros estados com grande número de casos, estes deverão manter-se 
em isolamento voluntário por 14 dias para avaliar evolução da sua condição 
de saúde. 
9.13. Garantir que todos os profissionais da instituição de ensino tenham 
tomado a vacina da H1N1 antes da retomada das aulas presenciais, se possível, 
a fim de prevenir ocorrências de Influenza que podem ser confundidas com 
a infecção pelo novo Coronavírus. 
9.14. Ao final do expediente, os profissionais deverão retirar a vestimenta 
de trabalho utilizada substituindo por roupas de seu uso, levando consigo a 
vestimenta devidamente embalada em saco plástico fechado para a realização 
de lavagem do mesmo em sua residência. A instituição de ensino que optar por 
uso de uniforme padrão deverá disponibilizar 3 (três) unidades de fardamento 
para cada profissional, para que assim tenha uma vestimenta em uso, uma 
em lavagem e uma preparada para uso no dia seguinte. 
9.15. A instituição de ensino deve conferir se a carteira de vacina dos alunos e 
profissionais está atualizada. Em caso negativo, a pessoa deverá ser direcionada 
para a atualização das vacinas antes de retomar as atividades presenciais. 
9.16. Alunos e profissionais que apresentem dificuldades ou impossibili-
dade para a execução da lavagem ou desinfecção adequada das mãos devem 
receber apoio. 
9.17. A instituição deverá realizar maior limpeza do ambiente físico utilizado 
pelos estudantes com deficiência física por lesão medular ou encefalopatia 
crônica como paralisia cerebral, hemiplegias, paraplegias e tetraplegias e 
outras, e aos estudantes que estão suscetíveis à contaminação pelo uso de 
sondas, bolsas coletoras, fraldas e manuseios físicos para a higiene, alimen- 
tação e locomoção, além do uso de equipamento de proteção individual. 
9.18. Os estudantes autistas devem ser protegidos de hiperestimulação visual 
ou auditiva e de ambientes desorganizados. Orienta-se discutir com aos 
pais o retorno gradual do aluno, avaliando cada situação em particular com 
profissionais da instituição de ensino. No caso de discordância entre pais e 
instituição de ensino, deve ser solicitado o parecer do médico que acompanha 
as crianças acerca da sua condição de saúde para o retorno as atividades ou 
a continuidade das aulas à distância. 
9.19. No caso de estudantes cegos e surdocegos, devido ao contato físico indis-
pensável para a comunicação efetiva desses estudantes, os guias-intérpretes 
devem usar luvas, máscaras transparentes e higienizar as mãos com frequência. 
9.20. Os estudantes com deficiência múltipla, que podem ter sua saúde 
agravada por combinar dois ou três tipos de deficiências diferentes, devem 
receber maior atenção dos profissionais de educação em todas as medidas 
sanitárias citadas. 
10. Do controle das medidas
10.1. Elaborar, em conjunto às instituições de saúde municipais e estadual, um 
fluxo de comunicação entre as instituições de ensino e as Unidades Básicas 
de Saúde (UBS) para que as comunicações de casos suspeitos ou confirmados 
contemplem ações de promoção da saúde e prevenção da Covid-19 ocorram 
de modo efetivo. De acordo com o fluxo elaborado entre a instituição de 
ensino e o município, em caso de suspeita, deve-se buscar uma Unidade de 
Saúde para as orientações sobre avaliação e conduta, podendo ser o Serviço 
Público de Saúde (SUS), serviços privados (para os que possuem plano de 
saúde) ou o profissional de saúde do ambulatório da organização.
10.2. Elaborar relatórios situacionais para cada etapa da retomada e após 
retomada integral a cada quinze dias, como instrumento de monitoramento 
e avaliação das atividades relacionadas ao referido protocolo setorial de 
biossegurança. Os relatórios são de responsabilidade de cada instituição de 
ensino e devem se adequar à sua realidade.
10.3. Para garantir a menor contaminação devido a casos suspeitos ou confir-
mados, a instituição de ensino deverá seguir as recomendações de fechamento 
de turmas ou da sede da instituição de acordo com tabela disponibilizada 
em Anexo II - Cenários para decisões pós-investigação sobre quarentenas 
de sala de aula ou o fechamento total da instituição de ensino. A instituição 
de ensino não precisará de autorização prévia das autoridades municipais e 
estaduais para fechamento de turmas ou da sede, porém no caso de instituições 
públicas deve comunicar às autoridades de educação municipais ou estaduais, 
de acordo com a rede em que esteja vinculada. 
10.4. Implantar Comitê Interno de Prevenção em consonância com Comitês 
Escolares previamente estabelecidos pela instituição de ensino, eleger e 
capacitar quantidade suficiente de pessoas, entre alunos e profissionais, que 
serão responsáveis por supervisionar as novas práticas a cada semana, em 
sistema de rodízio. 
10.5. Cada instituição de ensino deverá ter seu próprio protocolo adaptado à 
sua realidade e garantindo o cumprimento das normas previstas nos Proto-
colos Geral e Setoriais de Educação, Atividades Físicas, Comércio e Serviços 
Alimentícios, Restaurantes e afins e Transporte Coletivo Público e Privado. 
10.6. Cada instituição de ensino deverá estruturar um Plano de Rodízio de 
Alunos de acordo com as peculiaridades de suas unidades e resguardando 
as indicações estabelecidas pelos órgãos de educação estadual e municipais. 
Deverá ser priorizado o retorno dos alunos com dificuldade de acessar a 
internet. 
10.7. Implantar uma estrutura de fluxo de informação sobre profissionais 
e alunos que atuem/pertençam a mais de um estabelecimento de ensino, 
da mesma rede ou não, para que, na eventualidade de um caso suspeito ou 
confirmado, as outras instituições de ensino sejam notificadas, respeitando-se 
o sigilo do paciente. 
10.8. Incentivar alunos, profissionais, fornecedores, terceirizados e familiares 
a se inscreverem no Ceará App como medida de apoio ao rastreamento de 
casos de Covid-19.
10.9. Elaborar, divulgar e armazenar a documentação de todas as rotinas e 
planos internos da instituição relacionados ao combate à COVID-19. 
10.10. Ao final do período mínimo de cada etapa, serão avaliadas as condições 
epidemiológicas de cada município e Região de Saúde para decisão de quais 
podem avançar para a etapa posterior. A instituição de ensino deverá reavaliar, 
aprimorar e aperfeiçoar os sistemas de controle durante cada etapa especial, 
garantindo adequações e melhorias a tempo do início da etapa seguinte. 
11. Do uso de objetos
11.1. Garantir que alunos e profissionais mantenham os cabelos presos e não 
utilizem bijuterias, joias, anéis, relógios e outros adereços, para assegurar a 
correta higienização das mãos e antebraços.
11.2. Vedar o compartilhamento de itens de uso pessoal entre alunos e ou 
profissionais, como materiais de EPI, fones, aparelhos de telefone e outros. 
Garantir que nos intervalos para alimentação, refeições e utensílios não 
devem ser compartilhados.
11.3. Deve ser utilizado o mínimo de material possível, de forma que os 
objetos essenciais estejam em sacolas, bolsas ou recipientes de plástico ou 
emborrachado para facilitar a higienização.
11.4. Adaptar os processos para a eliminação da prática de compartilhamento 
de equipamentos e materiais de aulas. Se algum material e equipamento 
necessitar ser compartilhado, deverá ser assegurada a desinfecção dos mesmos, 
com preparados alcoólicos, solução de hipoclorito de sódio a 2% e/ou outros 
sanitizantes.
11.5. Higienizar, a cada uso, materiais e utensílios de uso comum, tais como 
cadeiras de rodas, bengalas, óculos, cadeiras higiênicas, implantes ou próteses 
auditivas e corporais, entre outros utensílios.
11.6. Orientar os alunos que fazem uso de cadeiras de rodas, bengalas, óculos, 
cadeiras higiênicas, implantes ou próteses auditivas e corporais, sobre a 
necessidade de redobrar a atenção na higienização das mãos, que consiste em 
lavá-las com água e sabão ou usar álcool em gel 70%, por conta do contato 
direto e frequente nesses equipamentos.
11.7. Orientar pais e responsáveis para não enviarem brinquedos, equipa-
mentos eletrônicos como tablets, celulares, nem qualquer outro material 
que não tenha sido solicitado; a exceção de quando houver a necessidade do 
uso para as crianças que utilizem o equipamento destinado à comunicação 
alternativa e suplementar, neste caso o equipamento deve ser higienizado de 
acordo com o fabricante.
12. Dos casos suspeitos ou confirmados na instituição de ensino
12.1. Garantir que alunos e profissionais fiquem em casa quando apresen-
tarem sintomas gripais, que tiverem familiares sintomáticos ou esperando 
resultado de testes ou após contato com caso confirmado, além de garantir 
a comunicação à instituição de ensino caso o aluno ou profissional tenha 
acessado presencialmente a instituição.
12.2. Comunicar em até 48 horas os familiares e autoridades sanitárias da 
suspeita ou confirmação de alunos e profissionais do contágio pela COVID-19 
e acompanhar a situação de saúde dessas pessoas. Em caso de confirmação, 
o aluno ou profissional só deverá retornar à instituição de ensino quando de 
posse de autorização médica.
12.3. Cada instituição de ensino deve acordar com a Unidade Municipal de 
referência o fluxo de encaminhamento para casos suspeitos.
12.4. Designar uma sala para isolamento temporário dos alunos ou profis- 
sionais que apresentarem sintomas quando na instituição.
12.5. Ao identificar um estudante com sinais e sintomas de síndrome gripal, 
na entrada da instituição de ensino ou durante o período em que estiver em 
sala de aula, a instituição deve:
12.5.1. Acionar os pais ou responsáveis, no caso de menor de idade ou depen-
dente; 
12.5.2. Fornecer máscaras e desinfetantes para as mãos à base de álcool 70%; 
12.5.3. A pessoa só pode voltar à instituição com permissão de um médico, 
após confirmado o fim dos sintomas de COVID-19.
12.5.4. Isolar a pessoa em ambiente com ventilação natural até a chegada 
de pais e responsáveis ou sua saída; orientando que essa deve comparecer a 
Unidade de Saúde de referência da instituição de ensino para fazer a testagem 
do exame. 
12.6. No caso de suspeita ou confirmação de aluno ou profissional contaminado 
com a COVID-19, a instituição de ensino deverá reforçar higienização das 
áreas onde houve atividade e passagem da pessoa confirmada.
12.7. No caso de suspeita ou confirmação de aluno ou profissional contaminado 
com a COVID-19, a instituição de ensino deverá reforçar a comunicação das 
medidas sanitárias para a(s) turma(s) do aluno ou aquelas que tiveram contato 
com os profissionais, bem como para todos os profissionais da instituição. 
13. Da realização de testagem 
13.1. Todos os membros da equipe serão convidados a fazer um teste 
COVID-19 nos dias anteriores ao primeiro dia de aula.
13.2. A realização da testagem dos profissionais deve seguir a progressão 
do percentual de cada etapa do faseamento. Deve ser seguida as publicações 
periódicas do decreto estadual, de forma que a quantidade e organização seja 
de responsabilidade da instituição de ensino. 
13.3. Garantir que compreendem o processo de testagem e rastreamento para 
COVID-19, bem como devem ficar responsável por contatar a equipe local 
da Estratégia de Saúde da Família (ESF) e as equipes de vigilância em saúde. 
13.4. Testes sorológicos (teste rápido, ELISA, ECLIA, CLIA) para COVID-19 
não deverão ser utilizados, de forma isolada, para estabelecer a presença ou 
ausência da infecção pelo SARS-CoV-2, nem como critério para isolamento 
ou sua suspensão, independente do tipo de imunoglobulina (IgA, IgM ou 
IgG) identificada. 
13.5. Garantir que os profissionais, os pais e responsáveis entendam que 
precisam estar preparados e dispostos a:
13.5.1. Agendar testes de RT-PCR se eles estiverem exibindo sintomas; 
13.5.2. Todas as crianças podem ser testadas, incluindo crianças menores 
de 5 anos; 
13.5.3. Os funcionários e os alunos não devem entrar na instituição se tiverem 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº030  | FORTALEZA, 06 DE FEVEREIRO DE 2021

                            

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