DOE 09/02/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Central Eólica
Volta do Rio S.A.
Sociedade Anônima
de Capital Fechado
CNPJ nº 07.063.713/0001-43
Fortaleza - CE
A Companhia adotou nova norma com base no método retrospectivo 
modificado, a partir de 1º de janeiro de 2019, sem impactos financeiros 
relevantes em suas demonstrações financeiras. 
ICPC 22 – Incerteza sobre tratamento de tributos sobre o lucro
Trata da contabilização dos tributos sobre o lucro nos casos em que os 
tratamentos tributários envolvem incerteza que afeta a aplicação do CPC 
32 – Tributos sobre o lucro e não se aplica a tributos fora do âmbito 
do CPC 32, nem inclui especificamente os requisitos referentes a juros 
e multas associados a tratamentos tributários incertos. A Interpretação 
aborda especificamente o seguinte:  
  Se a entidade considera tratamentos tributários incertos separadamente; 
  As suposições que a entidade faz em relação ao exame dos tratamentos 
tributários pelas autoridades fiscais; 
  Como a entidade determina o lucro real (prejuízo fiscal), bases 
de cálculo, prejuízos fiscais não utilizados, créditos tributários 
extemporâneos e alíquotas de imposto; 
  Como a entidade considera as mudanças de fatos e circunstâncias. 
A entidade deve determinar se considera cada tratamento tributário incerto 
separadamente ou em conjunto com um ou mais tratamentos tributários 
incertos. Deve-se seguir a abordagem que melhor prevê a resolução da 
incerteza. A interpretação tem vigência para períodos anuais iniciados a 
partir de 1º de janeiro de 2019. A Companhia adotou a interpretação a 
partir dessa data e analisou os tratamentos tributários que poderiam gerar 
incertezas na apuração dos tributos sobre o lucro e que potencialmente 
poderiam expor a Companhia a riscos materialmente prováveis de perda.
A conclusão das análises é que nenhuma das posições relevantes adotadas 
pela Companhia tiveram alteração no que se refere a expectativa de 
perdas em função de eventuais questionamentos por parte das autoridades 
tributárias.
2.6. Principais práticas contábeis
As políticas contábeis referentes às atuais operações da Companhia que 
implicam em julgamento e utilização de critérios específicos de avaliação 
são como segue:
a) Instrumentos financeiros
Valor justo por meio do resultado – encontram-se nesta categoria os 
equivalentes de caixa.
Custo amortizado – encontram-se nesta categoria os créditos com 
clientes, depósitos vinculados, valores a receber de partes relacionadas, 
fornecedores, empréstimos e financiamentos e contas a pagar com a 
Eletrobras.
b) Caixa e equivalentes de caixa
Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e 
aplicações financeiras cujos saldos não diferem significativamente 
dos valores de mercado, com até 90 dias da data da aplicação. 
Essas aplicações financeiras estão demonstradas ao custo, acrescido 
dos rendimentos auferidos até as datas dos balanços, sem prazos 
fixados para o resgate, com liquidez imediata, e estão sujeitas a um 
insignificante risco de mudança de valor.
c) Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes são registradas inicialmente pelo valor 
da energia fornecida, faturado e não faturado e, subsequentemente, 
mensuradas pelo custo amortizado.
d) Imobilizado
A depreciação é calculada sobre o saldo das imobilizações em serviço, 
pelo método linear, mediante aplicação das taxas que refletem a vida 
útil estimada dos bens, para os ativos relacionados às atividades de 
energia elétrica, limitadas ao prazo da autorização de operação ao qual 
se refere. As principais taxas de depreciação dos ativos do Imobilizado 
estão demonstradas na nota explicativa nº 7.
A vida útil estimada e o método de amortização são revisados no final 
de cada período de reporte, considerando o prazo do contrato de venda 
de energia, com o efeito de quaisquer alterações nas estimativas sendo 
contabilizadas prospectivamente.
Ganhos e perdas resultantes da baixa de um ativo imobilizado são 
mensurados como a diferença entre o valor líquido obtido da venda 
e o valor contábil do ativo, sendo reconhecidos na demonstração do 
resultado no momento da baixa do ativo.
e) Redução ao valor recuperável
Ao avaliar a perda de valor recuperável de ativos financeiros, 
a Companhia utiliza tendências históricas da probabilidade de 
inadimplência, do prazo de recuperação e dos valores de perda 
incorridos, ajustados para refletir o julgamento da Administração 
quanto às premissas se as condições econômicas e de crédito atuais 
são tais que as perdas reais provavelmente serão maiores ou menores 
que as sugeridas pelas tendências históricas. 
Adicionalmente, a Administração revisa anualmente o valor contábil 
líquido dos ativos não financeiros com o objetivo de avaliar 
eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - EM 31 DE DEZEMBRO DE 2019 E 2018 
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
ou tecnológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu 
valor recuperável. Sendo tais evidências identificadas e tendo o 
valor contábil líquido excedido o valor recuperável, é constituída 
provisão para desvalorização ajustando o valor contábil líquido ao 
valor recuperável. Nesse caso, o valor recuperável de um ativo ou de 
determinada unidade geradora de caixa é definido como sendo o maior 
entre o valor em uso e o valor líquido de venda.    
f) 
 Imposto de renda e contribuição social
O imposto de renda foi calculado à alíquota de 15% sobre o lucro 
tributável pelo regime presumido (8% sobre a receita bruta) e sobre 
as receitas financeiras, acrescido do adicional de 10% sobre o lucro 
tributável excedente de R$ 240. 
A contribuição social foi calculada à alíquota de 9% sobre o lucro 
tributável pelo regime presumido (12% sobre a receita bruta) e sobre 
as receitas financeiras.
Um passivo de imposto de renda e contribuição social diferido 
é reconhecido por diferenças temporárias tributáveis referentes a 
receitas financeiras tributadas pelo regime de caixa.
g) Receita operacional 
De forma geral, as receitas são reconhecidas quando existem evidências 
convincentes de acordos ou quando os serviços são prestados, os 
preços são fixados ou determináveis, e o recebimento é razoavelmente 
assegurado, independente do efetivo recebimento do dinheiro.
O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime 
contábil de competência de exercício e, portanto, inclui o fornecimento 
de energia realizado. A receita de venda inclui somente os ingressos 
brutos de benefícios econômicos recebidos e a receber pela Sociedade. 
Uma receita não é reconhecida se há uma incerteza significativa da 
sua realização.
h) Receitas e despesas financeiras
As receitas financeiras referem-se, principalmente, a receita de 
aplicação financeira. A receita de juros é reconhecida no resultado 
através do método de juros efetivos. As despesas financeiras referem-
se, basicamente, aos juros sobre empréstimos e financiamentos.
3. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA
2019
2018
Contas bancárias ................................................
2.690
–
Aplicações financeiras .......................................
  Certificados de Depósitos Bancários - CDB 
....
32.273
–
  Fundo de investimento 
.....................................
–
3.480
Total 
...................................................................
34.963
3.480
Os Certificados de Depósito Bancário – CDB são remunerados a um 
percentual do Certificado de Depósito Interbancário – CDI divulgado 
pela Câmara de Custódia e Liquidação – CETIP, que variou entre 98% 
e 98,2% em 2019. 
Aplicações financeiras automáticas vinculadas aos saldos das contas 
correntes regulares, com liquidez imediata. Foram remuneradas, em 
média, à taxa de 6,23% em 2018.
4. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES 
O saldo do contas a receber junto à Eletrobras em 31 de dezembro de 
2019, no montante de R$3.941 (R$3.471  em 31 de dezembro de 2018), 
refere-se à venda de energia e está composto por uma parcela da fatura 
do mês de novembro e a fatura do mês de dezembro.
De acordo com o contrato de compra e venda de energia, o pagamento 
de cada fatura mensal ocorrerá em três parcelas iguais, sendo a primeira 
e a segunda com vencimentos em até o dia 20 e 30 do mês subsequente 
ao do período de operação considerado. Já a terceira parcela terá 
vencimento até o dia 10 do segundo mês subsequente ao do período de 
operação considerado.
A exposição da Companhia a risco de crédito está divulgada na nota 
explicativa nº 19.
5. IMPOSTOS A RECUPERAR
2019
2018
  COFINS a recuperar ........................................
753
113
  PIS a recuperar 
.................................................
155
17
  CSLL a recuperar (a) 
........................................
772
534
  IRRF a recuperar (a) ........................................
2.616
2.052
  IRRF sobre aplicação financeira (b) ................
–
422
  Outros 
...............................................................
–
9
Total 
...................................................................
4.296
3.147
Circulante .........................................................
1.796
870
Não circulante 
...................................................
2.500
2.277
Total 
...................................................................
4.296
3.147
(a)  Referem-se a créditos oriundos de valores retidos na fonte sobre o 
recebimento da receita de venda de energia à Eletrobras.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº033  | FORTALEZA, 09 DE FEVEREIRO DE 2021

                            

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