DOE 26/02/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Todas as diferenças são registradas na demonstração do resultado. Itens não 
monetários mensurados com base no custo histórico em moeda estrangeira 
são convertidos utilizando a taxa de câmbio em vigor nas datas das transações 
iniciais. Itens não monetários mensurados ao valor justo em moeda estrangeira 
são convertidos utilizando as taxas de câmbio em vigor na data em que o 
valor justo foi determinado.
3.2 Instrumentos financeiros
Os instrumentos financeiros somente são reconhecidos a partir da data em 
que a Companhia se torna parte das disposições contratuais dos instrumentos 
financeiros. Quando reconhecidos, são inicialmente registrados ao seu valor 
justo acrescido dos custos de transação que sejam diretamente atribuíveis à 
sua aquisição ou emissão, exceto no caso de ativos e passivos financeiros 
classificados na categoria ao valor justo por meio do resultado, onde tais 
custos são diretamente lançados no resultado do exercício. 
Os principais ativos financeiros reconhecidos pela Companhia são: caixa e 
equivalentes de caixa, aplicações financeiras e contas a receber de clientes.
A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias 
de mensuração:
. Mensurados ao custo amortizado.
. Valor justo por meio do resultado
i. Mensurados ao custo amortizado
Os ativos, que são mantidos para coleta de fluxos de caixa contratuais quando 
tais fluxos de caixa representam apenas pagamentos do principal e de juros, 
são mensurados ao custo amortizado. As receitas com juros provenientes 
desses ativos financeiros são registradas em receitas financeiras usando o 
método da taxa efetiva de juros. Quaisquer ganhos ou perdas devido à baixa 
do ativo são reconhecidos diretamente no resultado e apresentados em outros 
ganhos/(perdas) juntamente com os ganhos e perdas cambiais. As perdas por 
impairment, quando aplicáveis, são apresentadas em uma conta separada na 
demonstração do resultado.
ii. Mensurados ao valor justo por meio do resultado
Para ativos financeiros mensurados ao valor justo, os ganhos e perdas serão 
registrados no resultado. Para investimentos em instrumentos de dívida, isso 
dependerá do modelo do negócio no qual o investimento é mantido. 
A classificação depende do modelo de negócio da Companhia para gestão dos 
ativos financeiros e os termos contratuais dos fluxos de caixa.
Instrumentos financeiros derivativos
A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivativos, com swap cambial 
e NDF’s para fornecer proteção contra o risco de variação das taxas de câmbio. 
Os instrumentos financeiros derivativos para proteção da Companhia são 
reconhecidos ao valor justo.
3.3 Caixa e equivalentes de caixa
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a 
compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros 
fins. A Companhia considera equivalentes de caixa, uma aplicação financeira 
de conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estando 
sujeita a um insignificante risco de mudança de valor. Por conseguinte, um 
investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa, quando 
tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar 
da data da contratação. 
3.4 Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes correspondem aos valores a receber pela venda 
de produtos e serviços no decurso normal das atividades da Companhia, são 
reconhecidas ao valor faturado, ajustado pela provisão ao seu valor realizável, 
se necessário.
A Companhia avalia, em base prospectiva, as perdas esperadas de crédito 
associadas aos títulos de dívida registrados ao custo amortizado. A 
metodologia de impairment aplicada depende de ter havido ou não um 
aumento significativo no risco de crédito. 
A Companhia reconhece as perdas esperadas ao longo do prazo destes 
recebíveis, a partir do seu reconhecimento inicial. 
3.5 Estoques
Os estoques são ativos mantidos para venda no curso normal dos negócios, 
em processo de produção para venda ou na forma de materiais ou suprimentos 
a serem consumidos ou transformados no processo de produção ou na 
prestação de serviços.
São mensurados pelo menor valor entre o custo e o valor realizável líquido. O 
valor de custo do estoque inclui todos os custos de aquisição, que compreende 
o preço de compra, os impostos de importação e outros tributos (exceto os 
recuperáveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, 
manuseio e outros diretamente atribuíveis à aquisição de produtos acabados, 
materiais e serviços. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens 
semelhantes devem ser deduzidos na determinação do custo de aquisição e 
custo de transformação que incluem os custos diretamente relacionados com 
as unidades produzidas, como mão-de-obra direta, alocação sistemática de 
custos indiretos de produção, fixos e variáveis, que sejam incorridos para 
transformar os materiais em produtos acabados. 
Os custos de produção fixos são aqueles que permanecem relativamente 
constantes independentemente do volume de produção, tais como a 
depreciação e a manutenção de edifícios e instalações fabris, máquinas e 
equipamentos e os custos de administração da fábrica. 
Os custos indiretos de produção variáveis são aqueles que variam diretamente, 
ou quase diretamente, com o volume de produção, tais como materiais 
indiretos e certos tipos de mão-de-obra indireta.
As provisões para estoques de baixa rotatividade ou obsoletos são constituídas 
quando consideradas necessárias pela Administração.
3.6 Imobilizado
São apresentados ao custo líquido de depreciação acumulada e/ou perdas 
acumuladas por redução ao valor recuperável, se for o caso. O referido custo 
inclui o custo de reposição de parte do imobilizado, custos de empréstimo 
de projetos de construção de longo prazo e os custos referentes aos períodos 
de teste dos ativos quando os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. 
Quando partes significativas do ativo imobilizado são substituídas, a 
Companhia reconhece essas partes como ativo individual com vida útil e 
depreciação específica. Da mesma forma, quando uma inspeção relevante 
for feita, o seu custo é reconhecido no valor contábil do imobilizado, se 
os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Todos os demais custos 
de reparos e manutenção são reconhecidos na demonstração do resultado 
quando incorridos.
A depreciação é calculada de forma linear ao longo da vida útil do ativo, as 
taxas que levam em consideração a vida útil estimada dos bens as quais estão 
demonstradas a seguir:
 
Taxas anuais de depreciação %
Máquinas e equipamentos 
6.15%
Móveis 
10%
Hardware 
20%
Veículos 
20%
Edificações e benfeitorias 
1,67%
Instalações 
10%
Ferramentas 
15%
Aeronave 
5%
Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum 
benefício econômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual ganho 
ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a diferença 
entre o valor líquido da venda e o valor contábil do ativo) são incluídos na 
demonstração do resultado no exercício em que o ativo for baixado.
O valor residual e vida útil dos ativos e os métodos de depreciação são 
revistos no encerramento de cada exercício, e ajustados de forma prospectiva, 
quando for o caso.
3.7 Investimento em controlada
Os investimentos em controladas são contabilizados na controladora pelo 
método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo 
seu valor de custo. 
3.8 Empréstimos e financiamentos
Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivos financeiros 
mensurados ao custo amortizado e estão contabilizados pelos seus valores 
atualizados de acordo com as taxas contratadas. Os valores de mercado destes 
empréstimos são equivalentes aos seus valores contábeis por se tratar de 
instrumentos financeiros com características exclusivas, oriundas de fontes 
de financiamento específicas.
Os empréstimos e financiamentos são classificados como passivo circulante, a 
menos que a Companhia tenha um direito incondicional de diferir a liquidação 
do passivo por período superior a 12 meses, após a data do balanço.
Os custos de empréstimos gerais e específicos que são diretamente atribuíveis 
à aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável, que é um ativo 
que, necessariamente, demanda um período de tempo substancial para ficar 
pronto para seu uso ou venda pretendidos, são capitalizados como parte 
do custo do ativo quando for provável que eles irão resultar em benefícios 
econômicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados 
com confiança. Demais custos de empréstimos são reconhecidos como despesa 
no período em que são incorridos.
3.9 Reconhecimento de receita
A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios 
econômicos serão gerados para a Companhia e quando possa ser mensurada 
de forma confiável. Isso ocorre mediante aceite final do cliente no produto, 
de acordo com as condições contratuais estabelecidas.  A receita é mensurada 
com base no valor justo da contraprestação recebida, excluindo descontos, 
abatimentos e impostos ou encargos sobre vendas. 
Custos diretamente relacionados aos contratos, que geram recursos usados no 
cumprimento do contrato e espera-se que sejam recuperados, são capitalizados 
como custos para cumprir um contrato a partir da adoção do IFRS 15/CPC 
47, sendo incluídos nos ativos de contratos.
A Companhia reconhece a receita quando o “controle” da pá é transferido 
ao cliente ou quando ocorre a prestação do serviço. A Companhia avalia as 
transações de receita de acordo com os critérios específicos para determinar se 
está atuando como agente ou principal e, ao final, concluiu que está atuando 
como principal em todos os seus contratos de receita. Os critérios específicos, 
a seguir, devem também ser satisfeitos antes de haver reconhecimento de 
receita: 
Venda de produtos
A receita operacional da venda de bens no curso normal das atividades é 
medida pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A receita 
operacional é reconhecida quando a obrigação de performance é cumprida pela 
Companhia e o produto encontra-se com todos os aspectos técnicos aprovados 
pelo cliente (aceite formal), para fins de transferência de controle. 
Prestação de serviços
A Aeris possui uma divisão especializada (Aeris Service), que se utiliza do 
conhecimento e infraestrutura na fabricação de pás, para oferecer ao mercado 
de O&M de aerogeradores, um serviço diferenciado. 
Em 2018, a Aeris internacionalizou sua área de serviços investindo na AERIS 
SERVICE LLC, localizada em Delaware-Texas-EUA com 100% de capital 
brasileiro. Em 2020 a empresa teve um aumento de faturamento de 71% 
em relação a 2019 (mesmo com os impactos negativos da pandemia), esse 
aumento foi decorrente da conquista de novos clientes em reparos de pás (GE, 
Vestas, RWE, etc.) e pelo aumento de escopo de serviços, iniciando a atuação 
na área de manutenções mecânicas das turbinas no cliente Nordex-Acciona, 
segmento que já representa cerca de 30% do faturamento total da empresa.
Outras receitas
73
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº047  | FORTALEZA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

                            

Fechar