Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20 Comércio e Serviços, sendo a distribuição por Estado apresentada na Tabela 1. Além desses valores, foram ainda aplicados R$ 6,63 bilhões em projetos de infraestrutura, conforme segmentação apresentada na Tabela 2, R$ 11,7 milhões para o Financiamento Estudantil (P-Fies) e R$ 112,9 milhões para o programa FNE Verde Sol Pessoa Natural, este último referente a mini e microgeração geração de energia fotovoltaica para pessoas físicas. Assim, o total geral contratado registrou R$ 25,84 bilhões no ano, conforme detalhado na Tabela 3. Tabela 1 - BNB/FNE 2020 Financiamentos por Estado (R$ milhões) UF FNE (Exceto Infraestrutura e Pessoa Natural) Valor Contratado % AL 860,6 4,5 BA 4.192,4 22,0 CE 2.867,5 15,0 ES 341,0 1,8 MA 2.041,0 10,7 MG 1.102,9 5,8 PB 1.211,1 6,3 PE 2.687,3 14,1 PI 1.817,1 9,5 RN 1.018,0 5,3 SE 942,4 4,9 Total geral 19.081,1 100,0 Fonte: Banco do Nordeste - Diretoria de Planejamento. Tabela 2 - BNB/FNE 2020: Financiamentos para Infraestrutura por Produto (R$ milhões) Atividades/Produto Infraestrutura Valor Contratado Saneamento Básico 222,67 Logística 91,23 Geração/Transm./Distribuição de Energia 5.570,55 Telecomunicações 752,48 Total geral 6.636,92 Fonte: Banco do Nordeste - Diretoria de Planejamento. Por conta do contexto da pandemia, diversas ações internas de aprimoramento no processo de crédito e nos programas de financiamento tiveram de ser implementadas tais como ações de comunicação, prospecção e negociação, que contribuíram para a aplicação do total de disponibilidades desse Fundo Constitucional, mesmo diante da retração da atividade econômica observada no país como um todo. Em termos de quantidade de operações, foram contratadas, em 2020, mais de 711 mil operações de financiamento a produtores rurais, empresas, empreendedores individuais e pessoas físicas, volume que supera o exercício de 2019 em 25,7%. Tal volume de aplicação cobriu 100% da área de atuação do FNE, ou seja, todos os 1.990 municípios sediados nos 11 Estados em que o Banco atua, incluído o norte dos Estados de Minas Gerais (MG) e Espírito Santo (ES), conforme apresentado na Tabela 3, na qual é possível observar a importância do setor de Comércio e Serviços para a dinâmica da economia, setor este cujo direcionamento de recursos priorizou sobremaneira as pequenas empresas, com 66,5% de tudo finaciado no setor. Tabela 3 - FNE: Contratações por Setor Econômico (R$ milhões) Setor 2019 2020 % % Quant. (A) Valor (B) Quant (C) Valor (D) E=(C ) / (A) - 1 F=(D) / (B) - 1 Rural 523.774 7.568,90 590.877 7.673,40 12,8 1,4 Agroindústria 379 438,4 493 448,9 30,1 2,4 Comércio e Serviços 32.946 6.955,00 107.101 8.374,30 225,1 20,4 Indústria 4.029 2.709,40 6.050 2.051,80 50,2 -24,3 Turismo 938 573 2.004 532,7 113,6 -7,0 Infraestrutura 122 11.218,30 75 6.636,90 -38,5 -40,8 Pessoa Física* 3.677 94,1 4.529 124,7 23,2 32,5 Total 565.865 29.557,10 711.129 25.842,60 25,7 -12,6 Fonte: Banco do Nordeste - Diretoria de Planejamento (*) Estudantes e mini e microgeração de energia fotovoltaica Ainda em relação à desconcentração espacial dos financiamentos do FNE, além da cobertura total em sua área de atuação, destacam-se outros resultados expressivos, a exemplo da aplicação de R$ 14,07 bilhões para os empreendedores situados no Semiárido, cerca de 54,5% do total contratado, refletindo o direcionamento de recursos a agricultores familiares (Pronaf), produtores rurais e de parte significativa das operações do setor de Infraestrutura (86,0% do total aplicado nesse setor foi direcionado ao Semiárido). Ressalte-se, ainda, que a Política Nacional de Desenvolvimento Regional (PNDR) e o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste preconizam o apoio a subespaços regionais, objetivando a redução das desigualdades regionais e a promoção da equidade no acesso às oportunidades de desenvolvimento. Nesse sentido, deve ser ressaltado que o total de financiamentos às microrregiões prioritárias da PDNR (municípios de Baixa Renda e Média Renda) atingiram o montante de R$ 20,38 bilhões, cerca de 78,9% do total financiado, enquanto as Regiões Integradas de Desenvolvimento (Rides) de Petrolina/Juazeiro e de Teresina/Timon registraram contratações de R$ 770,1 milhões, superando o valor projetado para ambas. O foco nos pequenos empreendedores, tanto do setor rural como nos demais setores, possibilitou o direcionamento de R$ 12,51 bilhões (65,6% do total financiado, exceto infraestrutura e Pessoa Física) a esse público, um crescimento de 26,3% em relação ao registrado em 2019 (R$ 9,98 bilhões), sem perder de vista o apoio estratégico aos empreendimentos de maior porte, fundamentais para a manutenção do emprego e da dinâmica econômica. Outra ação implementada de modo tempestivo, como medida anticíclica no combate à crise econômica vivenciada, foi a criação da Linha FNE Emergencial, em abril. A meta desafiadora de R$ 3,00 bilhões foi plenamente cumprida na estreita conformidade do que previu a Resolução do Banco Central nº 4.798/2020: 96,5% direcionado a beneficiários de até pequeno-médio porte e 87,7% vinculados à finalidade de capital de giro. Esse montante contratado totalizou 92.584 operações de crédito, na forte predominância no setor de comércio e serviços, primordial para a manutenção dos pequenos empreendimentos, diante da diminuição da circulação de mercadorias e serviços por conta do contexto da pandemia. Para o alcance de tal performance foi preponderante o direcionamento para o microempreendedor urbano beneficiário do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), cujo direcionamento representou 71,5% do total do quantitativo de operações contratadas, ou 1,05 bilhão. O BNB, via FNE, também não descuidou do crédito a Inovação, em que aplicou R$ 397,8 milhões por meio das linhas FNE Inovação e FNE Startup. Em se tratando de inovação, o Banco ainda criou em 2020 a Estratégia FNE Saúde Nordeste, cuja finalidade é financiar projetos e itens de investimento para a implantação, expansão, modernização, reforma, relocalização e/ou ampliação de empreendimentos contidos no Complexo Econômico Industrial da Saúde (Ceis), bem como prestadores de serviços de saúde, visando ao aumento da produção de itens e equipamentos vinculados, da capacidade de atendimento e/ou da melhoria na qualidade da prestação de serviços, dotando a linha de diferenciais em itens e condições de financiamento. Apesar da continuidade da crise sanitária (covid-19) durante praticamente todo o exercício de 2020, a qual gerou, entre outras externalidades negativas, a postergação de investimentos produtivos e a aversão ao crédito, o Banco do Nordeste conseguiu aplicar a totalidade das disponibilidade previstas quando da Programação dos Recursos dessa fonte, para o quê foram fundamentais os esforços operacionais e de realização de negócios, o estreito monitoramento das aplicações ocorrido durante todos os meses do ano, além das inovações e das adequações em linhas e condições de financiamento em apoio ao setor produtivo diante da conjuntura. 3.4.3 FNE 2020: Estimativa dos Impactos Econômicos Tendo por base um exercício com utilização da Matriz Insumo-Produto Regional, estima-se que os R$ 25,8 bilhões contratados com recursos do FNE, em 2020, devem contribuir para gerar e/ou manter 1,4 milhão de empregos na área de atuação do Banco do Nordeste (Tabela 4). Cabe salientar que essas ocupações não são o saldo no final do ano, mas a entrada de novos trabalhadores (formais e informais), ou a manutenção do trabalhador em função da contratação do financiamento, não levando em consideração a saída de trabalhadores no período de análise. Ainda conforme a Tabela 4, estima-se também incremento de R$ 8,74 bilhões na massa salarial da sua área de atuação, R$ 4,78 bilhões na arrecadação tributária, R$ 53,29 bilhões no Valor Bruto da Produção e R$ 30,27 bilhões de Valor Adicionado à Economia. O Setor de Infraestrutura, responsável por aproximadamente 25,7% do volume de recursos contratados em 2020, tende a contribuir para gerar e/ ou manter cerca de 156 mil empregos em toda a área de atuação do BNB. Considerando o efeito transbordamento para as demais regiões, há estimativa de geração e/ou manutenção de aproximadamente 246 mil empregos em todo o Brasil, aumento de R$ 4,05 bilhões na massa salarial, R$ 3,08 bilhões na arrecadação tributária, R$ 26,32 bilhões no Valor Bruto da Produção e R$ 13,73 bilhões de Valor Adicionado à economia. 89 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº047 | FORTALEZA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021Fechar