DOE 26/02/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
princípio essencial, a manutenção de sistema de gestão de riscos estruturado 
e integrado às atividades gerenciais da instituição. Disponibiliza informações 
que subsidiam as diversas instâncias decisórias do Banco a avaliar os riscos 
envolvidos e destina-se a orientar a gestão dos riscos que se interpõem à 
consecução dos objetivos empresariais. Para isso, utiliza regras baseadas 
em princípios e boas práticas de governança corporativa, implantadas sob 
a orientação da superior administração do Banco e dos órgãos supervisores.
Estrutura de Gerenciamento de Capital 
A Diretoria Executiva é responsável pela definição da estrutura de 
gerenciamento de capital do Banco, incluindo o Plano de Capital para o 
exercício de 2021 a 2025, que foi aprovado pelo Conselho de Administração 
em 08.12.2020. É da responsabilidade da Diretoria de Controle e Risco, 
o gerenciamento de capital, tendo sido estruturada unidade administrativa 
específica para esse fim, conforme requerido pelo CMN, em sua 
Resolução nº 4.557, de 23.02.2017. As informações referentes à Estrutura 
de Gerenciamento de Capital podem ser consultadas no Relatório de 
Gerenciamento de Riscos e de Capital - Pilar III disponível no portal: www.
bnb.gov.br.
A gestão da adequação de capital do Banco é feita levando-se em conta 
as exigências regulatórias acrescidas de uma meta de Capital de 1,0 ponto 
percentual acima dos requerimentos mínimos, considerando-se as exigências 
de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I, de Capital Principal e do 
Adicional de Capital Principal (ACP).
O Banco elabora seu Plano de Capital em consonância com o Planejamento 
Estratégico, de forma a refletir os resultados ali planejados e, ao mesmo 
tempo, atender ao disposto na Resolução 4.557/2017 do CMN. Nesse 
sentido, com o intuito de aumentar a aderência do Plano de Capital ao 
planejamento empresarial, optou-se por, desde a versão elaborada em 2018, 
estender o seu horizonte para cinco anos, ultrapassando em dois anos o 
mínimo definido na citada Resolução.
No plano elaborado para o exercício de 2021 a 2025 não se vislumbrou 
indícios de descumprimento dos requerimentos mínimos de capital 
regulatório em nenhum dos cenários utilizados. Haveria o comprometimento 
da meta de capital (2,0 pontos percentuais acima das exigências mínimas de 
capital regulatório) apenas nos cenários de estresse com ocorrência a partir 
de 2022.
Política Corporativa de Gestão de Riscos
A política corporativa de gestão de riscos contempla orientações e 
diretrizes integradoras das atividades do Banco para a gestão dos riscos 
de crédito, operacionais, de mercado, de liquidez, de taxa de juros para os 
instrumentos classificados na carteira bancária (IRRBB), de concentração 
e socioambiental. O Comitê de Gestão de Riscos aprecia e encaminha, 
para deliberação da Diretoria Executiva, e do Conselho de Administração, 
as propostas de criação e ajustes nas estratégias, políticas, modelos e 
procedimentos para gestão de riscos, ficando a cargo da Diretoria de Controle 
e Risco a coordenação da sua implementação e desempenho no Banco, 
por meio de unidade específica que realiza o gerenciamento integrado de 
riscos, em nível corporativo, definindo metodologias e modelos de gestão e 
promovendo a disseminação da cultura de gestão de riscos.  
Maiores informações relativas ao gerenciamento de riscos, focadas em 
questões acerca do Patrimônio de Referência (PR) e do montante dos ativos 
ponderados pelo risco (RWA), conforme prescreve a Circular nº 3.930, de 
14.02.2019, do Bacen, podem ser encontradas no portal:www.bnb.gov.br.
b) Risco de Crédito
O risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas 
ao não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos 
pactuados; desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em 
instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia 
da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador; reestruturação 
de instrumentos financeiros ou custos de recuperação de exposições 
caracterizadas como ativos problemáticos.
Especificação
Exposição
31.12.2020
31.12.2019
Operações de concessão de crédito, 
coobrigações e Garantias Prestadas 
54.475.937
45.232.910
Público
1.257.833
1.080.003
Privado
53.218.104
44.152.907
Comércio
6.289.503
4.170.917
Comércio Exterior
714.439
776.651
Indústria
8.346.360
7.427.931
Infraestrutura
16.656.995
13.628.564
Microfinança Urbana
5.307.579
4.327.132
Pessoas Físicas
100.781
128.248
Rural
9.954.839
8.758.702
Outros Serviços 
5.847.608
4.934.762
Operações de Mercado
53.519.103
46.250.525
Títulos Públicos Federais
49.453.031
43.360.635
Operações Compromissadas
20.671.729
6.382.342
Outras
28.781.302
36.978.293
Depósitos Interfinanceiros
1.083.961
75.991
Outros Títulos e Valores Mobiliários
1.172.934
1.025.081
Outras Operações
1.809.177
1.788.818
Demais Ativos
6.191.236
4.892.986
Total 
114.186.276
96.376.421
O Banco utiliza-se do fluxo constante de informações para identificar, 
mensurar, monitorar, avaliar, reportar, controlar e mitigar o risco, de forma a 
manter a exposição ao risco de crédito em conformidade com os parâmetros 
definidos na Declaração de Apetite por Riscos - RAS. Para tanto, são 
utilizados diversos instrumentos, tais como: políticas de crédito, modelos 
e metodologias de avaliação de risco, metodologia para segregação do 
ativo de crédito em problemático e não problemático, relatórios gerenciais, 
sistema de classificação de risco e de cálculo de despesas com provisões 
para créditos de liquidação duvidosa.
Além disso, qualquer deferimento de limite de risco segue o modelo de 
alçadas por colegiado. De acordo com suas características e valor, os limites 
poderão ser calculados de forma automática ou analisados e decididos nos 
comitês de avaliação de crédito das Agências ou nos comitês de deferimento 
de limite de risco das Centrais de Apoio Operacional, ou ainda, serem 
encaminhados para decisão pelo comitê de deferimento de limite de risco 
para cliente na Direção Geral ou pela Diretoria Executiva.
Todas as operações de crédito, com exposição a risco para o banco, são 
objeto de classificação de risco, mediante a composição da avaliação de 
risco do cliente com a pontuação de risco da operação de crédito, de acordo 
com as características de valor, prazo, natureza, finalidade e situação das 
garantias quanto a sua suficiência e liquidez.
Garantias de Operações de Crédito acima de R$ 5.000 com Risco Total 
para o Banco
As garantias oferecidas para lastrear as operações de crédito são avaliadas 
em função de sua qualidade, grau de removibilidade e suficiência. Os saldos 
expostos a risco das operações de crédito com saldo acima de R$ 5.000 
importam em R$ 3.962.877 (R$ 3.283.834 em 31.12.2019). Essas operações 
estão lastreadas por garantias reais no montante de R$ 5.327.127 (R$ 
4.703.071 em 31.12.2019). 
c) Risco de Liquidez
Risco de liquidez é a possibilidade de ocorrerem desequilíbrios entre ativos 
negociáveis e passivos exigíveis (descasamentos) que possam afetar a 
capacidade de pagamento da instituição, bem como pela possibilidade de a 
instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido 
ao seu volume ser maior que o normalmente transacionado pelo mercado ou 
em razão de alguma descontinuidade deste.
O Banco utiliza-se de modelos de projeções para estimar as variações 
de caixa e gerenciar sua capacidade de honrar os compromissos futuros, 
comunicando a situação de liquidez da empresa à administração por meio 
de relatórios diários.
O relatório diário de gestão dos riscos de mercado e de liquidez contempla, 
dentre outros elementos, o índice de liquidez do Banco, representado 
pela razão das disponibilidades sobre os compromissos previstos para os 
próximos 90 dias. As disponibilidades que integram a base de cálculo desse 
índice são compostas por reservas bancárias e pela parcela de alta liquidez 
dos depósitos interfinanceiros, das operações compromissadas e da carteira 
própria de títulos.
Especificação
31.12.2020(%) 31.12.2019(%)
Índice de 
Liquidez
Na data-base
318,20
931,37
Média dos últimos 12 meses
447,63
854,15
Máximo dos últimos 12 meses
925,24
1.114,25
Mínimo dos últimos 12 meses
241,95
493,14
d) Risco de Mercado
Risco de mercado é a possibilidade de perda do valor econômico dos ativos 
e/ou de elevação do valor econômico dos passivos, assim como a redução 
de receitas financeiras e elevação de despesas financeiras, resultantes de 
variações em fatores como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações 
e de commodities.
Na gestão dos riscos de mercado, o Banco adota metodologias e instrumentos 
validados pelo mercado, tais como:
a) Value at Risk (VaR) de operações ativas e passivas das carteiras de 
negociação;
b) Variação no valor econômico dos instrumentos financeiros (ΔEVE) da 
carteira bancária;
c) Variação do resultado da intermediação financeira (ΔNII) da carteira 
bancária;
d) Mapa de requerimentos mínimos de capital;
e) Relatório de exposição cambial;
f) Análise de sensibilidade;
g) Testes de estresse;
129
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº047  | FORTALEZA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

                            

Fechar