DOE 26/02/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará
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princípio essencial, a manutenção de sistema de gestão de riscos estruturado
e integrado às atividades gerenciais da instituição. Disponibiliza informações
que subsidiam as diversas instâncias decisórias do Banco a avaliar os riscos
envolvidos e destina-se a orientar a gestão dos riscos que se interpõem à
consecução dos objetivos empresariais. Para isso, utiliza regras baseadas
em princípios e boas práticas de governança corporativa, implantadas sob
a orientação da superior administração do Banco e dos órgãos supervisores.
Estrutura de Gerenciamento de Capital
A Diretoria Executiva é responsável pela definição da estrutura de
gerenciamento de capital do Banco, incluindo o Plano de Capital para o
exercício de 2021 a 2025, que foi aprovado pelo Conselho de Administração
em 08.12.2020. É da responsabilidade da Diretoria de Controle e Risco,
o gerenciamento de capital, tendo sido estruturada unidade administrativa
específica para esse fim, conforme requerido pelo CMN, em sua
Resolução nº 4.557, de 23.02.2017. As informações referentes à Estrutura
de Gerenciamento de Capital podem ser consultadas no Relatório de
Gerenciamento de Riscos e de Capital - Pilar III disponível no portal: www.
bnb.gov.br.
A gestão da adequação de capital do Banco é feita levando-se em conta
as exigências regulatórias acrescidas de uma meta de Capital de 1,0 ponto
percentual acima dos requerimentos mínimos, considerando-se as exigências
de Patrimônio de Referência (PR), de Nível I, de Capital Principal e do
Adicional de Capital Principal (ACP).
O Banco elabora seu Plano de Capital em consonância com o Planejamento
Estratégico, de forma a refletir os resultados ali planejados e, ao mesmo
tempo, atender ao disposto na Resolução 4.557/2017 do CMN. Nesse
sentido, com o intuito de aumentar a aderência do Plano de Capital ao
planejamento empresarial, optou-se por, desde a versão elaborada em 2018,
estender o seu horizonte para cinco anos, ultrapassando em dois anos o
mínimo definido na citada Resolução.
No plano elaborado para o exercício de 2021 a 2025 não se vislumbrou
indícios de descumprimento dos requerimentos mínimos de capital
regulatório em nenhum dos cenários utilizados. Haveria o comprometimento
da meta de capital (2,0 pontos percentuais acima das exigências mínimas de
capital regulatório) apenas nos cenários de estresse com ocorrência a partir
de 2022.
Política Corporativa de Gestão de Riscos
A política corporativa de gestão de riscos contempla orientações e
diretrizes integradoras das atividades do Banco para a gestão dos riscos
de crédito, operacionais, de mercado, de liquidez, de taxa de juros para os
instrumentos classificados na carteira bancária (IRRBB), de concentração
e socioambiental. O Comitê de Gestão de Riscos aprecia e encaminha,
para deliberação da Diretoria Executiva, e do Conselho de Administração,
as propostas de criação e ajustes nas estratégias, políticas, modelos e
procedimentos para gestão de riscos, ficando a cargo da Diretoria de Controle
e Risco a coordenação da sua implementação e desempenho no Banco,
por meio de unidade específica que realiza o gerenciamento integrado de
riscos, em nível corporativo, definindo metodologias e modelos de gestão e
promovendo a disseminação da cultura de gestão de riscos.
Maiores informações relativas ao gerenciamento de riscos, focadas em
questões acerca do Patrimônio de Referência (PR) e do montante dos ativos
ponderados pelo risco (RWA), conforme prescreve a Circular nº 3.930, de
14.02.2019, do Bacen, podem ser encontradas no portal:www.bnb.gov.br.
b) Risco de Crédito
O risco de crédito é a possibilidade de ocorrência de perdas associadas
ao não cumprimento pela contraparte de suas obrigações nos termos
pactuados; desvalorização, redução de remunerações e ganhos esperados em
instrumento financeiro decorrentes da deterioração da qualidade creditícia
da contraparte, do interveniente ou do instrumento mitigador; reestruturação
de instrumentos financeiros ou custos de recuperação de exposições
caracterizadas como ativos problemáticos.
Especificação
Exposição
31.12.2020
31.12.2019
Operações de concessão de crédito,
coobrigações e Garantias Prestadas
54.475.937
45.232.910
Público
1.257.833
1.080.003
Privado
53.218.104
44.152.907
Comércio
6.289.503
4.170.917
Comércio Exterior
714.439
776.651
Indústria
8.346.360
7.427.931
Infraestrutura
16.656.995
13.628.564
Microfinança Urbana
5.307.579
4.327.132
Pessoas Físicas
100.781
128.248
Rural
9.954.839
8.758.702
Outros Serviços
5.847.608
4.934.762
Operações de Mercado
53.519.103
46.250.525
Títulos Públicos Federais
49.453.031
43.360.635
Operações Compromissadas
20.671.729
6.382.342
Outras
28.781.302
36.978.293
Depósitos Interfinanceiros
1.083.961
75.991
Outros Títulos e Valores Mobiliários
1.172.934
1.025.081
Outras Operações
1.809.177
1.788.818
Demais Ativos
6.191.236
4.892.986
Total
114.186.276
96.376.421
O Banco utiliza-se do fluxo constante de informações para identificar,
mensurar, monitorar, avaliar, reportar, controlar e mitigar o risco, de forma a
manter a exposição ao risco de crédito em conformidade com os parâmetros
definidos na Declaração de Apetite por Riscos - RAS. Para tanto, são
utilizados diversos instrumentos, tais como: políticas de crédito, modelos
e metodologias de avaliação de risco, metodologia para segregação do
ativo de crédito em problemático e não problemático, relatórios gerenciais,
sistema de classificação de risco e de cálculo de despesas com provisões
para créditos de liquidação duvidosa.
Além disso, qualquer deferimento de limite de risco segue o modelo de
alçadas por colegiado. De acordo com suas características e valor, os limites
poderão ser calculados de forma automática ou analisados e decididos nos
comitês de avaliação de crédito das Agências ou nos comitês de deferimento
de limite de risco das Centrais de Apoio Operacional, ou ainda, serem
encaminhados para decisão pelo comitê de deferimento de limite de risco
para cliente na Direção Geral ou pela Diretoria Executiva.
Todas as operações de crédito, com exposição a risco para o banco, são
objeto de classificação de risco, mediante a composição da avaliação de
risco do cliente com a pontuação de risco da operação de crédito, de acordo
com as características de valor, prazo, natureza, finalidade e situação das
garantias quanto a sua suficiência e liquidez.
Garantias de Operações de Crédito acima de R$ 5.000 com Risco Total
para o Banco
As garantias oferecidas para lastrear as operações de crédito são avaliadas
em função de sua qualidade, grau de removibilidade e suficiência. Os saldos
expostos a risco das operações de crédito com saldo acima de R$ 5.000
importam em R$ 3.962.877 (R$ 3.283.834 em 31.12.2019). Essas operações
estão lastreadas por garantias reais no montante de R$ 5.327.127 (R$
4.703.071 em 31.12.2019).
c) Risco de Liquidez
Risco de liquidez é a possibilidade de ocorrerem desequilíbrios entre ativos
negociáveis e passivos exigíveis (descasamentos) que possam afetar a
capacidade de pagamento da instituição, bem como pela possibilidade de a
instituição não conseguir negociar a preço de mercado uma posição, devido
ao seu volume ser maior que o normalmente transacionado pelo mercado ou
em razão de alguma descontinuidade deste.
O Banco utiliza-se de modelos de projeções para estimar as variações
de caixa e gerenciar sua capacidade de honrar os compromissos futuros,
comunicando a situação de liquidez da empresa à administração por meio
de relatórios diários.
O relatório diário de gestão dos riscos de mercado e de liquidez contempla,
dentre outros elementos, o índice de liquidez do Banco, representado
pela razão das disponibilidades sobre os compromissos previstos para os
próximos 90 dias. As disponibilidades que integram a base de cálculo desse
índice são compostas por reservas bancárias e pela parcela de alta liquidez
dos depósitos interfinanceiros, das operações compromissadas e da carteira
própria de títulos.
Especificação
31.12.2020(%) 31.12.2019(%)
Índice de
Liquidez
Na data-base
318,20
931,37
Média dos últimos 12 meses
447,63
854,15
Máximo dos últimos 12 meses
925,24
1.114,25
Mínimo dos últimos 12 meses
241,95
493,14
d) Risco de Mercado
Risco de mercado é a possibilidade de perda do valor econômico dos ativos
e/ou de elevação do valor econômico dos passivos, assim como a redução
de receitas financeiras e elevação de despesas financeiras, resultantes de
variações em fatores como taxas de juros, taxas de câmbio, preços de ações
e de commodities.
Na gestão dos riscos de mercado, o Banco adota metodologias e instrumentos
validados pelo mercado, tais como:
a) Value at Risk (VaR) de operações ativas e passivas das carteiras de
negociação;
b) Variação no valor econômico dos instrumentos financeiros (ΔEVE) da
carteira bancária;
c) Variação do resultado da intermediação financeira (ΔNII) da carteira
bancária;
d) Mapa de requerimentos mínimos de capital;
e) Relatório de exposição cambial;
f) Análise de sensibilidade;
g) Testes de estresse;
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº047 | FORTALEZA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021
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