DOE 26/02/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Sede: Av. Dr. Silas Munguba, 5.700 - Fortaleza - Ceará - Capital Aberto - CNPJ nº 07.237.373/0001-20
h) Testes de aderência (backtesting); e
i) Relatórios de acompanhamento dos limites estabelecidos para as parcelas 
de exposição a riscos de mercado.
Constitui atividade importante da gestão dos riscos de mercado a 
elaboração de relatórios gerenciais diários, trimestrais e anuais, destinados à 
administração e disponíveis aos órgãos reguladores e de controle. Referidos 
relatórios contêm, dentre outras, informações detalhadas e análises sobre 
os níveis de exposição das carteiras de negociação e bancária, níveis de 
exposição cambial e índices de liquidez.
Além desses relatórios, o monitoramento dos limites de exposição ao risco 
de mercado e de liquidez contempla um sistema de alerta, operacionalizado 
com o intuito de imprimir maior tempestividade às informações gerenciais 
necessárias à tomada de decisão pelas instâncias competentes, baseado nos 
procedimentos abaixo:
Limites de Exposição ao Risco
Procedimento de Controle
• 1% (um por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR) como 
possibilidade de perda máxima da Carteira de Negociação;
• 10% (dez por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR) nível I, 
como limite máximo para o resultado da variação no valor econômico 
dos instrumentos financeiros (ΔEVE) utilizado para mensurar o risco de 
taxas de juros da carteira bancária (IRRBB);
• 10% (dez por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR) nível 
I, como limite máximo para o resultado da variação do resultado da 
intermediação financeira (ΔNII) utilizado para mensurar o risco de taxas 
de juros da carteira bancária (IRRBB);
• 4% (quatro por cento) do valor do Patrimônio de Referência (PR), como 
limite máximo de exposições em moeda estrangeira.
Caso o nível de exposição seja superior a 80% do limite, o Ambiente 
de Gestão de Riscos emitirá um alerta à Diretoria Executiva, ao Comitê 
Corporativo de Gestão de Riscos e às áreas gestoras dos produtos/
processos responsáveis pela exposição;
Caso o nível de exposição extrapole o limite estabelecido, o Ambiente de 
Gestão de Riscos emitirá uma comunicação formal (alerta) ao Comitê de 
Gestão de Riscos, à Diretoria Executiva, ao Comitê de Riscos e de Capital 
e ao Conselho de Administração para avaliação e tomada de decisão 
visando a correção de rumos e adequação ao parâmetro de tolerância 
estabelecido na RAS.
Riscos da Carteira de Negociação
O Banco acompanha diariamente a composição da Carteira de Negociação, 
que deve se constituir de: i) operações compromissadas bancadas de compra 
com compromisso de revenda; ii) títulos e valores mobiliários classificados 
na categoria títulos para negociação, quando houver, conforme definido 
pelo Bacen, na Circular nº 3.068, de 08.11.2001; iii) operações destinadas 
à proteção (hedge) contra os riscos de outras operações da Carteira de 
Negociação.
A mensuração do risco de taxas de juros da Carteira de Negociação é feita 
com a utilização do Valor em Risco (VaR), a partir do modelo padrão criado 
pelo Bacen.
Em 31.12.2020, a Carteira de Negociação do Banco do Nordeste estava 
composta por operações compromissadas, lastreadas em títulos públicos 
federais, realizadas com taxas prefixadas, apresentando uma exposição 
marcada a mercado no valor de R$ 5.490.426 e um VaR de R$ 1.249.
Risco de Taxa de Juros na Carteira Bancária (IRRBB)
O Risco de Taxa de Juros das operações classificadas na Carteira Bancária 
(IRRBB) corresponde ao risco de impactos negativos no capital e nos 
resultados da Instituição financeira, provindos de movimentos adversos das 
taxas de juros, para os instrumentos classificados na carteira bancária. A 
identificação, mensuração e controle desse risco são efetuados atendendo 
critérios preconizados na Circular Bacen nº 3.876, de 31.01.2018, utilizando-
se duas métricas a seguir: 
a) ΔEVE como a diferença entre o valor presente do somatório dos fluxos 
de reapreçamento de instrumentos sujeitos ao IRRBB em um cenário-
base e o valor presente do somatório dos fluxos de reapreçamento desses 
mesmos instrumentos em cenários de choque nas taxas de juros; e
b) ΔNII como a diferença entre o resultado de intermediação financeira dos 
instrumentos sujeitos ao IRRBB em um cenário-base e o resultado de 
intermediação financeira desses mesmos instrumentos em cenários de 
choque nas taxas de juros. O resultado de intermediação financeira da 
carteira bancária, não deve incluir a provisão de crédito de liquidação 
duvidosa.
O cálculo das medidas de IRRBB é realizado mensalmente, com a utilização 
de modelos padronizados e internos (há modelo interno apenas para o 
∆NII) baseados, fundamentalmente, nos parâmetros, hipóteses e premissas 
estabelecidos na Circular Bacen nº 3.876, de 31.01.2018.
Na posição de 31.12.2020, a Carteira Bancária do Banco do Nordeste 
possuía exposição marcada a mercado (somatório do valor absoluto das 
exposições líquidas de cada fator de risco) de R$ 7.569.856, apresentando 
ΔEVE e ΔNII nos valores de R$ 113.662 e (R$ 3.199), respectivamente.
Testes de Estresse
O teste de estresse permite antever potenciais ganhos ou perdas em carteira 
de operações diante da variação das taxas de juros, cupom cambial ou 
índices de preços, que poderão vir a ser praticadas no mercado em situações 
extremas. Esta ferramenta complementa outras abordagens de gestão de 
risco usadas para exercícios de normalidade, tais como Valor econômico 
(EVE), Resultados de intermediação financeira (NII) e Valor em Risco 
(VaR) utilizados no Banco.
O Banco do Nordeste realiza, mensalmente, duas modalidades de testes 
de estresse, em conformidade com a Circular nº 3.365, de 14.09.2007, do 
Bacen, com os objetivos adiante:
a) estimar percentual da variação do valor marcado a mercado das operações 
em relação ao Patrimônio de Referência (PR), com utilização de choque 
compatível com o 1º e o 99º percentis de uma distribuição histórica de 
variações nas taxas de juros, considerando-se o exercício de manutenção 
(holding period) de um ano e o exercício de observação de cinco anos;
b) estimar a quantidade de pontos-base de choques paralelos de taxas de 
juros necessários para acarretar redução do valor de mercado no ativo (ou 
aumento no valor do passivo) das operações constantes das Carteiras de 
Negociação e Bancária correspondente a 5% (cinco por cento), 10% (dez 
por cento) e 20% (vinte por cento) do PR; e
c) estimar as perdas que ocorreriam se o cenário integrado de estresse, 
elaborado pela área econômica do Banco em conjunto com áreas como a 
de planejamento, de controladoria e de gestão de riscos, viesse a ocorrer. 
Os resultados dos testes de estresse são comunicados, por meio de relatórios 
trimestrais, à Administração do Banco, bem como utilizados pela área de 
gestão de riscos para o acompanhamento sistemático do nível de exposição 
do Banco aos choques nas taxas de juros, com vistas aos necessários 
feedbacks às respectivas áreas negociais.
Análise de Sensibilidade 
Atendendo à determinação constante da Instrução CVM nº 475, de 
17.12.2008, realizou-se análise de sensibilidade, com vistas à identificação 
dos principais tipos de riscos capazes de gerar perdas ao Banco, 
considerando-se cenários alternativos para o comportamento dos diversos 
fatores de risco das operações que compõem as carteiras de Negociação e 
Bancária, cujos resultados são apresentados no quadro abaixo: 
Carteira/Fator de Risco
Tipo de Risco
Cenário 1
(Provável)
Cenário 2
(Variação de 25%)
Cenário 3
(Variação de 50%)
Saldo
Saldo
Perda
Saldo
Perda
Carteira de Negociação
Juros Prefixados
Aumento da taxa de juros
(5.585.212) 
 (5.590.801) 
 (5.589) 
 (5.596.750) 
 (11.538) 
Carteira Bancária
Cupom de Dólar
Redução do cupom
 3.569 
 3.380 
 (189) 
 3.194 
 (375) 
Cupom de Euro
Redução do cupom
 (1.653) 
 (1.653) 
 0 
 (1.654) 
 (1) 
Cupom de IGP
Aumento do cupom
 149.682 
 145.320 
 (4.362) 
 141.280 
 (8.402) 
Cupom de IPCA
Aumento do cupom
 285.185 
 268.290 
 (16.895) 
 278.022 
 (7.163) 
Cupom de TJLP
Aumento do cupom
 70.126 
 68.753 
 (1.373) 
 67.454 
 (2.672) 
Cupom de TR
Aumento do cupom
 (2.917.096) 
 (2.971.816) 
 (54.720) 
 (3.010.852) 
 (93.756) 
Juros Prefixados
Aumento da taxa de Juros
 7.026.032 
 6.946.245 
 (79.787) 
 6.875.271 
 (150.761) 
130
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº047  | FORTALEZA, 26 DE FEVEREIRO DE 2021

                            

Fechar