DOE 10/03/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará
Demonstrações do Valor Adicionado - 31 de Dezembro de 2020 e 2019 (Em milhares de reais)
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras - 31 de Dezembro de 2020 e 2019 (Em milhares de reais)
Controladora
Consolidado
2020
2019
Reapre-
sentado
2020
2019
Reapre-
sentado
Receitas
Vendas de produtos
2.139.177
2.318.954
2.165.142
2.350.274
Outras receitas/despesas
(627)
285.033
(135)
285.002
Perdas estimadas para créditos de liquidação duvidosa
(11.362)
(9.801)
(11.539)
(9.519)
2.127.188
2.594.186
2.153.468
2.625.757
Insumos adquiridos de terceiros
Matérias-primas consumidas
(585.552)
(602.798)
(571.850)
(588.510)
Outros custos de produção
(4.939)
(4.535)
(22.585)
(24.608)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros
(458.521)
(564.012)
(481.128)
(591.361)
Perda e recuperação de valores ativos
5.069
2.305
2.955
504
(1.043.943)
(1.169.040)
(1.072.608)
(1.203.975)
Valor adicionado bruto
1.083.245
1.425.146
1.080.860
1.421.782
Retenções
Depreciação e amortização
(72.247)
(61.861)
(96.122)
(75.397)
(72.247)
(61.861)
(96.122)
(75.397)
Valor adicionado líquido
1.010.998
1.363.285
984.738
1.346.385
Valor adicionado recebido em transferência
Resultado de equivalência patrimonial
(46.097)
(43.208)
5
–
Receitas financeiras
386.483
511.873
387.147
512.568
Aluguéis
109
105
134
105
340.495
468.770
387.286
512.673
Valor adicionado a distribuir
1.351.493
1.832.055
1.372.024
1.859.058
Distribuição do valor adicionado
Pessoal
Remuneração direta
392.805
436.342
406.428
449.153
Benefícios
45.936
49.938
46.114
50.152
FGTS
35.783
50.518
36.004
50.626
474.524 35,11%
536.798 29,30%
488.546 35,61%
549.931 29,58%
Impostos, taxas e contribuições
Federais
182.357
298.654
183.868
299.840
Estaduais
47.154
52.536
48.441
53.392
Municipais
822
895
2.526
3.258
230.333 17,04%
352.085 19,21%
234.835 17,12%
356.490 19,17%
Remuneração de capitais de terceiros
Juros, descontos e encargos financeiros
239.065
120.903
241.065
122.059
Aluguéis
2.365
3.052
2.372
11.361
241.430 17,86%
123.955
6,77%
243.437 17,74%
133.420
7,18%
Remuneração de capitais próprios
Dividendos
109.530
426.479
109.530
426.479
Juros sobre o capital próprio imputado aos dividendos
110.000
110.000
110.000
110.000
Resultado líquido do exercício
185.676
282.738
185.676
282.738
405.206 29,99%
819.217 44,72%
405.206 29,53%
819.217 44,07%
1.351.493
100%
1.832.055
100%
1.372.024
100%
1.859.058
100%
Os efeitos reapresentados estão descritos na Nota 2, letra e.
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
1. Informações gerais: a) Contexto operacional: A Grendene S.A.
(“Companhia”) é uma sociedade anônima de capital aberto, com ações
listadas no segmento do Novo Mercado, negociadas sob o código GRND3
na B3 S.A. - Brasil, Bolsa, Balcão. Iniciou suas atividades em 1971, e sua
sede localiza-se na Av. Pimentel Gomes n° 214, em Sobral - CE. A Grendene
S.A. é controlada pelo acionista Alexandre Grendene Bartelle. A Companhia
e suas controladas (“o Grupo”) têm como atividades principais: o
desenvolvimento, produção, distribuição e comercialização de calçados de
plástico para todas as classes sociais, nos segmentos feminino, masculino e
infantil. Atualmente possui cinco plantas industriais, localizadas em três
estados brasileiros: Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul, sendo detentora das
marcas Melissa, Grendha, Zaxy, Rider, Cartago, Ipanema, Pega Forte e
Grendene Kids. b) Impactos da COVID-19 (Coronavírus): A Administração
da Companhia e suas controladas, está acompanhando os possíveis impactos
da COVID-19 nos seus negócios. A Companhia não vislumbra riscos à
continuidade de seus negócios, tampouco às estimativas e julgamentos
contábeis. Dentre as ações tomadas ao longo de 2020 para minimizar os
impactos causados pela COVID-19 destacamos: i) Concessão de férias
coletivas por 21 dias a partir de 23 de março de 2020 para todas as unidades
localizadas no Brasil, com retorno em abril, na unidade do Sul, com redução
de jornada e salários em 50% e em maio, para as unidades do Nordeste, com
redução de jornada e salários em 70%. As atividades da Companhia foram
normalizadas, em todas as unidades do Brasil, a partir de 13 de julho de
2020, respeitando os decretos Municipais e Estaduais vigentes, assim como
o Modelo de Distanciamento Controlado do Estado do Rio Grande do Sul e
o Plano de Retomada Responsável das Atividades Econômicas e
Comportamentais do Estado do Ceará; (ii) Prorrogação por 30 dias dos
recebíveis do mercado interno com vencimentos entre 23 de março de 2020
a 17 de abril de 2020, sem encargos. No decorrer do 2° trimestre houveram
negociações pontuais, incluindo os recebíveis do mercado externo, que
foram tratadas e analisadas de acordo com a necessidade de cada cliente;
(iii) Análise dos investimentos financeiros, não identificando-se
desvalorizações subsequentes; e (iv) Confirmação da continuidade dos
investimentos em empreendimentos imobiliários, não existindo previsões de
atrasos, tampouco, riscos de não se realizarem. Contudo, mesmo diante das
ações citadas anteriormente, tivemos impactos nos resultados. Os custos
fixos incorridos no segundo trimestre correlacionando à relevante queda nos
níveis de produção da Companhia, foram considerados custos de ociosidade.
Adicionalmente a Companhia incorreu em despesas com doações e medidas
de proteção com o objetivo de combater a disseminação do novo coronavírus
(COVID-19) visando garantir a segurança dos seus colaboradores, clientes,
lojistas, fornecedores e sociedade. No quadro a seguir detalhamos esses
efeitos nos resultados da Companhia e suas controladas:
Controladora
Consolidado
Custos de ociosidade
(44.120)
(44.393)
Doações
(1.502)
(1.502)
Despesas com medidas de proteção
(2.110)
(2.085)
(47.732)
(47.980)
c) Autorização para emissão das demonstrações financeiras: A emissão das
demonstrações financeiras da Companhia, para o exercício findo em
31 de dezembro de 2020, foi autorizada pela diretoria estatutária em
04 de março de 2021.
2. Base de preparação e apresentação das demonstrações financeiras:
Dentre as políticas contábeis apresentadas em 31 de dezembro de 2019, as que
sofreram alterações, são decorrentes de atualização de normas contábeis que
passaram a vigorar a partir 1° de janeiro de 2020, não apresentando impacto
significativo nas demonstrações financeiras individuais e consolidadas. a)
Declaração de conformidade: As demonstrações financeiras individuais e
consolidadas da Companhia foram elaboradas com base nas práticas contábeis
adotadas no Brasil e normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM),
observando as diretrizes contábeis emanadas da legislação societária (Lei n°
6.404/76), bem como, de acordo com as normas internacionais de relatório
financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board
(IASB). Todas as informações relevantes próprias das demonstrações
financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas e correspondem às
utilizadas pela Companhia na sua gestão. b) Base de mensuração: As
demonstrações financeiras foram preparadas considerando o custo histórico
como base de valor, exceto para determinados instrumentos financeiros e
plano de opções de compra e subscrição de ações mensurados pelo seu valor
justo, quando aplicável. c) Moeda funcional e de apresentação: As
demonstrações financeiras individuais e consolidadas são apresentadas em
Reais, que é a moeda funcional da Companhia. d) Normas e interpretações de
normas ainda não vigentes: Em 2020, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis
(CPC) emitiu revisões das seguintes normas vigentes:
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº057 | FORTALEZA, 10 DE MARÇO DE 2021
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