DOE 17/03/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Relatório da Administração 2020
Reconciliação do EBITDA
4T20 4T19 Var. % 2020 2019 Var. %
Lucro/Prejuízo antes do IR 
 e CS
17,5
5,7
207,0 100,1 (63,9)
–
Depreciação/amortização custos11,5
9,3
23,7
45,2
32,6
38,7
Depreciação/amortização 
 despesas
3,0
4,3
(30,2)
13,2
15,6
(15,4)
Resultado de equivalência 
 patrimonial
(0,1)
0,1
–
0,1
0,1
–
Resultado financeiro
(2,5) 17,5
–
47,2
67,7
(30,3)
EBITDA (consolidado)
29,4 36,9
(20,3) 205,8
52,1
295,0
EBITDA e Margem EBITDA
(em R$ milhões e em %)
1T20
43,0
2T20
67,8
3T20
65,6
4T19
36,9
4T20
29,4
11,3%
13,2%
12,7%
7,6%
5,8%
• RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO
O resultado acumulado de 2020 foi de R$ 47,2 milhões negativo, um 
decréscimo de 30,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. No 
quarto trimestre de 2020, o resultado financeiro líquido foi de R$ 2,5 
milhões positivos, enquanto que, no mesmo período de 2019 o valor foi de 
R$ 17,5 milhões negativos. O montante de R$ 13,4 m 
ilhões de variação 
cambial de clientes e fornecedores atingidos no 4T20 impactou 
positivamente o resultado financeiro líquido, enquanto que no mesmo 
trimestre de 2019 o efeito foi de R$ 1,4 milhão negativo.
Resultado financeiro
4T20 4T19 Var. % 2020 2019 Var. %
Receitas financeiras
1,9
1,7
11,8
28,2
8,5
231,8
Despesas financeiras
(13,6) (17,6)
(22,7) (61,5) (74,1)
(17,0)
Variações cambiais clientes/
 fornecedores
13,4
(1,4)
– (13,6)
2,4
–
Ajuste a valor de mercado, 
 líquido
0,8
(0,2)
–
(0,3)
(4,5)
(93,3)
Total
2,5 (17,5)
– (47,2) (67,7)
(30,3)
• ENDIVIDAMENTO
Dívida líquida
4T20 4T19 Var. %
3T20 Var. %
Curto prazo
240,4 243,4
(1,2)
253,9
(5,3)
  Empréstimos e financiamentos
235,6 228,4
3,2
249,8
(5,7)
  Debêntures
4,8
15,0
(68,0)
4,1
17,1
Longo prazo
396,2 502,3
(21,1)
416,9
(5,0)
   Empréstimos e financiamentos 239,3 367,7
(34,9)
260,0
(8,0)
   Debêntures
156,9 134,6
16,6
156,9
–
Total endividamento
636,6 745,7
(14,6)
670,8
(5,1)
(–) Caixa
(82,5) (67,2)
22,8 (119,5)
(31,0)
(–) Aplicação Financeira
(13,5)
– (100,0) (14,6)
(7,5)
(–) Instrumentos financeiros 
 derivativos
–
(3,0)
100,0
–
–
Dívida líquida
540,6 675,5
(20,0)
536,7
0,7
Durante o ano de 2020, obtivemos a redução de R$ 134,9 milhões na dívida 
líquida e um ganho de R$ 153,7 milhões de EBITDA se comparamos com o 
acumulado no ano de 2019. Estes ganhos de eficiência impactaram 
positivamente na recuperação dos Covenants (Dívida líquida/EBITDA) 
da Companhia. Encerramos o ano com um endividamento líquido de 
R$ 540,6 milhões e relação de dívida líquida pelo EBITDA (últimos 12 
meses) de 2,63 no consolidado, uma redução de 79,8% em relação a 2019, 
que representava 12,97.
Gráfico de Alavancagem
(em R$ milhões, exceto Covenants) 
1T20
2T20
3T20
4T19
4T20
12,97 
7,92 
4,11 
2,52 
2,63 
675,5 
687,3 
606,8 
536,7 
540,6 
52,1 
86,8 
147,5 
213,3 
205,8 
Dívida Líquida
Ebitda
Covenants
•  LUCRO LÍQUIDO
Concluímos o ano de 2020 com o lucro líquido de R$ 102,5 milhões, 
enquanto que no ano de 2019 apuramos um prejuízo de R$ 69,4 milhões. As 
relevantes mudanças operacionais realizadas durante o ano proporcionaram 
uma importante alavancagem nos índices e resultados da Companhia.
Lucro Líquido e Margem Líquida
(em R$ milhões e em %)
1T20
-21,1
2T20
59,9
3T20
38,6
4T19
-34,6
4T20
25,1
-5,5%
11,7%
7,5%
-7,1%
4,9%
DESEMPENHO DO TRIGO
Ao longo de 2020, pudemos observar 03 fases distintas para o comporta-
mento do mercado internacional de trigo: a primeira, com preços em alta 
moderada, aconteceu com o advento do COVID em março, quando todas as 
commodities sofreram rápida e acentuada desvalorização; a segunda fase, 
até meados de agosto, c 
om demanda e preços mundiais baixos e relativa 
estabilidade; e a terceira fase, iniciada em meados de agosto, com todos os 
grãos, especialmente soja e milho, assumindo um acelerado e contínuo pro-
cesso de alta de preços, refletindo aumento de demanda, com o trigo encer-
rando o ano 40% mais caro em dólares, que os preços médios de agosto. 
Incertezas sobre a disponibilidade e manutenção dos fluxos logísticos du-
rante a pandemia, somado a quebra nas safras de soja e milho, do apetite 
comprador de grãos da China e a recomposição de estoques de trigo em 
países importadores, são apontadas como as principais causas da valoriza-
ção de todo o complexo de grãos, incluindo o trigo, mesmo tendo em 2020 
o mundo colhido nova safra recorde, com projeção de estoques finais de 
trigo também recordes. O Governo argentino, principal fornecedor do Bra-
sil, voltou a estabelecer limites de exportação de trigo de forma oficiosa, 
levando o Brasil no segundo semestre a aumentar suas compras no Hemis-
fério Norte, com EUA e Rússia sendo principais provedores. O repasse in-
terno de preços foi amenizado com a quota de 1,1 milhão de toneladas com 
isenção de TEC liberada pelo Governo Federal para compras fora do Mer-
cosul. Em dezembro, uma sucessão de greves na Argentina interrompeu 
embarques em todos os portos daquele país, só retomados no final do mês, 
o que comprometeu o abastecimento dos moinhos brasileiros. Não houve 
prejuízo às operações da Companhia, que buscou alternativas de abasteci-
mento. Os preços do trigo no mercado interno acompanharam a alta dos 
preços internacionais, potencializados pela desvalorização do Real, que ge-
rou preços nominais em R$/ton recordes no mercado brasileiro para trigo, 
milho e soja. Nem mesmo a colheita de uma boa safra de trigo nacional no 
segundo semestre, segunda maior da história, interrompeu a curva de alta 
dos preços internos suportados pela paridade internacional, pela desvalori-
zação do Real e capitalização dos produtores rurais, que reduziram oferta de 
venda esperando melhores preços. A valorização do trigo nacional em Reais 
foi de aproximadamente 50% em 2020. A Companhia mede a eficiência de 
suas compras de trigo comparando seus preços médios de compra com indi-
cadores de mercado. Para trigo importado, 2/3 do volume total da Compa-
nhia, usamos como referência os números médios de importações no perío-
do, divulgados pelo Ministério da Economia (Comex Stat), e para trigo 
nacional o indicador divulgado pela consultoria Safras e Mercado. Os cus-
tos com trigo importado da Companhia foram 1,7% inferiores no quarto 
trimestre e 0,7% superiores no ano à média de mercado. No abastecimento 
de trigo nacional, as compras da Companhia no quarto trimestre foram 
3,75% abaixo da média de mercado e no ano de 5,35% menores.
AUDITORIA INDEPENDENTE
Em atendimento à Instrução CVM 381/2003 e às políticas internas da Com-
panhia, informamos que, desde a contratação da PricewaterhouseCoopers 
(“PwC”) como empresa de auditoria independente, todos os requerimentos 
desta instrução foram atendidos. As informações não financeiras da Compa-
nhia não foram revisadas pelos Auditores Independentes. Nos termos da 
Instrução CVM 480/09, a Diretoria declara que discutiu, reviu e concordou 
com as opiniões expressas no relatório de revisão do auditor independente e 
com as demonstrações contábeis relativas ao período findo em 31/12/2020. 
Essas demonstrações contábeis foram apresentadas e aprovadas pelo Conse-
lho de Administração em reunião realizada em 16/03/2021.
Disclaimer
As declarações contidas neste relatório relativas à perspectiva dos negó-
cios da Companhia e ao potencial de crescimento dela constituem-se em 
meras previsões e foram baseadas nas expectativas da administração em 
relação ao seu futuro. Essas expectativas são altamente dependentes de 
mudanças no mercado e no desempenho econômico geral do País, do se-
tor e dos mercados internacionais; estando, portanto, sujeitas a mudança.
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº062  | FORTALEZA, 17 DE MARÇO DE 2021

                            

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