DOE 17/03/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis
nossa opinião. Principais Assuntos de Auditoria: Princi-
pais Assuntos de Auditoria (PAA) são aqueles que, em nos-
so julgamento profissional, foram os mais significativos em 
nossa auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram 
tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações 
contábeis individuais e consolidadas como um todo e na for-
mação de nossa opinião sobre essas demonstrações 
 
contábeis individuais e consolidadas e, portanto, não ex-
pressamos uma opinião separada sobre esses assuntos. 
 
Porque é um PAA: Reconhecimento de receita - Conforme descrito na 
nota explicativa 1, a Companhia opera na comercialização de seus produtos 
com unidades produtivas nas Regiões Nordeste, Sudeste e Sul, e centros de 
distribuição nos principais mercados do Brasil, embarcando diariamente 
grande quantidade de produtos para seus clientes, que são transportados por 
caminhões de transportadoras independentes, com entregas em todas as re-
giões do país. Em virtude da relevância das transações de venda, assim 
como elevado volume e pulverização, o reconhecimento das receitas, seja 
na sua totalidade, assim como o período de competência correto, de acordo 
com as práticas contábeis vigentes, foi considerado um risco relevante que 
demandou mais esforços em nossa auditoria. Em função desses aspectos, 
consideramos que o reconhecimento da receita, especialmente quanto a sua 
totalidade e ao seu correto período uma área de foco em nossa auditoria. 
Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria: Nossos principais 
procedimentos de auditoria foram os seguintes: (a) Entendimento dos pro-
cessos de negócio e dos controles internos estabelecidos pela Administração 
para identificação, acompanhamento e contabilização das receitas de ven-
das; (b) Efetuamos o confronto das informações contidas no relatório analí-
tico de receita, extraído do sistema de faturamento com a receita reconheci-
da no sistema contábil; (c) Solicitamos e obtivemos cartas de confirmação 
de clientes para uma amostra de contas a receber, levando em consideração 
a determinação de uma população de risco, de forma a verificar sua existên-
cia, bem como a ocorrência da transação de venda. Para os casos em que não 
obtivemos resposta de carta de confirmação, executamos procedimentos 
alternativos, através de teste de realização subsequente de saldos, incluindo-
-se a inspeção de documentação com comprovação de entrega dos produtos 
vendidos e documentação suporte que evidencia que a transação de venda 
ocorreu; (d) Através de base amostral, selecionamos transações de vendas 
ocorridas ao longo do exercício de 2020 e inspecionamos os termos contra-
tuais e/ou pedidos de clientes, e suas correspondentes obrigações de desem-
penho, assim como realização financeira subsequente; (e) Selecionamos, em 
base amostral, transações de vendas ocorridas antes e depois da data de en-
cerramento do exercício, de maneira a observar se a receita foi reconhecida 
na competência correta, através de inspeção dos canhotos de entrega, a fim 
de confrontar o prazo efetivo da entrega com o prazo médio estimado pela 
Companhia em seu ajuste de corte das vendas; e (f) Avaliamos a adequação 
das divulgações da Companhia em relação a esse assunto. Consideramos 
que nossos procedimentos de auditoria nos proporcionaram evidências 
apropriadas e suficientes em relação aos critérios e premissas adotados pela 
Administração para o reconhecimento da receita no período de competência 
correto nas demonstrações contábeis.  Outros assuntos: Demonstração do 
valor adicionado: As demonstrações individual e consolidada do valor adi-
cionado (DVA) referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2020, 
elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia e apre-
sentadas como informação suplementar para fins de IFRS, foram submeti-
das a procedimentos de auditoria executados em conjunto com a auditoria 
das demonstrações contábeis da Companhia. Para a formação de nossa opi-
nião, avaliamos se essas demonstrações estão conciliadas com as demons-
trações contábeis e registros contábeis, conforme aplicável, e se a sua forma 
e conteúdo estão de acordo com os critérios definidos no Pronunciamento 
Técnico CPC 09 - “Demonstração do Valor Adicionado”. Em nossa opinião, 
essas demonstrações do valor adicionado foram adequadamente elaboradas, 
em todos os aspectos relevantes, segundo os critérios definidos nesse Pro-
nunciamento Técnico e são consistentes em relação às demonstrações con-
tábeis individuais e consolidadas tomadas em conjunto. Auditoria dos va-
lores correspondentes ao exercício anterior: O exame das demonstrações 
contábeis do exercício findo em 31 de dezembro de 2019, foi conduzido sob 
a responsabilidade de outros auditores independentes, que emitiram relató-
rio de auditoria, com data de 27 de março de 2020, com ressalva quanto à 
reclassificação de financiamentos do BNDES entre o passivo não circulante 
e o passivo circulante em 31 de dezembro de 2019, no montante de R$ 
177.100 mil. Outras informações que acompanham as demonstrações 
contábeis individuais e consolidadas e o relatório do auditor: A adminis-
tração da Companhia é responsável por essas outras informações que com-
preendem o Relatório da Administração. Nossa opinião sobre as demonstra-
ções contábeis individuais e consolidadas não abrange o Relatório da 
Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão de auditoria 
sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria das demonstrações contá-
beis individuais e consolidadas, nossa responsabilidade é a de ler o Relató-
rio da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de for-
ma relevante, inconsistente com as demonstrações contábeis ou com nosso 
conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar distor-
cido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, concluirmos 
que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos requeridos 
a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito. Responsa-
bilidades da administração e da governança pelas demonstrações con-
tábeis individuais e consolidadas: A administração da Companhia é res-
ponsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações 
contábeis individuais e consolidadas de acordo com as práticas contábeis 
adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro 
(IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB), e 
pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir 
a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, inde-
pendentemente se causada por fraude ou erro. Na elaboração das demons-
trações contábeis individuais e consolidadas, a administração é responsável 
pela avaliação da capacidade de a Companhia continuar operando, divul-
gando, quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade 
operacional e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações 
contábeis, a não ser que a administração pretenda liquidar a Companhia ou 
cessar suas operações, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar 
o encerramento das operações. Os responsáveis pela governança da Compa-
nhia e suas controladas são aqueles com responsabilidade pela supervisão 
do processo de elaboração das demonstrações contábeis. Responsabilida-
des do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis individuais 
e consolidadas: Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis individuais e consolidadas, tomadas em conjunto, 
estão livres de distorção relevante, independentemente se causada por frau-
de ou erro, e emitir relatório de auditoria contendo nossa opinião. Segurança 
razoável é um alto nível de segurança, mas não uma garantia de que a audi-
toria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de au-
ditoria sempre detectam as eventuais distorções relevantes existentes. As 
distorções podem ser decorrentes de fraude ou erro e são consideradas rele-
vantes quando, individualmente ou em conjunto, possam influenciar, dentro 
de uma perspectiva razoável, as decisões econômicas dos usuários tomadas 
com base nas referidas demonstrações contábeis. Como parte de uma audi-
toria realizada de acordo com as normas brasileiras e internacionais de au-
ditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos ceticismo profissio-
nal ao longo da auditoria. Além disso: Identificamos e avaliamos os riscos 
de distorção relevante nas demonstrações contábeis individuais e consolida-
das, independentemente se causada por fraude ou erro, planejamos e execu-
tamos procedimentos de auditoria em resposta a tais riscos, bem como obte-
mos evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar nossa 
opinião. O risco de não detecção de distorção relevante resultante de fraude 
é maior do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato de 
burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou representa-
ções falsas intencionais. Obtemos entendimento dos controles internos rele-
vantes para a auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apro-
priados às circunstâncias, mas não com o objetivo de expressarmos opinião 
sobre a eficácia dos controles internos da Companhia e suas controladas. 
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade 
das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas pela administra-
ção. Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base 
contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de audito-
ria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos ou condições 
que possam levantar dúvida significativa em relação à capacidade de conti-
nuidade operacional da Companhia. Se concluirmos que existe incerteza 
relevante, devemos chamar atenção em nosso relatório de auditoria para as 
respectivas divulgações nas demonstrações contábeis individuais e consoli-
dadas ou incluir modificação em nossa opinião, se as divulgações forem 
inadequadas. Nossas conclusões estão fundamentadas nas evidências de 
auditoria obtidas até a data de nosso relatório. Todavia, eventos ou condi-
ções futuras podem levar a Companhia a não mais se manter em continuida-
de operacional. Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das 
demonstrações contábeis individuais e consolidadas, inclusive as divulga-
ções e se essas demonstrações contábeis representam as correspondentes 
transações e os eventos de maneira compatível com o objetivo de apresenta-
ção adequada. Obtemos evidência de auditoria apropriada e suficiente refe-
rente às informações financeiras das entidades ou atividades de negócio do 
grupo para expressar uma opinião sobre as demonstrações contábeis indivi-
duais e consolidadas. Somos responsáveis pela direção, supervisão e desem-
penho da auditoria do grupo e, consequentemente, pela opinião de auditoria. 
Comunicamo-nos com os responsáveis pela governança a respeito, entre 
outros aspectos, do alcance planejado, da época da auditoria e das constata-
ções significativas de auditoria, inclusive as eventuais deficiências significa-
tivas nos controles internos que identificamos durante nossos trabalhos. 
Fornecemos também aos responsáveis pela governança declaração de que 
cumprimos com as exigências éticas relevantes, incluindo os requisitos apli-
cáveis de independência, e comunicamos todos os eventuais relacionamen-
tos ou assuntos que poderiam afetar, consideravelmente, nossa independên-
cia, incluindo, quando aplicável, as respectivas salvaguardas. Dos assuntos 
que foram objeto de comunicação com os responsáveis pela governança, 
determinamos aqueles que foram considerados como mais significativos na 
auditoria das demonstrações contábeis do exercício corrente e que, dessa 
maneira, constituem os principais assuntos de auditoria. Descrevemos esses 
assuntos em nosso relatório de auditoria, a menos que lei ou regulamento 
tenha proibido divulgação pública do assunto, ou quando, em circunstâncias 
extremamente raras, determinarmos que o assunto não deve ser comunicado 
em nosso relatório porque as consequências adversas de tal comunicação 
podem, dentro de uma perspectiva razoável, superar os benefícios da comu-
nicação para o interesse público.
Recife, 16 de março de 2021
PricewaterhouseCoopers 
 
Auditores Independentes          Luciano Jorge Moreira Sampaio Júnior
CRC 2SP000160/O-5  
 
               Contador CRC 1BA018245/O-1
Assuntos
Porque é
um PAA
Como o 
assunto foi
conduzido
26,5
MACÊDO
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº062  | FORTALEZA, 17 DE MARÇO DE 2021

                            

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