COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCE CNPJ/MF nº 07.047.251/0001-70 | Companhia Aberta resultando em significativa redução de consumo médio. Contribuíram também os efeitos da migração de clientes do Ambiente de Contratação Regulada (“ACR”) para o Ambiente de Contratação Livre (“ACL”). VENDA DE ENERGIA NO MERCADO CATIVO (GWH)* 2020 2019 Var. % Residencial - Convencional 3.902 3.568 9,4% Residencial - Baixa Renda 976 1.036 -5,8% Industrial 580 661 -12,3% Comercial 1.586 1.942 -18,3% Rural 1.197 1.220 -1,9% Setor Público 1.405 1.585 -11,4% Total - Venda de Energia no Mercado Cativo 9.646 10.012 -3,7% A venda de energia no mercado cativo da Companhia apresentou uma redução 3,7%, justificado principalmente pela redução nas classes Comercial e Industrial, em função dos impactos da pandemia do Covid-19, mencionados anteriormente. INDICADORES OPERACIONAIS E DE PRODUTIVIDADE* 2020 2019 Var. % DEC 12 meses (horas) 16,51 14,08 17,3% FEC 12 meses (vezes) 6,30 5,78 9,0% Perdas de Energia 12 meses (%) 16,18% 13,86% 2,32 p.p Índice de Arrecadação 12 meses (%) 98,59% 99,30% -0,71 p.p MWh/Colaboradores Próprios e Terceiros* 1.122 1.348 -16,8% Consumidor/Colaboradores Próprios e Terceiros* 411 433 -5,1% PMSO (1)/Consumidor 207,54 173,37 19,7% Número Total de Colaboradores - Próprios e Terceiros 10.521 9.054 16,2% (1) PMSO: Pessoal, Material, Serviços e Outros. Os indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora) medem a qualidade do fornecimento de energia do sistema de distribuição da Companhia. Ambos os indicadores apresentaram um incremento em 2020 comparado a 2019, devido, principalmente a redução no número de equipes de atendimento emergencial por causa da Pandemia da COVID-19 e ao elevado volume de chuvas registrado no período, contribuindo para o maior número de interferências na rede. Foi estabelecido um plano de melhoria desses indicadores em conjunto com o regulador e tem-se observado que as ações tomadas no último trimestre de 2020 para diminuir as incidências nas redes de Média Tensão e Baixa Tensão começaram a mostrar resultado a partir do mês de dezembro de 2020. A Companhia investiu R$ 94,8 milhões no acumulado do ano, com o objetivo de evolução dos indicadores de qualidade operacional. As perdas de energia TAM – Taxa Anual Móvel (medição acumulada em 12 meses) alcançaram o valor de 16,23%* em 2020, um aumento de 2,37 p.p. em relação às perdas registradas em 2019, de 13,86%*. Nos últimos 12 meses, foram investidos R$ 39,0 milhões* no combate às perdas. 4. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO: PRINCIPAIS CONTAS DE RESULTADO (R$ MIL) E MARGENS (%) 2020 2019 Var. % Receita Operacional Bruta 8.252.217 7.838.130 5,3% Deduções à Receita Operacional (2.384.886) (2.461.053) -3,1% Receita Operacional Líquida 5.867.331 5.377.077 9,1% Custos do Serviço e Despesas Operacionais (5.474.042) (4.813.219) 13,7% EBITDA(1)* 684.012 814.208 -16,0% Margem EBITDA* 11,66% 15,14% -3,48 p.p Margem EBITDA ex-Receita de Construção* 13,96% 17,53% -3,57 p.p EBIT(2)* 393.289 563.858 -30,3% Margem EBIT* 6,70% 10,49% -3,79 p.p Resultado Financeiro (24.612) (71.931) -65,8% Imposto de Renda, Contribuição Social e Outros (103.496) (87.022) 18,9% Lucro Líquido 265.181 404.905 -34,5% Margem Líquida 4,52% 7,53% -3,01 p.p Margem Líquida ex-Receita de Construção 5,41% 8,72% -3,31 p.p Lucro por Ação (R$/ação) 3,41 5,20 -34,5% (1) EBITDA: EBIT + Depreciações e Amortizações, (2) EBIT: Resultado do Serviço Receita Operacional Bruta: A receita operacional bruta da Companhia incrementou R$ 414,1 milhões em relação ao ano de 2019. Excluindo-se o efeito da receita de construção, a receita operacional bruta da Companhia, em 2020, alcançou o montante de R$ 7,3 bilhões, o que representa um aumento de 2,5% (R$ 177,8 milhões) em relação ao ano anterior, cujo montante foi de R$ 7,1 bilhões. Este aumento reflete o efeito líquido dos seguintes fatores: RECEITA OPERACIONAL BRUTA (R$ MIL) 2020 2019 Var. % Fornecimento de Energia Elétrica 6.146.176 6.136.446 0,2% (-) DIC/FIC/DMIC/DICRI sobre TUSD Consumidores cativos e livres (28.172) (25.298) 11,4% Subvenção baixa renda 259.302 190.385 36,2% Subvenção de recursos da CDE 256.747 262.949 -2,4% Fornecimento de Energia Elétrica - Mercado Cativo 6.634.053 6.564.482 1,1% 2020 2019 Var. % Ativos e passivos financeiros setoriais 264.818 62.165 >100,0% Receita de uso da rede elétrica - consumidores livres - revenda 255.974 235.744 8,6% Receita de construção 969.072 732.765 32,2% Venda de Energia Excedente - MVE 11.466 129.877 -91,2% Outras receitas 116.834 113.097 3,3% Total - Receita Operacional Bruta 8.252.217 7.838.130 5,3% Variações relevantes: • Ativos e passivos financeiros setoriais (aumento de R$ 202,7 milhões): este aumento deve-se basicamente à constituição de ativo regulatório no período; e • Subvenção de baixa renda (aumento de R$ 68,9 milhões): aumento decorrente principalmente do resultado do auxílio promovido pela Medida Provisória 950. Esses efeitos foram parcialmente compensados por: • Venda de Energia Excedente - MVE (redução de R$ 118,4 milhões): em razão, da companhia, em 2020, ter participado do mecanismo em menor volume; Deduções da Receita: DEDUÇÕES DA RECEITA (R$ MIL) 2020 2019 Var. % ICMS (1.551.772) (1.533.083) 1,2% COFINS - corrente (469.474) (476.269) -1,4% PIS - corrente (101.925) (103.401) -1,4% ISS (5.134) (3.294) 55,9% Total - Tributos (2.128.305) (2.116.047) 0,6% Eficiência energética, P&D, FNDCT e EPE (48.173) (45.721) 5,4% Conta de Desenvolvimento Energético - CDE (201.879) (293.252) -31,2% Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica - TFSEE (6.529) (6.033) 8,2% Total - Encargos Setoriais (256.581) (345.006) -25,6% Total - Deduções da Receita (2.384.886) (2.461.053) -3,1% No ano de 2020, as deduções da receita totalizaram R$ 2.384,9 milhões, contra R$ 2.461,1 milhões em 2019, redução de 3,1% ou R$ 76,2 milhões, resultado, sobretudo, da redução de encargos setoriais, principalmente quotas da CDE. Custos e Despesas Operacionais: Os custos e despesas operacionais em 2020 alcançaram R$ 5.474,0 milhões, um incremento de R$ 660,8 milhões em relação ao ano de 2019. Excluindo-se o efeito do custo de construção, os custos do serviço e despesa operacional da Companhia, em 2020, alcançaram o montante de R$ 4.505,0 milhões, o que representa um aumento de 9,4% (R$ 424,5 milhões) em relação ao ano anterior, cujo montante foi de R$ 4.080,4 milhões. Este incremento é o efeito das seguintes variações: CUSTOS DO SERVIÇO E DESPESAS OPERACIONAIS (R$ MIL) 2020 2019 Var. % Custos e despesas não gerenciáveis Energia elétrica comprada para revenda (2.914.038) (2.875.370) 1,3% Encargos do uso do sistema de transmissão (405.103) (281.557) 43,9% Total - Não gerenciáveis (3.319.141) (3.156.927) 5,1% Custos e despesas gerenciáveis Pessoal (166.529) (163.443) 1,9% Material e Serviços de Terceiros (452.228) (388.257) 16,5% Depreciação e Amortização (290.723) (250.350) 16,1% Custos de Desativação de Bens (24.746) (28.305) -12,6% Prov. para Créditos de Liquidação Duvidosa (81.541) (42.918) 90,0% Custo de Construção (969.072) (732.765) 32,2% Provisão para riscos fiscais, cíveis e trabalhistas (28.684) (22.301) 28,6% Perda de recebíveis de clientes (40.917) (28.910) 41,5% Receita de multas por impontualidade de clientes 26.090 34.171 -23,6% Outras Receitas/Despesas Operacionais (126.551) (33.214) >100,0% Total - Gerenciáveis (2.154.901) (1.656.292) 30,1% Total - Custos do Serviço e Despesa Operacional (5.474.042) (4.813.219) 13,7% No acumulado do ano, os custos gerenciáveis somaram R$ 1.185,8 milhões, excluindo-se os custos de construção, um aumento de R$ 262,3 milhões em comparação a 2019. Essa variação, explica-se pelos seguintes principais fatores: • Aumento de R$ 64,0 milhões com despesas de materiais e serviços de terceiros, decorrente, sobretudo, da adequação de processos técnicos e comerciais visando à melhoria da qualidade de atendimento e do fornecimento de energia elétrica, bem como a aquisição de equipamentos de proteção individual no contexto de prevenção ao COVID-19, e adequações tecnológicas; • Aumento de R$ 38,6 milhões na rubrica de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa, em razão do efeito negativo provocado pela deterioração econômica registrada no ano decorrente da pandemia do COVID-19, além da suspensão dos cortes de energia por meio da REN 878/20, da ANEEL. • Menor receita de multa por impontualidade de clientes, em R$ 12,0 milhões, em razão da suspenção de aplicação das multas; • Aumento de R$ 93,3 milhões no grupo de outras despesas operacionais, justificado principalmente pelo resultado da reconciliação dos saldos contábeis com os sistemas comerciais. EBITDA e Margem EBITDA: O EBITDA da Companhia em 2020 atingiu o montante de R$ 684,0 milhões, o que representa um aumento de R$ 130,2 milhões em relação ao ano de 2019. 76 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº063 | FORTALEZA, 18 DE MARÇO DE 2021Fechar