DOE 18/03/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            COMPANHIA ENERGÉTICA DO CEARÁ - COELCE
CNPJ/MF nº 07.047.251/0001-70 | Companhia Aberta
resultando em significativa redução de consumo médio. Contribuíram 
também os efeitos da migração de clientes do Ambiente de Contratação 
Regulada (“ACR”) para o Ambiente de Contratação Livre (“ACL”).
VENDA DE ENERGIA NO MERCADO CATIVO (GWH)*
 
2020
2019 Var. %
Residencial - Convencional
3.902
3.568
9,4%
Residencial - Baixa Renda
976
1.036
-5,8%
Industrial
580
661
-12,3%
Comercial
1.586
1.942
-18,3%
Rural
1.197
1.220
-1,9%
Setor Público
1.405
1.585
-11,4%
Total - Venda de Energia no Mercado 
Cativo
9.646
10.012
-3,7%
A venda de energia no mercado cativo da Companhia apresentou uma 
redução 3,7%, justificado principalmente pela redução nas classes 
Comercial e Industrial, em função dos impactos da pandemia do Covid-19, 
mencionados anteriormente.
INDICADORES OPERACIONAIS E DE PRODUTIVIDADE*
 
2020
2019 Var. %
DEC 12 meses (horas)
16,51
14,08
17,3%
FEC 12 meses (vezes)
6,30
5,78
9,0%
Perdas de Energia 12 meses (%)
16,18%
13,86% 2,32 p.p
Índice de Arrecadação 12 meses (%)
98,59%
99,30% -0,71 p.p
MWh/Colaboradores Próprios e Terceiros*
1.122
1.348
-16,8%
Consumidor/Colaboradores Próprios e 
 Terceiros*
411
433
-5,1%
PMSO (1)/Consumidor
207,54
173,37
19,7%
Número Total de Colaboradores - Próprios e 
  Terceiros 
10.521
9.054
16,2%
(1) PMSO: Pessoal, Material, Serviços e Outros.
Os indicadores DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade 
Consumidora) e FEC (Frequência Equivalente de Interrupção por Unidade 
Consumidora) medem a qualidade do fornecimento de energia do sistema 
de distribuição da Companhia. Ambos os indicadores apresentaram um 
incremento em 2020 comparado a 2019, devido, principalmente a redução 
no número de equipes de atendimento emergencial por causa da Pandemia 
da COVID-19 e ao elevado volume de chuvas registrado no período, 
contribuindo para o maior número de interferências na rede. Foi estabelecido 
um plano de melhoria desses indicadores em conjunto com o regulador e 
tem-se observado que as ações tomadas no último trimestre de 2020 
para diminuir as incidências nas redes de Média Tensão e Baixa Tensão 
começaram a mostrar resultado a partir do mês de dezembro de 2020. A 
Companhia investiu R$ 94,8 milhões no acumulado do ano, com o objetivo 
de evolução dos indicadores de qualidade operacional. As perdas de energia 
TAM – Taxa Anual Móvel (medição acumulada em 12 meses) alcançaram 
o valor de 16,23%* em 2020, um aumento de 2,37 p.p. em relação às perdas 
registradas em 2019, de 13,86%*. Nos últimos 12 meses, foram investidos 
R$ 39,0 milhões* no combate às perdas. 
4. DESEMPENHO ECONÔMICO-FINANCEIRO: 
PRINCIPAIS CONTAS DE RESULTADO (R$ MIL) E MARGENS (%)
 
2020
2019 Var. %
Receita Operacional Bruta
8.252.217
7.838.130
5,3%
Deduções à Receita Operacional
(2.384.886) (2.461.053)
-3,1%
Receita Operacional Líquida
5.867.331
5.377.077
9,1%
Custos do Serviço e Despesas 
Operacionais
(5.474.042) (4.813.219)
13,7%
EBITDA(1)*
684.012
814.208
-16,0%
Margem EBITDA*
11,66%
15,14% -3,48 p.p
Margem EBITDA ex-Receita de  
 Construção*
13,96%
17,53% -3,57 p.p
EBIT(2)*
393.289
563.858
-30,3%
Margem EBIT*
6,70%
10,49% -3,79 p.p
Resultado Financeiro
(24.612)
(71.931)
-65,8%
Imposto de Renda, Contribuição Social 
  e Outros
(103.496)
(87.022)
18,9%
Lucro Líquido
265.181
404.905
-34,5%
Margem Líquida
4,52%
7,53% -3,01 p.p
Margem Líquida ex-Receita de  
 Construção
5,41%
8,72% -3,31 p.p
Lucro por Ação (R$/ação)
3,41
5,20
-34,5%
(1) EBITDA: EBIT + Depreciações e Amortizações, 
(2) EBIT: Resultado do Serviço 
Receita Operacional Bruta: A receita operacional bruta da Companhia 
incrementou R$ 414,1 milhões em relação ao ano de 2019. Excluindo-se o 
efeito da receita de construção, a receita operacional bruta da Companhia, em 
2020, alcançou o montante de R$ 7,3 bilhões, o que representa um aumento 
de 2,5% (R$ 177,8 milhões) em relação ao ano anterior, cujo montante foi 
de R$ 7,1 bilhões. Este aumento reflete o efeito líquido dos seguintes fatores:
 RECEITA OPERACIONAL BRUTA (R$ MIL)
 
2020
2019
Var. %
Fornecimento de Energia Elétrica
6.146.176 6.136.446
0,2%
(-) DIC/FIC/DMIC/DICRI sobre TUSD 
Consumidores cativos e livres
(28.172)
(25.298)
11,4%
Subvenção baixa renda
259.302
190.385
36,2%
Subvenção de recursos da CDE
256.747
262.949
-2,4%
Fornecimento de Energia Elétrica - 
Mercado Cativo
6.634.053 6.564.482
1,1%
 
2020
2019
Var. %
Ativos e passivos financeiros setoriais
264.818
62.165
>100,0%
Receita de uso da rede elétrica - 
consumidores livres - revenda
255.974
235.744
8,6%
Receita de construção
969.072
732.765
32,2%
Venda de Energia Excedente - MVE
11.466
129.877
-91,2%
Outras receitas
116.834
113.097
3,3%
Total - Receita Operacional Bruta
8.252.217 7.838.130
5,3%
Variações relevantes: • Ativos e passivos financeiros setoriais (aumento 
de R$ 202,7 milhões): este aumento deve-se basicamente à constituição de 
ativo regulatório no período; e • Subvenção de baixa renda (aumento de R$ 
68,9 milhões): aumento decorrente principalmente do resultado do auxílio 
promovido pela Medida Provisória 950. Esses efeitos foram parcialmente 
compensados por: • Venda de Energia Excedente - MVE (redução de R$ 
118,4 milhões): em razão, da companhia, em 2020, ter participado do 
mecanismo em menor volume; Deduções da Receita: 
DEDUÇÕES DA RECEITA (R$ MIL)
 
2020
2019
Var. %
ICMS
(1.551.772) (1.533.083)
1,2%
COFINS - corrente
(469.474)
(476.269)
-1,4%
PIS - corrente
(101.925)
(103.401)
-1,4%
ISS
(5.134)
(3.294)
55,9%
Total - Tributos
(2.128.305) (2.116.047)
0,6%
Eficiência energética, P&D, FNDCT  
 e EPE
(48.173)
(45.721)
5,4%
Conta de Desenvolvimento Energético 
 - CDE
(201.879)
(293.252)
-31,2%
Taxa de Fiscalização dos Serviços de 
 Energia Elétrica - TFSEE
(6.529)
(6.033)
8,2%
Total - Encargos Setoriais
(256.581)
(345.006)
-25,6%
Total - Deduções da Receita
(2.384.886) (2.461.053)
-3,1%
No ano de 2020, as deduções da receita totalizaram R$ 2.384,9 milhões, contra 
R$ 2.461,1 milhões em 2019, redução de 3,1% ou R$ 76,2 milhões, resultado, 
sobretudo, da redução de encargos setoriais, principalmente quotas da CDE. 
Custos e Despesas Operacionais: Os custos e despesas operacionais em 
2020 alcançaram R$ 5.474,0 milhões, um incremento de R$ 660,8 milhões 
em relação ao ano de 2019. Excluindo-se o efeito do custo de construção, 
os custos do serviço e despesa operacional da Companhia, em 2020, 
alcançaram o montante de R$ 4.505,0 milhões, o que representa um aumento 
de 9,4% (R$ 424,5 milhões) em relação ao ano anterior, cujo montante foi 
de R$ 4.080,4 milhões. Este incremento é o efeito das seguintes variações: 
CUSTOS DO SERVIÇO E DESPESAS OPERACIONAIS (R$ MIL)
 
2020
2019 Var. %
Custos e despesas não gerenciáveis
Energia elétrica comprada para 
  revenda
(2.914.038) (2.875.370)
1,3%
Encargos do uso do sistema de 
  transmissão
(405.103)
(281.557)
43,9%
Total - Não gerenciáveis
(3.319.141) (3.156.927)
5,1%
Custos e despesas gerenciáveis
Pessoal
(166.529)
(163.443)
1,9%
Material e Serviços de Terceiros
(452.228)
(388.257)
16,5%
Depreciação e Amortização
(290.723)
(250.350)
16,1%
Custos de Desativação de Bens
(24.746)
(28.305)
-12,6%
Prov. para Créditos de Liquidação 
  Duvidosa
(81.541)
(42.918)
90,0%
Custo de Construção
(969.072)
(732.765)
32,2%
Provisão para riscos fiscais, cíveis e 
  trabalhistas
(28.684)
(22.301)
28,6%
Perda de recebíveis de clientes
(40.917)
(28.910)
41,5%
Receita de multas por 
  impontualidade de clientes
26.090
34.171
-23,6%
Outras Receitas/Despesas 
  Operacionais
(126.551)
(33.214) >100,0%
Total - Gerenciáveis
(2.154.901) (1.656.292)
30,1%
Total - Custos do Serviço e Despesa 
  Operacional
(5.474.042) (4.813.219)
13,7%
No acumulado do ano, os custos gerenciáveis somaram R$ 1.185,8 
milhões, excluindo-se os custos de construção, um aumento de R$ 262,3 
milhões em comparação a 2019. Essa variação, explica-se pelos seguintes 
principais fatores: • Aumento de R$ 64,0 milhões com despesas de materiais 
e serviços de terceiros, decorrente, sobretudo, da adequação de processos 
técnicos e comerciais visando à melhoria da qualidade de atendimento e do 
fornecimento de energia elétrica, bem como a aquisição de equipamentos de 
proteção individual no contexto de prevenção ao COVID-19, e adequações 
tecnológicas; • Aumento de R$ 38,6 milhões na rubrica de Provisão para 
Créditos de Liquidação Duvidosa, em razão do efeito negativo provocado 
pela deterioração econômica registrada no ano decorrente da pandemia do 
COVID-19, além da suspensão dos cortes de energia por meio da REN 
878/20, da ANEEL. • Menor receita de multa por impontualidade de clientes, 
em R$ 12,0 milhões, em razão da suspenção de aplicação das multas; 
• Aumento de R$ 93,3 milhões no grupo de outras despesas operacionais, 
justificado principalmente pelo resultado da reconciliação dos saldos 
contábeis com os sistemas comerciais. EBITDA e Margem EBITDA: O 
EBITDA da Companhia em 2020 atingiu o montante de R$ 684,0 milhões, o 
que representa um aumento de R$ 130,2 milhões em relação ao ano de 2019. 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº063  | FORTALEZA, 18 DE MARÇO DE 2021

                            

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