na preparação das suas demonstrações contábeis. Dessa forma, as informações relevantes próprias das demonstrações contábeis estão sendo evidenciadas e correspondem às utilizadas pela Administração na sua gestão. As demonstrações contábeis incluem estimativas contábeis e também exercício de julgamento por parte da Administração no processo de aplicação de políticas contábeis referentes às perdas de créditos esperadas, perdas esperadas nos estoques, valorização de instrumentos financeiros, realização de tributos diferidos ativos, prazos de depreciação e amortização do ativo imobilizado e intangível, estimativa do valor recuperável de intangíveis de vida útil indefinida, determinação da taxa incremental dos arrendamentos, provisões necessárias para demandas judiciais, mensuração de passivos financeiros a valor justo, reconhecimento do resultado com acordos comerciais e outras similares. As estimativas e os julgamentos significativos estão divulgados no decorrer da Nota 3. A apresentação da Demonstração do Valor Adicionado (DVA), apesar de não requerida pelas IFRS, é obrigatória para as companhias abertas no Brasil. Como consequência, essa demonstração está apresentada como informação suplementar para fins de IFRS, sem prejuízo do conjunto das demonstrações contábeis. A emissão dessas demonstrações contábeis foi autorizada pelo Conselho de Administração da Companhia em 25 de fevereiro de 2021. Durante a elaboração das demonstrações contábeis foram considerados os efeitos provocados pela pandemia do COVID -19, conforme descrito abaixo: Análise dos efeitos da COVID-19 Em 30 de janeiro de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o “novo corona vírus” (COVID-19) é uma emergência de saúde global. O surto desencadeou decisões significativas de governos e entidades do setor privado, que somados ao impacto potencial do surto, aumentaram o grau de incerteza sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras. Em 10 de março de 2020, a Comissão de Valores Mobiliários – CVM emitiu o ofício-circular CVM/SNC/SEP n° 02/20, orientando as companhias abertas a avaliarem de maneira cuidadosa, os impactos do COVID-19 em seus negócios e reportarem nas demonstrações contábeis e informações trimestrais os principais riscos e incertezas advindos dessa análise, observando as normas contábeis aplicáveis. Nesse sentido, a Administração dispensou especial atenção àqueles eventos econômicos que tenham relação com a continuidade dos negócios e/ ou às estimativas contábeis levadas à efeito, como: recuperabilidade de ativos financeiros e não financeiros, tributos sobre o lucro, mensuração de ativos e passivos de arrendamento, mensuração do valor justo, provisões e passivos contingentes, reconhecimento de receita e liquidez e cumprimento de compromissos financeiros. Destaca-se que até o momento não ocorreram de forma sistemática as seguintes situações: i) Interrupção na cadeia de suprimentos, exceto pela falta de produtos cujo a demanda nesse momento é superior a capacidade de produção dos fornecedores; ii) Redução significativa de receita, devido à queda na demanda de clientes no mercado interno; iii) Inadimplência financeira por parte da Companhia ou seus devedores; iv) Rebaixamentos de crédito, que poderia afetar negativamente a capacidade da Companhia de acessar financiamento adequado. A seguir estão detalhadas as avaliações e conclusões sobre os impactos da pandemia no que tange as principais transações da Companhia. Recuperabilidade de ativos financeiros Conforme divulgado na Nota 25 – Instrumentos financeiros, a Companhia está sujeita ao risco de crédito para seus saldos de caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber com administradoras de cartões de crédito e instrumentos financeiros derivativos. Aplicações financeiras, depósitos bancários e instrumentos financeiros derivativos. A Companhia possui saldos a receber de instituições financeiras, referentes a caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras e instrumentos derivativos ativos, no montante de R$ 635.271 em 31 de dezembro de 2020. Tais ativos são mantidos em instituições financeiras sólidas nas quais, embora no atual cenário haja possibilidade de aumento da inadimplência de seus clientes, não existem indicativos de aumento significativo do risco de crédito dessas contrapartes. Adicionalmente, vale ressaltar que o Banco Central implementou diversas medidas para aumentar a liquidez das instituições financeiras, de forma que nenhuma perda é esperada em função da pandemia. Contas a receber de clientes (perdas de créditos esperadas) O risco de crédito dos saldos de contas a receber é mitigado pelo fato de que 32% das vendas da Companhia são realizadas em dinheiro a vista e 67% por meio de cartões de crédito e débito. As operações são extremamente pulverizadas. As operações estão concentradas em grandes operadoras de cartão de crédito, normalmente vinculadas à solidas instituições financeiras. Do total a receber das administradoras de cartão de crédito, 91% do saldo corresponde as operadoras Cielo, cujos acionistas são Banco do Brasil e Banco Bradesco e Rede (cujo acionista é o Banco Itaú), dessa forma, a Companhia considera o risco de inadimplência das administradoras de cartões de crédito extremamente baixo e que os efeitos da pandemia sobre tais contrapartes não são significativos, dessa forma nenhuma perda adicional é esperada. Recuperabilidade de ativos não financeiros Estoques Considerando que a Companhia possui como atividade principal a venda de medicamentos, produtos de higiene pessoal, entre outros produtos de saúde, as operações da Companhia foram consideradas pelas autoridades públicas como essenciais, sendo autorizado a abertura e funcionamento normal das suas lojas. Apenas as operações localizadas em centros comerciais e Shopping Centers sofreram restrição e foram fechadas temporariamente, entretanto a Companhia não possui lojas paralisadas atualmente. Assim como as lojas, os centros de distribuição e transportadores foram autorizados a funcionar normalmente, mediante a adoção de medidas de contenção da proliferação do vírus. Os pedidos de compra junto aos fornecedores não foram comprometidos e continuaram sendo entregues normalmente, não ocorrendo interrupção da cadeia de suprimentos. Após o surgimento dos primeiros casos e confirmação dos primeiros óbitos por COVID-19, a demanda por produtos relacionados a saúde, bem como higiene pessoal, apresentou crescimento significativo, inclusive em valores relativos superiores aos observados antes da pandemia. Dessa forma, a Companhia verificou que os riscos de realização dos estoques por um valor inferior ao valor realizável líquido já estão contemplados dentro das estimativas atuais de perdas e não se espera perdas adicionais em função da pandemia. Imobilizado e intangível Conforme informado anteriormente, as operações da Companhia não sofreram interrupção generalizada, de forma que, hoje, todas as lojas estão operando normalmente. A Companhia monitora individualmente a capacidade de geração futura de fluxos de caixa de cada loja, de forma a identificar tempestivamente casos em que os fluxos de caixa descontados a valor presente sejam inferiores ao investimento realizado. A Administração revisou as principais estimativas utilizadas nos cálculos de recuperabilidade dos ativos (inflação, taxa de crescimento, capex, taxa de desconto, entre outras), porém não foi identificada a necessidade de constituição de provisões adicionais, além daquelas já reconhecidas nas demonstrações contábeis. Tributos diferidos sobre o lucro Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia revisou as principais estimativas utilizadas nas projeções e análises sobre a recuperabilidade dos tributos diferidos sobre o lucro, considerando os eventuais impactos da COVID-19 nos negócios, e não foi identificada a necessidade de redução dos saldos já reconhecidos nestas demonstrações contábeis. Mensuração de ativos de direito de uso e passivos de arrendamento Conforme já comentado, não houve fechamento generalizado de lojas e, em 31 de dezembro de 2020, não há lojas fechadas em função das restrições causadas pela pandemia da Covid-19. Considerando o número reduzido de contratos em negociação e baixa possibilidade de rescisão de tais contratos, não foram observados efeitos significativos sobre os passivos de arrendamento em função da pandemia do COVID-19. Mensuração do valor justo A Companhia mantém contratos derivativos de swap para a proteção contra a exposição cambial de dívidas denominadas em moeda estrangeira. Essas operações são mensuradas a valor justo por meio do resultado. Considerando a natureza dessas operações, e que as contrapartes (instituições financeiras) não deverão sofrer impactos relevantes em suas operações, de forma que comprometa o risco de crédito dessas instituições, consideramos que a COVID-19 não produz impactos sobre a mensuração a valor justo de nossas operações. Provisões e passivos contingentes A Companhia avaliou a natureza das provisões e passivos contingentes e constatou que a COVID-19 não produziu impactos sobre a mensuração contábil de tais transações. Reconhecimento de receita 90 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº067 | FORTALEZA, 23 DE MARÇO DE 2021Fechar