DOE 30/03/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            proveniente de receita de take or pay, que não havia sido prevista. 
Além disso, houve o reconhecimento da margem de comerciali-
zação de 09/2020 a 12/2020 no montante de R$ 5.827, também não 
prevista no orçamento. Em geral, houve redução de R$ 22.065 na 
margem, compensada pelo aumento de R$ 28.056 nas outras receitas 
e a redução de R$ 7.690 nas despesas operacionais, ocasionando 
um aumento de R$ 13.681 no EBITDA em relação ao orçado. O 
resultado financeiro da Companhia teve uma redução de R$ 5.893 
em relação ao orçado, devido à redução da SELIC, que, somado 
aos fatores que impactaram o EBITDA, resultou no lucro R$ 7.007 
maior que o orçado. 
Assim, a pandemia causada por Covid-19 não deve impactar na conti-
nuidade operacional da empresa, uma vez que a margem praticada 
pela Companhia é capaz de cobrir suas despesas e custos e ainda 
gerar lucro. A Companhia não identificou impactos relevantes na 
recuperabilidade de seus ativos, uma vez que a capacidade de geração 
de caixa futura do Intangível é superior ao valor contábil (valor histó-
rico) que está registrado, não sendo reconhecida nenhuma perda por 
redução do valor recuperável. Quanto à expectativa de recebimento 
dos títulos a prazo, a Companhia também não identificou impactos 
relevantes no recebimento de tais títulos.”
3.2) Eventos Subsequentes
Mantendo nossa opinião inalterada enfatizamos como mencionado na nota 
explicativa nº 37 que passamos a transcrever: 
“Nos contratos com os grandes clientes há a previsão contratual de 
incidência de penalidades recuperáveis Take or Pay - TOP, o qual 
também prevê o prazo para recuperação dessa penalidade. Findo 
o prazo de recuperação, tais penalidades, que são controlados no 
passivo da Companhia, são reconhecidas como receita. 
Até dezembro de 2020, um cliente industrial acumulou, durante a 
vigência do contrato, o montante de R$ 19.936, a título de TOP recu-
perável. Tendo em vista o final do contrato, a Companhia finalizou as 
negociações do novo contrato em janeiro de 2021, o qual não espe-
cifica nenhuma transferência de créditos de TOP ou a possibilidade 
de recuperação de penalidades referentes a contratos anteriores. Por 
esta razão, esse montante será reconhecido no resultado da CEGÁS 
em janeiro de 2021, impactando positivamente o EBITDA em R$ 
18.092 e o Lucro Líquido em R$ 15.542, aproximadamente.”
4) Outros Assuntos 
4.1. Demonstração do Valor Adicionado
Examinamos também a Demonstração do Valor Adicionado – DVA, referente 
ao exercício findo em 31 de dezembro de 2020, como informação suplementar, 
cuja apresentação não é requerida como parte integrante das demonstrações 
financeiras para companhias de capital fechado de acordo com as práticas 
contábeis adotadas no Brasil. Essa demonstração foi submetida aos mesmos 
procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, 
estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, 
em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. 
4.2. Relatório de Administração 
A administração da CEGÁS é responsável por essas informações que compre-
endem o Relatório da Administração.
Nossa opinião sobre as demonstrações contábeis individuais não abrange o 
Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma de conclusão 
de auditoria sobre esse relatório.
Em conexão com a auditoria das demonstrações contábeis individuais, nossa 
responsabilidade é a de ler o Relatório da Administração e, ao fazê-lo consi-
derar se esse quando tomado em conjunto com as demonstrações contábeis 
e notas explicativas está, de forma relevante, inconsistente com as precitadas 
demonstrações ou com o cenário econômico-financeiro observado na auditoria 
ou, de outra forma aparenta estar distorcido de forma relevante. Se com base 
no trabalho realizado, concluirmos que há distorção relevante no Relatório 
da Administração, somos requeridos a comunicar esse fato. Neste sentido 
não temos nada a relatar. 
4.3. Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior 
As demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de 
2019, apresentadas exclusivamente para fins de comparabilidade, foram 
examinadas por nossa empresa, cujo relatório emitido em 02 de março de 
2020, sem modificação de opinião. 
5)  Responsabilidade da administração e da governança pelas demonstrações 
contábeis 
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação das 
demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no 
Brasil e pelos controles internos que ela determinou como necessários para 
permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, 
independentemente se causada por fraude ou erro. 
Na elaboração das demonstrações contábeis, a administração é responsável 
pela avaliação da capacidade da CEGÁS continuar operando, divulgando, 
quando aplicável, os assuntos relacionados com a sua continuidade operacional 
e o uso dessa base contábil na elaboração das demonstrações contábeis, a não 
ser que a administração pretenda liquidar a CEGÁS ou cessar suas opera-
ções, ou não tenha nenhuma alternativa realista para evitar o encerramento 
das operações. 
Os responsáveis pela governança da CEGÁS são aqueles com responsabilidade 
pela supervisão do processo de elaboração das demonstrações contábeis. 
6)  Responsabilidades do auditor pela auditoria das demonstrações contábeis 
Nossos objetivos são obter segurança razoável de que as demonstrações 
contábeis, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, inde-
pendentemente se causada por fraude ou erro, e emitir relatório de auditoria 
contendo nossa opinião. Segurança razoável é um alto nível de segurança, 
mas, não, uma garantia de que a auditoria realizada de acordo com as normas 
brasileiras e internacionais de auditoria sempre detectam as eventuais distor-
ções relevantes existentes. As distorções podem ser decorrentes de fraude ou 
erro e são consideradas relevantes quando, individualmente ou em conjunto, 
possam influenciar, dentro de uma perspectiva razoável, as decisões econô-
micas dos usuários tomadas com base nas referidas demonstrações contábeis. 
Como parte da auditoria realizada de acordo com as normas brasileiras e 
internacionais de auditoria, exercemos julgamento profissional e mantemos 
ceticismo profissional ao longo da auditoria. Além disso: 
Identificamos e avaliamos os riscos de distorção relevante nas 
demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude 
ou erro, planejamos e executamos procedimentos de auditoria em 
resposta a tais riscos, bem como obtemos evidência de auditoria 
apropriada e suficiente para fundamentar nossa opinião. O risco de 
não detecção de distorção relevante resultante de fraude é maior 
do que o proveniente de erro, já que a fraude pode envolver o ato 
de burlar os controles internos, conluio, falsificação, omissão ou 
representações falsas intencionais.
Obtemos entendimento dos controles internos relevantes para a 
auditoria para planejarmos procedimentos de auditoria apropriados 
às circunstâncias, mas, não, com o objetivo de expressarmos opinião 
sobre a eficácia dos controles internos da Companhia.
Avaliamos a adequação das políticas contábeis utilizadas e a razo-
abilidade das estimativas contábeis e respectivas divulgações feitas 
pela administração.
Concluímos sobre a adequação do uso, pela administração, da base 
contábil de continuidade operacional e, com base nas evidências de 
auditoria obtidas, se existe incerteza relevante em relação a eventos 
ou condições que possam levantar dúvida significativa em relação à 
capacidade de continuidade operacional da entidade. Se concluirmos 
que existe incerteza relevante, devemos chamar atenção em nosso 
relatório de auditoria para as respectivas divulgações nas demons-
trações contábeis ou incluir modificação em nossa opinião, se as 
divulgações forem inadequadas. Nossas conclusões estão fundamen-
tadas nas evidências de auditoria obtidas até a data de nosso relatório. 
Todavia, eventos ou condições futuras podem levar a Companhia a 
não mais se manter em continuidade operacional.
Avaliamos a apresentação geral, a estrutura e o conteúdo das demons-
trações contábeis, inclusive as divulgações e se as demonstrações 
contábeis representam as correspondentes transações e os eventos 
de maneira compatível com o objetivo de apresentação adequada.
Fortaleza/CE, 26 de fevereiro de 2021.
AUDIMEC – AUDITORES INDEPENDENTES S/S
CRC/PE 000150/O “S” CE 
Luciano Gonçalves de Medeiros Pereira
CONTADOR - CRC/PE 010483/O-9 “S” CE
SÓCIO SÊNIOR 
Phillipe de Aquino Pereira         
CONTADOR - CRC/PE 028157/O-2 “S” CE 
Thomaz de Aquino Pereira
CONTADOR – CRC/PE 021100/O-8 “S” CE
CNPJ N°73.759.185/0001-96
NIRE:23300019431
PARECER DO CONSELHO FISCAL
Senhores Acionistas, Na qualidade de membros do Conselho Fiscal da Compa-
nhia de Gás do Ceará - CEGÁS examinamos o Relatório da Administração 
e as Demonstrações Financeiras relativas ao exercício encerrado em 31 de 
dezembro de 2020, compreendendo: o Balanço Patrimonial, a Demonstração 
do Resultado,  a Demonstração do Resultado Abrangente, a Demonstração dos 
Fluxos de Caixa, a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e a 
Demonstração do Valor Adicionado, com suas respectivas Notas Explicativas, 
bem como a Proposta de Destinação do Lucro Líquido do exercício social findo 
em 31 de dezembro de 2020, apreciada conforme segue: a CEGÁS apresentou 
um Lucro Líquido do exercício no valor de R$ 63.394.914,74 (sessenta e 
três milhões, trezentos e noventa e quatro mil, novecentos e quatorze reais e 
setenta e quatro centavos), está proposto reter como Reserva Legal o valor 
de R$ 2.369.374,06 (dois milhões, trezentos e sessenta e nove mil, trezentos 
e setenta e quatro reais e seis centavos) que corresponde a 3,74% do lucro 
líquido, tendo em vista o limite de 20% previsto na Lei 6.404/76, e como 
Reserva de Incentivos Fiscais R$ 12.748.929,05 (doze milhões, setecentos 
e quarenta e oito mil, novecentos e vinte e nove reais e cinco centavos), 
referente aos benefícios de redução do Imposto de Renda, da Superinten-
dência do Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE, restando o montante 
de R$ 48.276.611,63 (quarenta e oito milhões, duzentos e setenta e seis mil, 
seiscentos e onze reais e sessenta e três centavos), como dividendos totais, 
que descontando R$ 8.608.640,86 (oito milhões, seiscentos e oito mil, seis-
centos e quarenta reais e oitenta e seis centavos) já pagos no exercício como 
Juros Remuneratórios do Capital Próprio, levam ao valor líquido a pagar de 
R$ 39.667.970,77 (trinta e nove milhões, seiscentos e sessenta e sete mil, 
novecentos e setenta reais e setenta e sete centavos). Complementarmente, em 
termos de apresentação no Balanço Patrimonial e da Demonstração das Muta-
ções do Patrimônio Líquido, a administração está propondo como dividendos 
a pagar, no Passivo Circulante, os dividendos mínimos obrigatórios de 25% 
no valor de R$ 7.457.171,76 (sete milhões, quatrocentos e cinquenta e sete 
mil, cento e setenta e um reais e setenta e seis centavos) e o restante do valor 
líquido dos dividendos propostos de R$ 32.210.799,01 (trinta e dois milhões, 
duzentos e dez mil, setecentos e noventa e nove reais e um centavo). Não está 
sendo apresentada proposição de retenção para fazer frente ao Orçamento de 
Capital. Considerando que a documentação verificada está em boa ordem, de 
acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, conforme o Relatório da 
AUDIMEC Auditores Independentes S/S, de 26 de fevereiro de 2021, cujo 
parecer se apresenta sem ressalvas, assim como, a aprovação do Conselho 
de Administração em sua reunião 223 de 23/03/2021 do encaminhamento 
à Assembleia Geral após ouvido o Conselho Fiscal. Este Conselho Fiscal 
manifesta-se favoravelmente à aprovação do Relatório de Administração e 
das Demonstrações Financeiras da CEGÁS do exercício social findo em 31 
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº073  | FORTALEZA, 30 DE MARÇO DE 2021

                            

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