DOE 05/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            continuação
Descrição
Controladora
Consolidado
2020
2019
2020
2019
Ativos financeiros
 Aplicações financeiras 
  indexadas ao CDI
1.228.073
365.284 1.228.199
365.284
Passivos financeiros
 Operações em moeda 
  estrangeira com derivativos 
  atrelados ao CDI (1)
(856.128) (499.191) (856.128) (499.191)
 Financiamentos indexados 
  ao CDI e TJLP
(579.936) (267.770) (579.936) (267.770)
Ativos - Passivos
(207.991) (401.677) (207.865) (401.677)
(1) Vide item iv - Risco de taxa de câmbio.
Análise de sensibilidade à variação do CDI: O quadro abaixo mostra a proje-
ção de perda que seria reconhecida nos próximos 12 meses, caso fosse manti-
da a posição dos ativos indexados ao CDI líquidos dos passivos atrelados ao 
CDI e à TJLP em R$ 207.865.
Descrição
Posição 
em risco
Risco
Cenário 
provável
Cenário 
possível
Cenário 
remoto
Passivos líquidos
(207.865)
Aumento  
do CDI
-
(987)
(1.975)
O cenário provável considerou a manutenção da cotação do CDI em 31 de 
dezembro de 2020 em 1,90% a.a. Os demais cenários, possível e remoto, con-
sideraram um acréscimo da cotação em 25% (2,38% a.a.) e 50% (2,85% a.a.), 
respectivamente. A Administração da Companhia entende que é baixo o risco 
de grandes variações no CDI em 2021, levando-se em conta o histórico e as 
projeções do mercado. e) Contabilidade de proteção (Hedge Accounting): 
A partir de julho de 2020, a Companhia passou a adotar, com efeitos prospec-
tivos, a contabilidade de hedge nas operações com os instrumentos financei-
ros derivativos a termo (NDF), opções e futuros, à medida que se qualificam 
na relação de proteção de hedge de fluxo de caixa. Tais instrumentos de hedge 
designados à contabilidade de hedge estão em perfeito alinhamento ao objeti-
vo e a estratégia de gerenciamento de risco da Companhia. No início de uma 
relação de hedge, a Companhia formalmente designa a relação de hedge pre-
parando a devida documentação que inclui: a identificação do instrumento de 
hedge, a identificação do item protegido, natureza do risco a ser coberta, a 
relação de proteção e análise da eficácia do hedge demonstrando que há rela-
ção econômica entre item protegido e instrumento de hedge, índice de hedge 
e como a efetividade será avaliada. O item protegido, em geral, trata-se de 
fluxo de caixa futuro de aquisição de insumos sujeitos ao risco de variação 
cambial (trigo, óleo, açúcar e cacau), baseado em projeção orçamentária e 
forecast intermediários. Desse modo, o item protegido (compras futuras de 
matérias-primas importadas) é considerado transação altamente provável e 
qualifica-se como objeto de hedge à medida que estes insumos são essenciais 
para o processo produtivo da Companhia. Os instrumentos derivativos utili-
zados para proteção do risco cambial possuem uma relação econômica direta 
com o risco do objeto, já que se configuram por operações nas mesmas moe-
das em que as importações de matérias-primas. Na determinação do índice de 
hedge, a quantidade de instrumentos de proteção designados para contabili-
dade de hedge não excede a quantidade de itens que a Companhia efetiva-
mente deseja proteger baseado na estratégia de proteção aprovada no comitê 
de hedge, não refletindo, portanto, desequilíbrio entre as duas posições (item 
de proteção vs item protegido). Caso a proteção deixe de atender ao índice de 
hedge, mas o objetivo do gerenciamento de risco permanece inalterado, a 
Companhia poderá “reequilibrar” o índice de hedge para atender aos critérios 
de qualificação. No tocante a avaliação da efetividade do hedge, a Companhia 
adota o método do dollar offset méthod (ratio analysis), que consiste na com-
paração da variação de valor justo do instrumento de hedge com a variação de 
valor justo do objeto de hedge, sendo prospectivo, com avaliação no início da 
proteção. Os testes de efetividade subsequentes serão realizados a cada fecha-
mento trimestral e anual, ou por ocasião de alteração significativa nas cir-
cunstâncias que afetam os requisitos de efetividade de hedge, o que ocorrer 
primeiro. A principal fonte de inefetividade na relação de proteção é o possí-
vel descasamento entre os vencimentos dos instrumentos e as datas em que 
ocorrem as compras. No entanto, este descasamento está limitado ao período 
do mês de designação, de forma a não comprometer a relação de hedge. Desse 
modo, entende-se que não existem fontes de inefetividade relevantes que pos-
sam comprometer a relação de hedge. 
Os efeitos das relações de hedge formalmente designadas estão demonstrados 
a seguir:
Descrição
Controladora e Consolidado
Hedge de fluxo de caixa
Ganhos em instrumentos derivativos
16.323
(-) Ajustes ao custo de matéria prima
 objeto de proteção
(16.161)
Variações no valor justo de
 contatos derivativos
11.053
(-) Reclassificação para resultado financeiro
(162)
Saldos em 31 de dezembro de 2020
11.053
de câmbio: Os resultados da Companhia são suscetíveis a variações significa-
tivas, em função dos efeitos da volatilidade da taxa de câmbio, em especial, 
sobre os passivos atrelados a moeda estrangeira dólar e euro, decorrentes de 
importações das principais matérias primas, trigo em grão e óleo vegetal de 
soja e de palma, além de capital de giro. Como estratégia para prevenção e 
redução dos efeitos da flutuação da taxa de câmbio nos resultados, a Compa-
nhia tem procurado evitar ou minimizar o descasamento entre ativos e passi-
vos indexados em moeda estrangeira, mediante avaliação de contratação de 
operações de proteção cambial, mais usualmente operações de swap. Nesse 
sentido, em 31 de dezembro de 2020, a Companhia possuía dezessete contra-
tos vigentes de operações de swap para proteção dos financiamentos de im-
portação de trigo (FINIMP) e de capital de giro, com diversos vencimentos, 
até 22 de dezembro de 2025, em que na ponta ativa recebe, em média, dólar 
mais 2,4624% e na ponta passiva paga, em média, 176,16% do CDI. Os valo-
res de referência (nocional) totalizaram R$ 818.738 e o valor justo bruto a 
receber desses instrumentos derivativos em 31 de dezembro de 2020 totaliza-
va R$ 14.022.
Contratos de swap
Valor de 
referência
Valor da curva
Valor justo
2020
2019
2020
2019
2020
2019
Posição ativa
Moeda 
 estrangeira (USD)
818.738 339.803 856.128 365.232 877.164 364.794
Moeda 
 estrangeira (EUR)
- 130.000
- 133.943
- 133.165
Posição passiva
CDI
818.738 469.803 827.955 489.710 863.142 489.779
Resultado
-
-
28.173
9.465
14.022
8.180
Dessa forma, em 31 de dezembro de 2020, a Companhia não apresentou des-
casamentos relevantes na posição de ativos e passivos sensíveis à variação 
cambial, conforme demonstrado a seguir:
Descrição
Controladora
Consolidado
2020
2019
2020
2019
Empréstimos/financiamentos 
 em moeda estrangeira (a)
856.128
499.191
856.128
499.191
Contratos de swap (b)
(856.128) (499.175) (856.128) (499.175)
Ativos em moeda estrangeira (b)
-
-
(7)
(6)
Superávit apurado (a-b)
-
16
(7)
10
Adicionalmente, como estratégia para prevenção e redução dos efeitos da flu-
tuação da taxa de câmbio nos resultados, a Companhia implementou a políti-
ca de hedge e passou a contratar operações baseadas nas projeções de fluxo de 
caixa futuros a partir das previsões orçamentárias e de forecasts intermediá-
rios, mediante contratação de operações a termo (“Non Deliverable Forward 
- NDF”) e opções. Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia possuía cin-
quenta e cinco contratos de operações a termo com vencimentos até 
01/07/2021 e 38 contratos de opções com vencimento até 03/05/2021, bem 
como valor de referência (nocional) e valor justo, conforme segue:
Descrição
Objeto de 
proteção
Moeda 
referência 
(notional)
Valor de 
referência 
(notional) Valor justo
NDF - US$ /R$
Moeda
US$
119.819
(3.449)
Opções - US$ /R$
Moeda
US$
49.621
(1.530)
Total
 
 
 
(4.979)
Esses instrumentos financeiros foram designados como hedge de fluxo de 
caixa, cujos efeitos estão demonstrados no” item e” desta nota explicativa que 
versa sobre contabilidade de proteção (hedge accounting). Como já mencio-
nado no item “Risco de mercado: preço das commodities”, a Companhia 
mantinha contratos firmados de compra de trigo e óleo para pagamento e en-
trega futura com total estimado de óleo em US$ 99.125 e de trigo U$$ 43.035, 
sujeito a risco de variação cambial (US$ 115.594 em 31 de dezembro de 
2019). Análise de sensibilidade à variação do dólar dos contratos de compra 
de trigo para entrega futura: A análise de sensibilidade levou em conta a 
possibilidade de três cenários de variação do dólar e os respectivos resultados 
futuros de óleo e trigo que seriam gerados. O cenário provável considerou a 
cotação do dólar de R$ 5,1967 no mesmo patamar de fechamento em 31 de 
dezembro de 2020. Os demais cenários, possível e remoto, consideraram um 
aumento na cotação do dólar em 25% (R$ 6,4959) e 50% (R$ 7,7951) respec-
tivamente.
Descrição
Posição em 
risco (USD)
Risco
Cenário 
provável
Cenário 
possível (R$)
Cenário 
remoto (R$)
Contratos de
 aquisição
 de trigo
142.160
Alta do 
dólar
-
(184.691)
(369.381)
v. Risco de taxa de juros: A Companhia está exposta, principalmente, às va-
riações nas taxas de juros CDI e TJLP nas aplicações financeiras e emprésti-
mos e financiamentos.
continua
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº078  | FORTALEZA, 05 DE ABRIL DE 2021

                            

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