DOE 05/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

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Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e 
financeira da M. Dias Branco S. A. Indústria e Comércio de Alimentos e da M. Dias Branco S. A. Indústria e Comércio de Alimentos e suas controladas 
em 31 de dezembro de 2020, o desempenho de suas operações e os seus respectivos fluxos de caixa, bem como o desempenho consolidado de suas 
operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as normas 
internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).
Base para opinião
Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades, em 
conformidade com tais normas, estão descritas na seção a seguir, intitulada “Responsabilidades do auditor pela auditoria das 
demonstrações financeiras individuais e consolidadas”. Somos independentes em relação à Companhia e suas controladas, de acordo 
com os princípios éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e nas normas profissionais emitidas pelo 
Conselho Federal de Contabilidade, e cumprimos com as demais responsabilidades éticas conforme essas normas. Acreditamos que 
a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.
Principais Assuntos de Auditoria
Principais Assuntos de Auditoria (PAA) são aqueles que, em nosso julgamento profissional, foram os mais significativos em nossa 
auditoria do exercício corrente. Esses assuntos foram tratados no contexto de nossa auditoria das demonstrações financeiras 
individuais e consolidadas como um todo e na formação de nossa opinião sobre essas demonstrações financeiras individuais e 
consolidadas e, portanto, não expressamos uma opinião separada sobre esses assuntos.
Nossa auditoria para o exercício findo em 31 de dezembro de 2020 foi planejada e executada considerando que as operações da 
Companhia e suas controladas não apresentaram modificações significativas em relação ao exercício anterior. Nesse contexto, os 
Principais Assuntos de Auditoria, bem como nossa abordagem de auditoria, mantiveram-se substancialmente alinhados àqueles do 
exercício anterior, exceto pela  inclusão do PAA relacionado a adoção da contabilidade de proteção “hedge accounting” 
ocorrida no exercício. 
Porque é um PAA
Como o assunto foi conduzido em nossa auditoria
Reconhecimento de receita (Notas 5.) e Nota 27 às demonstrações financeiras)
a. Avaliação do adequado reconhecimento da receita
A Companhia opera na comercialização de seus produtos a partir de 14 
plantas industriais localizadas em 9 estados do país, além de 38 centros de 
distribuição em 17 estados. 
O processo de reconhecimento de receita envolve um número elevado de 
controles, a fim de assegurar que as receitas de vendas sejam reconhecidas 
no período de competência correto, conforme práticas contábeis vigentes.
Esse processo leva em consideração ainda a existência de condições e 
termos contratuais distintos dependendo do tipo de transação.
Os riscos observados e que continuaram demandando foco em nossa 
auditoria referem-se ao reconhecimento de receita fora do período de 
competência e/ou estimativas e premissas para estimar essas receitas, 
na medida em que envolve: (a) a análise dos itens faturados no final do 
mês, para cada destino de entrega dos produtos acabados, uma vez que a 
Companhia efetua ajuste de corte das vendas levando em consideração o 
prazo médio de entrega de cada uma das suas rotas. Para aquelas rotas em 
que o produto ainda esteja em trânsito em 31 de dezembro, a Companhia 
efetua o ajuste de corte e (b) métrica relevante para avaliação de 
performance das vendas e indicador para cumprimento de metas internas.
As evidências de auditoria consideradas apropriadas e suficientes foram 
obtidas por meio de uma combinação de testes de controles e testes de 
transações, cujos principais estão detalhados a seguir: 
(i) Atualizamos o entendimento e testamos a efetividade dos controles-
chave implementados pela Companhia para a determinação do momento 
adequado de reconhecimento de receita; 
(ii) Selecionamos uma amostra de transações de venda a prazo e testamos 
a liquidação subsequente de saldos e inspecionamos a documentação de 
entrega dos produtos vendidos e documentação-suporte que evidencia que 
a transação de venda ocorreu; 
(iii) Selecionamos, em base amostral, transações de vendas ocorridas antes 
e depois da data de encerramento do exercício, de maneira a observar se a 
receita foi reconhecida na competência correta; 
(iv) Para transações de vendas selecionadas, inspecionamos os canhotos de 
entrega, a fim de confrontar o prazo efetivo da entrega com o prazo médio 
estimado pela Companhia em seu ajuste de corte das vendas; 
(v) Comparamos, em base de testes, lançamentos contábeis com pedidos 
de clientes, notas fiscais e o efetivo recebimento das vendas, bem como 
efetuamos análise de números sequenciais de emissão de notas fiscais e; 
(vi) Avaliamos a adequação das divulgações da Companhia em relação 
a esse assunto. Consideramos que os critérios e premissas adotados pela 
Administração para o reconhecimento da receita no correto período de 
competência, são consistentes com as informações obtidas em nossos 
trabalhos.
b. Mensuração da receita líquida
A Companhia possui uma variedade de acordos comerciais junto aos seus 
clientes, que resultam na concessão de descontos, e que variam de acordo 
com as quantidades e categorias de mercadorias vendidas. A maioria dos 
descontos está refletida nos preços cobrados aos clientes ou são baseados 
em percentuais fixos, ligados à quantidade de mercadorias vendidas. 
Há pouca estimativa e julgamento envolvido na determinação do período 
e nos valores a serem reconhecidos. Contudo, devido ao elevado número 
de contratos em vigor e à quantidade de filiais existentes, identificamos um 
risco potencial de erro no processamento destas transações, especialmente 
relacionados à valorização dos respectivos descontos e de eventual registro 
fora do período apropriado.  Dessa forma, mantivemos esse tema como um 
dos focos em nossa auditoria.
Como resposta a esse assunto, executamos os seguintes procedimentos de 
auditoria, entre outros:
(i) Efetuamos atualização do entendimento e testamos a efetividade dos 
controles referentes aos cálculos e registros dos descontos comerciais;
(ii) Inspecionamos, por amostragem, contratos para análise das condições 
contratuais, tendo recalculado os descontos comerciais; e
(iii) Conferimos registros contábeis selecionados, analisando a adequação 
dos valores registrados, bem como sua respectiva competência, 
apresentação e divulgação nas demonstrações financeiras.
O resultado dos nossos procedimentos nos proporcionou evidência 
apropriada e suficiente de auditoria. 
Provisões para riscos cíveis, trabalhistas e tributários (Nota 23 às demonstrações financeiras)
A Companhia está envolvida em ações judiciais e processos 
administrativos perante alguns tribunais e órgãos governamentais. As 
estimativas de perda são avaliadas pela administração periodicamente 
e levam em consideração as posições dos assessores jurídicos que 
patrocinam as causas. A estimativa de perda provável, bem como a 
mensuração dessas provisões envolvem julgamento dos assessores 
jurídicos e da Administração, e dependem do estágio de cada processo e do 
andamento de jurisprudências, que podem mudar com o passar do tempo. 
Mantivemos essa área como foco de nossa auditoria em função do grau de 
julgamento envolvido na determinação da probabilidade de perda atribuída 
a cada processo.  Mudanças nos prognósticos e/ou julgamentos podem 
trazer impactos significativos sobre a posição patrimonial e financeira e 
desempenho das operações da Companhia.
Entre outros, efetuamos os procedimentos descritos a seguir, com o apoio 
de nossos especialistas tributários:
(i) Entendimento dos controles internos da área, envolvendo a 
identificação, a constituição de passivos e as divulgações em notas 
explicativas;
(ii) Revisão das principais atas de reuniões e reuniões com a administração 
para discussões de processos judiciais; 
(iii) Solicitamos e obtivemos confirmações, diretamente com os assessores 
jurídicos externos da Companhia, sobre as informações dos processos, 
incluindo o prognóstico de perda, e comparamos com os relatórios 
analíticos e saldos contábeis registrados pela administração; e
(iv) Avaliamos se as divulgações das contingências mais significativas 
foram adequadamente incluídas em nota explicativa. 
Consideramos que os critérios e premissas adotados pela Administração 
para a determinação da provisão para passivos contingentes, assim como 
divulgações efetuadas, são consistentes com as informações obtidas ao 
longo dos nossos trabalhos.
continua
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº078  | FORTALEZA, 05 DE ABRIL DE 2021

                            

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