DOE 09/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            multa além dos juros e correção pelo período de tempo decorrido.
Devido à pandemia, os prazos recursais permaneceram suspensos e, portanto, 
não foram recepcionadas novas GRU durante o 2T20 e 3T20. Ao longo do 
quarto trimestre de 2020, a ANS regularizou a emissão de novas GRU, com 
impacto líquido de R$106,5 milhões na provisão. Durante o 4T20, foram 
recebidos dois novos lotes de ABI (nºs. 83 e 84). Por conta da aceleração do 
envio de GRU e alterações do percentual do histórico de cobrança enviado pela 
ANS, houve mais reversões que constituições de provisão de ABI, com impacto 
líquido positivo em R$16,0 milhões. O processo de envio e provisionamento 
de GRU foi regularizado no quarto trimestre de 2020 e a expectativa é de que 
o processo passe a fluir dentro da normalidade de agora em diante.
R$ milhões 
4T20 4T19 2020 2019
Variação das Provisões de ABI 
(16,0) 44,6 
38,9 61,0
Principal cobrado nas GRU 
106,5 35,0  145,3  56,5
Juros, correção monetária e multas 
-    32,3 
-    48,4
Reclassificação de juros, atualização monetária 
e multas para resultados financeiros 
- (48,4) 
- (48,4)
Ressarcimento ao SUS – Empresas adquiridas 
15,3 
5,5 
27,7  
5,5
Ressarcimento ao SUS – Custo Assistencial 
105,8  69,0 211,9  122,9 
Juros, multas e correção monetária 
22,6  48,4 
75,1  48,4
Ressarcimento ao SUS – Resultado Financeiro 22,6 48,4 
75,1  48,4
Ressarcimento ao SUS – Total 
128,3   117,4  287,0  171,3 
9. DESPESAS COM VENDAS
O índice de despesas de vendas foi de 7,4% no 4T20 e 7,8% em 2020, redução 
de 0,8 p.p. e de 1,4 p.p. na comparação com os mesmos períodos do ano 
anterior. A redução do índice é justificada, principalmente: (i) pelas empresas 
adquiridas que operam com índice de despesa de vendas menor que o do 
Hapvida;  (ii) pela alavancagem operacional com algumas despesas como 
publicidade e propaganda apresentando crescimento menor que o da receita 
nos períodos comparativos; e (iii) pela redução do nível de inadimplência o que 
reduziu a constituição de provisão para créditos de liquidação duvidosa.
10. DESPESAS ADMINISTRATIVAS
O índice de despesas administrativas foi de 9,1% no 4T20 e de 9,6% no 
ano, redução de 1,5 p.p. e 0,6 p.p. na comparação com os mesmos períodos 
do ano anterior. Os principais impactos positivos para essa redução foram: 
(i) serviços de terceiros referentes a despesas relacionadas às iniciativas de 
M&A ocorridas no 4T19 e que não se repetiram (R$39,0 milhões no 4T19 e 
2019);  e (ii) reclassificação de valores que estavam registrados como despesas 
administrativas referentes a certos serviços prestados nas operações das 
empresas São Francisco Resgate (remoção médico-hospitalar) e Documenta 
(diagnóstico por imagem) que são, por natureza, custos assistenciais (R$4,3 
milhões no 4T20 e R$9,6 milhões em 2020). Os impactos negativos foram:  
(i) dissídio coletivo e contratação de novos colaboradores (R$7,1 milhões no 
4T20 e R$25,2 milhões em 2020);  (ii) incremento de remuneração variável 
(R$2,4 milhões no 4T20 e R$26,3 milhões em 2020); e  (iii) maior provisão 
para contingências comparativamente referente a reversão de R$ 14,9 milhões 
do reconhecimento de causa transitado e julgado relativo a reembolso de taxa 
de saúde suplementar paga em exercícios anteriores ocorrida no 4T19 e que 
não se repetiu em no 4T20 e em 2020. 11. EBITDA
O Ebitda de R$431,8 milhões no 4T20 e de R$2.019,6 milhões no ano de 
2020 representando crescimentos de 15,2% e 63,8% respectivamente aos 
mesmos períodos comparativos do ano anterior. A margem Ebitda no 4T20 
foi de 19,0% e de 23,6% em 2020, redução de 2,0 p.p. no 4T20 e aumento de 
1,7 p.p. em 2020 na mesma comparação.
12. ENDIVIDAMENTO
Ao final de 2020, a Companhia apresentou saldo de R$2.016,4 bilhões 
composto da captação da sua primeira debênture, bem como um saldo de 
dívida remanescente proveniente do balanço das empresas adquiridas de 
R$60,9 milhões. O gráfico abaixo demonstra o cronograma de pagamento da 
dívida consolidada. O índice de dívida financeira líquida/EBITDA no 4T20 é 
de -0,6x em função da posição de caixa líquido de R$1,4 bilhão.
Dívida líquida/
Ebitda (R$ milhões) 
31/12/2020
Dívida de curto prazo* 
39,3
Dívida de longo prazo* 
2.023,4
Outras contas a
 pagar (empresas adquiridas) 
232,5
Dívida total 
2.295,2
(-) Caixa e equivalentes
de caixa e aplicações
 financeiras 
3.702,6
Dívida líquida
 (Caixa líquido) 
(1.407,5)
EBITDA LTM** 
2.241,1
Dívida líquida/
 EBITDA LTM** 
-0,6x
*Saldo de dívida considera o valor das debêntures líquidas dos respectivos 
custos de transações somado às outras linhas de financiamentos líquidos dos 
respectivos instrumentos financeiros. **Ebitda ajustado excluindo as provisões 
para perdas no valor recuperável do contas a receber.
13. RESULTADO FINANCEIRO
O resultado financeiro líquido no 4T20 totalizou despesa de R$30,0 milhões 
(despesas financeiras de R$55,7 milhões e receitas de R$25,8 milhões) e 
uma despesa de R$134,5 milhões em 2020 (despesas financeiras de R$286,7 
milhões e receitas de R$152,2 milhões), influenciado:  (i) pelo reconhecimento 
pro-rata dos juros provisionados referente às debêntures emitidas no 
montante de R$11,1 milhões no 4T20 e R$61,1 milhões em 2020;  (ii) pelo 
reconhecimento dos juros de arrendamento de R$23,7 milhões no 4T20 e 
R$85,3 milhões em 2020;  (iii) pelo maior volume de despesas com juros, 
multas e correção monetária relativas, em grande parte, ao ressarcimento ao 
SUS que, a partir do 4T19, passou a ser contabilizado em despesas financeiras, 
no montante de R$23,4 milhões no 4T20 e R$79,9 milhões em 2020; e 
(iv) menores receitas financeiras como consequência tanto da redução do 
saldo de caixa (após o pagamento de aquisições) quanto do decréscimo da 
taxa básica de juros (Selic).
14. DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
Os gastos com depreciação e amortização totalizaram R$258,6 milhões no 
4T20 e R$752,5 milhões em 2020, equivalente a 0,9% e 2,5%  respectivamente, 
do saldo médio dos ativos patrimoniais respectivos. O principal aumento nessa 
conta refere-se à amortização de mais-valia da carteira de clientes e das marcas 
das empresas adquiridas em função da determinação de vida útil atrelada às 
mesmas que, em conjunto, foi de R$194,1 milhões no 4T20 (R$65,0 milhões 
no 4T19) e de R$521,9 milhões em 2020 (R$65,0 milhões em 2019).
15. IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº082  | FORTALEZA, 09 DE ABRIL DE 2021

                            

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