DOE 09/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará
Os valores de caixa e equivalente a caixa, contas a receber e fornecedores não estão incluídos na tabela acima por ter o seu valor contábil próximo do seu valor
justo devido aos vencimentos desses instrumentos financeiros no curto prazo. As aplicações financeiras em CDB tem valor justo similar ao valor contábil
registrado, pois tem carência de até 90 dias, são remuneradas por taxas de juros indexadas a curva do DI (Depósitos Interfinanceiros), e, são emitidos por
instituições financeira de primeira linha. (ii) Mensuração a valor justo - Os ativos e passivos avaliados a valor justo são mensurados da seguinte forma:
a) Fundos de investimento - Obtido a partir dos valores das quotas divulgadas pelas instituições financeiras. b) Instrumentos Financeiros Derivativos - O
valor justo dos instrumentos financeiros derivativos é determinado com base nos valores divulgados pelas instituições financeiras. c) Contraprestação
contingente. - O modelo de avaliação considera o valor presente dos pagamentos futuros esperados, descontado por uma taxa ajustada ao risco. O valor
considerado como nível 3, refere-se substancialmente às aquisições do Grupo São José e Medical, as quais estão detalhadas na nota explicativa n° 3.
Instrumentos financeiros derivativos - Em 31 de dezembro de 2020 , a Companhia possui contratos de instrumentos financeiros derivativos (SWAP
cambial), utilizados para reduzir a exposição à volatilidade do câmbio de moeda estrangeira.
Instrumento
Vencimento
Ponta ativa
Ponta Passiva
Valor Justo
Nocional Valores a receber
Swap cambial
abr/22
€ + 0,9567% a.a
100% CDI
7.517
R$ 25.000
7.517
Swap cambial
mar/22
U$ + 3,876% a.a
100% CDI+ 1,4% a.a
7.029
R$ 25.000
7.029
14.546
14.546
(iii) Gerenciamento de risco - a) Riscos de mercado - O Grupo possui uma política formalizada para realizar investimentos e para utilizar instrumentos
financeiros em suas atividades. A Política de Investimentos possui as seguintes premissas: (i) investir a integralidade dos investimentos no segmento de renda
fixa e de baixo risco; (ii) investir a maioria dos recursos em ativos de liquidez imediata e uma menor parte com carência de até 90 dias, montante este embasado
pelas expectativas de uso dos recursos com crescimento orgânico e aquisições; (iii) investir em instrumentos financeiros com desempenho bruto estimado de
99,5% do CDI; (iv) investir em aplicações em instituições de primeira linha com limite individual de 35%, e até 10% em instituições financeiras de primeira
linha, com limite individual de 35% e até 10% em instituições de segunda linha, com limite individual de 5%; (v) atender integralmente às normativas da
ANS; e (vi) manutenção da maior parte dos investimentos até o vencimento. Periodicamente, a área Financeira consolida indicadores e relatórios de gestão
dos investimentos e dos instrumentos financeiros em uma análise detalhada da distribuição, riscos, vencimentos, rendimentos, desempenhos e resultados,
abordando os aspectos mais relevantes do ambiente macroeconômico e garantindo alinhamento à política de investimentos em instrumentos financeiros.
Análise de sensibilidade - Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia e suas controladas possuem a seguinte sensibilidade de seus ativos e passivos
financeiros com base na variação da taxa básica de juros da economia (CDI), cujos impactos estão projetados nos cenários abaixo. A Companhia considera
o CDI divulgado em 31 de dezembro de 2020 como cenário provável.
Saldo
Cenário
Cenário
Cenário
Cenário
Saldo
-50%
-25%
Provável
+25%
+50%
31/12/2020
Risco
(0,95%)
(1,43%)
(1,90%)
(2,38%)
(2,85%)
Aplicações financeiras
Saldo de aplicações financeiras (vinculadas)
1.003.827
100% CDI
9.536
14.305
19.073
23.841
28.609
Saldo de aplicações financeiras (livres)
2.519.679
100% CDI
23.937
35.905
47.874
59.842
71.811
Debêntures
Debêntures - Série 1
1.779.444
109% CDI
16.905
25.357
33.809
42.262
50.714
Debêntures - Série 2
236.892
110,55% CDI
2.250
3.376
4.501
5.626
6.751
b) Risco de subscrição - Política de Precificação - Empresas que operam negócios de planos de saúde e odontológicos estão expostas a riscos relacionados
à volatilidade dos custos. Os planos odontológicos são menos sensíveis que os planos de saúde, devido à menor frequência de uso e menor complexidade
dos tratamentos. Quando o Grupo desenvolve um novo produto, ele analisa diversas variáveis para definir o preço desse produto, como a área demográfica
onde o produto será oferecido, a frequência dos beneficiários para aquela área com base em dados históricos e os custos dos principais inputs da área na qual
o produto será vendido (médicos, profissionais de saúde, preço de mercado dos principais procedimentos). Com base nessas análises, o Grupo determina
o preço dos planos de saúde e odontológico. Cada empresa de médio e grande portes possui sua taxa de sinistralidade calculada anualmente, quando o
Grupo está negociando os reajustes de preço de planos de saúde e/ou odontológico (clientes individuais são regulados pela ANS). Com base nos resultados
históricos de utilização da rede de atendimento controlada por biometria, e com base nas expectativas de custo relacionadas a esses clientes, é determinado
o aumento de preço desse contrato. Essa prática mitiga o risco do cliente de trazer perdas constantes para o Grupo. Em relação a planos individuais, o preço
dos produtos considera um valor adicional porque esse tipo de cliente historicamente tem maior uso da rede de serviços. Análise de sensibilidade - Uma das
formas de mensurar possíveis impactos nos resultados e patrimônio líquido, decorrentes dos riscos de subscrição, é sensibilizar as variáveis que possam
ser afetadas devido ao processo de subscrição dos produtos ou inadequação de preços. As análises de sensibilidade a seguir, simulam os possíveis impactos
no resultado e no patrimônio líquido, de alterações em parâmetros operacionais antes e depois da contratação:
31 de dezembro de 2020 - Consolidado
Efeito no resultado antes dos impostos
Efeito no resultado após impostos e impacto no PL
Aumento de 5% nos sinistros
(260.449)
(171.896)
Aumento de 5% nas despesas administrativas e vendas
(104.212)
(68.780)
Redução de 5% nos sinistros
260.449
171.896
Redução de 5% nas despesas administrativas e vendas
104.212
68.780
Apuração das provisões técnicas - A apuração das provisões técnicas é realizada mensalmente pela equipe atuarial, sendo acompanhada pela equipe de
Controladoria na mensuração da necessidade de ativos garantidores no encerramento de cada trimestre, de acordo com os critérios previstos no art. 2º da
RN ANS nº 392, para cumprimento obrigatório de exigências do órgão regulador do setor. Adicionalmente, o Grupo avalia, a cada data de balanço, se seu
passivo está adequado, utilizando estimativas correntes de fluxos de caixa futuros de seus contratos, realizando os testes de adequação de passivos. Se essa
avaliação mostrar que o valor do passivo por contrato está inadequado à luz dos fluxos de caixa futuros estimados, toda a insuficiência de provisão técnica
deve ser reconhecida no resultado do exercício. O Grupo não registrou ajustes decorrentes dos testes de adequação de passivos. A Nota Explicativa nº 21
apresenta as provisões técnicas, suas naturezas e a composição de cada obrigação relacionada ao SUS, devido a suas particularidades previstas pela regulação.
c) Risco operacional - O risco operacional é definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes de falha, deficiência ou inadequação de
processos internos, pessoas e sistemas, ou de eventos externos. A atividade de monitoramento e gerenciamento de risco operacional tem o objetivo de mitigar
a materialização de riscos que possam resultar em prejuízos à qualidade das operações durante a disponibilização da cobertura contratada e/ou a prestação
de serviços. A identificação dos riscos operacionais e controles a eles associados é realizada através do mapeamento dos fluxos organizacionais, de modo
que, quando identificados, procede-se à quantificação dos impactos de tais riscos, considerando o padrão esperado quanto à sua frequência e gravidade por
meio de metodologias específicas aplicáveis a cada risco avaliado. Cabe ressaltar que ações mitigatórias são relevantes para propiciar um ambiente com
maior estabilidade e controle, na medida em que tem propósito efetivamente preventivo. Nesse sentido, a implantação de protocolos de procedimentos
que orientam a atuação dos profissionais que atuam na operação dá uma relevante contribuição para que os serviços sejam executados dentro dos padrões
técnicos e de segurança estabelecidos pelas áreas responsáveis pela elaboração dos manuais. Adicionalmente, existem áreas de controle com funcionamento
24h que monitoram em tempo real os principais indicadores de atendimento ao usuário nas unidades de rede própria a Companhia. Ambas as ferramentas
são importantes instrumentos para identificação de situações fora do padrão esperado, permitindo uma atuação ágil e eficaz da administração antes que
ocorram desdobramentos com impactos na operação. d) Riscos de créditos - Risco de crédito é o risco de a Companhia incorrer em perdas decorrentes
de um cliente ou de uma contraparte em um instrumento financeiro, decorrentes da falha destes em cumprir com suas obrigações contratuais. O risco é
basicamente proveniente das contas a receber de clientes e caixas e equivalentes de caixa e aplicações financeiras. Contas a receber - Risco de crédito para
a Companhia é considerado como baixo pela Administração, principalmente para a operadora de planos de saúde em que as mensalidades são pagas antes
da prestação dos serviços. A maior parte das contas a receber da Companhia é relacionada ao risco do período de cobertura. Conforme apresentado na Nota
Explicativa nº 13, cerca de 38% do contas a receber possui mais de 60 dias em atraso. Além disso, para reduzir o risco de pagar os custos do tratamento
sem o recebimento, a Operadora adota a prática do cancelamento dos planos em atraso, conforme regulamentado pela ANS para a operadora de planos
de saúde. O Grupo estabelece uma provisão para redução ao valor recuperável que consiste na utilização de fatores relacionados às perdas observadas em
séries temporais recentes, ajustando as taxas históricas de perdas de modo a refletir as condições atuais e previsões razoáveis e suportáveis das condições
econômicas futuras em relação a contas a receber e outras contas a receber. A conta de provisões relacionadas a contas a receber é utilizada para registrar
perdas por redução no valor recuperável, a menos que a Companhia avalie não ser possível recuperar o montante devido; nesta ocasião, os montantes são
considerados irrecuperáveis e são registradas contra o ativo financeiro diretamente. De uma forma geral, o Grupo mitiga seus riscos de créditos pela prestação
de serviços a uma base de clientes muito dispersa e sem concentração definida. Para os clientes inadimplentes, o Grupo cancela os planos de acordo com as
regras da ANS. Aplicações financeiras - Em relação aos riscos de créditos relacionados às aplicações financeiras, segue quadro com informação quantitativa
da exposição máxima ao risco com as informações sobre os ratings das instituições financeiras contrapartes das aplicações do Grupo:
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº082 | FORTALEZA, 09 DE ABRIL DE 2021
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