DOE 22/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            continua
1 - Contexto operacional: A Central Eólica Santo Inácio III S.A. (“Com-
panhia” ou “EOL Santo Inácio III”), é uma sociedade por ações de capital 
fechado constituída com o objetivo específico de construção, implantação, 
operação, manutenção e exploração de parque eólico localizado no municí-
pio de Icapuí, estado do Ceará. A Companhia é controlada pela Aliança 
Geração de Energia S.A. A Companhia obteve junto a Agência Nacional de 
Energia Elétrica (ANEEL), resolução autorizativa nº 5.873 de 07 de junho 
de 2016, que autoriza a exploração, sob o regime de Produção Independen-
te de Energia Elétrica, da Central Geradora Eólica - EOL Santo Inácio III, 
localizada no município de Icapuí, no Estado do Ceará. A autorização vigo-
rará pelo prazo de 30 anos, a contar da data de publicação da Resolução 
Autorizativa, com vencimento em julho de 2046. A EOL Santo Inácio III 
possui, em conjunto com Central Eólica São Raimundo S.A. (“São Rai-
mundo”), Central Eólica Garrote S.A. (“Garrote”), e Central Eólica Santo 
Inácio IV S.A. (“Santo Inácio IV”) o projeto do Parque Eólico de Santo 
Inácio. A implantação do parque ocorreu no município de Icapuí, estado do 
Ceará, tendo este prevista uma capacidade instalada total de 99 MW e ener-
gia assegurada de 44 MW médios. A EOL Santo Inácio III é constituída por 
14 (quatorze) unidades geradoras de 2.100 kW (dois mil e cem quilowatts) 
cada, e terá 29.400 kW de Potência Instalada e 28.518 kW de Potência Lí-
quida. A ANEEL, no uso das atribuições conferidas pela Resolução Norma-
tiva ANEEL Nº 583 de 22 de outubro de 2013, resolveu, em novembro de 
2017, liberar para início da operação comercial as unidades geradoras das 
Centrais Eólicas que compõe o Complexo Eólico Santo Inácio, sob despa-
cho nº 4.039, sendo que partir da data de liberação a energia produzida pelas 
respectivas unidades geradoras foi disponibilizada no sistema. Transferên-
cia de controle: Em 17 de maio de 2019, a Aliança Geração de Energia 
S.A. concluiu a incorporação de sua subsidiária integral Aliança Eólica 
Santo Inácio Participações S.A.(“Aliança Eólica”) pelo valor patrimonial 
contábil, com sua consequente extinção. Desta forma, se tornou a nova con-
troladora da Central Eólica Santo Inácio III S.A. Comercialização de ener-
gia: A EOL Santo Inácio III possui contrato para venda da energia gerada 
no Ambiente de Contratação Livre (“ACL”) com um único cliente. O aten-
dimento desse contrato ocorre em conjunto com a energia gerada por todas 
as centrais eólicas do Complexo Santo Inácio. 2 - Base de preparação e 
apresentação: 2.1 - Declaração de conformidade: As demonstrações fi-
nanceiras foram elaboradas em conformidade com as práticas contábeis 
adotadas no Brasil (“BR GAAP”). As práticas contábeis adotadas no Brasil 
compreendem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pro-
nunciamentos, as orientações e as interpretações técnicas emitidos pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovados pelo Conselho 
Federal de Contabilidade - CFC. Todas as informações relevantes utilizadas 
pela Administração na gestão da Companhia estão evidenciadas nestas de-
monstrações financeiras. Em 24 de março de 2021, a Diretoria da Compa-
nhia aprovou a conclusão das demonstrações financeiras referentes ao exer-
cício findo em 31 de dezembro de 2020. 2.2 - Bases de mensuração: As 
demonstrações financeiras foram preparadas com base no custo histórico, 
exceto por determinados instrumentos financeiros mensurados pelos seus 
valores justos. 2.3 - Moeda funcional e moeda de apresentação: Essas 
Demonstrações Financeiras são apresentadas em Real, que é a moeda fun-
cional da Companhia. Todas as informações financeiras estão apresentadas 
em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma. 2.4 - Uso de 
estimativas e julgamentos: A preparação das demonstrações financeiras, 
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, exige que a Admi-
nistração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação 
de políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e 
despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. Estimati-
vas e premissas são revistas de uma maneira contínua, utilizando como re-
ferência a experiência histórica e alterações relevantes de cenário que pos-
sam afetar a situação patrimonial e o resultado da Companhia nos itens 
aplicáveis. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas 
no exercício em que as estimativas são revisadas e em quaisquer exercícios 
futuros afetados. As principais estimativas e julgamentos relacionados às 
demonstrações financeiras assim como as informações sobre as incertezas 
relacionadas a premissas e estimativas em 31 de dezembro de 2020 que 
possuem um risco significativo de resultar em um ajuste material nos saldos 
contábeis de ativos e passivos no próximo ano fiscal estão incluídas nas 
seguintes notas explicativas: • Notas 5 e 14 - Fornecimento não faturado de 
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Em milhares de Reais, exceto quando indicado de outra forma
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Em 31 de dezembro de 2020 e de 2019, em milhares de reais
Reserva de lucros
Nota
Capital 
social
Reserva 
legal
Reserva de 
incentivos fiscais
Reserva de 
retenção de lucros
Lucros (prejuízos)
acumulados
Total
Em 31 de dezembro de 2018
108.726
-
 - 
 - 
(986)
107.740
Lucro líquido do exercício
 - 
 - 
 - 
 - 
4.189
4.189
Constituição de Reserva legal
 - 
160
 - 
 - 
(160)
 - 
Constituição de Reserva de incentivos fiscais
 - 
 - 
749
 - 
(749)
 - 
Dividendos mínimos obrigatórios
 - 
 - 
 - 
 - 
(574)
(574)
Reservas de retenção de lucros
 - 
 - 
 - 
1.720
(1.720)
 - 
Em 31 de dezembro de 2019
108.726
160
749
1.720
-
111.355
Lucro líquido do exercício
-
-
-
-
5.076
5.076
Constituição de Reserva legal
12.c
-
254
-
-
(254)
-
Dividendos mínimos obrigatórios
12.c
-
-
-
-
(1.206)
(1.206)
Reservas de retenção de lucros
12.c
-
-
-
3.616
(3.616)
-
Em 31 de dezembro de 2020
12
108.726
414
749
5.336
-
115.225
 As notas explicativas são parte integrante das Demonstrações Financeiras
energia elétrica – reconhecimento de receita: estimativa da expectativa de 
faturamento; • Nota 6 - Depreciação – taxa de depreciação: alteração de 
taxa de depreciação da ANEEL; • Nota 6 - Recuperabilidade dos ativos – 
teste de redução ao valor recuperável de ativo: principais premissas em re-
lação aos valores recuperáveis; • Nota 10 - Arrendamentos – taxa de des-
contos: risco de inflação da premissa utilizada; • Nota 11 - Provisão para 
compromissos futuros; e • Nota 17 - Instrumentos financeiros e mensuração 
pelo valor justo. 2.5 - Principais políticas contábeis: As políticas contá-
beis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas de maneira consistente 
a todos os exercícios apresentados nessas demonstrações financeiras. As 
políticas contábeis referentes às atuais operações da Companhia e aplicadas 
de maneira consistente são como segue: a) Instrumentos financeiros: Ativos 
financeiros: Os ativos financeiros incluem caixa e equivalentes de caixa, 
aplicações financeiras, contas a receber, além de outros créditos. A Admi-
nistração reconhece os recebíveis inicialmente na data em que foram origi-
nados. Todos os outros ativos financeiros são reconhecidos inicialmente 
quando a entidade se torna uma parte das disposições contratuais do instru-
mento. Um ativo financeiro, que não possua um componente de financia-
mento significativo, é inicialmente mensurado pelo valor justo acrescido, 
para um item que não é VJR (Valor justo por meio do resultado), dos custos 
de transação que são diretamente atribuíveis à sua aquisição ou emissão. 
Um recebível sem um componente de financiamento significativo é inicial-
mente mensurado pelo preço da transação. A Administração desreconhece 
um ativo financeiro quando os direitos contratuais aos fluxos de caixa do 
ativo expiram, ou quando a Companhia transfere os direitos ao recebimento 
dos fluxos de caixa contratuais sobre um ativo financeiro em uma transação 
na qual substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade do 
ativo financeiro são transferidos, ou em que a Companhia não transfere nem 
retém substancialmente todos os riscos e benefícios da titularidade e não 
detém o controle do ativo financeiro. Classificação e mensuração subse-
quente: No reconhecimento inicial, um ativo financeiro é classificado como 
mensurado pelo custo amortizado; ao valor justo por meio de outros resul-
tados abrangentes (“VJORA”) ou ao valor justo por meio do resultado 
(“VJR”) com base tanto: (i) no modelo de negócios da entidade para a ges-
tão dos ativos financeiros; quanto: (ii) nas características de fluxo de caixa 
contratual do ativo financeiro. A Companhia mensura o ativo financeiro ao 
custo amortizado quando: (i) o ativo financeiro for mantido dentro de mo-
delo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros com o fim de 
receber fluxos de caixa contratuais; e (ii) os termos contratuais do ativo fi-
nanceiro derem origem, em datas especificadas, a fluxos de caixa que cons-
tituam, exclusivamente, pagamentos de principal e juros sobre o valor do 
principal em aberto. A Companhia mensura o ativo financeiro ao valor justo 
por meio de outros resultados abrangentes quando: (i) o ativo financeiro for 
mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja atingido tanto 
pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos 
financeiros; e (ii) os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, 
em datas especificadas, a fluxos de caixa que constituam exclusivamente 
pagamentos de principal e juros sobre o valor do principal em aberto. O 
ativo financeiro deve ser mensurado ao valor justo por meio do resultado, a 
menos que seja mensurado ao custo amortizado ou ao valor justo por meio 
de outros resultados abrangentes. Entretanto, no reconhecimento inicial, o 
Grupo pode irrevogavelmente designar um ativo financeiro que, de outra 
forma, satisfaz os requisitos para serem mensurados ao custo amortizado ou 
ao VJORA como ao VJR, se isso eliminar ou reduzir significativamente um 
descasamento contábil que de outra forma poderia surgir. Os ativos finan-
ceiros não são reclassificados após seu reconhecimento inicial, a menos que 
a Companhia altere seu modelo de negócios para a gestão de ativos finan-
ceiros, caso em que todos os ativos financeiros afetados são reclassificados 
no primeiro dia do primeiro exercício subsequente à mudança no modelo de 
negócios. Passivos financeiros: Os passivos financeiros são classificados 
como mensurados ao custo amortizado ou VJR. Um passivo financeiro é 
classificado ao VJR se for classificado como mantido para negociação, caso 
seja um derivativo ou caso seja designado como tal no momento do reco-
nhecimento inicial. Os passivos financeiros ao VJR são mensurados pelo 
valor justo e os ganhos e perdas líquidos, incluindo qualquer despesa de 
juros, são reconhecidos no resultado. Outros passivos financeiros são sub-
sequentemente mensurados ao custo amortizado, utilizando o método da 
taxa efetiva de juros. Despesas com juros e ganhos e perdas cambiais são 
111
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº093  | FORTALEZA, 22 DE ABRIL DE 2021

                            

Fechar