DOE 22/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            continua
a) Impostos e encargos incidentes sobre a receita 31/12/2020 31/12/2019
Tributos sobre a receita
 
 
PIS
(167)
(177)
COFINS
(771)
(818)
ICMS
(3.880)
(1.923)
 
(4.816)
(2.918)
Encargos do consumidor
Taxa de fiscalização dos serviços de
 energia elétrica
(90)
(90)
 
(90)
(90)
 
(4.908)
(3.008)
15 - Custos e despesas operacionais: A composição dos custos e das des-
pesas operacionais da Companhia é conforme segue:
 a) Custos com geração de energia
31/12/2020 31/12/2019
Energia elétrica comprada para revenda
(1.980)
(4.158)
Encargos de uso da rede básica de transmissão
(1.201)
(1.140)
Depreciação e amortização
(7.646)
(7.487)
Serviços de terceiros
(798)
(1.276)
Operação e manutenção
(2.366)
(1.228)
Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas
(959)
(912)
 
(14.950)
(16.201)
b) Despesas gerais e administrativas
31/12/2020 31/12/2019
Serviços de terceiros
(395)
(370)
Outras despesas gerais
(103)
(134)
(498)
(504)
16 - Resultado financeiro: Veja política contábil na nota explicativa 2.5 
(g). A composição do resultado financeiro é conforme segue:
Descrição
31/12/2020 31/12/2019
Receitas financeiras
 
 
Rendimentos de aplicações financeiras
535
882
Receita financeira - CCEE
1.664
404
Outras receitas financeiras
20
-
 
2.219
1.286
Despesas financeiras
 
Encargos de financiamentos
(4.516)
(5.582)
Juros de arrendamentos
(266)
(283)
Variações monetárias
(102)
(147)
Outras despesas financeiras
(2)
(87)
 
(4.886)
(6.099)
(2.667)
(4.813)
17  -  Instrumentos  financeiros  e  gestão  de  riscos:  Os instrumentos fi-
nanceiros da Companhia estão restritos a caixa e equivalentes de caixa, 
fornecedores, financiamentos e contas a receber e a pagar com partes re-
lacionadas. Os instrumentos financeiros da Companhia são reconhecidos 
incialmente ao valor justo e mensurados de acordo com as classificações 
abaixo: • Custo amortizado: encontram-se nesta categoria os equivalentes 
de caixa, contas a receber e outros devedores. São reconhecidos pelo seu 
valor nominal de realização e similares aos valores justos; • Passivos fi-
nanceiros não derivativos: encontram-se nesta categoria os fornecedores, 
financiamentos e passivos com partes relacionadas. São mensurados pelo 
custo amortizado mediante a utilização do método da taxa de juros efetiva. 
A Companhia considerou o valor justo de seus instrumentos financeiros 
como substancialmente igual aos seus valores contábeis em razão da natu-
reza e características desses instrumentos. Hierarquia do valor justo: Os 
diferentes níveis foram assim definidos: • Nível 1 – preços cotados (não 
ajustados) em mercados ativos, líquidos e visíveis para ativos e passivos 
idênticos que estão acessíveis na data da mensuração; • Nível 2 – preços 
cotados (podendo ser ajustados ou não) para ativos e passivos similares em 
mercados ativos; • Nível 3 – ativos e passivos cujos preços não existem ou 
que esses preços ou técnicas de avaliação são amparados por um mercado 
pequeno ou inexistente, não observável ou ilíquido.
Categoria dos instrumentos
31/12/2020
31/12/2019
  financeiros
Ativos financeiros:
Nível
Con- 
tábil 
Valor 
justo
Con- 
tábil 
Valor 
justo
Custo amortizado
Caixa e equivalentes de caixa
2
20.675 20.675 10.280 10.280
Aplicações financeiras
2
4.267
4.267
6.300
6.300
Contas a receber
2
13.582 13.582 11.596 11.596
Outros valores a receber de partes
 relacionadas
2
-
-
10
10
38.524 38.524 28.186 28.186
Passivos financeiros:
Avaliados ao custo amortizado
Fornecedores
2
2.588
2.588
391
391
Financiamentos 
2
60.321 84.065 63.050 84.669
Arrendamentos
2
3.655
3.655
2.901
2.901
66.564 90.308 66.342 87.961
Métodos e técnicas de avaliação: A Companhia entende que valor justo de 
contas a receber e fornecedores, por possuir a maior parte dos seus venci-
mentos no curto prazo, já está refletido em seu valor contábil. Assim como 
os saldos de caixa e equivalentes de caixa e aplicações financeiras mantidas 
até o vencimento entende-se que o seu valor justo é similar ao valor contábil 
registrado, pois estes têm taxas de juros indexadas à curva DI (Depósitos 
Interfinanceiros) que reflete as variações das condições de mercado. Para os 
financiamentos e arrendamentos, a Companhia mensura o valor justo atra-
vés do valor presente dos fluxos projetados considerando as características 
contratuais de cada operação. A metodologia adotada consiste em calcular 
o valor presente dos fluxos futuros das dívidas. Risco de taxa de juros: A 
Companhia está exposta ao risco de elevação da taxa de juros, em 31 de de-
zembro de 2020. Esta exposição ocorre em função do passivo de Financia-
mentos (Nota nº 8) indexado à variação do TJLP. As aplicações financeiras 
da Companhia foram alocadas em CDBs, rentabilizadas pelos CDI, redu-
zindo a exposição líquida em 31 de dezembro de 2020. Adicionalmente, a 
totalidade dos contratos de venda de energia em vigor possui cláusula de 
reajuste inflacionário, com aplicação de IPCA, o que representa um hedge 
natural de longo prazo para as dívidas e as obrigações indexadas a índices 
atrelados à aceleração inflacionária, caso das dívidas vinculadas ao TJLP. 
Análise de sensibilidade: No que se refere ao risco de elevação da taxa de 
juros mais relevante, os consultores econômicos da Companhia estimam 
que, em um cenário provável em 31 de dezembro de 2021, a TJLP acumu-
lada para os financiamentos será de 4,55%, e para as aplicações financeiras 
o CDI será de 2,02%. A Companhia realizou uma análise de sensibilida-
de dos efeitos nos resultados advindos de uma elevação na taxa CDI de 
25% e 50% em relação ao cenário base, considerados como Cenário I e  II, 
respectivamente, para:
31/12/2020
Cenário Cenário I Cenário II
Ativo
Valor 
Contábil
Base CDI 
2,02%
CDI 
2,53%
CDI 
3,03%
Aplicações financeiras
 (notas nº 3 e 4)
24.915
25.418
25.545
25.670
Ativo líquido exposto
24.915
25.418
25.545
25.670
Efeito no resultado
503
630
755
31/12/2020
Cenário Cenário I Cenário II
Passivo
Valor 
Contábil
Base TJLP 
4,55%
TJLP 
5,69%
II TJLP 
6,83%
Financiamentos
 (nota no 8)
(60.321)
(63.066)
(63.753)
(64.441)
Passivo líquido exposto
(60.321)
(63.066)
(63.753)
(64.441)
Efeito no resultado
(2.745)
(3.432)
(4.120)
Efeito líquido da varia- 
 ção das taxas de juros
(2.241)
(2.802)
(3.365)
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa suficiente 
para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas atividades operacio-
nais. A acionista da Companhia faz a administração do risco de liquidez, 
com um conjunto de metodologias, procedimentos e instrumentos coeren-
tes com a complexidade do negócio e aplicados no controle permanente dos 
processos financeiros, a fim de se garantir o adequado gerenciamento dos 
riscos. A acionista da Companhia administra o risco de liquidez acompa-
nhando permanentemente o seu fluxo de caixa, numa visão orçamentária, 
que projeta os saldos mensalmente, para cada uma das operações, em um 
período de 12 meses, e de liquidez diária, que projeta os saldos diariamente 
para 180 dias. As alocações de curto prazo obedecem, igualmente, a princí-
pios rígidos manejando seus recursos em instituições financeiras de primei-
ra linha, aplicados diretamente em CDB’s ou operações compromissadas 
remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das aplicações, a empresa busca ob-
ter rentabilidade nas operações a partir de uma rígida análise de crédito ban-
cário, observando limites operacionais com bancos baseados em avaliações 
que levam em conta ratings, exposições e patrimônio. Busca também retor-
no trabalhando no alongamento de prazos das aplicações, sempre com base 
na premissa principal, que é o controle da liquidez. O fluxo de pagamentos 
das obrigações da Companhia, com dívidas pactuadas com fornecedores e 
financiamentos, pós e prefixadas, incluindo os juros futuros até a data dos 
vencimentos contratuais, podem ser observadas na tabela abaixo:
Instrumentos
 Financeiros à taxa
Até De 1 a 3
De 3 
meses
De 1 
a 5
Mais 
de
 
  de Juros: 
1 mês
meses
a 1 ano
anos
5 anos
Total
- Pós-Fixadas
 
 
 
 
 
 
Fornecedores
2.588
-
-
-
-
2.588
Financiamentos
245
738
2.291 18.623 38.424 60.321
Arrendamento
27
51
229
1.025
2.323
3.655
 
2.860
789
2.520 19.648 40.747 66.564
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm de con-
tratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da liquidação 
no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda de energia 
com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado pelo interesse 
intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no mercado de 
curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza as opera-
ções dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco decorrente da 
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da dificuldade 
de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é considerado baixo. 
A Companhia faz um acompanhamento, buscando reduzir a inadimplência, 
de forma individual, junto aos seus consumidores. Também são estabeleci-
das negociações que viabilizem o recebimento dos créditos eventualmen-
te em atraso. No que se refere ao risco decorrente da possibilidade de a 
Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação de insolvência de 
instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, haja vista que a 
Companhia investe apenas em instituições de primeira linha e realiza uma 
criteriosa análise do risco associado a estas instituições, bem como ao ris-
co associado aos produtos financeiros nos quais aplica. A Companhia tem 
acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que diz respeito às con-
trapartes de instituições financeiras, estas análises são também realizadas 
com base nas políticas internas aprovadas pelos seus respectivos fóruns de 
definição de estratégias para gerenciamento dos riscos financeiros. A Com-
panhia avalia e dimensiona, além dos riscos de crédito das instituições, o 
risco de liquidez, o risco de mercado da carteira de investimentos e o risco 
operacional da tesouraria. Todas as aplicações são realizadas em títulos fi-
115
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº093  | FORTALEZA, 22 DE ABRIL DE 2021

                            

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