Figura 5: Movimentação de carga no Porto de Fortaleza de 2018 a 2020 (fonte: CODGEP) Este desempenho foi influenciado pelo crescimento de 29% da movimentação de granéis sólidos, que atingiu 2,3 milhões de toneladas em 2020 passando a representar 45,3% da movimentação total do porto. Os granéis sólidos cereais, cujo principal produto movimentado no porto é o trigo, tiveram crescimento de 7,1% enquanto os granéis sólidos não cereais apresentaram crescimento de movimentação de 65,4% no ano. O crescimento deste perfil de carga foi observado em praticamente todos os produtos movimentados com destaque para o Clínquer, que apresentou movimentação cinco vezes maior que a de 2019, o Minério de Manganês, que quase dobrou sua movimentação, e o Coque de Petróleo, que teve crescimento de 32%. Em relação a movimentação de granéis líquidos, que representou 45,27% da movimentação total, houve um aumento de 5% em relação ao ano anterior, tendo como principais produtos movimentados a Gasolina, o Diesel e o Gás Liquefeito de Petróleo (GLP). Cabe ressaltar que existe uma limitação operacional das tancagens localizadas na retroárea próxima ao porto, o que limita a capacidade de armazenamento e movimentação de combustível. O perfil de Carga Geral vem apresentando um decréscimo ao longo dos últimos 3 anos, com redução de 18% em relação ao de 2019. O Porto ainda sente o reflexo da saída de operação da linha da LOGIN, em 2018 para outro terminal. Além disso, considera-se que a pandemia de COVID 2019 pode ter impactado na demanda por esse tipo de carga. Como reflexo do crescimento de movimentação total, houve também um aumento de 12% no número de atracações de navios de carga no Porto de Fortaleza, que em 2020 chegou a um total de 488 navios. As atracações de outros tipos de embarcações, por outro lado, tiveram uma diminuição de 15% em 2020 como reflexo da pandemia de COVID19. Embarcações de passageiros, por exemplo, tiveram atracações apenas nos meses iniciais de 2020, totalizando 5 embarcações, 2 a menos que em 2019. Com relação a outros indicadores operacionais, ao avaliar a taxa de ocupação dos berços observa-se a consolidação da ocupação no berço 106, que foi retomada com a homologação da batimetria realizada em 2019. Figura 6: Taxa de Ocupação dos Berços do Porto de Fortaleza de 2018 a 2020 (fonte: CODGEP) A utilização do berço 106 por navios de contêineres também foi responsável pela ligeira redução de ocupação dos berços 104 e 105 que passaram a ser utilizados de forma compartilhado para a movimentação de Granéis Sólidos. Acerca da ocupação do berço 201, destaca-se que a redução de ocupação não foi acompanhada de redução de movimentação e os níveis de ocupação ainda são considerados bastante altos. Destaca-se, ainda, que os berços 101 e 102 não são utilizados para movimentação de cargas, servindo para atracação de embarcações de apoio e que para os demais berços operacionais (103 e 202) foi observado um resultado de estabilidade da ocupação COMPANHIA DOCAS DO CEARÁ Vinculada ao Ministério da Infraestrutura C.N.P.J. nº 07.223.670/0001-16 136 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº093 | FORTALEZA, 22 DE ABRIL DE 2021Fechar