DOE 22/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará
continua
Risco de liquidez: A Companhia apresenta uma geração de caixa suficiente
para cobrir suas exigências de caixa vinculadas às suas atividades operacio-
nais. A acionista da Companhia faz a administração do risco de liquidez,
com um conjunto de metodologias, procedimentos e instrumentos coeren-
tes com a complexidade do negócio e aplicados no controle permanente dos
processos financeiros, a fim de se garantir o adequado gerenciamento dos
riscos. A acionista da Companhia administra o risco de liquidez acompa-
nhando permanentemente o seu fluxo de caixa, numa visão orçamentária,
que projeta os saldos mensalmente, para cada uma das operações, em um
período de 12 meses, e de liquidez diária, que projeta os saldos diariamente
para 180 dias. As alocações de curto prazo obedecem, igualmente, a princí-
pios rígidos manejando seus recursos em instituições financeiras de primei-
ra linha, aplicados diretamente em CDB’s ou operações compromissadas
remuneradas pela taxa CDI. Na gestão das aplicações, a empresa busca
obter rentabilidade nas operações a partir de uma rígida análise de crédito
bancário, observando limites operacionais com bancos baseados em avalia-
ções que levam em conta ratings, exposições e patrimônio. Busca também
retorno trabalhando no alongamento de prazos das aplicações, sempre com
base na premissa principal, que é o controle da liquidez. O fluxo de paga-
mentos das obrigações da Companhia, com dívidas pactuadas com forne-
cedores e financiamentos, pós e prefixadas, incluindo os juros futuros até a
data dos vencimentos contratuais, para controladora e consolidado, podem
ser observadas na tabela abaixo:
Instrumentos
Até De 1 a 3 De 3 meses De 1 a Mais de
financeiros à
1 mês
meses
a 1 ano 5 anos
5 anos
Total
taxa de Juros:
- Pós-Fixadas
Fornecedores
2.919
-
-
-
-
2.919
Financiamentos
233
703
2.183 17.779
36.799 57.697
Arrendamento
21
40
182
813
1.842
2.898
3.173
743
2.365 18.592
38.641 63.514
Risco de crédito: Atualmente, os recebíveis da Companhia advêm de con-
tratos firmados com seus acionistas (partes relacionadas) ou da liquidação
no mercado de curto prazo. Na liquidação do contrato de venda de energia
com acionistas entende-se que o risco de crédito é mitigado pelo interesse
intrínseco da parte envolvida. Com relação às liquidações no mercado de
curto prazo, o controle é feito pela própria CCEE que centraliza as opera-
ções dos principais agentes setoriais. Dessa forma, o risco decorrente da
possibilidade de a Companhia incorrer em perdas, advindas da dificuldade
de recebimento dos valores faturados a seus clientes, é considerado baixo.
A Companhia faz um acompanhamento, buscando reduzir a inadimplência,
de forma individual, junto aos seus consumidores. Também são estabeleci-
das negociações que viabilizem o recebimento dos créditos eventualmen-
te em atraso. No que se refere ao risco decorrente da possibilidade de a
Companhia incorrer em perdas, advindas da decretação de insolvência de
instituição financeira em que mantenha depósitos é baixa, haja vista que a
Companhia investe apenas em instituições de primeira linha e realiza uma
criteriosa análise do risco associado a estas instituições, bem como ao ris-
co associado aos produtos financeiros nos quais aplica. A Companhia tem
acesso às avaliações de risco de seus acionistas no que diz respeito às con-
trapartes de instituições financeiras, estas análises são também realizadas
com base nas políticas internas aprovadas pelos seus respectivos fóruns de
definição de estratégias para gerenciamento dos riscos financeiros. A Com-
panhia avalia e dimensiona, além dos riscos de crédito das instituições, o
risco de liquidez, o risco de mercado da carteira de investimentos e o risco
operacional da tesouraria. Todas as aplicações são realizadas em títulos fi-
nanceiros que têm características de renda fixa, em sua maioria atrelados
ao CDI. A Companhia não realiza operações que incorporem risco de vo-
latilidade em suas demonstrações financeiras. O valor contábil dos ativos
financeiros representa a exposição máxima do crédito. A exposição máxima
ao risco de crédito é a seguinte:
31/12/2020 31/12/2019
Caixa e equivalentes de caixa
20.876
13.186
Aplicações financeiras
3.803
5.398
Contas a receber
8.642
6.122
Total da exposição
33.321
24.706
Risco de escassez de vento: Esse risco decorre da possibilidade da
falta de vento ocasionada por fatores naturais, o qual é minimiza-
do em função das “jazidas de vento” do Brasil estarem entre as melho-
res do mundo, pois, além de contar com alta velocidade, os ventos
são consideráveis bens estáveis, diferentes de certas regiões da Ásia e
dos Estados Unidos, sujeitas a ciclones, tufões e outras turbulências.
18 - Cobertura de seguros: Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia
possuía cobertura de seguros contra riscos operacionais no montante de
R$118.083 e de responsabilidade civil no montante de R$7.020, os quais
a Administração entende que as coberturas representam valores suficientes
para cobrir eventuais perdas. 19 - Compromissos: Em 31 de dezembro de
2020, a Companhia possuía os seguintes compromissos assumidos: Com-
promissos referentes à implantação do Projeto Eólico: a) A Companhia as-
sinou um contrato para operação e manutenção de seus aerogeradores por
dez anos, o qual resultará em uma despesa total de R$11.859. b) A Com-
panhia possui ainda contratos de arrendamento com os proprietários das
terras onde seus ativos estão sendo implementados, estes arrendamentos
preveem o pagamento de 1,5% da receita líquida por aerogerador implanta-
do no terreno do arrendatário. A expectativa de desembolsos com a referida
obrigação é R$2.898. 20 - Efeitos da COVID: Em 11 de março de 2020, a
Organização Mundial da Saúde (“OMS”) declarou o surto de Coronavírus
(COVID-19) como uma pandemia. A imensa maioria dos governos, nos
cinco continentes, passou a adotar medidas restritivas para conter a disse-
minação do vírus, que têm potencial para afetar significativamente a eco-
nomia global, tendo em vista a interrupção ou desaceleração da atividade
produtiva e o aumento significativo da incerteza econômica, considerando
o aumento na volatilidade dos preços dos ativos, das taxas de câmbio e a
queda das taxas de juros de longo prazo. Ciente da responsabilidade com
a saúde e segurança dos seus colaboradores, parceiros, clientes e comuni-
dade, a Companhia fechou temporariamente o acesso aos escritórios, ado-
tando o regime de Home Office. Nas unidades produtivas foi adotado um
regime especial de trabalho mantendo-se apenas as atividades estritamente
necessárias à continuidade da operação das Usinas. A Companhia considera
que estas ações minimizaram os impactos da COVID-19 e entende que não
há considerações e impactos referentes a suas previsões relacionados aos
testes de recuperabilidade de seus ativos, quebras de covenants, mudança
significativa no valor justo de seus ativos e passivos e efeitos no resultado
que comprometessem a sua capacidade operacional. Portanto, no que se
referem às demonstrações financeiras, a Administração avaliou os efeitos
da COVID-19 e seus impactos no (a): (i) uso do pressuposto de continui-
dade operacional; (ii) gestão de liquidez; (iii) exposição da Companhia ao
risco de crédito de clientes e os impactos no setor elétrico; (iv) sensibilizou
premissas do teste do valor recuperável de ativos e, concluiu não existirem
impactos a serem reconhecidos nestas demonstrações financeiras em decor-
rência deste assunto. 21 - Informações complementares ao fluxo de cai-
xa: As principais transações que não afetaram o caixa foram as seguintes:
Objeto
31/12/2020 31/12/2019
Adição de provisão para compromissos
futuros - desmobilização
393
2.848
Provisão para compromissos futuros
- licença de operação
8
-
Arrendamentos
635
-
Diretoria
Sandro Magno de Figueiredo e Horta
José Cleber Teixeira
Diretor Técnico
Diretor Administrativo
Responsável Técnico
Rafael Lisboa Fernandes - Contador CRC/MG - 105611/O-3
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Aos Administradores e Diretores da Central Eólica São Raimundo S.A. -
lcapuí - CE. Opinião: Examinamos as demonstrações financeiras da Cen-
tral Eólica São Raimundo S.A. (Companhia ), que compreendem o balanço
patrimonial em 31 de dezembro de 2020 e as respectivas demonstrações
do resultado, do resultado abrangente, das mutações do patrimônio líqui-
do e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, bem como as
correspondentes notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis
significativas e outras informações elucidativas. Em nossa opinião, as de-
monstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente. em
todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Central
Eólica São Raimundo S.A. em 31 de dezembro de 2020, o desempenho de
suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data,
de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. Base para opi-
nião: Nossa auditoria foi conduzida de acordo com as normas brasileiras
e internacionais de auditoria. Nossas responsabilidades. em conformidade
com tais normas, estão descritas na seção a seguir intitulada “Responsabi-
lidades dos auditores pela auditoria das demonstrações financeiras”. So-
mos independentes em relação à Companhia, de acordo com os princípios
éticos relevantes previstos no Código de Ética Profissional do Contador e
nas normas profissionais emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade,
e cumprimos com as demais responsabilidades éticas de acordo com es-
sas normas. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e
apropriada para fundamentar nossa opinião. Ênfase - Transações com par-
tes relacionadas: Chamamos a atenção para o fato que parte substancial
das operações de venda de energia da Companhia é realizada com partes re-
lacionadas, conforme descrito na Nota Explicativa nº 14 às demonstrações
financeiras. Portanto, as demonstrações financeiras acima referidas devem
ser lidas neste contexto. Nossa opinião não está ressalvada em relação a
esse assunto. Outras informações que acompanham as demonstrações
financeiras e o relatório dos auditores: A administração da Companhia
é responsável por essas outras informações que compreendem o Relatório
da Administração. Nossa opinião sobre as demonstrações financeiras não
abrange o Relatório da Administração e não expressamos qualquer forma
de conclusão de auditoria sobre esse relatório. Em conexão com a auditoria
das demonstrações financeiras, nossa responsabilidade é a de ler o Rela-
tório da Administração e, ao fazê-lo, considerar se esse relatório está, de
forma relevante, inconsistente com as demonstrações financeiras ou com
nosso conhecimento obtido na auditoria ou, de outra forma, aparenta estar
distorcido de forma relevante. Se, com base no trabalho realizado, con-
cluirmos que há distorção relevante no Relatório da Administração, somos
requeridos a comunicar esse fato. Não temos nada a relatar a este respeito.
Responsabilidades da administração pelas demonstrações financeiras:
A administração é responsável pela elaboração e adequada apresentação
das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis ado-
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DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº093 | FORTALEZA, 22 DE ABRIL DE 2021
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