Demonstrações dos Fluxos de Caixa dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 31 de dezembro de 2019 em milhares de reais NE nº 31.12.2020 31.12.2019 FLUXO DE CAIXA DAS ATIV. OPERAC. Lucro líquido do exercício 1.205 4.034 Ajustes para a reconciliação do lucro líq. do exercício com a geração de caixa das atividades operacionais Encargos e variações monetárias líquidas 10.2 2.905 3.747 Imposto de renda e contribuição social 17 1.444 1.231 Imposto de renda e contrib. soc. diferidos 17 (602) (46) Depreciação 7 5.360 4.583 Resultado das baixas de imobilizado 7 63 - 10.375 13.549 Redução (aumento) dos ativos Clientes (27) (779) Outros créditos (255) (278) Imposto de renda e contribuição social 266 17 Outros tributos a recuperar - 39 Despesas antecipadas (12) (89) (28) (1.090) Aumento (redução) dos passivos Obrigações sociais e trabalhistas (4) - Partes relacionadas 74 (1.660) Fornecedores 1.424 (4.538) Outras obrigações fiscais 2 14 Outras contas a pagar (60) 39 1.436 (6.145) As notas explicativas - NE são parte integrante das demonstrações financeiras. Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 31 dezembro de 2019 (em milhares de reais) 1 Contexto Operacional - A Santa Maria Energias Renováveis S.A. (Santa Maria ou Companhia) com sede na Rodovia CE 021, Km 08, s/nº, sala 02, Distrito Industrial, Maracanaú, Estado do Ceará, é uma sociedade anônima, de capital fechado, subsidiária integral da Copel Geração e Transmissão S.A. (Copel ou Copel GeT). Tem como objeto social a exploração da central geradora eólica EOL SM, por meio da Portaria MME nº 274/2012, com 29.7 MW de potência instalada e garantia física de 15,7 MW médios. A entrada em operação comercial foi em 23.04.2015 e a data de vencimento da autorização é 08.05.2047. A Companhia possui 15,7 MW médios comercializados por meio de Contratos de Energia de Reserva - CER, com vencimento em 30.06.2034. a) Pandemia do coronavírus (Covid-19) e seus impactos - A partir de março de 2020, após a atribuição do status de pandemia ao coronavírus pela Organização Mundial de Saúde - OMS, tendo em vista a disseminação das contaminações pelo mundo, a Administração da Copel emitiu normas que visam garantir o cumprimento das medidas para conter a disseminação da doença na Companhia e minimizar seus impactos e potenciais impactos nas áreas administrativas, de operações e econômico-financeiras. Nessa linha, a Copel estabeleceu uma Comissão de Contingência, com objetivo de monitorar e mitigar os impactos e consequências nas principais atividades da Companhia, com base nos 4 pilares definidos: (i) segurança das pessoas, (ii) continuidade das atividades essenciais, (iii) monitoramento das orientações e exigências dos órgãos reguladores, e (iv) preservação das condições financeiras adequadas para suportar a crise. A queda no crescimento e recessão em alguns segmentos empresarias, resultante da suspensão de certos negócios e atividades causada pelo surto de coronavírus, vem afetando a performance da economia brasileira. Porém, a Copel tem acompanhado as projeções da carga de energia e não observa sinais de retração significativo no início de 2021, o que pode vir a ocorrer caso as restrições estabelecidas impactem as atividades industriais e comerciais não essenciais por um longo prazo. Com o objetivo de mitigar os impactos e consequências nas principais atividades, a Companhia vem monitorando constantemente seus contratos, a liquidez do mercado de energia e o preço de curto prazo, bem como as negociações com o Órgão Regulador do setor elétrico brasileiro para a implementação de diretrizes que garantam a manutenção da sustentabilidade econômico-financeira de toda a cadeia de geração e comercialização de energia elétrica. Não houve impacto relevante ou material nos negócios da Companhia que pudessem modificar a mensuração dos seus ativos e passivos apresentados nas demonstrações financeiras em 31.12.2020 e até a data desta publicação. No entanto, considerando que, como todas as empresas, a Companhia está exposta a riscos decorrentes de eventuais restrições legais e de mercado que venham a ser impostas, não é possível assegurar que não haverá impactos nas operações ou que o resultado não será afetado por reflexos futuros que a pandemia poderá provocar. 2 Base de Preparação - 2.1 Declarações de conformidade - As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (International Financial Reporting Standards - IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB e também de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, que compreendem os pronunciamentos, as orientações e as interpretações emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC, aprovados pela Comissão de Valores Mobiliários – CVM e pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. A Administração declara que todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão sendo evidenciadas, e que correspondem às utilizadas na gestão. A Administração autorizou a emissão das demonstrações financeiras em 14.04.2021. 2.2 Moeda funcional e moeda de apresentação - As demonstrações financeiras são apresentadas em real, que é a moeda funcional da Companhia. As informações financeiras foram arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra forma. 2.3 Base de mensuração - As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no custo histórico, com exceção de determinados instrumentos financeiros e investimentos, conforme descrito nas respectivas práticas contábeis e notas explicativas. 2.4. Uso de estimativas e julgamentos - Na preparação destas demonstrações financeiras, a Administração utilizou julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contábeis e os valores reportados dos ativos, passivos, receitas e despesas da Companhia. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das estimativas são reconhecidas prospectivamente. 2.4.1 Julgamentos - As informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas contábeis que têm efeitos significativos sobre os valores reconhecidos nas demonstrações financeiras, exceto aqueles que envolvem estimativas, estão incluídas na NE nº 3.1 - Instrumentos financeiros. 2.4.2 Incertezas sobre premissas e estimativas - As informações sobre as principais premissas a respeito do futuro e outras principais origens de incerteza nas estimativas que podem levar a ajustes significativos aos valores dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro estão incluídas nas seguintes notas explicativas: • NEs nos 3.2 e 7 - Imobilizado; • NEs nos 3.3 e 7 - Redução ao valor recuperável de ativos; • NEs nos 3.4 e 12 – Provisões para litígios e passivos contingentes; • NEs nos 3.5 e 14 - Reconhecimento de receita; • NE nº 3.6 - Operações de compra e venda de energia elétrica na CCEE; e • NEs nos 3.7 e 17 - Imposto de renda e contribuição social. 2.5 Julgamento da Administração quanto à continuidade operacional A Administração concluiu não haver incertezas materiais que coloquem em dúvida a continuidade da Companhia. Não foram identificados eventos ou condições que, individualmente ou coletivamente, podem levantar dúvidas significativas quanto à capacidade de manter sua continuidade operacional. A Companhia conta com o suporte financeiro da Copel. 3 Principais Políticas Contábeis - 3.1. Instrumentos financeiros - Os instrumentos financeiros são reconhecidos imediatamente na data de negociação, ou seja, na concretização do surgimento da obrigação ou do direito. São inicialmente registrados pelo valor justo, a menos que seja um contas a receber de clientes sem um componente de financiamento significativo, acrescido, para um item não mensurado ao valor justo por meio do resultado, quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Um contas a receber de clientes sem um componente significativo de financiamento é mensurado inicialmente ao preço da operação. Os valores justos são apurados com base em cotação no mercado, para os instrumentos financeiros com mercado ativo, e pelo método do valor presente de fluxos de caixa esperados, para aqueles que não tem cotação disponível no mercado. A Companhia não opera com instrumentos financeiros derivativos bem como não possui instrumentos financeiros mensurados ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes nem passivos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros não são reclassificados subsequentemente ao reconhecimento inicial, a não ser que a Companhia mude o modelo de negócios para a gestão de ativos financeiros, e neste caso todos os ativos financeiros afetados são reclassificados no primeiro dia do período de apresentação posterior à mudança no modelo de negócios. Os instrumentos financeiros da Companhia são classificados e mensurados conforme descrito a seguir. 3.1.1 Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado - Compreendem ativos financeiros mantidos para negociação, ativos financeiros designados no reconhecimento inicial ao valor justo por meio do resultado ou ativos financeiros a serem obrigatoriamente mensurados ao valor justo. Ativos financeiros são classificados como mantidos para negociação se forem adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo. Ativos financeiros com fluxos de caixa que não sejam exclusivamente pagamentos do principal e juros são classificados e mensurados ao valor justo por meio do resultado, independentemente do modelo de negócios. Após o reconhecimento inicial, os custos de transação e os juros atribuíveis, quando incorridos, são reconhecidos no resultado. 3.1.2 Ativos financeiros mensurados pelo custo amortizado - São assim classificados e mensurados quando: (i) o ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja manter ativos financeiros com o fim de receber fluxos de caixa contratuais; e (ii) os termos contratuais do ativo financeiro CAIXA GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 11.783 6.314 Imposto de renda e contrib. social pagos (1.036) (1.110) Encargos de emprést. e financ. pagos 10.2 (2.830) (3.513) CAIXA LÍQUIDO GERADO PELAS ATIVIDADES OPERACIONAIS 7.917 1.691 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (Aplicações) Resgates financeiros (2.274) 304 Aquisições de imobilizado (142) (10) CAIXA LÍQ. (UTILIZADO) GERADO PELAS ATIVID. DE INVESTIMENTO (2.416) 294 FLUXO DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO Amortização de principal de empréstimos e financiamentos 10.2 (3.896) (3.894) Dividendos pagos (958) (3.402) CAIXA LÍQUIDO UTILIZADO PELAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO (4.854) (7.296) TOTAL DOS EFEITOS NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 647 (5.311) Saldo inicial de caixa e equiv.de caixa 4 29.222 34.533 Saldo final de caixa e equiv. de caixa 4 29.869 29.222 VARIAÇÃO NO CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 647 (5.311) 44 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XIII Nº094 | FORTALEZA, 23 DE ABRIL DE 2021Fechar