DOE 30/04/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            Pecém II Geração de Energias S.A. | CNPJ nº 10.471.487/0001-44
www.eneva.com.br
continua...
Notas explicativas da administração às demonstrações financeiras em 31/12/2020 e 2019  (Em MR$, exceto quando indicado de outra forma)
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido - Exercícios findos em 31/12/2020 e 2019 (Em MR$)
Capital Social 
 Integralizado
Reserva de 
lucros a realizar
Reserva 
 legal
Reserva de 
 incentivo fiscal
Prejuízos/ lucro 
 acumulados
Total do  
patrimônio líquido
Saldo em 01/12/2019
1.182.179
-
-
-
(200.238)
981.941
Incentivo fiscal SUDAM/SUDENE
-
-
-
11.789
(11.789)
-
Transações com acionistas:
-
-
-
-
-
-
Lucro líquido do exercício
-
-
-
-
29.854
29.854
Saldo em 31/12/2019
1.182.179
-
-
11.789
(182.173)
1.011.795
Incentivo fiscal SUDAM/SUDENE
-
-
-
(3.497)
(3.618)
(121)
Transações com acionistas:
Redução do capital social
(182.173)
-
-
-
182.173
-
Lucro líquido do exercício
-
-
-
47.400
47.400
Reserva legal
-
-
2.370
-
(2.370)
-
Reserva de lucros a realizar
-
31.059
-
-
(31.059)
-
Dividendo mínimo obrigatório
-
-
-
-
(10.353)
(10.353)
Saldo em 31/12/2020
1.000.006
31.059
2.370
15.286
-
1.048.721
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
1. Contexto operacional. A Pecém II Geração de Energia S.A. (“Cia.” ou 
“Pecém II”) é uma sociedade anônima de capital fechado e foi constituída 
em 13/11/2008 sob a denominação de MPX Pecém II Geração de Energia 
S.A., com capacidade total de 360MW. Em 13/12/2013 sua razão social foi 
alterada para Pecém II Geração de Energia S.A. Em 30/09/2008, a Cia. 
sagrou vitoriosa no Leilão A-5 garantindo a comercialização de 276 MW 
médios por um período de 15 anos. O contrato garante uma receita anual 
mínima, indexada ao IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo - 
IBGE) e, adicionalmente, uma receita variável destinada a cobrir os custos 
(combustível, operação e manutenção). 2. Licenças e autorizações. A Cia. 
possui autorização para operação de uma usina termelétrica (“UTE”) a 
carvão mineral, instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém 
(CIPP), Estado do Ceará, com capacidade instalada de geração de 365MW. 
Em 18/10/2013, a Cia. recebeu autorização da Agência Nacional de Energia 
Elétrica (ANEEL) para iniciar a operação comercial, que vigorará pelo 
prazo de 35 anos, a partir da data de autorização, conforme Portaria nº. 209, 
de 27/06/2008, do Ministério de Minas e Energia. Em 13/12/2018 foi 
emitida a atual Licença de Operação (LO) 715/2018 que autoriza as 
operações por três anos, possuindo validade até 12/12/2021. Além dos 
programas socioambientais exigidos nessas condicionantes, a Cia. sustenta 
as linhas de pesquisas e desenvolvimento em projetos com o potencial de 
minimizar eventuais impactos socioambientais causados por sua atividade, 
dentre essas ações destaca-se a utilização das cinzas geradas na usina 
(“Pecém II”) para fabricação de cimento. Em 21/12/2018, Pecém II Geração 
de Energia S/A obteve da Superintendência Estadual do Meio Ambiente - 
(“SEMACE”) do Estado do Ceará a renovação da Licença de Operação de 
nº 472/2018, embasada no parecer técnico nº 3480/2018-DICOP/GECON, 
referente a UTE Porto do Pecém II. Sua vigência será até 20/09/2021. Por 
fim, a Cia. perseguiu tempestivamente as condições estabelecidas na 
Outorga de Direito de Uso de Água nº 454/2016 emitida pela Coordenadoria 
de Gestão dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará (CGERH), garantindo 
a disponibilidade hídrica para o adequado funcionamento da usina na 
produção de energia elétrica. 3. Base de elaboração e apresentações das 
demonstrações financeiras. 3.1. Declaração de conformidade e base de 
elaboração. As demonstrações financeiras da Cia. referentes aos exercícios 
encerrados em 31/12/2020 e 2019, foram elaboradas de acordo com as 
Normas Internacionais de Relatório Financeiro (“IFRS”) emitidas pelo 
International Accounting Standards Board (“IASB”) e também de acordo 
com as práticas contábeis adotadas no Brasil que compreendem os 
pronunciamentos contábeis, orientações e interpretações emitidos pelo 
Comitê de Pronunciamentos Contábeis (“CPC”) e aprovados pelo Conselho 
Federal de Contabilidade (“CFC”). As principais políticas contábeis 
aplicadas na preparação dessas demonstrações financeiras estão apresentadas 
na Nota 4. As demonstrações financeiras foram elaboradas com base no 
custo histórico, exceto por certos instrumentos financeiros mensurados pelo 
valor justo. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das 
contraprestações pagas em troca de ativos. Adicionalmente, a Cia. 
considerou as orientações emanadas da Orientação Técnica OCPC 07, 
emitida pelo CPC em novembro de 2014, na preparação das suas 
demonstrações financeiras. Dessa forma, as informações relevantes próprias 
das demonstrações financeiras estão sendo evidenciadas e correspondem às 
utilizadas pela Administração na sua gestão. A preparação de demonstrações 
financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis críticas e também o 
exercício de julgamento por parte da administração da Cia. no processo de 
aplicação das políticas contábeis. Aquelas áreas que requerem maior nível 
de julgamento e têm maior complexidade, bem como as áreas nas quais 
premissas e estimativas são significativas para as demonstrações financeiras, 
estão divulgadas na Nota 5. Na preparação destas demonstrações financeiras, 
as mesmas políticas contábeis foram aplicadas nos exercícios apresentados. 
A emissão destas demonstrações financeiras foi autorizada pela 
Administração em 09/04/2021. 3.2. Declaração de continuidade. A 
administração avaliou a capacidade da Cia. em continuar operando 
normalmente e está convencida de que possui recursos para dar continuidade 
a seus negócios no futuro. Adicionalmente, a administração não tem 
conhecimento de nenhuma incerteza material que possa gerar dúvidas 
significativas sobre a sua capacidade de continuar operando. A administração 
entende que a estratégia comercial e administrativa na gestão dos custos e 
despesas, adotada nos últimos anos e que trouxeram a Cia. para resultados 
positivos, continuará a ser praticada. Assim, as demonstrações financeiras 
foram preparadas com base no pressuposto de continuidade operacional dos 
negócios da Cia.. 3.3. Mudanças nas práticas contábeis e divulgações. A 
Cia. adotou sem impactos significativos, as alterações ao CPC 15/IFRS 3 
sobre definição de um negócio, e as alterações ao CPC 48/IFRS 9 e CPC 40/
IFRS 7 sobre Reforma da Taxa de Juros de Referência a partir de 01/01/2020. 
Uma série de outras novas normas também entraram em vigor a partir de 
01/01/2020, mas não afetaram as demonstrações financeiras da Cia.. A partir 
de 01/01/2021, as normas “CPC 06 (R2) – Arrendamentos” e do “CPC 48 
– Instrumentos Financeiros” foram alteradas conforme minuta de revisão de 
pronunciamentos técnicos nº 17, os quais não foram adotados 
antecipadamente pela Cia. e não terão impacto significativo nas 
demonstrações financeiras. 4. Resumo das principais práticas contábeis; 
As políticas contábeis descritas em detalhes abaixo têm sido aplicadas pela 
Cia. de maneira consistente a todos os exercícios apresentados nessas 
demonstrações financeiras. 4.1. Moeda funcional e de apresentação. As 
demonstrações financeiras são apresentadas em milhares de Reais (R$), que 
é a moeda funcional e de apresentação da Cia.. As transações em moeda 
estrangeira são inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional 
em vigor na data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados 
em moeda estrangeira são convertidos à taxa de câmbio da moeda funcional 
em vigor nas datas dos balanços. Todas as diferenças são registradas na 
demonstração do resultado. 4.2. Participação nos resultados. A Cia. 
reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados de 
funcionários com base em metas corporativas estabelecidas atreladas ao 
plano de desenvolvimento e crescimento da Cia.. A participação nos 
resultados é composta por avaliação das metas de todos os colaboradores e 
diretoria. No entendimento da Administração, esse benefício vem sendo 
aprimorado com o passar dos anos para proporcionar um maior engajamento 
dos funcionários na melhoria dos resultados da Cia.. 4.3. Subvenção 
governamental. A Cia. está situada em uma região na área de atuação da 
Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste) e obteve o 
incentivo fiscal que estabelece uma redução de 75% do IR do lucro 
decorrente da receita incentivada, até 2027. O resultado obtido com este 
benefício fiscal é a redução da despesa de IR e, na distribuição dos resultados 
do período, o montante reduzido da despesa é destinado à conta de reserva 
de incentivos fiscais, conforme disposição legal. As demais práticas 
contábeis relevantes da Cia. estão apresentadas nas notas explicativas 
próprias aos itens a que elas se referem. 5. Estimativas e julgamentos 
contábeis críticos. Na preparação destas demonstrações financeiras, a 
Administração utilizou julgamentos e estimativas que afetam a aplicação 
das políticas contábeis da Cia. e os valores reportados dos ativos, passivos, 
receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. 
As estimativas e premissas são revisadas de forma contínua. As revisões das 
estimativas são reconhecidas prospectivamente. 5.1. Julgamentos. As 
informações sobre julgamentos realizados na aplicação das políticas 
contábeis que têm efeitos significativos sobre os valores reconhecidos nas 
demonstrações financeiras estão incluídas nas seguintes notas explicativas: 
(i) Nota explicativa nº “15 - Provisão para contingências” - 
Reconhecimento de provisões para riscos fiscais, cíveis, trabalhistas, 
administrativos e regulatórios, por meio da análise da probabilidade de 
perda que inclui avaliação das evidências disponíveis, as jurisprudências 
disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no 
ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos advogados externos. 5.2. 
Incertezas sobre premissas e estimativas. (ii) Nota explicativa nº “10 
Imobilizado” - A Cia. avalia anualmente potenciais indicativos de perdas 
nos ativos, de acordo com a norma de contabilidade CPC 01 (R1). Caso a 
Cia. identifique indicativo de desvalorização dos ativos, deve ser realizado o 
teste com base nas Unidades Geradoras de Caixa (UGCs). Adicionalmente, 
a Cia. avalia os impactos nas estimativas de custos com obrigações de 
desmantelamento de áreas - a estimativa do momento de realização dos 
custos com obrigações de desmantelamento de áreas é baseada no prazo da 
concessão. O reconhecimento contábil dessas obrigações deve ser com base 
no valor presente, utilizando-se uma taxa de desconto. Longos períodos até 
a data de abandono e variações na taxa de desconto, por menor que sejam, 
podem ocasionar grandes variações no valor reconhecido. (iii) Nota 
explicativa nº “9 - Impostos a recuperar e diferidos” - IR e Contribuição 
Social diferidos - Ativos e passivos fiscais diferidos são reconhecidos com 
relação às diferenças temporárias entre os valores contábeis de ativos e 
passivos e os adotados para fins de tributação e sobre prejuízos fiscais na 
119
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº101  | FORTALEZA, 30 DE ABRIL DE 2021

                            

Fechar