DOE 30/06/2021 - Diário Oficial do Estado do Ceará

                            181
DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO  |  SÉRIE 3  |  ANO XIII Nº152  | FORTALEZA, 30 DE JUNHO DE 2021
abrangentes. A Companhia classifica seus passivos financeiros mensurados 
ao custo amortizado. A classificação depende da finalidade para a qual os 
passivos financeiros foram assumidos. Os passivos financeiros são 
reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido de quaisquer custos de 
transação atribuíveis. Após o reconhecimento inicial, esses passivos 
financeiros são medidos pelo custo amortizado através do método da taxa 
efetiva dos juros. Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor 
líquido é reportado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente 
aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de 
liquidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo 
simultaneamente. Os principais ativos financeiros reconhecidos pela 
Companhia são: caixa e equivalentes de caixa. Os principais passivos 
financeiros reconhecido pela Companhia são: fornecedores, partes 
relacionadas e obrigações com arrendamentos. 2.6 Redução ao valor 
recuperável de ativos não financeiros (impairment): A Administração revisa 
anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar 
eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou 
tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor 
recuperável.  Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido 
exceder o valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização 
ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. O valor recuperável 
de um ativo ou de determinada unidade geradora de caixa é definido como 
sendo o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. Na estimativa 
do valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são 
descontados ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes 
dos impostos que reflita o custo médio ponderado de capital para a indústria 
em que opera a unidade geradora de caixa. O valor líquido de venda é 
determinado, sempre que possível, com base em contrato de venda firme em 
uma transação em bases comutativas, entre partes conhecedoras e 
interessadas, ajustado por despesas atribuíveis à venda do ativo, ou, quando 
não há contrato de venda firme, com base no preço de mercado de um 
mercado ativo, ou no preço da transação mais recente com ativos 
semelhantes. Em 31 de dezembro de 2020 e 2019, a Companhia não 
identificou quaisquer indícios de impairment com relação aos seus ativos 
não financeiros. 2.7 Ativo imobilizado (exceto direito de uso de ativos 
arrendados): Os itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de 
aquisição ou construção. O custo de ativos construídos inclui o custo de 
materiais e mão de obra direta, quaisquer outros custos para colocar o ativo 
no local, custos de empréstimos sobre ativos qualificáveis e condição 
necessários para que esses sejam capazes de operar da forma pretendida pela 
Administração. O custo de reposição de um componente do imobilizado é 
reconhecido no valor contábil do item caso seja provável que os benefícios 
econômicos incorporados dentro do componente irão gerar benefícios 
futuros e que o seu custo possa ser medido de forma confiável. O valor 
contábil do componente que tenha sido reposto por outro é baixado. Os 
custos de manutenção no dia-a-dia do imobilizado são reconhecidos no 
resultado conforme incorridos. Ganhos e perdas na alienação de um item do 
imobilizado são apurados pela comparação entre os recursos advindos da 
alienação com o valor contábil do imobilizado, e são reconhecidos líquidos 
dentro de outras receitas no resultado. Depreciações: Itens do ativo 
imobilizado são depreciados a partir da data em que estão disponíveis para 
uso, ou no caso de ativos construídos internamente, a partir do dia em que a 
construção é finalizada e o ativo está disponível para uso. A depreciação é 
calculada sobre o custo dos ativos imobilizados ou outro valor substituto do 
custo. A depreciação é reconhecida no resultado baseando-se no método 
linear com relação às vidas úteis estimadas já que esse método é o que mais 
reflete o padrão de consumo de benefícios econômicos futuros incorporados 
no ativo. Terrenos não são depreciados. As taxas utilizadas estão de acordo 
com o Manual de Controle Patrimonial do Setor Elétrica (“MCPSE”), 
aprovado pelas Resoluções Normativas nº 367/2009 e 474/2012 pela 
ANEEL. Os métodos de depreciação, as vidas úteis e os valores residuais 
são revistos a cada encerramento de exercício e eventuais ajustes são 
reconhecidos como mudança de estimativas contábeis. 2.8 Ativos 
intangíveis: Inclui os direitos de passagem adquiridos com o pagamento de 
indenizações aos proprietários das terras ao longo da linha de transmissão e 
são amortizados durante o período de vigência da operação comercial do 
parque eólico. Anualmente, os contratos de indenizações são testados para 
verificar se os respectivos valores contábeis não superam os seus valores de 
recuperação. A amortização de ativos intangíveis é reconhecida na 
demonstração do resultado na categoria de despesa consistente com a 
utilização do ativo intangível. 2.9 Receitas e despesas financeiras: Para 
todos os instrumentos financeiros avaliados ao custo amortizado e ativos 
financeiros que rendem juros, classificados como ativos financeiros ao valor 
justo, a receita ou despesa financeira é contabilizada utilizando-se a taxa de 
juros efetiva, que desconta exatamente os pagamentos ou recebimentos 
futuros estimados de caixa ao longo da vida estimada do instrumento 
financeiro ou em um período de tempo mais curto, quando aplicável, ao 
valor contábil liquido do ativo ou passivo financeiro. A receita de juros é 
incluída na rubrica receita financeira, na demonstração do resultado. As 
despesas financeiras abrangem despesas com juros sobre empréstimos, 
ajustes de desconto a valor presente das provisões e, variações no valor justo 
de ativos financeiros mensurados pelo valor justo por meio do resultado. 
Custos de empréstimo que não são diretamente atribuíveis à aquisição, 
construção ou produção de um ativo qualificável são mensurados no 
resultado pelo método de juros efetivos. 2.10 Imposto de renda e contribuição 
social: Ativos e passivos tributários correntes  são mensurados ao valor 
recuperável esperado ou a pagar para as autoridades fiscais. As alíquotas de 
imposto e as leis tributárias usadas para calcular o montante são aquelas que 
estão em vigor ou substancialmente em vigor na data do balanço nos países 
em que o Grupo opera e gera receita tributável. Imposto de renda e 
contribuição social correntes relativos a itens reconhecidos diretamente no 
patrimônio líquido são reconhecidos no patrimônio líquido. A administração 
periodicamente avalia a posição fiscal das situações nas quais a 
regulamentação fiscal requer interpretação e estabelece provisões quando 
apropriado. A Administração avalia, periodicamente, as posições assumidas 
pela Companhia nas apurações de impostos sobre a renda com relação às 
situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a 
interpretações; e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos 
valores estimados de pagamento às autoridades fiscais. Ativos fiscais 
diferidos sobre prejuízos fiscais de apuração de imposto de renda e base 
negativa de contribuição social não são registrados pela Companhia 
considerando a ausência de perspectiva de realização futura motivada pela 
opção do regime de tributação quando da entrada em operação do 
Empreendimento. Em 31 de dezembro de 2020 e 2019 a Companhia não 
possui diferenças temporárias. 2.11 Normas, alterações e interpretações que 
entraram em vigor em 2020: Alterações no CPC 15 (R1): Definição de 
negócios: As alterações do CPC 15 (R1) esclarecem que, para ser 
considerado um negócio, um conjunto integrado de atividades e ativos deve 
incluir, no mínimo, um input - entrada de recursos e um processo substantivo 
que, juntos, contribuam significativamente para a capacidade de gerar 
output - saída de recursos. Além disso, esclareceu que um negócio pode 
existir sem incluir todos os inputs - entradas de recursos e processos 
necessários para criar outputs - saída de recursos. Essas alterações não 
tiveram impacto sobre as demonstrações contábeis da Companhia, mas 
podem impactar períodos futuros no ingresso em quaisquer combinações de 
negócios. Alterações no CPC 38, CPC 40 (R1) e CPC 48: Reforma da Taxa 
de Juros de Referência: As alterações aos Pronunciamentos CPC 38, CPC 
40 (R1) e CPC 48 fornecem isenções que se aplicam a todas as relações de 
proteção diretamente afetadas pela reforma de referência da taxa de juros. 
Uma relação de proteção é diretamente afetada se a reforma suscitar 
incertezas sobre o período ou o valor dos fluxos de caixa baseados na taxa 
de juros de referência do item objeto de hedge ou do instrumento de hedge. 
Essas alterações não têm impacto nas demonstrações contábeis da 
Companhia, uma vez que este não possui relações de hedge de taxas de 
juros. Alterações no CPC 26 (R1) e CPC 23: Definição de material: As 
alterações fornecem uma nova definição de material que afirma, “a 
informação é material se sua omissão, distorção ou obscuridade pode 
influenciar, de modo razoável, decisões que os usuários primários das 
demonstrações contábeis de propósito geral tomam como base nessas 
demonstrações contábeis, que fornecem informações financeiras sobre 
relatório específico da entidade”. As alterações esclarecem que a 
materialidade dependerá da natureza ou magnitude de informação, 
individualmente ou em combinação com outras informações, no contexto 
das demonstrações financeiras. Uma informação distorcida é material se 
poderia ser razoavelmente esperado que influencie as decisões tomadas 
pelos usuários primários. Essas alterações não tiveram impacto sobre as 
demonstrações contábeis da Companhia, nem se espera que haja algum 
impacto futuro. Revisão no CPC 00 (R2): Estrutura Conceitual para 
Relatório Financeiro: A pronunciamento revisado alguns novos conceitos, 
fornece definições atualizadas e critérios de reconhecimento para ativos e 
passivos e esclarece alguns conceitos importantes. Essas alterações não 
tiveram impacto sobre as demonstrações contábeis da Companhia. 
Alterações no CPC 06 (R2): Benefícios Relacionados à Covid-19 
Concedidos para Arrendatários em Contratos de Arrendamento: As 
alterações preveem concessão aos arrendatários na aplicação das orientações 
do CPC 06 (R2) sobre a modificação do contrato de arrendamento, ao 
contabilizar os benefícios relacionados como consequência direta da 
pandemia Covid-19. Como um expediente prático, um arrendatário pode 
optar por não avaliar se um benefício relacionado à Covid-19 concedido 
pelo arrendador é uma modificação do contrato de arrendamento. O 
arrendatário que fizer essa opção deve contabilizar qualquer mudança no 
pagamento do arrendamento resultante do benefício concedido no contrato 
de arrendamento relacionada ao Covid-19 da mesma forma que contabilizaria 
a mudança aplicando o CPC 06 (R2) se a mudança não fosse uma 
modificação do contrato de arrendamento. Essas alterações não tiveram 
impacto sobre as demonstrações contábeis da Companhia. O Comitê de 
Pronunciamentos Contábeis ainda não emitiu pronunciamento contábil ou 
alteração nos pronunciamentos vigentes correspondentes a todas as novas 
IFRS. Portanto, a adoção antecipada dessas IFRS não é permitida para 
entidades que divulgam as suas Demonstrações contábeis de acordo com as 
práticas contábeis adotadas no Brasil.
3. Gerenciamento de riscos: A Administração é responsável pelo 
estabelecimento e supervisão da estrutura de gerenciamento de risco da 
Companhia. As políticas de gerenciamento de risco são estabelecidas para 
identificar, analisar e definir limites e controles apropriados, e para monitorar 
riscos e aderência aos limites. (i) Risco operacional: O risco operacional está 
relacionado com a paralisação de parte ou de todo o fornecimento esperado 
relacionado ao parque eólico. (ii) Risco de crédito: O risco de crédito de 
saldos com bancos e instituições financeiras é administrado pela tesouraria 
da Companhia de acordo com a política por este estabelecida. Os recursos 
excedentes são investidos apenas em instituições financeiras autorizadas 
e aprovadas pela controladoria, avalizadas pela Diretoria Executiva, 
respeitando limites de crédito definidos, os quais são estabelecidos a fim de 
minimizar a concentração de riscos e, assim, mitigar o prejuízo financeiro 
no caso de potencial falência de uma contraparte. (iii) Risco de liquidez: 
Risco de liquidez é o risco em que a Companhia irá encontrar dificuldades 
em cumprir com as obrigações associadas com seus passivos financeiros 
que são liquidados com pagamentos à vista ou com outro ativo financeiro. 

                            

Fechar