DOMFO 10/11/2021 - Diário Oficial do Município de Fortaleza - CE

                            PREFEITURA DE FORTALEZA - PLANO PLURIANUAL 2022/2025
Segundo estimativa do Ministério da Economia, o impacto da reforma seria de R$ 855 bilhões em 
dez anos.
No período entre as reformas, no ano de 2018, destaca-se a greve geral dos caminhoneiros, um rele-
vante e temporário choque de oferta, que, ao longo de dez dias de paralisação, conseguiu provocar 
uma queda de 11% na produção industrial no período. 
Contudo, o evento mais importante do período foi a pandemia do coronavírus, que teve o primeiro 
caso registrado no Brasil em fevereiro de 2020 e, em menos de um mês, já registrava casos em todos 
os estados brasileiros. Além do inestimável impacto de vidas perdidas, que, apenas no Brasil, até ju-
nho de 2021, já passa de 500 mil, o país vem sofrendo com a queda do nível de atividade econômica, 
aumento da taxa de desemprego e intensa desvalorização cambial. Há ainda de se considerar a piora 
da já fragilizada situação fiscal do país. A queda da arrecadação da União, estimada em 6,91%, com-
binada com o aumento dos gastos, em decorrência do montante dispendido para custear o auxílio 
emergencial e o socorro financeiro a estados e municípios, fez com que o país terminasse o ano com 
um déficit primário de R$ 702,95 bilhões ante a meta de R$ 118,9 bilhões de déficit. Ao seu turno, a 
dívida pública, bastante elevada antes da pandemia, atingiu a marca de 89,3% do PIB em 2020.
Cenário externo
Os anos entre 2017 e 2019 foram caracterizados pela tímida retomada econômica, tendo o PIB cresci-
do 1,3%, 1,8% e 1,4% respectivamente aos três anos do período. Pela ótica da demanda, um dos gran-
des responsáveis por esse resultado positivo foi o consumo das famílias, o que representa cerca de 
65% do PIB. A formação bruta de capital fixo contribuiu positivamente entre os anos de 2018 e 2019, 
com o expressivo crescimento de 5,5% em 2018. 
Em 2020, em decorrência da pandemia, o PIB se retraiu 4,1%. Todos os componentes do PIB apresen-
taram queda no período. O consumo das famílias, que sustentou o crescimento dos anos anteriores, 
teve uma queda de 5,5%. 
A maior queda foi a registrada nas importações, que recuaram 10%. O principal responsável por esse 
resultado foi a grande desvalorização da taxa de câmbio. No início de 2020, a relação entre o real e o 
dólar era de 4,02 para 1; em maio, alcançou o valor de 5,94, tendo terminado o ano em 5,20.
Gráfico 29: Taxa de crescimento do PIB - Ótica da demanda (%)
Fonte: SEFIN com base em dados do IBGE.
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