DOMFO 10/11/2021 - Diário Oficial do Município de Fortaleza - CE

                            PLANO PLURIANUAL 2022/2025 - PREFEITURA DE FORTALEZA
A expectativa é que o ano de 2021 seja dicotômico em relação ao seu primeiro e segundo semestre. 
No primeiro semestre, vem se observando um recrudescimento da pandemia e, como consequên-
cia, a decretação de novas medidas restritivas. As projeções da Fundação Getúlio Vargas (FGV) 
apontam para uma queda no nível de atividade econômica de 0,5% tanto no primeiro quanto no 
segundo trimestre. 
Já para o segundo semestre, considerando o processo de vacinação iniciado em janeiro, há um certo 
otimismo em relação ao nível de atividade econômica. Mesmo considerando as incertezas sobre o 
ritmo da retomada, as previsões acerca do resultado do PIB em 2021, considerando a média das pre-
visões de mercado, apontam para um crescimento em torno de 3,5%.  
Para o ano de 2022, o crescimento previsto é de modestos 2,1%, enquanto para os anos de 2023 a 2025 
as projeções apontam para um crescimento 2,7% a partir de 2022, conforme gráfico seguinte.
Gráfico 30: Taxa de crescimento real do PIB (%)
Fonte: SEFIN com base em Banco Bradesco e Banco Itaú.
Nota: Data das projeções: 31/03/2021.
Inflação e política monetária
Em relação à inflação, o índice medido pelo IPCA foi de 2,95% em 2017, menor valor desde 1998 e 
abaixo da meta proposta de 4,5%. Em 2018 e 2019, o índice se manteve abaixo da meta, sendo o seu 
valor de 3,75% e 4,31% respectivamente. O resultado de 2019, ligeiramente acima da meta de 4,25%, 
foi puxado pelo aumento no preço da carne devido ao aumento da demanda chinesa pelo produto. 
No ano de 2020, assim como ocorrido no ano anterior, a inflação ultrapassou o centro da meta, 
ainda se mantendo abaixo do teto. O grupo de alimentos e bebidas foi o grande responsável pelo 
resultado. Ressalte-se que o movimento de aumento dos preços dos alimentos foi global. A título 
de exemplo, no mês de março de 2020, nos 37 países que fazem parte da OCDE, a inflação de ali-
mentos saltou de 2,4% para 4,2%.
Esse cenário de inflação sob controle permitiu ao Comitê de Política Monetária (COPOM) redu-
zir paulatinamente a taxa básica de juros da economia, a taxa de Selic. No início de 2017, a taxa 
era de 13,75%, chegando a 2% ao final de 2020. Ressalte-se que os cortes no ano de 2020 podem ser 
interpretados como uma medida de estímulo para a atividade econômica em crise por conta da 
pandemia.
48

                            

Fechar