DOMCE 12/07/2022 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará

                            Ceará , 12 de Julho de 2022   •   Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará   •    ANO XIII | Nº 2995 
 
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§ 2º. Ao término do exercício será levantada a receita efetivamente 
arrecadada para fins de repasse ao legislativo, ficando estabelecidas as 
seguintes alternativas em relação à base de cálculo utilizada para 
elaboração do orçamento: 
I. Caso a receita efetivamente realizada situe-se em patamares 
inferiores aos previstos, o Legislativo indicará as dotações a serem 
contingenciadas ou utilizadas para a abertura de créditos adicionais no 
Poder Executivo; 
II. Caso a receita efetivamente realizada situe-se em patamares 
superiores aos previstos, o Poder Executivo abrirá crédito adicional 
suplementar para reforço das dotações do Poder Legislativo, visando 
garantir o repasse mínimo em percentual de 7% (sete por cento) sobre 
as receitas tributárias e transferências decorrentes de impostos, 
realizadas no exercício de 2022. 
  
Art. 9º. Para os efeitos do art. 168 da Constituição da República os 
recursos correspondentes as dotações orçamentárias da Câmara 
Municipal, inclusive os oriundos de créditos adicionais, serão 
entregues até o dia 20 de cada mês, observados os limites anuais sobre 
a receita tributária e de transferências de que trata o art. 29-A da 
Constituição da República, alterado pela Emenda Constitucional nº 
58/2009, efetivamente arrecadada no exercício de 2022, ou, sendo 
esse valor superior ao orçamento do Legislativo, o limite de seus 
créditos orçamentários. 
Art. 10. O repasse financeiro relativo aos créditos orçamentários e 
adicionais será feito diretamente em conta bancária da Câmara 
Municipal. 
Art. 11. A execução orçamentária do Legislativo será independente, 
mas bimestralmente se consolidará a execução orçamentária do 
executivo para elaboração do Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária – RREO, conforme Lei Complementar nº 101/2000. 
PARÁGRAFO ÚNICO – O Poder Legislativo Municipal remeterá 
mensalmente ao Setor Central de Contabilidade do Poder Executivo, 
até 20 (vinte) dias após o encerramento de cada competência, os 
seguintes documentos: 
Balancete financeiro; 
b) Demonstrativo da receita; e 
c) Demonstrativo da despesa empenhada, liquidada e paga. 
  
CAPÍTULO IV 
DAS DIRETRIZES GERAIS PARA A ELABORAÇÃO E A 
EXECUÇÃO DOS 
ORÇAMENTOS DO MUNICÍPIO E SUAS ALTERAÇÕES 
SEÇÃO I 
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
  
Art. 12. A elaboração da proposta orçamentária do Município 
obedecerá às seguintes diretrizes gerais, sem prejuízos das normas 
financeiras estabelecidas pela legislação federal: 
I. O montante das receitas e despesas será exatamente igual; 
II. Os dispêndios como o serviço da dívida pública, de pessoal e 
encargos, e manutenção de atividades, terão prioridade sobre as ações 
de expansão; 
III. Os projetos em fase de execução terão prioridade sobre os novos 
projetos, bem como emendas remanescentes dos vereadores 
aprovados no exercício anterior, exceto quando os projetos novos 
forem exigidos por circunstâncias imprevistas; 
IV. O Município aplicará nos termos do art. 212 da Constituição 
Federal, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) de suas receitas 
resultantes de impostos, compreendidas as provenientes de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento de ensino, 
assegurando prioridade ao atendimento das necessidades do ensino 
fundamental; 
V. O Município cumprirá o Princípio Constitucional de que trata o 
inciso III do Art. 77 do ADCT da Constituição Federal, acrescido pela 
Emenda Constitucional nº 29/2000, de investir 15% (quinze por 
cento) na manutenção das ações e serviços de saúde; 
VI. Os valores destinados às fundações, aos fundos e as autarquias e 
demais entidades de Administração, contemplados com recurso de 
orçamentos públicos municipal, serão repassados de forma 
duodécimo, observando-se que destinação de recursos para ações que 
visem a proteção da criança e de adolescente seja de absoluta 
prioridade nos termos do art. 4º, parágrafo único, alíneas “c” e ”d” da 
Lei n° 8.069 de 13 de julho e 1990 – Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
VII. Para o exercício financeiro de 2023 a Lei Orçamentária anual não 
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de 
créditos suplementares nos termos do art. 165, § 8º, da Constituição 
Federal, onde tal autorização regulado pelo art. 7º, inciso I, da Lei 
Federal nº 4.320/64, ficará limitada ao montante da receita anual 
prevista/despesa fixada, não podendo o Ente Municipal ultrapassar o 
percentual de 65% ( sessenta e cinco por cento). 
  
PARÁGRAFO ÚNICO - Na sistemática de elaboração do orçamento 
2023 a previsão de receitas e fixação de despesa será a preços de julho 
de 2022, já com a perspectiva de elevação monetária até 1° de janeiro 
de 2023, tomado como base variação percentual da receita efetivada 
entre 1° de agosto e 31 de dezembro de 2021. 
  
Art. 13. O Orçamento anual abrangerá os Poderes Executivo e 
Legislativo, Órgãos e Entidades da Administração Direta e Indireta, 
respeitando prioritariamente as emendas aprovados e não atendidas 
dos vereadores, em caso de existência, correspondentes do exercício 
anterior, considerando a dotação orçamentária suficiente para sua 
execução, e sempre que possível, as indicações oriundas da 
participação popular, usando como parâmetro o critério regionalizado 
para aplicação das receitas previstas para o investimento em cada ano. 
§ 1º. Fica assegurado na lei orçamentaria de 2023, recursos para 
custear transporte aos estudantes universitários do Município de 
Paramoti, matriculados no instituto federal do Ceara – IFCE em 
Canindé OU EM OUTRAS UNIVERSIDADES DE FORTALEZA. 
§ 2º. Fica assegurado na Lei Orçamentaria de 2023, recursos para 
custear os movimentos Juninos e demais Eventos Culturais no nosso 
Município. 
§ 3º. Fica assegurado na Lei Orçamentaria de 2023, recursos para 
custeio aos campeonatos em todas as modalidades de Esportes no 
nosso Município. 
§ 4º. Fica autorizado o poder executivo a celebrar convênio com as 
Associações comunitárias e demais entidades sem fins lucrativos do 
Município, e assegura a Lei Orçamentaria de 2023, recursos para 
custear e executar Projetos Sociais, Esportivos, Culturais e de 
incentivo produção Rural no nosso Município. 
Art. 14. Os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento 
discriminarão a despesa por unidade orçamentária, detalhada por 
categoria de programação em seu menor nível, com suas respectivas 
dotações, especificando a esfera orçamentária, a modalidade de 
aplicação e a fonte de recursos; 
Art. 15. Os orçamentos fiscal, da seguridade social e de investimento 
compreenderão a programação dos Poderes do Município, seus 
Fundos, Órgãos, Empresas e Fundações Públicas, Autarquias e 
Sociedades de Economia Mista, quando houver, instituídas e mantidas 
pelo Poder Público Municipal. 
Art. 16. O projeto de lei orçamentária que o Poder Executivo 
encaminhará a Câmara Municipal e a respectiva Lei será constituída 
de: 
I. Texto da Lei; 
II. Quadros orçamentários consolidados e detalhados por unidades 
orçamentárias; 
III. Anexo dos orçamentos fiscal, da seguridade social e de 
investimento, discriminando a receita e a despesa na forma definida 
na Lei Federal nº 4.320/64. 
Art. 17. Cada projeto constará somente de uma esfera orçamentária e 
de um programa. 
Art. 18. As atividades com a mesma finalidade de outras já existentes 
deverão observar o mesmo código, independente da unidade 
executora. 
Art. 19. Os Órgãos Municipais contidos no Orçamento Anual serão 
aqueles definidos na legislação que rege a Estrutura Administrativa do 
Município. 
  
Art. 20. As Unidades Orçamentárias dos Órgãos Municipais para 
efeitos de planejamento governamental, e que também serão levadas 
em consideração para efeitos de atendimento ao Sistema de 
Informações Municipais do Tribunal de Contas do Estado do Ceará, 
serão aquelas obtidas a partir da legislação local que rege a Estrutura 
Administrativa do Município. 

                            

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