DOMCE 30/03/2023 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará

                            Ceará , 30 de Março de 2023   •   Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará   •    ANO XIII | Nº 3177 
 
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Seção III 
Do Ciclo de Vida do Objeto a ser Contratado 
  
Art. 11. Desde que objetivamente mensuráveis, fatores vinculados ao 
ciclo de vida do objeto licitado, poderão ser considerados para a 
definição do menor dispêndio para a Administração Municipal. 
  
§ 1º. A modelagem de contratação mais vantajosa para a 
Administração Municipal, considerado todo o ciclo de vida do objeto, 
deve ser considerada ainda na fase de planejamento da contratação, a 
partir da elaboração do Estudo Técnico Preliminar (ETP), do Termo 
de Referência (TR) ou do Projeto Básico (PB). 
  
§ 2º. Na estimativa de despesas de manutenção, utilização, reposição, 
depreciação e impacto ambiental, poderão ser utilizados parâmetros 
diversos, tais como históricos de contratos anteriores, séries 
estatísticas disponíveis, informações constantes de publicações 
especializadas, 
métodos 
de 
cálculo 
usualmente 
aceitos 
ou 
eventualmente previstos em legislação, trabalhos técnicos e 
acadêmicos, dentre outros. 
  
Seção IV 
Dos Bens de Luxo 
  
Art. 13. Os itens de consumo para suprir as demandas da 
Administração Municipal não deverão ostentar especificações e 
características excessivas àquelas necessárias ao cumprimento das 
finalidades às quais se destinam, vedada a aquisição de artigos de 
luxo, nos termos do Art. 20, da Lei Federal nº 14.133/2021. 
  
§ 1º. Considera-se “artigo de luxo”, para os fins de que trata o caput, 
deste artigo, os materiais de consumo, de uso corrente, cujas 
características técnicas e funcionais sejam superiores ao estritamente 
suficiente e necessário para o atendimento da necessidade da 
Administração, possuindo caráter de ostentação, opulência, forte apelo 
estético ou requinte. 
  
§ 2º. Não será enquadrado como bem de luxo aquele que, mesmo 
considerado na definição constante do § 1º, deste artigo: 
  
For ofertado por preço equivalente ou inferior ao preço de bem de 
categoria comum da mesma natureza; ou 
  
For demonstrada a essencialidade das características superiores do 
bem em face das necessidades da Administração, a partir da aplicação 
de parâmetros objetivos identificados no âmbito do ETP, do TR ou 
PB. 
  
Seção V 
Do Programa de Integridade 
  
Art. 14. Nas contratações de obras, serviços e fornecimentos de 
grande vulto, o edital deverá prever a obrigatoriedade de implantação 
de programa de integridade pelo licitante vencedor, no prazo de 06 
(seis) meses, contados da celebração do contrato, adotando-se como 
parâmetro normativo para a elaboração do programa e sua 
implementação, no que couber, o disposto no Capítulo V, do Decreto 
Federal nº 11.129, de 11 de julho de 2022. 
  
Parágrafo único. Decorrido o prazo de 06 (seis) meses indicado no 
caput sem o início da implantação de programa de integridade, o 
contrato será rescindido pela Administração, sem prejuízo da 
aplicação de sanções administrativas em função de inadimplemento de 
obrigação contratual, observado o contraditório e ampla defesa. 
  
CAPÍTULO III 
DA INSTRUÇÃO DA CONTRATAÇÃO 
Seção I 
Da Fase Preparatória 
  
Art. 15. As contratações do Poder Executivo Municipal, seja 
mediante licitação, seja mediante dispensa ou inexigibilidade, estão 
sujeitas à realização da fase preparatória, composta pelas seguintes 
etapas: 
Formalização da demanda; 
  
Elaboração de Estudo Técnico Preliminar (ETP), quando couber, 
observado o Anexo II, deste Decreto; 
  
Elaboração do Termo de Referência (TR) ou Projeto Básico (PB), 
observado o Anexo III, deste Decreto; 
  
Elaboração do Anteprojeto e do Projeto Executivo para obras e 
serviços de engenharia; 
  
Realização da estimativa de despesas; 
  
Elaboração da minuta do ato convocatório e, quando couber, do 
instrumento contratual; 
  
Verificação e informação quanto à disponibilidade orçamentária; 
  
Controle prévio de legalidade, mediante a análise jurídica da 
contratação; 
  
Aprovação final da minuta de instrumento convocatório e autorização 
da despesa. 
  
Parágrafo Únicoº. A formalização da demanda e o registro das 
informações necessárias é de responsabilidade do Órgão demandante. 
  
Seção II 
Dos Elementos Mínimos e Fluxos da Fase Preparatória 
  
Art. 16. Após a formalização da demanda e a elaboração dos artefatos 
de planejamento pelo Órgão demandante, o processo de contratação 
será devidamente encaminhado ao Setor de Compras para pesquisa de 
preços ou providências cabíveis. 
  
Parágrafo único. O TR/PB conterá informações detalhadas do objeto, 
devendo ser elaborado pelo Órgão demandante e/ou equipe de 
planejamento, de acordo com as normas estabelecidas pelo Anexo III, 
deste Decreto. 
  
Art. 17. Para fins de pesquisa de preços, os autos deverão conter, no 
mínimo, a documentação básica para instrução da contratação, 
composta pelos seguintes documentos: 
  
Documento de Formalização de Demanda; 
  
Estudo Técnico Preliminar, quando couber, observado o disposto no 
Anexo II, deste Decreto; 
  
Termo de Referência ou Projeto Básico, observado o disposto no 
Anexo III, deste Decreto; 
  
§ 1º. Os processos de contratação de bens e serviços por meio de 
inexigibilidade de licitação deverão conter, além da documentação 
básica para instrução da contratação: 
  
Proposta comercial da pretensa contratada dentro do prazo de 
validade; 
  
Documentos que comprovem a situação de inexigibilidade de licitação 
e consequente escolha do fornecedor. 
  
§ 2º. Os processos de contratações de bens e serviços por meio de 
adesão a Ata de Registro de Preços (ARP) gerenciada por outro órgão 
púbico federal, estadual, distrital, nos termos do art. 53, deste Decreto, 
deverão conter, além da documentação básica para instrução da 
contratação: 
  
Cópia da ARP a que se pretende aderir; 
  
Cópia do edital da licitação de origem e seus anexos; 
  

                            

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