DOMCE 13/04/2023 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará
Ceará , 13 de Abril de 2023 • Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará • ANO XIII | Nº 3186
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Fonte:Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/ 18º ADS- Iguatu, 2022.
No que se refere aos acidentes, o gráfico abaixo especifica o número óbitos por acidentes de trânsito em geral e os envolvendo motocicletas e outros
veículos motorizados, em cada ano.
Gráfico 5. Número de óbitos por tipo de acidentes de trânsito em Iguatu-CE, 2017 a 2021.
Fonte:Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM/ 18º ADS- Iguatu, 2022.
3.2.4. COVID-19 em Iguatu
A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2, conhecido como novo coronavírus. A sintomatologia da doença abrange desde
sintomas respiratórios a sintomas gastrointestinais. Os sintomas podem se manifestar de forma leve, moderada e grave que pode evoluir com
dificuldade respiratória podendo necessitar de suporte ventilatório. Estudos sugerem que as respostas imunológicas dos indivíduos são definidoras na
forma de apresentação desses sintomas (REN, 2021; BRASIL, 2020.2).
Desde que foi detectada em dezembro de 2019 em Wuhan, na China, a análise das curvas epidemiológicas da COVID-19 demonstrou que a
transmissão da doença foi marcada pela rápida expansão e disseminação do vírus nos hospitais (infecção hospitalar), no meio doméstico
(transmissão por familiares e pessoas próximas) e comunitária (aglomerações) (SUN et al., 2020; WU et al., 2020).
Nesse contexto, organizações internacionais de saúde – como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS) – passaram a recomendar medidas restritivas urgentes para barrar o avanço da doença (OMS, 2020). Isso incluiu o fechamento de serviços
considerados não essenciais e o distanciamento social como medidas determinantes para controle da transmissão, após a constatação de sua eficácia
em diversos estudos. Estes demonstravam a redução significativa do número de mortes relacionadas ao COVID-19 e apontavam estas medidas como
meios importantes de se evitar maior sobrecarga nos sistemas de saúde dos países (WALKER et al., 2020; OMS, 2020).
Para organização das ações de prevenção e controle da COVID-19, conforme as recomendações sanitárias, foi elaborado pela Secretaria de Saúde de
Iguatu, em 2020, o Plano Municipal de Contingência para Enfrentamento da Infecção Humana pelo Novo Coronavírus SARS-CoV-2. As metas
traçadas para o cumprimento dos objetivos dizem respeito à notificação e investigação em tempo hábil de todos os casos de infecção pelo novo
coronavírus, bem como de óbitos por COVID-19, além da realização de um Plano de Mídia que possa alcançar toda a população do município
(IGUATU, 2020).
Segundo o Boletim Informativo COVID-19 (DTI-SESA IGUATU/CE, 2022), disponível para consulta no site da Prefeitura Municipal de Iguatu, os
dados epidemiológicos da COVID-19, em 9 de maio de 2022, o total de óbitos pela doença era de 240. Das 34.603 notificações realizadas, desde o
início da pandemia até o momento, houve um total de 13.979 casos confirmados, com um percentual de cura de 98,3% e uma taxa de letalidade de
1,7%. Não há, atualmente, nenhuma pessoa em internação clínica ou em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) por ocasião da doença.
Desde o início da campanha de imunização contra a COVID-19, primeiros meses de 2021, até 9 de maio de 2022, foram aplicadas 224.550, 90.034
primeiras doses, 85.482 segundas doses e 44.656 doses de reforço.
4 METODOLOGIA
A PNEPS é referência na formação dos trabalhadores da saúde, fruto da luta constante dos diversos atores sociais em defesa de uma educação dos
profissionais capaz de promover a transformação de práticas e organização do trabalho em saúde. Uma conquista imprescindível no fortalecimento
do SUS conquistada através da formação de seus trabalhadores.
O Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde (PMEPS) de Iguatu-CE foi elaborado em conformidade com a PNEPS e a Portaria nº 3.194,
de 28 de novembro de 2017, que dispõe sobre o Programa para o Fortalecimento das Práticas de Educação Permanente em Saúde no SUS,
compreendendo que a Educação Permanente em Saúde deve ser a ferramenta ordenadora da construção e formação dos trabalhadores.
Para tanto, ressalta-se que essa construção “deve resultar de um processo político participativo, que envolva os distintos atores/sujeitos e
organizações responsáveis pelas ações de Educação Permanente em Saúde dos profissionais e trabalhadores do SUS” de acordo com a Portaria Nº
3.194 de 2017 (BRASIL,2018).
Assim a ESPI construiu, junto aos demais atores sociais da saúde, o PMEPS em acordo com incentivo financeiro da Portaria Nº 3.194 de 2017. No
processo de elaboração do PMEPS houve articulação de três dimensões: política, técnica e econômica. Ressaltando que na elaboração de um Plano
de Educação Permanente em Saúde (PEPS), balizam o espaço de definição do referencial político-pedagógico que orienta a programação das ações
educativas.
O PMEPS foi articulado a partir dos eixos construídos do Plano Estadual de Educação Permanente em Saúde, a seguir:
1.Construir e consolidar o Sistema de Saúde Escola: o SUS é a nossa escola e podemos ser uma verdadeira “comunidade de aprendizagem”.
2. Desenvolvimento científico e tecnológico: no SUS se produzimos a informação e geramos conhecimento podemos coordenar na saúde do nosso
estado a “gestão do conhecimento”.
3. Inovações metodológicas de educação na saúde: a educação no SUS é inovadora e transformadora, sendo capaz de inventar, criar e propor
métodos novos e atuais, então podemos apontar “Desafios Metodológicos”.
4. Desenvolvimento de gestores e lideranças no SUS: o SUS está em construção, não é projeto já resolvido e acabado, sendo importante ajudar as
equipes de condução a crescerem e os cidadãos a participarem, por isso, podemos trabalhar cidadania e gestão, como “Desenvolvimento
Institucional”.
5. Integração Ensino-Serviço-Comunidade em Saúde: para uma boa educação na saúde nos serviços do SUS, nas universidades, nas escolas técnicas
e nas organizações educativas populares precisamos que os projetos pedagógicos e de formação sejam mais integrados e colaborativos, assim
podemos ousar nas “Interações Educativas na Saúde”.
6. Tecnologias da Atenção Integral à Saúde: Garantir a oferta e desenvolvimento das melhores tecnologias de atenção integral à saúde, por meio de
processos de formação que promovam o desenvolvimento profissional e ações de qualificação em consonância com as áreas técnicas que informam
linhas de cuidado e políticas públicas sanitárias e intersetoriais.
O PMEPS de Iguatu partiu de necessidades locais levantadas a partir de questionário online e oficinas aplicadas aos gestores e trabalhadores que
compõem a rede de saúde do município. Sendo assim, neste plano, pretende-se que as interfaces educativas apontadas por todos os atores implicados
nesse processo, debatidas e contempladas na realização de oficinas, sejam efetivadas. Com este plano, reafirma-se a necessidade de instigar a
educação e a formação dos profissionais da saúde, associando ao Quadrilátero de formação da saúde (gestores, trabalhadores do SUS e integrantes
das instituições de ensino e do controle social) constituindo o SUS e o desenvolvimento dos trabalhadores em saúde.
Nesse sentido, o Plano atua nos processos formativos baseado nas necessidades provenientes do mundo do trabalho como também nas necessidades
do território, ainda estimula o pensamento criativo e reflexivo, dando embasamento à Educação Permanente em Saúde.
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