DOMCE 13/04/2023 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará
Ceará , 13 de Abril de 2023 • Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará • ANO XIII | Nº 3186
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Necessidade de atualização dos profissionais
da APS quanto às práticas de cuidado à
saúde da mulher nos diferentes ciclos de
vida.
Qualificar a atenção à saúde da mulher nos
diversos ciclos de vida de forma a possibilitar a
integralidade do cuidado.
Profissionais da APS e de
pontos de atenção das redes de
apoio.
Cursos e oficinas.
70% dos profissionais envolvidos. 2023-2025
Necessidade de prover conhecimento e
habilidades aos profissionais para o manejo
adequado dos casos de saúde mental na APS.
Sensibilizar os profissionais da APS acerca dos
temas ligados ao sofrimento psíquico. Qualificar
os profissionais para o cuidado em saúde mental
na atenção primária. Capacitar as equipes de
saúde para o acolhimento à crise e para o uso de
psicofármacos.
Fomentar
ações
educativas
voltadas à promoção do uso racional de
medicamentos.
Profissionais da APS.
Cursos, oficinas, matriciamento em
saúde mental.
100%
dos
profissionais
envolvidos.
2023-2025
Necessidade de estabelecer protocolos e
promover atualização dos profissionais para
a realização das práticas de imunização nas
UAPS de forma multidisciplinar e sob a
orientação de protocolos atualizados.
Realizar atualizações periódicas acerca das
práticas de imunização sob a orientação de
protocolos atualizados.
Profissionais de enfermagem e
ACS.
Cursos, oficinas, reuniões técnicas,
disponibilização
de
materiais
atualizados.
100%
dos
profissionais
envolvidos.
2023-2025
Necessidade
de
qualificar,
estabelecer
protocolos e promover a atualização dos
profissionais que atuam na atenção primária
em agravos e condições crônicas.
Qualificar a atenção em agravos e condições
crônicas no contexto da atenção primária,
reduzindo suas complicações.
Profissionais da APS e de
pontos de atenção das redes de
apoio.
Cursos,
oficinas
e
exposições
dialogadas.
90% dos profissionais envolvidos. 2023-2025
Necessidade de fornecer conhecimento para
os profissionais e a comunidade sobre
temáticas voltadas para a área de Vigilância
em Saúde.
Fomentar capacitações sobre Vigilância em
Saúde voltadas à comunidade e aos profissionais
de saúde.
Profissionais de saúde da SMS,
gestores e comunidade.
Cursos,
oficinas,
palestras
e
exposições dialogadas.
70% dos profissionais envolvidos. 2023-2025
Deficiência no acolhimento dos usuários.
Necessidade de capacitar os profissionais
para o atendimento humanizado tendo como
referência
a
Política
Nacional
de
Humanização (PNH).
Difundir e implementar as recomendações da
Política Nacional de Humanização. Motivar os
trabalhadores para construção de processos de
trabalho de forma humanizada. Propiciar espaços
de diálogo sobre os nós críticos do cotidiano
laboral e as estratégias de potencializar a
resolubilidade dos serviços, considerando as
singularidades de cada rede e tendo como
referência o proposto na política nacional de
humanização. Qualificar o acolhimento em
relação ao funcionamento, fluxo, e classificação
de risco.
Profissionais da SMS e gestores
do SUS.
Oficinas, rodas de conversa e GTs
de humanização.
100%
dos
profissionais
do
município.
2023-2025
Necessidade
de
qualificar,
planejar
e
organizar os processos de trabalho na
perspectiva da integração das redes e do
trabalho em equipe.
Qualificar as práticas de cuidado nos três níveis
de atenção, com planejamento e organização dos
fluxos, criação de protocolos, definição de papéis
e valorização do trabalho em equipe.
Profissionais da SMS, gestores
e comunidade.
Cursos, oficinas, reuniões técnicas.
100%
dos
profissionais
envolvidos
2023-2025
6 MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE
Avaliando que a formação dos (as) trabalhadores(as) da saúde no município de Iguatu dar-se pela Secretaria Municipal de Saúde, geralmente, através
da Escola de Saúde Pública de Iguatu, torna- se imprescindível que ferramentas de monitoramento e avaliação sejam adotados. Dessa forma,
construir e manter um sistema de avaliação efetivo é imprescindível.
Neste sentido o processo de monitoramento e avaliação terá como norteador o desenvolvimento do PMEPS através de ações reflexivas e análises de
suas estratégias. Estes processos são imprescindíveis na condução do PMEPS principalmente no que tange atender seus resultados, anseios dos
profissionais e dos diversos atores sociais que participaram de sua construção.
A Avaliação deste processo será realizada pela ESP Iguatu através da Coordenação de Formação em Educação Permanente, dos residentes da ênfase
Saúde Coletiva da Residência Integrada em Saúde juntamente com um GT composto pelo Quadrilátero da Formação para a Área da Saúde: Ensino,
Gestão, Atenção e Controle Social.
Entendemos que este deslocamento deverá fomentar o desenvolvimento de habilidades e competências nessa área que geralmente não é considerada
no processo. Ressaltando que a avaliação incluirá aspectos éticos e institucionais ao envolver o Quadrilátero da formação para a área da saúde e a
ação reflexiva sobre as iniciativas estabelecidas no Plano. Como elementos avaliativos elegemos: os objetivos e metas propostas no PMEPS por
meio de instrumentos que serão elaborados em oficinas de avaliação semestrais, com a presença dos atores citados anteriormente. As oficinas terão o
papel de monitorar as ações desenvolvidas, bem como redimensionar aquelas que o processo avaliativo considerar necessário.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde do município de Iguatu – CE é uma construção coletiva cuja base está representada pelas
necessidades de Educação Permanente levantadas de forma ascendente, pelo conjunto de atores que, no âmbito da rede municipal, compõem o
Quadrilátero: Ensino; Gestão; Atenção e Controle Social, e que expressaram as necessidades atuais para enfrentamento de problemas no contexto
dos territórios de Iguatu.
Assim, este propõe-se a qualificar o trabalho desenvolvido no âmbito do território de forma integral e efetiva, por meio de ações que fortaleçam os
profissionais de saúde e gestores do SUS, além do controle social e das instituições de ensino, como agentes transformadores do seu trabalho em um
processo interdisciplinar.
Dessa maneira, o Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde do município afirma-se como instrumento norteador das ações de Educação
Permanente no município de Iguatu – CE e, considerando o seu caráter processual, deve ser visto como um documento inacabado podendo ser
readequado, revisto, de acordo com a dinâmica da situação de saúde e os processos em desenvolvimento no campo da Educação Permanente, sempre
de forma participativa e colaborativa.
Nesse sentido, a Secretaria Municipal da Saúde de Iguatu – CE através da Escola de Saúde Pública de Iguatu (ESPI) reafirma sua responsabilização
pela formação e educação permanente dos seus trabalhadores na perspectiva de contribuir com a qualificação dos processos de trabalho e a
efetivação da integralidade no cuidado, considerando o cotidiano do trabalho como espaço privilegiado de aprendizagem e ação, na perspectiva de
constituir uma práxis que problematize esse cotidiano e promova a reflexão crítica dos seus sujeitos, potencializando a construção de ações
transformadoras das situações-limite nos diversos contextos, sob o protagonismo do conjunto de atores institucionais e comunitários.
Assim, dada a relevância da política de educação permanente em saúde na qualificação dos cenários de prática, ancorados na atenção integral e na
produção do cuidado longitudinal, torna-se imprescindível a adesão e o compromisso da gestão municipal em assegurar sua sustentabilidade, por
meio da viabilização técnica, orçamentário-financeira e política, considerando as metas pactuadas nos instrumentos de governo e de gestão, com
ênfase nesse Plano Municipal de Educação Permanente em Saúde.
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DANIELLE GOMES FELIPE
Coordenadora Executiva
Escola de Saúde Pública de Iguatu
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