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Quando analisadas as importações das demais origens, foram observados aumentos consecutivos dos valores em P2 e P3, de 3132,4% e 851,8% respectivamente, sempre em relação ao período anterior. Considerando todo o período de investigação, evidenciou-se aumento de 30.665,2% nos valores importados das outras origens. 168. O valor total das importações brasileiras aumentou 1.862,9%, de P1 para P2, e 838,8%, de P2 para P3. Se comparados P1 e P3, verificou-se crescimento de 18.328,7% no valor total das importações de malhas de viscose. Preços das Importações Totais US$ CIF/kg P1 P2 P3 China 100,0 36,1 172,9 Total sob Análise 100,0 36,1 172,9 Paraguai - 100,0 98,1 Coréia do Sul 100,0 63,3 - Demais Países 100,0 139,2 - Total Exceto sob Análise 100,0 29,9 29,0 Total Geral 100,0 32,4 31,5 169. Observou-se que o preço CIF médio por kg das importações brasileiras de malhas de viscose da origem objeto do direito antidumping apresentou queda de P1 para P2, de 63,9%, e aumento de P2 para P3, de 378,5%. De P1 para P3, o preço de tais importações registrou aumento de 72,9%. 170. Em relação ao preço CIF médio por kg de outras origens, verificaram-se quedas de 70,1%, P1 para P2, e de 3,0%, de P2 para P3. Na comparação entre P1 e P3, o preço de tais importações apresentou queda de 71,0%. 171. Com relação ao preço médio por kg do total das importações brasileiras de malhas de viscose, houve queda de 67,6% de P1 para P2 e queda de 3,0% de P2 para P3. Ao longo do período de investigação de indícios de dano, houve queda de 68,5% no preço médio das importações totais. 6.1.3. Do mercado brasileiro, do consumo nacional aparente (CNA) e da evolução das importações 172. Para dimensionar o mercado brasileiro de malhas de viscose, foram consideradas as quantidades vendidas no mercado interno informadas pela indústria doméstica, bem como as quantidades importadas totais apuradas com base nos dados de importação fornecidos pela RFB, apresentadas no item anterior. As vendas internas da indústria doméstica, que compõe o conjunto de 13 empresas, conforme tratado no item 4, incluem apenas as vendas de fabricação própria. 173. Ressalte-se que, em se tratando de indústria fragmentada, o volume das vendas dos outros produtores domésticos foi estimado, e a metodologia de cálculo se descreve a seguir. 174. Buscou-se, inicialmente, estimar os dados da produção nacional de malhas de viscose referentes ao ano de 2020, com base em painel de pesquisa realizada pelo Iemi anualmente. 175. O painel - doravante Painel Iemi - apura, junto a um grupo de empresas do setor têxtil e de vestuário, os dados anuais de pessoal ocupado, produção por linha, gênero e produto, canais de distribuição, maquinário etc. A pesquisa teria, de acordo com a peticionária, cobertura nacional, amostras por polo produtor, porte das empresas, linhas e produtor. 176. No Painel Iemi 2021, participaram 164 empresas produtoras de malhas em geral, segmentadas por porte, sendo que, dentre estas, 57 empresas fabricavam malhas de viscose. Assim, calculou-se o percentual de ocorrência de empresas que fabricavam malhas de viscose dentro da amostra de 164 de empresas produtoras de malhas em geral, de acordo com a faixa de número de funcionários. 177. Para dimensionar o número total de empresas produtoras de malhas de viscose, o Iemi consultou a Relação Anual de Informações Sociais - Rais com base no código Cnae 1330-8 do IBGE. Os estabelecimentos considerados como produtores de malhas corresponderam a 627 empresas. 178. Assim, com base no percentual de ocorrência de empresas que fabricam malhas de viscose dentro da amostra total de empresas que fabricam malhas em geral no Painel Iemi, o número de produtores nacionais de malhas de viscose foi estimado em 89. 179. A tabela abaixo resume a metodologia utilizada, sendo: (a) número de empresas produtoras de malhas em geral entrevistadas no Painel Iemi de 2021, segmentadas por porte (número de funcionários); (b) número de empresas produtoras de malhas de viscose entrevistadas no Painel Iemi de 2021, segmentadas por porte (número de funcionários); (c) o percentual obtido pela divisão da coluna (b) pela coluna (a); essa é, portanto, a ocorrência de empresas fabricante de malhas de viscose na amostra total de empresas produtoras de malhas em geral; (d) número de estabelecimentos do Cnae 1330-8 (fabricação de tecidos de malha em geral) da Rais de 2019; (e) estimativa de estabelecimentos que produzem malhas de viscose, calculada com base na multiplicação da coluna (c) pela coluna (d). Estimativa do número de empresas produtoras de malhas de viscose [CONFIDENCIAL] / [RESTRITO] Tamanho dos estabelecimentos (a) (b) (c=b/a) (d) (e=c*d) Até 19 funcionários [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 436 [ CO N F. ] De 20 a 49 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 99 [ CO N F. ] De 50 a 99 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 46 [ CO N F. ] De 100 a 249 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 28 [ CO N F. ] De 250 a 499 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 13 [ CO N F. ] De 500 acima [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 5 [ CO N F. ] Total [ R ES T R . ] [ R ES T R . ] [ R ES T R . 627 [ R ES T R . ] 180. A partir da base amostral de 57 empresas, o Iemi estimou que a produção nacional de malhas de viscose em 2020 foi de [RESTRITO] t, conforme tabela abaixo: Estimativa da produção de malhas de viscose [RESTRITO] Faixas de número de empregados Empresas produtoras de malhas de viscose do Painel Iemi Empresas do CNAE 1330-8 Estimativa da Produção de malhas de viscose em 2020 em t (f=c*d*e) Número de empregados por faixa (a) Produção em t (b) Produção por empregado em t (c=b/a) % em relação às empresas produtoras de malhas em geral do Painel Iemi (d) Número de empregados (e) Até 19 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 3.008 [ R ES T R I T O ] De 20 a 49 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 3.407 [ R ES T R I T O ] De 50 a 99 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 3.596 [ R ES T R I T O ] De 100 a 249 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 4.540 [ R ES T R I T O ] De 250 a 499 [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 4.836 [ R ES T R I T O ] De 500 acima [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] 3.974 [ R ES T R I T O ] Total [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ CO N F. ] [ R ES T R I T O ] 23.361 [ R ES T R I T O ] 181. Para estimar a produção dos períodos da investigação, foi utilizada a PIM-PF (Pesquisa Industrial Mensal - Produção Física Industrial) do IBGE, que oferece números-índices da evolução mensal da produção física no setor de fabricação de produtos têxteis, baseado no acompanhamento de um painel fixo de empresas produtoras. 182. A produção nacional de malhas de viscose ao longo dos períodos foi estimada conforme tabela a seguir: Produção nacional de malhas de viscose [RESTRITO] Em t Período Volume P1 100,00 P2 89,17 P3 107,02 183. A peticionária calculou as vendas totais no mercado brasileiro de cada período subtraindo as quantidades exportadas e acrescentando as quantidades importadas - obtidas a partir dos dados de exportação do Comexstat - dos volumes produzidos em cada período. As vendas da indústria doméstica, por sua vez, constituem o somatório das vendas reportadas pelo conjunto das 13 empresas que compõem a indústria doméstica, conforme item 4 supra. Por fim, as vendas das outras empresas correspondem à diferença entre as vendas totais dos produtores nacionais no mercado brasileiro e as vendas da indústria doméstica. Mercado brasileiro [RESTRITO] Em kg Período Vendas indústria doméstica Vendas outras empresas Importações origem investigada Importações outras origens Mercado brasileiro P1 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 P2 83,91 89,50 185,50 10803,45 87,27 P3 86,15 119,17 2,98 105973,00 107,85 184. Observou-se que o mercado brasileiro de malhas de viscose apresentou retração de 12,7% de P1 para P2, mas registrou expansão de 23,6% de P2 para P3. Ao se analisar os extremos da série, ficou evidenciado um crescimento do mercado brasileiro de 7,8%. Consumo Nacional Aparente (CNA) [RESTRITO] Em kg Vendas Indústria Doméstica Vendas Outras Empresas Importações Origens Investigadas Importações Outras Origens Consumo Cativo Consumo Nacional Aparente P1 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 P2 83,9 89,5 185,5 10803,5 90,3 87,5 P3 86,2 119,2 3,0 105973,0 111,1 108,1 185. Observou-se que o CNA de malhas de viscose apresentou retração de 12,5% de P1 para P2, mas registrou expansão de 23,5% de P2 para P3. Ao se analisar os extremos da série, ficou evidenciado um crescimento do CNA de 8,1%. 6.2. Da evolução das importações 6.2.1. Da participação das importações no mercado brasileiro 186. A tabela a seguir apresenta a participação das importações no mercado brasileiro de malhas de viscose. Participação no mercado brasileiro [RESTRITO] Período Mercado brasileiro - kg (a) Importações origem investigada - kg (b) Participação no mercado brasileiro (%) (b/a) Importações outras origens - kg (c) Participação no mercado brasileiro (%) (c/a) P1 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 P2 87,3 185,5 214,3 10803,5 13425,0 P3 107,8 3,0 2,9 105973,0 106475,0 187. Observou-se que o indicador de participação das importações da origem objeto do direito antidumping no mercado brasileiro foi praticamente nulo durante todo o período. 188. Com relação à participação das importações das demais origens no mercado brasileiro ao longo do período em análise, houve aumento de [RESTRITO] p.p. entre P1 e P2, e aumento de [RESTRITO] p.p. de P2 para P3. Ao se considerar toda a série analisada, o indicador de participação das importações das demais origens no mercado brasileiro apresentou contração de [RESTRITO] p.p., considerado P3 em relação ao início do período avaliado, P1. 6.2.2. Da relação entre as importações e a produção nacional 189. A tabela a seguir apresenta a relação entre as importações de malhas de viscose da origem investigada e a produção nacional do produto similar. Importações da origem investigada e produção nacional [RESTRITO] Produção nacional - kg (a) Importações da origem investigada - kg (b) (%) (b)/(a) P1 100,0 100,0 100,0 P2 89,2 185,5 209,4 P3 107,0 3,0 3,1 190. Observou-se que o indicador de relação entre importações das origens investigadas e a produção nacional foi praticamente nulo durante todo o período. 6.2.3. Da conclusão a respeito das importações 191. No período de análise de dano à indústria doméstica, as importações da origem investigada, que já se encontram em um patamar baixo, diminuíram significativamente, em termos absolutos, tendo passado de [RESTRITO] t em P1 para [RESTRITO] kg em P3 (diminuição de 97,0%). Em relação ao mercado brasileiro e em relação à produção nacional do produto similar, a participação de tais importações foi praticamente nula durante todo o período. 192. Por outro lado, as importações das outras origens, especialmente as do Paraguai, apresentaram comportamento oposto, com aumento significativo:Fechar