DOEAM 14/03/2023 - Diário Oficial do Estado do Amazonas - Tipo 1

                            DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS
Manaus, terça-feira, 14 de março de 2023
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H
á seis meses Alexandre Segadilha inicia-
va as atividades de equoterapia. O me-
nino, de 7 anos, tem Síndrome de Down 
e Transtorno do Espectro Autista (TEA), e hoje 
já consegue interagir com os cavalos e com os 
animais domésticos da família. Ele participa 
do modelo terapêutico ofertado no Núcleo 
de Equoterapia da Polícia Militar do Amazonas 
(PMAM), em parceria com a Secretaria de Justi-
ça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).
A turma de Alexandre foi a primeira a reali-
zar a atividade, iniciada no dia 27 de feverei-
ro. Durante 30 minutos ele faz a equoterapia, 
auxiliado pela equipe profi ssional. Cristina Se-
gadilha, mãe de Alexandre, conta que o fi lho 
não gosta de contato físico, mas que depois 
da terapia com os cavalos passou a aceitar al-
guns contatos.
“Os ganhos que ele teve foi com a acessibi-
lidade tátil. Ele é muito sensível, não gosta de 
toque, então hoje em dia ele já aceita, graças a 
Deus. Espero que ele ganhe mais [autonomia] 
com a equoterapia, já que em seis meses ele 
teve esse ganho de acessibilidade, então esse 
ano ele vai ganhar muito mais”, refl ete a dona 
de casa. 
Jussara Pedrosa, titular da Sejusc, diz que 
parceria entre as secretarias pos-
sibilita progressos às pessoas com 
defi ciência (PcDs). 
“Esse modelo terapêutico é rea-
lizado com muita responsabilida-
de pela Cavalaria, e a Sejusc par-
ticipa com cessão de servidores 
para o quadro funcional e, tam-
bém, no auxílio das pessoas com 
defi ciências, com orientações so-
bre a equoterapia, como ingressar no modelo 
terapêutico, tudo para prestar o melhor serviço 
de ambas as secretarias”, frisa a secretária. 
Como funciona
A equoterapia é um método terapêutico 
educacional que utiliza o cavalo entre várias 
disciplinas, interdisciplinar e multidisciplinar, 
para ajudar pessoas com defi ciência ou ne-
cessidades especiais, a ganhar melhorias psi-
comotoras e sociais. O serviço conta com uma 
equipe multidisciplinar, com psicólogos, fono-
audiólogos, fi sioterapeutas e veterinários. O te-
nente Strieder, chefe do Núcleo de Equoterapia 
explica que o programa é gratuito e como se 
dá a entrada.
“Primeiramente, o responsável tem que vir 
com o parecer médico indicando 
a criança para a prática da equo-
terapia e, com esse parecer, nos 
procura. É um projeto social aber-
to a todos, não tem cobrança de 
nenhum tipo de taxa ou de parti-
cipação. O candidato a praticante 
passa pelo crivo da equipe multi-
profi ssional e a partir daí ele entra 
numa lista de espera. O tempo de 
tratamento é de 6 meses a 2 anos”, indicou o 
tenente.
“A primeira fase é utilizada mais nas crianças 
que têm alguma difi culdade em fi car em cima 
do cavalo, vai precisar de mediadores para 
apoiar, para segurar a criança, para conduzir. 
Na segunda fase, que é a reeducação, a criança 
já consegue se manter sozinha sobre o cavalo. 
Já na terceira e quarta fase, a pré-esportiva e a 
esportiva, o praticante tem condições de con-
duzir o cavalo sozinho, como se fosse um cava-
leiro”, emendou o tenente.
A lista de espera do programa está com um 
tempo mais curto. Neste ano, são 132 pratican-
tes entre crianças, jovens e adultos, divididos 
nas quatro fases. A cada alta são chamados no-
vos candidatos. 
Para a prática da terapia 
é preciso que a criança 
tenha indicação médica, em 
seguida é avaliado por equipe 
multiprofissional 
O serviço dispõe 
de equipe 
multidisciplinar, 
com psicólogos, 
fonoaudiólogos, 
fi sioterapeutas, 
veterinários, com 
tratamentos de 6 
meses a 2 anos
Equoterapia: pessoas com defi ciências têm 
acesso gratuito à terapia com cavalos 
Arthur Castro/Secom
VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃO

                            

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