DOEAM 06/01/2023 - Diário Oficial do Estado do Amazonas - Tipo 1

                            DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS 
Manaus, sexta-feira, 06 de janeiro de 2023 3
A 
Agência de Defesa Agropecuária e 
Florestal do Amazonas (Adaf) proibiu 
o trânsito de espécies hospedeiras da 
praga monilíase do cacaueiro - com destaque 
para cacau e cupuaçu -, oriundas dos municí-
pios de Benjamin Constant e Tabatinga para 
os demais municípios amazonenses e restante 
do país. A medida está na portaria 393, do dia 
21 de dezembro, publicada no Diário Oficial 
do Estado (DOE). 
O gerente de Defesa Vegetal da Adaf, Sivan-
dro Campos, destaca que a proibição tem o 
objetivo de resguardar o patrimônio frutícola 
do Estado e do país, e que a portaria segue 
em vigor até que seja concluído o trabalho 
de contenção e erradicação da praga. “Esta-
mos trabalhando com educação sanitária para 
conscientizar a população a não pegar frutos 
dessas áreas e não transportar esses materiais, 
para que a praga não se espalhe para outras lo-
calidades”, explica. 
A monilíase do cacaueiro é uma doença de-
vastadora que afeta vegetais dos gêneros Theo-
broma e Herrania, como o cacau e o cupuaçu, 
causando perdas de até 100% da produção de 
frutos e, consequentemente, a redução da ren-
da do agricultor. 
A detecção do primeiro foco da praga, no 
Amazonas, foi anunciada pelo Ministério da 
Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 
no dia 17 de novembro, e aconteceu durante 
ações de monitoramento realizadas por uma 
equipe de técnicos do ministério, com o apoio 
da Adaf, em Tabatinga. A confirmação se deu 
por meio de análise realizada pelo Laborató-
rio Federal de Defesa Agropecuária de Goiânia 
(LFDA/GO). 
No dia 21 de novembro, o Mapa publicou 
portaria proibindo o trânsito de materiais 
vegetais das espécies hospedeiras, oriundas 
dessas áreas, para as demais unidades da fe-
deração. Agora, com a restrição imposta pela 
Adaf, o trânsito também fica proibido dentro 
do Amazonas. 
Para delimitar as áreas de foco, Adaf, Mapa 
e Instituto de Desenvolvimento Agropecuário 
e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam) 
iniciaram, ainda em novembro, uma força-ta-
refa na região onde a monilíase foi detectada. 
“A ação rápida de todos os órgãos envolvidos 
é fundamental para conter os focos da praga, 
preservando a sanidade vegetal em nosso es-
tado, evitando prejuízos econômicos e mais 
transtornos aos agricultores familiares”, destaca 
Alexandre Araújo, diretor-presidente da Adaf. 
Com o mapeamento, focos pontuais da do-
ença foram identificados em plantações não 
comerciais de cupuaçu e cacau de Benjamin 
Constant e Tabatinga, e descartados em São 
Paulo de Olivença, onde a equipe também es-
teve presente. A ação teve apoio das prefeitu-
ras locais.  
De acordo com Sivandro, os próximos passos 
dos trabalhos de contenção e erradicação da 
praga serão acordados com o Mapa. 
Adaf proíbe trânsito de cacau e cupuaçu 
de municípios com focos de monilíase 
Proibição tem o objetivo de 
resguardar o patrimônio 
frutícola do Estado e do país, até 
finalizar a erradicação da praga
Divulgação/Adaf 
Mapeamento 
identificou 
focos pontuais 
da doença em 
plantações não 
comerciais de 
cupuaçu e cacau 
de Benjamin 
Constant e 
Tabatinga
VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃO

                            

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