DOEAM 21/11/2022 - Diário Oficial do Estado do Amazonas - Tipo 1

                            estado do amazonas
Número 34.868 | Ano CXXX
www.imprensaoficial.am.gov.br
segunda-feira
21
nov/2022
D
urante décadas, pacien-
tes 
que 
necessitavam 
de atendimento de alta 
complexidade nos municípios 
do interior do Amazonas preci-
savam ser transferidos em UTI 
aérea para receber tratamento 
de saúde adequado para casos 
graves. O maior estado do Brasil 
começou a encurtar distâncias 
desse tipo de atendimento da 
população que mais precisa em 
2021, quando implantou os pri-
meiros leitos de Unidade de Terapia Intensiva 
(UTI) da história fora de Manaus. Atualmente já 
são 31 leitos em três importantes municípios.
Projeto da atual gestão do Governo do Es-
tado, as primeiras UTIs foram instaladas em 
Parintins (a 369 quilômetros de Manaus), em 
outubro de 2021. A cidade, na região do Baixo 
Amazonas, conta com 11 leitos.
Depois disso, o serviço passou a ser ofereci-
do pelo governo estadual nos municípios de 
Tefé (distante 523 quilômetros da capital) e 
Tabatinga (a 1.108 quilômetros de Manaus), na 
tríplice fronteira com o Peru e a Colômbia. As 
duas cidades ganharam dez leitos de UTI, cada. 
Em pouco mais de um ano, já foram realizadas 
mais de 500 internações nos três municípios 
que contam com a estrutura.
Agora, o Governo do Estado começou a im-
plantar os leitos hospitalares na cidade de Humai-
tá, que fi ca a 590 quilômetros de Manaus – dis-
tância maior que uma viagem entre São Paulo e 
Rio de Janeiro e que os pacientes em situação de 
urgência precisam fazer pelas UTIs aéreas.
Em Tefé, os leitos de UTI estão em funciona-
mento no Hospital Regional Carlos Braga, des-
de junho deste ano. De lá para cá, 58 pessoas 
que estavam em estado grave foram atendidas 
e não precisaram viajar para Manaus. O público 
é formado por tefeenses e habitantes de outras 
seis cidades vizinhas.
Pacientes e profi ssionais de saúde dessas lo-
calidades comemoram a instalação dos leitos, 
uma demanda existente há décadas.
“Melhorou muito na questão da transferên-
cia e no cuidado desses pacientes. Hoje a gente 
tem UTI no próprio município, então a logística 
acontece dentro do próprio hospital, e o pa-
ciente já começa seus cuidados aqui no próprio 
município”, afi rmou Lecita Marreira, secretária 
municipal de Saúde de Tefé.
Atendimento
Em agosto, o aposentado Otávio Lacerda, de 
66 anos, passou por procedimento cirúrgico 
devido a complicações na próstata. Ele fi cou 
por duas semanas na UTI de Tefé.
“e não existisse a UTI dentro do hospital em 
Tefé, eu digo que teria sido muito difícil, talvez 
fosse necessário ser removido daqui para outra 
cidade. Lá tem muitos equipamentos e o aten-
dimento é muito bom, 24 horas, fui muito bem 
atendido, graças a Deus”, relatou.
O secretário de Estado de Saúde, Anoar Sa-
mad, reforça a importância da estrutura pionei-
ra no interior do Amazonas. “Se você for ver, a 
quantidade de vidas que foram salvas simples-
mente por ter leitos de UTI é incomensurável, 
não tem preço que pague uma coisa dessa”, 
afi rmou o secretário.
Lucas Silva/Secom
Pacientes e profi ssionais 
comemoram instalação de 
leitos de alta complexidade, 
que já alcança três municípios
UTIs no interior encurtam distâncias 
no atendimento à população
Atualmente são 
31 leitos de UTI 
instalados em 
Parintins, Tefé 
e Tabatinga; 
Estado hoje 
trabalha para 
implantar 
unidades em 
Humaitá
VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃO

                            

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