DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Manaus, sexta-feira, 18 de novembro de 2022 4 A s amostras de DNA do Banco de Perfis Genéticos do Estado do Amazonas, co- letadas em unidades prisionais, ajuda- ram na elucidação de 22 investigações de au- tores de crimes sexuais. Com os dados inclusos no acervo do banco, é possível fazer o cruza- mento de informações que podem ajudar na solução de crimes em apuração. O banco é do Laboratório de Biologia e Ge- nética Forense do Instituto de Criminalística e reflete o balanço de uma década de trabalho. Além da identificação dos autores de estupro, as análises permitiram avanço em outras 47 investigações. Nelas, o autor do crime ainda não foi reconhecido, ou seja, ainda não se sabe a identidade. Entretanto, o DNA de quem co- meteu o crime já está traçado, o que representa possibilidade de prisões futuras. A gerente do Laboratório de Genética Foren- se, Daniela Koshikene, ressalta que os crimes de maior impacto e maior poder ofensivo são os que têm a maior quantidade de perfis gené- ticos, sendo eles, estupro, homicídio e roubo. “O estupro é o que tem a maior dificuldade de investigação, porque não é um crime que você tenha testemunhas. Mas, a partir do mo- mento em que vestígios são deixados no cor- po da vítima, é possível ter um perfil genético. Nós tivemos 47 estupros dos quais não se tinha qualquer ideia de quem era o autor, e hoje em dia, apesar de não termos o nome do autor, sa- bemos que foram cometidos por ele”, disse. Daniela também explica que as 22 identifi- cações de autores de estupro dentro do banco ajudaram a responsabilizar os criminosos. “Muitas vezes o autor é detido pelo último crime que cometeu. Mas, a partir do momen- to em que pode ser julgado por outros crimes cometidos, ele pode ser indiciado e julgado. Assim, a gente pode oferecer uma resposta às vítimas e elucidar vários casos”, ressaltou. O banco possui mais de 1,2 mil amostras de perfis genéticos. Essas amostras foram coleta- das de condenados do antigo regime semia- berto e do fechado do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj). A medida é um atendi- mento à Lei nº 12.654/2012. Acervo com amostras de detentos do sistema prisional já auxiliou na elucidação de 22 investigações desses crimes Divulgação/Secom No AM, Banco de DNA auxilia em investigações de crimes sexuais Com dados do banco de DNA, é possível fazer o cruzamento de informações que podem ajudar na solução de crimes em apuração VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar