DOEAM 02/08/2022 - Diário Oficial do Estado do Amazonas - Tipo 1

                            PODER EXECUTIVO - SEÇÃO I  | DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS
Manaus, terça-feira, 02 de agosto de 2022
26
 
 
 
RISCOS DECORRENTES DA ADMINISTRAÇÃO DA DÍVIDA 
PÚBLICA 
A dívida pública no Estado do Amazonas apresentou um 
saldo em 31/12/2021 de R$ 10,36 bilhões, uma variação positiva de 
22% em comparação ao exercício de 2020. Esse crescimento foi 
devido pela variação da taxa de câmbio (aumento de 7,47% sobre o 
real), pela contratação de uma nova operação de crédito (Pró-
Sustentável) junto ao Banco Mundial, bem como pelo aumento da 
taxa de juros (Selic) durante o período, que evoluiu de 2% em 
Janeiro para 9,25% em dezembro. 
No exercício de 2020, houve a suspensão dos 
pagamentos das dívidas contratadas pelo Estado do Amazonas 
com base na Lei Complementar nº 173, de 27 de maio de 2020 que 
estabeleceu o Programa Federativo de Enfrentamento ao 
Coronavírus SARS-CoV-2 (Covid-19) e, em 2021, retornaram os 
pagamentos da dívida pública. Cabe ressaltar, também, que a 
variação dos indexadores como o dólar americano (moeda na qual 
é baseada a totalidade das operações de crédito externas), o Índice 
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Certificado de Depósito 
Interbancário (CDI), ocorrida no mesmo período, resultaram em um 
aumento do serviço da dívida de 67%, comparando-se o exercício 
de 2021 em relação a 2020. 
É possível afirmar que o câmbio e os juros representam 
os maiores riscos que podem afetar a administração da dívida 
pública: 
a) O risco cambial tem se tornado mais evidente na 
medida em que perduram os efeitos da pandemia do Coronavírus, 
ocorre a guerra na Ucrânia, e até mesmo há um cenário 
inflacionário gerado pelas dificuldades na produção de bens em 
escala mundial para atender a retomada da economia gerando 
instabilidades no mercado nacional e internacional. Taxa de câmbio 
mais elevada onera o pagamento do serviço da dívida nas 
operações de crédito externas. 
b) Quanto ao risco dos juros, dada à resistência da 
inflação, a autoridade monetária poderá manter a taxa de juros em 
níveis elevados para garantir a estabilidade da moeda. Tal 
panorama implica a oneração dos contratos de operação de crédito 
interna que pagam juros baseados no Índice de Preços ao 
Consumidor Amplo (IPCA) e no Certificado de Depósito 
Interbancário (CDI), aumentando dessa forma o dispêndio do 
governo com o pagamento do serviço da dívida interna. 
 
PASSIVOS CONTINGENTES 
São 
dívidas 
cuja 
existência 
depende 
de 
fatores 
imprevisíveis, como os processos judiciais que envolvam o Estado, 
ainda que não exclusivamente. Para o exercício de 2023, os valores 
estimados com demandas judiciais são da ordem de R$ 140 
milhões. Quanto aos riscos que podem advir dos passivos 
contingentes, 
é 
importante 
ressaltar 
a 
característica 
de 
imprevisibilidade quanto ao resultado da ação, havendo sempre a 
possibilidade do Estado sair vitorioso e não haver o impacto fiscal, 
sendo também imprevisível quando serão finalizadas, uma vez que 
tais ações levam em geral, um longo período para chegar ao 
resultado final. 
Em oposição aos passivos contingentes, há os ativos 
contingentes, isto é, os direitos do Estado sujeitos à decisão judicial 
para o recebimento. Caso sejam recebidos, implicarão receita  
 
 
 
 
adicional para o governo estadual. O estoque da dívida ativa da 
Fazenda Estadual, no encerramento do exercício de 2021, 
corresponde a R$ 8,39 bilhões, conforme relatório do Balanço Geral 
do Estado do exercício de 2021. 
Para cobrir os eventuais riscos fiscais, está prevista no art. 
22 do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, para inclusão, 
pelo Estado, na Proposta de Lei Orçamentária Anual, uma reserva 
de contingência no valor de, no mínimo, 2% (dois por cento) do total 
da Receita Corrente Líquida, para o exercício, visando atender 
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, 
conforme estabelece o inciso III do artigo 5º da Lei Complementar 
nº 101, de 4 de maio de 2000.  
Objetivando minimizar os efeitos de possíveis riscos 
fiscais, o Governo do Estado vem realizando diversas ações nas 
áreas econômicas, tributárias, administrativa e de planejamento. Na 
área econômica, dentre os vários projetos analisados pela 
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, 
Tecnologia e Inovação – SEDECTI, no exercício de 2021, foram 
aprovados 216 (duzentos e dezesseis) projetos, com uma 
estimativa de criação de 8,480 mil postos de trabalhos diretos, para 
o exercício de 2022 a 2024. Durante o mesmo período, a previsão 
de investimento previsto foi de R$ 19,97 bilhões. Até o segundo 
bimestre deste exercício, foram aprovados 66 (sessenta e seis) 
projetos pelo CODAM, resultando num investimento previsto para o 
triênio 2022/2024 de R$ 3,51 bilhões com a geração de 2,954 mil 
novos empregos.  
Na área de gestão, o Governo do Estado, vem dando 
continuidade ao Programa de Modernização. Neste programa, o 
Governo vem ampliando projetos já iniciados e começa novos 
projetos conforme descrito a seguir: 
a) aprimoramento contínuo do processo eletrônico de 
compras, visando mais celeridade e transparência nos processos, 
bem como o aumento da capacidade de gestão, objetivando maior 
economia de recursos materiais e humanos; 
b) implantação das ferramentas, por meio do Sistema de 
Gestão de Contratos – SGC: (1) Módulo Contas Públicas, que 
permitirá a integração do Sistema de Gestão de Contas Públicas ao 
SGC; (2) assinatura digital aos contratos do estado através do 
SGC; (3) monitoramento e aprimoramento do Módulo Fiscalização, 
para acompanhamento da execução dos contratos, que, integrado 
ao sistema AFI, condicionará a liquidação e, consequentemente, o 
pagamento aos fornecedores, principalmente, na área da Saúde; 
c) realização das compras de pequeno valor, massificação 
por meio eletrônico, visando reduzir o número de processos de 
compra direta e de compras feitas com recursos de adiantamentos, 
especialmente no Interior do Estado. Para tal, será realizada a 
simplificação do atual módulo de compras eletrônicas. Além da 
economia de recursos, tanto no processo, quanto no valor das 
aquisições, essas medidas terão como benefício adicional a 
ampliação da participação das micro e pequenas empresas nas 
compras governamentais; 
d) tornar o Pregão Eletrônico integralmente eletrônico, 
com todos os documentos assinados eletronicamente, com 
certificado digital. Além de proporcionar maior agilidade e economia 
nos custos de impressão e mão-de-obra, tornará a administração 
mais transparente ao cidadão; 
e) continuar a implantação do domicílio eletrônico de 
licitantes e fornecedores que, similar ao Domicílio Tributário 
Eletrônico (DT- e), será o ambiente de comunicação entre licitantes,  
 
 
 
adicional para o governo estadual. O estoque da dívida ativa da 
Fazenda Estadual, no encerramento do exercício de 2021, 
corresponde a R$ 8,39 bilhões, conforme relatório do Balanço Geral 
do Estado do exercício de 2021. 
Para cobrir os eventuais riscos fiscais, está prevista no art. 
22 do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, para inclusão, 
pelo Estado, na Proposta de Lei Orçamentária Anual, uma reserva 
de contingência no valor de, no mínimo, 2% (dois por cento) do total 
da Receita Corrente Líquida, para o exercício, visando atender 
passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais imprevistos, 
conforme estabelece o inciso III do artigo 5º da Lei Complementar 
nº 101, de 4 de maio de 2000.  
Objetivando minimizar os efeitos de possíveis riscos 
fiscais, o Governo do Estado vem realizando diversas ações nas 
áreas econômicas, tributárias, administrativa e de planejamento. Na 
área econômica, dentre os vários projetos analisados pela 
Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, 
Tecnologia e Inovação – SEDECTI, no exercício de 2021, foram 
aprovados 216 (duzentos e dezesseis) projetos, com uma 
estimativa de criação de 8,480 mil postos de trabalhos diretos, para 
o exercício de 2022 a 2024. Durante o mesmo período, a previsão 
de investimento previsto foi de R$ 19,97 bilhões. Até o segundo 
bimestre deste exercício, foram aprovados 66 (sessenta e seis) 
projetos pelo CODAM, resultando num investimento previsto para o 
triênio 2022/2024 de R$ 3,51 bilhões com a geração de 2,954 mil 
novos empregos.  
Na área de gestão, o Governo do Estado, vem dando 
continuidade ao Programa de Modernização. Neste programa, o 
Governo vem ampliando projetos já iniciados e começa novos 
projetos conforme descrito a seguir: 
a) aprimoramento contínuo do processo eletrônico de 
compras, visando mais celeridade e transparência nos processos, 
bem como o aumento da capacidade de gestão, objetivando maior 
economia de recursos materiais e humanos; 
b) implantação das ferramentas, por meio do Sistema de 
Gestão de Contratos – SGC: (1) Módulo Contas Públicas, que 
permitirá a integração do Sistema de Gestão de Contas Públicas ao 
SGC; (2) assinatura digital aos contratos do estado através do 
SGC; (3) monitoramento e aprimoramento do Módulo Fiscalização, 
para acompanhamento da execução dos contratos, que, integrado 
ao sistema AFI, condicionará a liquidação e, consequentemente, o 
pagamento aos fornecedores, principalmente, na área da Saúde; 
c) realização das compras de pequeno valor, massificação 
por meio eletrônico, visando reduzir o número de processos de 
compra direta e de compras feitas com recursos de adiantamentos, 
especialmente no Interior do Estado. Para tal, será realizada a 
simplificação do atual módulo de compras eletrônicas. Além da 
economia de recursos, tanto no processo, quanto no valor das 
aquisições, essas medidas terão como benefício adicional a 
ampliação da participação das micro e pequenas empresas nas 
compras governamentais; 
d) tornar o Pregão Eletrônico integralmente eletrônico, 
com todos os documentos assinados eletronicamente, com 
certificado digital. Além de proporcionar maior agilidade e economia 
nos custos de impressão e mão-de-obra, tornará a administração 
mais transparente ao cidadão; 
e) continuar a implantação do domicílio eletrônico de 
licitantes e fornecedores que, similar ao Domicílio Tributário 
Eletrônico (DT- e), será o ambiente de comunicação entre licitantes,  
 
 
 
fornecedores e Poder Público, sendo os documentos assinados 
eletronicamente, com certificação digital (tais como assinatura de 
atas de registro de preços, contratos, atualização cadastral, dentre 
outros). Este projeto também proporcionará maior efetividade nos 
processos de aquisições de bens e serviços, mas também tem o 
propósito de aumentar a base de licitantes (maior competitividade) 
e atrair grandes empresas para a base de fornecedores. Também 
será instrumento de estímulo à participação de micro e pequenas 
empresas nas compras governamentais; e 
f) desenvolvimento do sistema de Compras, baseado na 
nova Lei de Licitações e Contratos.   
 Em 
continuidade 
ao 
processo 
de 
fortalecimento 
institucional, o Estado do Amazonas tem buscado avançar em 
medidas de ajuste fiscal e sustentabilidade econômica e 
socioambiental, objetivando elevar a sua capacidade de poupança 
e de investimentos com recursos próprios e consequentemente 
melhorar, de forma abrangente, a oferta dos serviços públicos a 
população. 
Com tais objetivos, dentre outras ações importantes e 
essenciais, o Amazonas está implementando o regime de 
previdência complementar; instituindo o sistema de custos para 
contribuir com a melhoria da qualidade dos gastos públicos, 
buscando a simplificação e a desburocratização da tributação;  à 
preservação e ao uso racional e sustentável dos recursos 
ambientais;  à melhoria dos serviços públicos em saúde; o volume 
de 
recursos 
razoável 
em 
projetos 
de 
infraestrutura, 
em 
modernização tecnológica, em saneamento básico, tratamento e 
distribuição de água potável, principalmente nos municípios do 
interior, em mobilidade urbana, em logística e transporte, em 
soluções de governança ambiental etc.  
Além disso, o Estado do Amazonas, por intermédio da 
Secretaria de Estado da Fazenda, a exemplo das demais Unidades 
da Federação, mantém-se no propósito de adesão a programas de 
modernização e de fortalecimento da gestão fiscal, tais como o 
PROFISCO II, bem como, adesão a programas de apoio ao 
desenvolvimento e a adoção de políticas públicas fortalecedoras do 
ente federado, além de outros programas que ajudem a fortalecer o 
Estado ou que auxiliem na prevenção ou na mitigação de crises 
socioeconômicas.   
RISCOS MACROECONÔMICOS 
Alterações no comportamento das principais variáveis 
econômicas podem gerar fatores de risco ao cumprimento das 
previsões orçamentárias do Estado, principalmente quando 
relacionadas às variáveis exógenas, tais como: inflação, juros, 
câmbio, emprego e renda, às quais o Estado do Amazonas não 
possui controle e influenciam diretamente a economia. Fatores 
negativos que alterem essas variáveis modificam a conjuntura 
econômica ao longo do exercício orçamentário, provocando 
redução de receitas ou elevação de despesas, ocasionando um 
contingenciamento de recursos. 
Após uma queda de mais de 4% do PIB em 2020, 
decorrente da Pandemia do novo Coronavírus, o Brasil conseguiu 
se recuperar em 2021. O PIB do ano passado, mesmo com a 
continuidade da Pandemia, foi positivo em 4,6%. Os principais 
fatores da recuperação foram o crescimento de 4,7% dos serviços e 
de 4,5% na indústria. Já a agropecuária apresentou uma pequena 
redução de 0,2%. O crescimento dos serviços foi generalizado, sem  
 
 
VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃO

                            

Fechar