DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Manaus, segunda-feira, 17 de janeiro de 2022 4 FVS-RCP intensifica ações de controle da dengue no Amazonas A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP) está intensificando as ações de controle ao mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya. O estado regis- trou um aumento de 43% nos casos de dengue nos últimos dois anos, pelo menos 20% dos quais notificados na capital, Manaus. Foram 10.251 casos de dengue notificados em 2020. Em 2021, o número do indicador subiu para 14.740 notificações. Os dados cons- tam no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), oficial do Ministério da Saúde para esse tipo de registro, e são informa- dos pelas Vigilâncias em Saúde municipais para a FVS-RCP, que consolida os registros. Somente em Manaus, foram 2.236 casos (22%) em 2020, e 5.706 (39%) em 2021. Alguns dos sintomas da dengue podem se manifestar de forma semelhante aos da Covid-19, como dores nas articulações, dores musculares e febre. O paciente com dengue pode também apresentar manchas pequenas na pele e pro- blemas no trato intestinal, como diarreia. Já a tosse e falta de ar são mais comuns na infecção pelo novo coronavírus. De acordo com o diretor técnico da FVS-R- CP, Daniel Barros, a prevenção é fundamen- tal para evitar a infecção pelo Aedes aegypti diante da pandemia de Covid-19. “As duas do- enças são virais e muito inflamatórias. Quem tem dengue e se contamina com o novo co- ronavírus tem mais chances de sentir o agra- vamento da doença. Então, a prevenção é o melhor caminho”, afirma. Prevenção Daniel destaca também que o Amazonas enfrenta período chuvoso, também conhecido como inverno amazônico, que segue até maio. O acúmulo de chuvas é cenário favorável para a proliferação do Aedes aegypti, já que, nessa época, é observado aumento de casos da do- ença. “A FVS-RCP está empenhada na intensifica- ção das ações, mas é preciso que a população faça a vistoria dentro e fora das suas casas, pro- curando espaços com acúmulo de água que podem ser locais de proliferação dos mosqui- tos”, acrescenta. Segundo a gerente de Doenças de Transmis- são Vetorial da FVS-RCP, Luzia Mustafa, estão programadas visitas técnicas para os municí- pios do interior do estado com o objetivo de dar suporte às ações das secretarias municipais de saúde no controle da doença. “As ações de intensificação de combate ao vetor incluem borrifações com inseticidas, vi- sitas domiciliares com ações de educação em saúde nos municípios, sempre destacando a eliminação de criadouros a partir de tratamen- to focal com larvicida”, destaca Luzia. Zika e chikungunya Também foram registrados aumentos nos casos para zika e chikungunya no Amazonas no comparativo nos últimos dois anos. Foram 111 casos de zika em 2020, e 213 em 2021. Já em relação aos casos de chikungunya, foram identificados 28 em 2020, e 359 em 2021. Divulgação/FVS-RCP Estado registrou aumento de 43% dos casos da doença nos últimos dois anos Período chuvoso, também conhecido como inverno amazônico, que segue até maio, é cenário favorável para a proliferação do Aedes aegypti VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar