DOEAM 04/11/2021 - Diário Oficial do Estado do Amazonas - Tipo 1

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Manaus, quinta-feira, 04 de novembro de 2021 3
M
ais de 751 mulheres receberam altas 
médicas de câncer de mama, entre 
os anos de 2018 e 2021, dadas pelo 
serviço de Mastologia da Fundação Centro de 
Controle de Oncologia do Estado do Amazonas 
(FCecon), órgão vinculado à Secretaria de Esta-
do de Saúde (SES-AM). Em 2021, no primeiro 
semestre, foram 72 altas médicas concedidas 
por mastologistas do serviço.
O sentimento é de gratidão para quem re-
cebe a boa notícia. É o que conta a professora 
aposentada Tereza Cristina Pereira Tavares, de 
58 anos, que descobriu o caroço no seio direito 
ao realizar o autoexame.
“O sentimento ao tocar o Sino Dourado 
– após receber a alta – é de gratidão a Deus. 
Foram seis anos de tratamento terapêutico. 
Aconselho todas as mulheres a realizarem o 
autoexame. Ao sentir o caroço no seio, deve-se 
procurar um médico para realizar a mamogra-
fia”, diz.
Conforme o diretor-presidente da Fundação 
Cecon, mastologista Gerson Mourão, a direção 
do hospital assumiu o compromisso de realizar 
melhorias para diminuir o número de casos de 
câncer de mama no Amazonas e elevar o nú-
mero de altas.
“Reduzimos o tempo de espera para a cirur-
gia de 90 para 30 a 40 dias, o que foi possível 
com o Serviço de Navegação da Mastologia, e 
a melhoria no fluxo de atendimento ambulato-
rial”, destaca.
Tratamento 
O tratamento oncológico, segundo Mourão, 
dura em média um ano, sendo influenciado 
pelo estado geral da paciente, estadiamento 
do tumor e como a paciente enfrentará as com-
plicações e efeitos colaterais.
“O médico faz a avaliação após a cirurgia a 
cada três e/ou seis meses, dependendo do caso. 
Depois, é a cada seis meses nos dois primeiros 
anos, e anual no terceiro e quarto anos. Após 
cinco anos, a paciente é avaliada em sua totali-
dade. São feitos exames clínicos, laboratoriais e 
de imagem para verificar se o tumor retornou. 
Ela (paciente) recebe alta caso não esteja to-
mando medicamento, clinicamente estável e 
com exames normais”, esclarece Mourão.
Cura 
Segundo a gerente do serviço de Mastolo-
gia, mastologista Hilka Espírito Santo, 70% das 
mulheres que iniciam o tratamento contra o 
câncer de mama obtêm a cura após os cinco 
anos. Ela informa que 30% das pacientes, de-
pendendo do tamanho e tipo do tumor, po-
dem apresentar recidivas – retorno do tumor. 
“Todavia, após esse período, as chances de cura 
aumentam muito, e o tratamento garante uma 
enorme possibilidade de cura”, explica.
Iniciativa 
Hilka Espírito Santo lembra que, durante a 
segunda onda de Covid-19, para garantir o 
tratamento e a possibilidade de cura, o serviço 
de Mastologia encaminhou 22 mulheres para 
realizar cirurgias no Hospital de Câncer 3, do 
Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Rio de 
Janeiro (RJ). Ela destaca que o envio foi uma 
parceria entre a Força Aérea Brasileira (FAB), 
Governo do Estado, SES-AM, FCecon, Governo 
Federal e Inca.
“Tínhamos procedimentos cirúrgicos agen-
dados, então as mulheres não podiam esperar 
o fim da pandemia. Não paramos para garantir 
o tratamento oncológico a todas as mulheres”, 
pondera Hilka.
FCecon concede altas médicas de 
câncer de mama a 751 mulheres
Altas são dadas às pacientes 
após cinco anos, caso estejam 
clinicamente estáveis, com 
exames normais e sem tomar 
medicamentos
Paciente Tereza Cristina  (acima)  toca “Sino 
Dourado” após receber alta; 70% das mulheres 
que iniciam tratamento obtêm cura após cinco 
anos aponta Hilka Espírito Santo, da FCecon
Laís Pompeu/FCecon
VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃO

                            

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