DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Manaus, sexta-feira, 01 de outubro de 2021 4 Divulgação/Sema RDS do Juma, em Novo Aripuanã, realiza monitoramento da biodiversidade Processo ajuda a catalogar flora e fauna das Unidades de Conservação; atividade na RDS segue até o dia 4 de outubro A Reserva de Desenvolvimento Sus- tentável (RDS) do Juma, situada no município Novo Aripuanã (distante 227 quilômetros de Manaus), está na última fase do monitoramento da biodiversidade de suas trilhas amostrais. A atividade será reali- zada até o dia 4 de outubro, com o objetivo de catalogar plantas lenhosas (que são capa- zes de produzir madeira), borboletas, mamí- feros e aves. “O monitoramento da biodiversidade das trilhas amostrais é um processo anual, onde realizamos um conjunto de atividades que per- mite avaliar a resposta de um ecossistema e os impactos de fatores externos, como perda de habitat, alterações da paisagem, suplantação de espécies e mudanças climáticas”, explica Er- frany Leal, gestor da RDS do Juma. A ação faz parte do Programa de Monitora- mento da Biodiversidade e do Uso Sustentá- vel de Recursos Naturais (Probuc), da Secre- taria de Estado do Meio Ambiente (Sema). As informações coletadas durante o monitora- mento vão para o banco de dados da Sema, para acompanhamento de como está a biodi- versidade da região. Trilhas de monitoramento Na RDS do Juma, estão sendo monitoradas três trilhas de amostragem em regiões do rio Aripuanã. Cada trilha tem em média 5 quilôme- tros de comprimento e, no máximo, um metro de largura. O processo de monitoramento iniciou de 23 a 26 de agosto, com a limpeza das trilhas, quan- do os monitores eliminaram árvores caídas em decorrência das chuvas, e instalaram armadi- lhas de borboletas. Em seguida, os monitores deixam a floresta “descansar” por dois ou três dias, para que os animais voltem às atividades normais. Depois deste preparo, os monitores iniciam de fato o monitoramento, com a avistagem e catalogação das espécies. A primeira expedi- ção ocorreu de 29 de agosto a 5 de setembro, com a catalogação de borboletas, mamíferos e aves, que é feita anualmente. Na expedição seguinte, de 22 de setembro a 4 de outubro, é incluída a catalogação de lenhosas, feita a cada cinco anos. Protagonismo comunitário Com o objetivo de gerar fonte de renda para os ribeirinhos, a Sema, por meio do Programa Áreas Protegidas da Amazô- nia (Arpa), capacita e remu- nera os moradores da RDS para que realizem a ativida- de. Ao todo, foram capacita- dos nove comunitários para atuar como monitores am- bientais nesta ação. Eles per- tencem a sete comunidades da RDS do Juma. Biodiversidade A região do baixo rio Ari- puanã, que drena a RDS do Juma, é considerada um dos locais mais inte- ressantes da Amazônia, do ponto de vista da conservação da biodiversidade, e de altíssima prioridade para a conservação. Cerca de 242 espécies vegetais já foram iden- tificadas na área. Entre os mamíferos, ocorrem até 21 espécies de micos, saguis e macacos, o que representa a maior diversidade de prima- tas de todo o planeta. Com o objetivo de gerar fonte de renda para os ribeirinhos, a Sema capacita e remunera moradores da RDS para que realizem a atividade VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar