DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Manaus, quarta-feira, 12 de maio de 2021 4 O Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Silvério Tundis completa, nesta terça- -feira (04/05), 15 anos. A unidade da Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) ofere- ce serviço humanizado de caráter aberto, inter- disciplinar e comunitário, prioritariamente às pessoas acima de 18 anos com sofrimento ou transtorno mental grave, severo e persistente. Constituído por uma equipe multiprofi ssio- nal, o Caps contabiliza cerca de 25 mil atendi- mentos realizados ao longo de 15 anos de ativi- dades prestadas principalmente às zonas norte e leste da capital. A diretora do Caps Silvério Tundis, Jânglea Campos, explica a importância do trabalho desenvolvido na unidade. “Falar do Caps é tam- bém falar da reforma psiquiátrica e do quanto ela foi importante na evolução do tratamento de pacientes acometidos por transtornos men- tais”, diz. “Hoje, com o Caps, nós falamos de um espaço de acolhimento e de cuidado, conside- rado essencial como também referência para transtornos mentais severos e persistentes”. O Caps atua de forma conjunta com as poli- clínicas, e articula o acesso do cidadão a esses serviços, viabilizando o atendimento de casos leves e moderados por meio da construção de um projeto terapêutico individualizado e para- lelo ao tratamento medicamentoso. Com o aumento no número de pacientes nos últimos anos, cresceu também o número de atividades, que subiu de 19 para 25, a par- tir do ano de 2019, como geração de renda, desenho livre, horta de Pancs (plantas alimen- tícias não convencionais), coral, mosaico, lei- tura, karaokê, cinema, maquiagem, bijuteria, maracatu, além de ofi cinas direcionadas às famílias dos pacientes. Música como terapia O grupo Maracatu Quebramuro, com a pro- posta de terapia por meio da percussão, surgiu em 2011 pela cooperação do Grupo Eco de Sapopema (primeiro grupo de maracatu da ci- dade de Manaus) com o Caps Silvério Tundis. O projeto evoluiu e atualmente se apresenta também com músicas de composição própria. Um dos participantes, Zé Maria, fala sobre a importância do grupo no tratamento. “Antes eu tinha crises e ia ao Eduardo Ribeiro, mas quan- do você chega em crise, não há como conver- sar ou fazer terapia, é medicação, contenção e, antigamente, choque e camisa de força. O grupo veio para nos transformar, para nos dar força e coragem para sermos cidadãos”, disse o integrante, que tem centenas de composições, inspirado pelas músicas do Mestre Joe. Segundo Jânglea Campos, durante a pande- mia houve uma mudança no perfi l dos usuários que procuram o serviço. “O isolamento social e a possibilidade de adoecimento e morte fi ze- ram com que muitos evoluíssem com quadros ansiosos agudos, pânico e quadros depressi- vos, situações observadas na procura dos ser- viços Caps”, contou a diretora. Caps contabiliza cerca de 25 mil atendimentos ao longo de 15 anos, realizados principalmente nas zonas norte e leste Geizyara Brandão/SES-AM Divulgação/SES-AM Serviço humanizado: Centro de Atenção Psicossocial Silvério Tundis completa 15 anos VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar