DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Manaus, terça-feira, 18 de maio de 2021 4 C onsiderado o mais agressivo dentre os tumores ginecológicos, o câncer de ovário deve atingir 80 mulheres no Amazonas, em 2021, segundo o Instituto Na- cional de Câncer (Inca). A Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazo- nas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), alerta para a importância das mulheres realizarem consul- tas regularmente. Em torno de 95% dos cânceres de ovário são derivados das células epiteliais, que revestem o ovário. O restante provém de células germinati- vas (que formam os óvulos) e células estromais (que produzem a maior parte dos hormônios femininos). Segundo o diretor-presidente da FCecon, mastologista e ginecologista Gerson Mourão, dentre os fatores de risco para desenvolver a doença está a hereditariedade. “Os cânceres de ovário acontecem normalmente depois dos 50 anos, e o principal fator de risco é você ter al- guém com câncer de ovário na família”, afirma Mourão. O risco de câncer de ovário é aumentado em mulheres com infertilidade e reduzido naque- las que tomam pílula anticoncepcional ou que tiveram vários filhos. Também são fatores de risco condições genéticas e o excesso de peso. Sinais O câncer de ovário não causa sintomas es- pecíficos na fase inicial. Em tumores grandes e avançados, a doença pode causar pressão, dor ou inchaço no abdômen, pelve, costas ou per- nas, náusea, indigestão, gases, prisão de ventre ou diarreia, e cansaço constante, de acordo com o Inca. Segundo a gerente do serviço de Oncologia Clínica da FCecon, médica oncologista clínica Poliana Signorini, o câncer de ovário exige ex- trema atenção, pois é o mais grave de todos os tumores ginecológicos. “Existem vários subtipos de tumores ovaria- nos, alguns com baixo potencial de malignida- de e que crescem de forma lenta, e outros, mais comuns, com um padrão de crescimento mais agressivo e, geralmente, diagnosticados em fa- ses mais avançadas”, destaca. Tratamento A cirurgia, realizada por um profissional es- pecialista em Cirurgia Oncológica, é a principal arma para diagnóstico, avaliação e tratamento. Após a cirurgia, para os tumores avançados ou de alto grau, existe a complementação com quimioterapia. “Os tratamentos vêm evoluindo com o passar dos anos, e todas as pacientes da FCecon têm acesso ao tratamento quimioterápico quando indicado, havendo chance de cura mesmo em casos avançados”, explica Poliana. Inovação A médica oncologista destaca que a FCecon está promovendo inovações na área da pesqui- sa clínica para proporcionar novos tratamentos, tendo, atualmente, uma paciente com câncer de ovário, que foi escolhida entre 60 mulheres no Brasil, para uso de uma inovadora molécula e vem sendo acompanhada dentro da pesqui- sa clínica. Para Signorini, esse é um importante passo para a população. Tipo é o mais agressivo dentre os tumores ginecológicos e requer atenção, conforme especialistas da fundação Arquivo/FCecon FCecon alerta mulheres para importância de prevenção contra o câncer de ovário Poliana Signorini (foto maior) destaca que tratamentos vêm evoluindo e que todas as pacientes da FCecon têm acesso ao tratamento quimioterápico, quando indicado Lucas Silva/Secom VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar