DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Manaus, segunda-feira, 19 de abril de 2021 2 O Amazonas conseguiu reduzir o des- matamento no primeiro trimestre de 2021. Em relação ao mesmo período de 2020, o estado apresentou queda de 12% na quantidade de alertas emitidos pelo Deter, o sistema de monitoramento de desmate do Ins- tituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados foram analisados e divulgados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) no dia 12 de abril. O Deter tem a função de auxiliar órgãos de fiscalização ambiental em ações de combate ao desmatamento. Os dados da plataforma, entretanto, também podem ser usados para acompanhar o avanço do desmatamento nos estados brasileiros. De janeiro a março de 2020, o Amazonas acumulou 106,88 km² de alertas de desmata- mento. Já neste ano, o sistema Deter constatou uma redução de 13,08 km² no índice, o que re- presenta aproximadamente 1.831 campos de futebol a menos de área desmatada. O estado também apresentou queda nos alertas de desmatamento emitidos em março, mesmo diante do aumento recorde registrado na Amazônia para o mês, no recente histórico do Deter, desde 2015. Março deste ano registrou 367,61 km² de desmatamento na Amazônia, superando o re- corde anterior de 2018 (356,6 km²), seguidos por 2020 (326,94 km²). O aumento com relação a março do ano passado chega a 12,6%. Na contramão dos índices, o Amazonas foi um dos três estados da Amazônia Legal que reduzi- ram o número de alertas de desmatamento no mês. Foram 15,5% a menos de área desmatada, passando de 72,71 km² registrados em março de 2020, para 61,41 km² em março deste ano. Monitoramento e combate Os dados do Deter são analisados pela Sema diariamente, por meio da Sala de Situa- ção, a fim de auxiliar as equipes de fiscalização que atuam no sul do Amazonas, por meio da Operação Tamoiotatá. As análises geram in- formações georreferenciadas, que apontam a localização dos principais polígonos de des- matamento na região. O secretário do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, destaca que a dinâmica permanente de monitoramento ocorre desde a implemen- tação do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AM), lançado em junho do ano passado. Em 2021, a proposta é também tornar fixas as bases de fiscalização no sul do estado. “No ano passado, no encerramento da Operação Curuquetê 2, nós fizemos uma ava- liação de desempenho, e uma das ações de remediação foi iniciar mais cedo nossas ope- rações em 2021. Tanto que a gente já lançou em março a Operação Tamoiotatá, que prevê a implementação de bases fixas em Humaitá e Apuí”, disse. Por meio da Tamoiotatá, as equipes de fis- calização, coordenadas pelo Instituto de Pro- teção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão em campo desde 1º de abril. A proposta é atuar previamente contra o desmatamento, para di- minuir a quantidade de áreas prontas para a queima no período de estiagem, no segundo semestre do ano. Amazonas fecha primeiro trimestre do ano com redução de 12% nos alertas de desmatamento Dados são do Deter, do Inpe, analisados diariamente pela Sema; redução representa menos 1,8 mil campos de futebol de área desmatada Divulgação/Sema Na contramão dos índices registrados na região, o Amazonas foi um dos três estados da Amazônia Legal que reduziram o número de alertas no mês VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar