Manaus, quinta-feira, 23 de julho de 2020 | Publicações Diversas | Pág 4 Diário Oficial do Estado do Amazonas Página 2 de 7 Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras para o Exercício Findo em 31 de Dezembro de 2019 (Em milhares de reais - R$, exceto quando indicado de outra forma) 1. Contexto Operacional: A Tellerina Comércio de Presentes e Artigos para Decoração S.A. (“Companhia”) tem sua sede social na cidade de Manaus - AM e centro administrativo na cidade de São Paulo - SP. A Companhia tem como atividades preponderantes, por meio da rede de lojas sob a bandeira “VIVARA”, a importação, a exportação e o comércio vare- jista e atacadista de joias, bijuterias, artigo sem metais preciosos e suas ligas, folheados, pedras preciosas, relógios, instrumentos cronométricos, artigos de couro e assemelhados, bem como a prestação de serviços de “design” e de conserto de joias em geral. Em 31 de dezembro de 2019 a Tellerina, possuía 197 lojas e 56 quiosques em operação no Brasil. (175 lojas e 57 quiosques em 31 de dezembro de 2018). 2. Base de Elaboração das De- monstrações Financeiras: 2.1. Declaração de conformidade: As demonstrações finan- ceiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC e aprovadas pelo Conselho Federal de Contabilidade - CFC. 2.2. Declaração de relevância: Na elaboração das demonstrações financeiras, a Administração divulgou somente informações relevantes e que auxiliem os usuários dessas demonstrações na tomada de decisões, sem que os requerimentos míni- mos existentes deixem de ser atendidos. Além disso, a Administração afirma que todas as informações relevantes estão sendo evidenciadas e correspondem àquelas utilizadas na gestão do negócio. 2.3. Base de elaboração: As demonstrações financeiras foram elabo- radas com base no custo histórico, exceto se indicado de outra forma. O custo histórico é geralmente baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou pago pela transferência de um passivo em uma transação organizada entre participantes do mercado na data de mensuração, independentemente de esse preço ser diretamente observável ou estimado usando outra técnica de avaliação. Ao estimar o valor justo de um ativo ou passivo, a Ad- ministração leva em consideração as características do ativo ou passivo no caso de os participantes do mercado levarem essas características em consideração na precificação do ativo ou passivo na data de mensuração. 2.4. Moeda funcional e de apresentação: Os itens incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados usando o real (R$), moeda do ambiente econômico no qual a Companhia atua, eleita moeda funcional da Companhia e também de apresentação das demonstrações financeiras. 2.5. Uso de esti- mativas e julgamentos: A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as normas do CPC exige que a Administração faça julgamentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação das políticas contábeis e os valores reportados de ativos, passivos, re- ceitas e despesas. Os resultados reais podem divergir dessas estimativas. As estimativas e premissas são revistas de uma maneira contínua. Revisões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no exercício em que as estimativas são revisadas e em quais- quer exercícios futuros afetados. As principais contas sujeitas a premissas e estimativas estão incluídas nas seguintes notas explicativas: • Nota explicativa nº 7 - provisão para perda dos estoques. • Notas explicativas nº 10 e nº 11 - vida útil e análise do valor recupe- rável (“impairment”) do imobilizado e intangível. • Nota explicativa nº 16 - provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas. 3. Principais Políticas Contábeis: a) Princípios gerais e critério de reconhecimento de receita: A receita de venda é reconhecida na demonstração do resultado quando for satisfeita a obrigação de desempenho, ou seja, quando houver a transferência física do produto prometido e o cliente obtiver o controle desse produto, preço for identificável e cumpridas as obrigações de performance. A recei- ta de vendas é apresentada líquida de deduções, incluídos os impostos calculados sobre as vendas. b) Transações em moeda estrangeira: Transações em moedas estrangeiras são inicialmente reconhecidas pelo valor de mercado das moedas correspondentes na data que a transação se qualifica para reconhecimento. Ativos e passivos monetários de- nominados em moedas estrangeiras são convertidas para o Real de acordo com a cota- ção do mercado nas datas dos balanços. Diferenças oriundas no pagamento, na conver- são de itens monetários são reconhecidas no resultado financeiro. c) Instrumentos finan- ceiros: Classificação e mensuração de ativos e passivos financeiros: A classificação dos ativos e passivos financeiros segundo o CPC 48 é geralmente baseada no modelo de ne- gócios no qual um ativo financeiro é gerenciado e em suas características de fluxos de cai- xa contratuais. Conforme o CPC 48, no reconhecimento inicial, um ativo financeiro é clas- sificado como mensurado: a custo amortizado; valor justo por meio dos outros resultados abrangentes (“VJORA”); ou valor justo por meio de resultado (“VJR”). As seguintes políti- cas contábeis aplicam-se à mensuração subsequente dos ativos financeiros: Ativos financeiros mensurados a VJR Esses ativos são subsequentemente mensurados ao valor justo. O resultado líquido, incluindo juros ou receita de dividendos, é reconhecido no resultado. Ativos financeiros mensurados a custo amortizado Estes ativos são mensurados de forma subsequente ao custo amortizado utilizando o método dos juros efetivos. O custo amortizado é reduzido por perdas por redução ao valor recuperável. A receita de juros, ganhos e perdas cambiais e perdas são reconhecidas no resultado. Qualquer ganho ou perda no desreconhecimento é reconhecido também no resultado. Ativos financeiros Mensurados a VJORA Esses ativos são mensurados ao valor justo em outros resultados abrangentes em função de sua característica de negociação antes do vencimento. Sob o CPC 48, um ativo financeiro é mensurado ao custo amortizado se atender ambas as condições a seguir e não for designado como mensurado a VJR: • É mantido dentro de um modelo de negócio cujo objetivo seja manter ativos financeiros para receber fluxos de caixa contratuais. • Seus termos contratuais geram, em datas específicas, fluxos de caixa que são relativos ao pagamento de principal e juros sobre o valor principal em aberto. Um ativo financeiro é mensurado a VJORA se atender ambas as condições a seguir e não for designado como mensurado a VJR: • É mantido dentro de um modelo de negócio cujo ob- jetivo é atingido tanto pelo recebimento de fluxos de caixa contratuais quanto pela venda de ativos financeiros. • Seus termos contratuais geram em datas específicas, fluxos de cai- xa que são apenas pagamentos de principal e juros sobre o valor principal em aberto. A tabela a seguir apresenta as categorias de mensuração do CPC 48 para cada classe de ativos e/ou passivos financeiros. CPC 48 Ativos Nota explicativa Categoria Valores contábeis Caixa e equivalentes de caixa 5 Custo amortizado 427.069 Contas a receber 6 Custo amortizado 425.278 Instrumento derivativo - “swap” 26 VJR 8.115 Total ativos financeiros 860.462 Fornecedores Custo amortizado 17.953 Empréstimos 15 Custo amortizado 182.825 Partes relacionadas 18 Custo amortizado 555.381 Passivo de arrendamentos direito de uso 25 Custo amortizado 246.271 Total passivos financeiros 1.002.430 Instrumentos derivativos: A Companhia utiliza instrumentos financeiros derivativos classi- ficados como swaps para proteção de contratos em moeda estrangeira e quando houver contratos com taxas pré-fixadas. Tais instrumentos financeiros derivativos são reconheci- dos inicialmente pelo valor justo na data em que o contrato derivativo é celebrado e, pos- teriormente, remensurados pelo valor justo na data de cada balanço. Estes contratos de- vem possuir os mesmos prazos, datas para pagamento de juros e principal e serem con- tratados com o mesmo conglomerado financeiro do objeto de hedge. Estes instrumentos são classificados como instrumentos financeiros “mensurados ao valor justo” e suas varia- ções são reconhecidas no resultado financeiro. d) Caixa e equivalentes de caixa: In- cluem dinheiro em caixa, depósitos bancários à vista e investimentos temporários de curto prazo com prazos para resgate de até 90 dias da data da aplicação. Os investimentos tem- porários são representados substancialmente por Certificados de Depósito Bancário - CDBs e são registrados pelos valores de custo, acrescidos dos rendimentos auferidos até a data de apresentação das demonstrações financeiras, que não excedem o seu valor de realização. e) Contas a receber e provisão para perdas esperadas de crédito: As con- tas a receber de clientes correspondem aos recebíveis pelas vendas de mercadorias e es- tão registradas aos valores nominais das faturas e deduzidas da provisão para perdas es- peradas de crédito. Os saldos de contas a receber são registrados inicialmente pelo valor da transação, que corresponde ao valor de venda, e são subsequentemente mensurados conforme a carteira: (i) valor justo por meio de outros resultados abrangentes, no caso de Administradoras de cartões de crédito; e (ii) custo amortizado, para todas as demais car- teiras. A provisão para perda esperadas de crédito é mensurada na data da transação con- siderando a vida toda dos recebíveis. A Companhia adota matriz de risco de crédito com base na experiência histórica de perdas baseadas na idade média de vencimento por faixa de títulos. f) Estoques: Mensurados pelo custo de aquisição ou produção e outros custos incorridos em trazê-los às suas localizações e condições existentes. No caso de estoques manufaturados e produtos em elaboração, o custo inclui uma parcela dos custos gerais de fabricação com base na capacidade operacional normal. Os estoques são valorizados ao custo médio ponderado e deduzidos das perdas estimadas, quando aplicável. g) Imobili- zado: Reconhecimento e mensuração: Itens do imobilizado são mensurados pelo custo histórico de aquisição ou construção, deduzido de depreciação acumulada e perdas de re- dução ao valor recuperável (“impairment”) acumuladas, quando aplicável. O custo inclui gastos que são diretamente atribuíveis à aquisição de um ativo. O custo de ativos constru- ídos pela própria Companhia inclui o custo de materiais e mão de obra direta, e quaisquer outros custos para colocar o ativo no local e em condição necessária para que estes sejam capazes de operar da forma pretendida pela Administração. Os ganhos e as perdas em alienações são apurados comparando-se o produto da venda com o valor residual contábil e são reconhecidos na rubrica “Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas” na de- monstração do resultado. Direito de uso de locação de imóveis é representado pelo valor presente do fluxo de pagamento de aluguéis fixos ou mínimos nos contratos de arrenda- mento dos imóveis das lojas e escritório da Companhia. São amortizados pelo prazo do contrato de arrendamento incluindo uma renovação automática por igual período. Custos subsequentes: São capitalizados apenas quando é provável que os benefícios econômi- cos incorporados no componente fluirão para a Companhia e o seu custo possa ser medi- do de forma confiável. Os custos de manutenção recorrente são reconhecidos no resulta- do, quando incorridos. Depreciação: Itens do ativo imobilizado são depreciados a partir da data em que estão disponíveis para uso, ou, no caso de ativos construídos internamente, a partir do dia em que a construção é finalizada e o ativo está disponível para uso. A de- preciação é calculada para amortizar o custo de itens do ativo imobilizado, menos seus valores residuais estimados, utilizando o método linear com base na vida útil estimada dos itens. A depreciação é geralmente reconhecida no resultado, a menos que o montante es- teja incluído no valor contábil de outro ativo. Ativos arrendados são depreciados pelo me- nor período entre a vida útil estimada do bem e o prazo do contrato, a não ser que seja razoavelmente certo que a Companhia obterá a propriedade do bem no fim do prazo de arrendamento. Terrenos não são depreciados. As vidas úteis estimadas dos itens signifi- cativos do ativo imobilizado para o exercício corrente e o comparativo são as seguintes: Vida útil - anos Máquinas e equipamentos 10 Instalações 10 Móveis e utensílios 10 Hardware 5 Benfeitorias em propriedade de terceiros 5 Direito de uso locação de imóveis 4 a 10 Veículos 5 A vida útil estimada dos bens do imobilizado são revisadas anualmente na data de encer- ramento das demonstrações financeiras. Quando aplicável, os efeitos decorrentes de alte- rações na vida útil remanescente são registrados prospectivamente. h) Intangível: Repre- sentado pelo custo de aquisição de exploração de ponto comercial com amortização de- terminada conforme o prazo do contrato de locação, que para as lojas e quiosques são de 5 (cinco) anos. A aquisição de ponto comercial não é feita para todos os pontos de venda da rede, pois em determinadas localidades esse custo não é necessário. Registram tam- bém os softwares adquiridos de terceiros, inclusive os em desenvolvimento. i) Investi- mento: Os investimentos apresentados nas demonstrações financeiras combinadas são ajustados pelo método de equivalência patrimonial. j) Redução ao valor recuperável (“impairment”): A Administração analisa anualmente se existem evidências de que o va- lor contábil de um ativo não será recuperado (redução ao valor recuperável dos ativos). Caso tais evidências estejam presentes, é estimado o valor recuperável do ativo, sendo este o maior valor entre: (i) seu valor justo menos os custos que seriam incorridos para vendê-lo; e (ii) seu valor em uso. O valor de uso é equivalente aos fluxos de caixa descon- tados (antes dos impostos) derivados do uso contínuo do ativo. Quando o valor residual contábil do ativo exceder seu valor recuperável, é reconhecida a redução (provisão) do saldo contábil desse ativo (“impairment”). k) Provisões: Reconhecidas quando: • A Com- panhia tem uma obrigação presente (legal ou presumida) como resultado de eventos pas- sados, sendo provável que uma saída de recursos seja necessária para liquidar a obriga- ção e o valor possa ser estimado com segurança. • São quantificadas ao valor presente do desembolso esperado para liquidar a obrigação, utilizando a taxa adequada de desconto de acordo com os riscos relacionados ao passivo. São atualizadas até a data de apresen- tação das demonstrações financeiras pelo montante estimado das perdas prováveis, ob- servada sua natureza e apoiada na opinião dos assessores jurídicos. l) Receitas e des- pesas financeiras: As receitas financeiras abrangem receitas de juros que são reconhe- cidas no resultado pelo método de juros efetivos. As despesas financeiras abrangem as despesas bancárias que são reconhecidas no resultado pelo método de juros efetivos. m) Imposto de renda e contribuição social: Impostos correntes e diferidos: O imposto de renda e a contribuição social correntes e diferidos são calculados com base nas VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar