661 DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO | SÉRIE 3 | ANO XV Nº244 | FORTALEZA, 29 DE DEZEMBRO DE 2023 SISTEMA ORÇAMENTÁRIO E FINANCEIRO Anexo II - Demonstrativo de Eixos, Temas e Programas Eixo / Tema / Programa / Objetivo Específico / Entrega Há muita polêmica sobre o conceito de globalização, mas há uma concordância de que o termo abrange a significativa expansão do comércio internacional e dos fluxos de capitais, impulsionados pelo avanço tecnológico nas áreas de informática e telecomunicações, que ocorreu de forma mais evidente a partir da década de 1980. Esse conceito pode ser expandido quanto à geração de produtos e serviços destinados ao consumo em diferentes países ou blocos econômicos. Há consenso, também, em torno da ideia de que o processo de desenvolvimento e globalização impõe grandes desafios, principalmente para os países em desenvolvimento. Nesse ambiente, dá-se conta da chegada da globalização financeira, em que se detecta a existência do aumento expressivo da transnacionalização das aplicações financeiras, facilitadas pela liberalização dos mercados cambiais nacionais, pela desregulamentação dos controles sobre os fluxos de capitais e pela utilização dos recursos de informática, cada vez mais sofisticados, que encurtaram o tempo e a distância entre os países, propiciando a interconexão dos mercados financeiros e um aumento significativo da competitividade. Em função da crescente competitividade, exige-se, cada vez mais, um esforço de repensar a gestão empresarial que, em seu turno, pressupõe uma capacitação em termos inovadores. Diante desse cenário, tem crescido o interesse por políticas de cooperação interorganizacionais, como ambiente favorável à criação e compartilhamento de informações estratégicas e de recursos essenciais para o processo de inovação, crescimento e inserção no mercado externo. O Brasil tem um forte histórico como receptor de IED. Desde a década de 1950, o Brasil tem passado por booms de investimentos. Como resultado de diversas políticas públicas, o Brasil se tornou um dos grandes países receptores de investimento mundial, fato que se replica no Estado do Ceará. Apesar desse cenário favorável, um estudo do Banco Mundial sobre o ambiente para negócios em países aponta o Brasil ainda como pouco receptivo ao ingresso de investimentos, mesmo quando comparado a países menos desenvolvidos. De forma geral, as atividades empresariais enfrentam uma burocracia desestimuladora e uma justiça lenta. É nesse contexto que a Secretaria das Relações Internacionais se insere. Está entre seus objetivos, facilitar a criação de um ambiente favorável ao diálogo para a atração de investimentos no Estado e se posicionar como fórum contínuo de debates para estreitar relacionamentos entre governos e empresas, e a impulsionar, quando necessário, o aperfeiçoamento dos marcos regulatórios, visando a reduzir e simplificar a complexidade dos acontecimentos. Nessa posição, a secretaria se destaca como o órgão articulador, que vislumbrará oportunidades de investimento com parceiros internacionais, com potencial de fortalecer a cadeia produtiva local, atrair novas oportunidades para os setores portadores de futuro e apoiar o cidadão brasileiro no exterior, junto a players diplomáticos. Público Alvo: Governo do Estado do Ceará (secretarias e vinculadas), iniciativa privada, corpo diplomático, organizações civis, academia, investidores estrangeiros e bancos de fomento. Objetivo Específico Título: 253.1 - Atrair novos negócios estrangeiros e desenvolver a cadeia produtiva dos principais setores da Indústria, Comércio e Serviços cearenses. Entregas Título: Definição: EMPREENDIMENTO ATRAÍDO Refere-se à atração de empresas industriais de capital estrangeiro que facilitem o desenvolvimento econômico do Estado, preenchendo as principais lacunas da cadeia produtiva, bem como empresas de comércio e serviços, independentemente do seu modelo de negócio, que facilitem a operação da indústria local, ajudem a impulsionar o acesso a novas tecnologias e a transferência de conhecimento. Entre os principais setores do Estado estão: saúde, energias renováveis, rede de segurança hídrica, polos de inovação TIC, têxtil e calçados, agronegócio, logística, hub aéreo/portuário/tecnológico, economia do mar, turismo, economia criativa e hidrogênio verde. O processo de investimento se dará através de influxo de capital estrangeiro na economia cearense, seja na implantação de novos empreendimentos ou na aquisição de empresas já em operação. Página243 de 419Fechar