Documento assinado digitalmente conforme MP nº 2.200-2 de 24/08/2001, que institui a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira - ICP-Brasil. Este documento pode ser verificado no endereço eletrônico http://www.in.gov.br/autenticidade.html, pelo código 05152024032800022 22 Nº 61, quinta-feira, 28 de março de 2024 ISSN 1677-7042 Seção 1 O grupo registrou um crescimento significativo, impulsionado principalmente pelas aplicações financeiras, com destaque para a concentração de recursos "no Fundo FAE 2" com R$ 358.292. 6. APLICAÇÕES FINANCEIRAS De acordo com a Resolução 4.986 de 17 de fevereiro de 2022 do Conselho Monetário Nacional, as empresas públicas podem aplicar suas disponibilidades financeiras oriundas de receitas próprias apenas em fundos de investimento extramercado administrados pela Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil S.A. ou por instituição integrante do conglomerado financeiro por eles liderados. A política dos fundos deve ser referenciada a um dos subíndices do Índice de Mercado Anbima (IMA), com exceção dos compostos por títulos atrelados à taxa SELIC, ou seja, os fundos devem ser compostos por Letras do Tesouro Nacional (LTN), Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) ou Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-B). As disponibilidades financeiras, decorrentes de receitas próprias, estão aplicadas em Fundos de Investimentos na BB Asset, gestora de fundos do Banco do Brasil e na Caixa Asset, gestora de fundos da Caixa Econômica Federal em carteiras compostas por LTN, NTN-B, NTN-F e operações compromissadas (limitadas). A Empresa aplica suas disponibilidades financeiras em títulos públicos de curto e longo prazos marcados a mercado e com vencimentos até 2028. A negociação desses títulos ocorre conforme as demandas dos fluxos de caixa da Empresa. A seguir é apresentado o quadro de composição das aplicações financeiras segregadas por exercício de vencimento dos títulos: APLICAÇÕES FINANCEIRAS N OT A 31/12/2023 31/12/2022 Ativo circulante 804.123 963.829 Aplicações financeiras 803.946 959.217 NTN-B/LFT 613.800 867.147 2023 - 867.147 2024 613.800 - Caixa/Operação compromissada 190.205 92.163 Ajustes fundo (59) (93) Títulos e valores mobiliários 177 4.612 Aplicações - VJORA 5.1 177 4.448 Ações 177 4.448 Derivativos - hedge 7.3.2 - 164 Ativo não circulante 2.031.197 2.758.897 NTN-B/LFT 2.031.197 2.758.897 2024 - 1.026.771 2025 460.969 643.905 2026 706.291 746.533 2027 284.970 341.688 2028 578.967 - T OT A L 2.835.320 3.722.726 A redução do montante aplicado deve-se a utilização dos recursos para o pagamento de obrigações no período. 6.1 Aplicações a Valor Justo por meio de Outros Resultados Abrangentes (VJORA) Trata-se de ações de companhias telefônicas. A redução no saldo em 2023 deve-se às alienações ocorridas no período. 6.2 Risco de mercado Está relacionado às oscilações de preços e taxas como câmbio, índices de preço, taxas de juros que podem afetar os retornos esperados dos fundos de investimento nos quais as disponibilidades estão aplicadas. Neste sentido, os gestores dos fundos de investimentos dos Correios, BB Asset e Caixa Asset, fazem o acompanhamento e gestão dessas aplicações financeiras mensurando os riscos e avaliando os impactos por meio de cenários de estresse e sensibilidade e lacunas de descasamento. Para o gerenciamento do risco de mercado dos fundos é utilizado o Valor em Risco (Value-at-Risk - VaR), com o objetivo de estimar a perda potencial máxima dentro de um horizonte temporal de um dia e com intervalo de confiança de 95%. Apesar de não haver um limite máximo previamente estabelecido para o VaR, na hipótese de ocorrer aumento significativo de seu valor, pode-se reduzir a exposição nos vértices mais longos dos títulos como forma de mitigar esse risco, os trazendo para vencimentos mais curtos ou, se necessário, direcionar os recursos para papéis de baixa volatilidade, a exemplo de operações compromissadas, dentro dos limites legais. 6.3 Risco de crédito O controle do risco de crédito relacionado aos fundos de investimento é feito pelas instituições financeiras gestoras por meio de políticas de crédito e análise dos emissores dos ativos financeiros. Por exigência da legislação, os Correios podem aplicar apenas em fundos de investimento extramercado, administrados pela Caixa Econômica Federal, pelo Banco do Brasil S.A. ou por instituição integrante do conglomerado financeiro por eles liderados e compostos por títulos públicos de emissão do Tesouro Nacional. Dessa forma, em termos de risco de crédito, os Correios investem seus recursos nos ativos de menor risco disponíveis no mercado brasileiro, uma vez que os títulos públicos possuem risco de crédito soberano. 6.4 Risco de liquidez A previsão de fluxo de caixa de curto e longo prazo é realizada pela área financeira dos Correios. É feito monitoramento das exigências de liquidez da Empresa para assegurar que o caixa seja suficiente para atender as necessidades operacionais. Em caso de insuficiência de saldo de caixa, são adotadas medidas de ajustes no fluxo de caixa, como a dilatação do prazo de pagamentos e antecipação dos recebimentos, visando a eliminação de descasamento entre pagamentos e recebimentos, além de programas para redução estrutural de gastos. Em caso de excesso de caixa, os valores são investidos em títulos públicos federais que apresentem os melhores índices de negociabilidade no mercado com vencimento e liquidez apropriados para fornecer margem de segurança suficiente. As projeções de fluxo de caixa são encaminhadas às instituições financeiras gestoras dos fundos de investimento, permitindo que planejem operações de compra e venda de títulos para mitigar o risco de liquidez. Qualquer novo gasto relevante que possa impactar o fluxo de caixa da Empresa é submetido à área financeira para a avaliar se o caixa poderá suportá-lo. 7. CONTAS A RECEBER Representam a contraprestação de clientes nacionais e internacionais devido ao cumprimento de obrigação de desempenho pela transferência do bem ou da prestação do serviço. CONTAS A RECEBER N OT A 31/12/2023 31/12/2022 Circulante 1.945.669 2.047.976 Contas nacionais 7.1 1.774.299 1.718.719 Contas internacionais 7.3 171.370 329.257 Não circulante 175.425 256.814 Contas internacionais 7.3 175.425 256.814 T OT A L 2.121.094 2.304.790 7.1 Contas a receber nacionais Os valores a receber nacionais são registrados pelo valor nominal dos títulos faturados e não faturados, decorrentes das vendas de produtos e das prestações de serviços nacionais. Todavia, apesar de serem mensurados pelo custo amortizado, dado o curto prazo de vencimento dos títulos, a Empresa não realiza o ajuste a valor presente desses ativos, por não provocarem efeitos relevantes nas demonstrações. A tabela abaixo evidencia o detalhamento dos direitos a receber provenientes da prestação de serviços contratados e realizados dentro do território nacional: CONTAS A RECEBER NACIONAIS N OT A 31/12/2023 31/12/2022 Serviços faturados 7.1 1.573.110 1.465.490 Total a receber 7.1.1 1.632.418 1.502.305 (-) PECLD 7.1.1 (59.308) (36.815) Serviços a faturar 137.404 173.136 Agências terceirizadas 29.500 50.778 Cartões de crédito 34.285 29.280 Outros valores a receber de clientes - 35 T OT A L 1.774.299 1.718.719 7.1.1. PECLD Contas a Receber Nacionais As Perdas Esperadas de Crédito de Liquidação Duvidosa (PECLD) são constituídas em montante considerado suficiente pela Administração para cobrir as perdas esperadas na realização desses créditos. Anualmente, a Empresa, com base no modelo de matriz de provisão, realiza a revisão dos percentuais esperados de perda, considerando o risco de não recebimento, estabelecido por classe de vencimento, cujos efeitos esperados com base no histórico de inadimplência em 12 (doze) meses são ajustados prospectivamente às variações do Produto Interno Bruto (PIB) e do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgadas pelo Banco Central do Brasil - BACEN. Os percentuais e valores da PECLD, por faixa de vencimento, dos exercícios de 2022 e 2023 são os seguintes: 31/12/2023 31/12/2022 FAIXA DE VENCIMENTO VALORES A RECEBER (%) PECLD PERDA ESPERADA VALORES A RECEBER (%) PECLD PERDA ESPERADA A - A vencer 1.348.932 0,20% (2.698) 1.370.266 0,10% (1.370) B - Vencidos de 1 a 30 dias 231.469 4,30% (9.953) 67.967 2,30% (1.563) C - Vencidos de 31 a 60 dias 7.191 93,70% (6.738) 3.987 13,50% (538) D - Vencidos de 61 a 90 dias 3.991 47,40% (1.892) 7.562 27,50% (2.080) E - Vencidos de 91 a 180 dias 5.802 51,60% (2.994) 39.032 55,80% (21.780) F - Vencidos há mais de 180 dias 35.033 100,00% (35.033) 13.491 70,30% (9.484) T OT A L 1.632.418 3,6% (59.308) 1.502.305 2,5% (36.815) O aumento do percentual aplicado para a PECLD deve-se à elevação do montante de faturas não recebidas no período. Na faixa C, a variação ocorreu principalmente devido à inadimplência de clientes, resultante do não pagamento da cota mínima de postagens. O aumento de 1 ponto percentual decorreu da aplicação da metodologia vigente, devido à elevação do montante de faturas não recebidas no período. Na faixa C, houve uma variação pontual relacionada ao não pagamento da cota mínima de postagens por três clientes com valores significativos no período analisado. Essa elevação atípica impactou o resultado da aplicação da metodologia de cálculo dos percentuais de PECLD, a qual, como toda metodologia, não está imune a eventos excepcionais, como a inadimplência simultânea de valores expressivos para a faixa C. O método adotado pela Empresa tem sido consistentemente aplicado nos últimos anos e em conformidade com o Pronunciamento Técnico CPC 48 - Instrumentos Financeiros. No entanto, ao longo de 2024, será realizada uma análise para identificar possíveis aprimoramentos no modelo, visando mitigar o impacto de eventos semelhantes no futuro. As perdas dedutíveis e não dedutíveis apresentaram as movimentações detalhadas abaixo:Fechar