DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO DO AMAZONAS Manaus, quinta-feira, 09 de maio de 2024 2 O Governo do Amazonas entregou, no dia 29 de abril, três novas licenças am- bientais para avanço do Projeto Potás- sio Autazes, no município (a 112 quilômetros de Manaus). Entre as quais, a autorização para obra de instalação de um porto fl uvial na Vila de Urucurituba, naquele município, na mar- gem esquerda do rio Madeira, nos próximos dois anos, com capacidade de escoamento de até 2,4 milhões de toneladas de Cloreto de Po- tássio por ano. As outras duas autorizações concedidas são para a perfuração de dois poços de água potá- vel, que vão complementar a infraestrutura do complexo. No dia 8 de abril, o Governo entre- gou a primeira licença de instalação para reali- zar a chamada lavra subterrânea, que consiste na retirada do minério abaixo do solo. As licenças são emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) à Potássio do Brasil. Além de autorizar a expan- são do projeto, as licenças seguem a legisla- ção ambiental vigente e determinam que a empresa responsável pelo projeto cumpra todas as condicionantes ambientais previstas e necessárias. O porto que será construído terá uma área de aproximadamente 20,5 hectares (equivalentes a 21 campos de futebol). Sua capacidade será 40% superior à dos portos do chamado Arco Norte, que abrangem as cidades de Itacoatiara (a 176 quilômetros de Manaus), Santarém e Vila do Conde (ambas no Pará). Esses locais são usa- dos para a entrada de fertilizantes e recebem 1,7 milhões de toneladas. Segundo a empresa, com a autorização, os trabalhos administrativos que antecedem o início das obras já começam imediatamente. Na atual fase, o Ipaam emite as licenças de ins- talação, ou seja, para o preparo da montagem da estrutura que vai permitir a futura fase de operação, a exemplo maquinários e constru- ções para os trabalhos. O órgão segue em aná- lise de outras atividades e serviços que deverão ser desenvolvidos. Economia, emprego e renda Com as emissões das licenças, o Estado des- trava o processo de quase 15 anos e estabelece um novo marco na economia do Amazonas. Somente na fase de preparo e construção do complexo, a previsão é gerar de 2,6 mil em- pregos diretos a 4,2 mil no pico da obra nos próximos quatro anos, além de outros 16 mil empregos indiretos. A Potássio do Brasil já ini- ciou o processo de contratação do pessoal de campo com o recebimento de currículos e, em breve, com a seleção de pessoal. Ainda conforme expectativas da empresa, os investimentos previstos são de US$ 2,5 bilhões (R$ 13 bilhões, aproximadamente, que serão somados aos mais de R$ 1 bilhão já investidos). Quando estiver em funcionamento, essa nova matriz econômica do estado deverá gerar 1,3 mil postos de trabalho diretos na fase de ope- ração da Mina de Silvinita, sendo que o uso de mão de obra local será de até 80%. Ao todo, se- rão gerados mais de 17 mil empregos no Ama- zonas nos próximos anos. Mercado de potássio O Cloreto de Potássio é um dos minerais mais importantes para a indústria de fertilizan- tes agrícolas do mundo. O minério é matéria- -prima para produzir fertilizantes. Com a fase de operação prevista para durar mais de 23 anos, o Projeto Potássio Autazes permitirá maior competitividade do produto feito na região em relação ao produto impor- tado. A produção do Amazonas passará a ser a maior do país atendendo 20% da demanda na- cional e vai reduzir a importação do potássio. Atualmente, 95% do potássio usado no Bra- sil vem do exterior. Países como Canadá, Rússia, Bielorrússia, Alemanha e Israel são alguns dos que atendem a demanda do Brasil. O volume de 20% de cloreto de potássio que a produção do Amazonas vai atender corresponde a média de 2,2 milhões de toneladas de cloreto de po- tássio por ano. Entre as vantagens para o agricultor brasi- leiro, como dos estados do Pará, Mato Grosso e Rondônia, estará o acesso a um produto de alta qualidade, de forma mais rápida e com menores custos. Ao agricultor do Amazonas os preços serão mais baixos em relação aos pra- ticados atualmente na região em função da proximidade. Mauro Neto As licenças são emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) à Potássio do Brasil As licenças autorizam a instalação de um porto com capacidade de escoar 2,4 milhões de toneladas por ano do fertilizante extraído de Autazes extraído de Autazes Governo entrega novas licenças para avanço do projeto de exploração do potássio no estado VÁLIDO SOMENTE COM AUTENTICAÇÃOFechar