DOMCE 12/06/2024 - Diário Oficial dos Municípios do Ceará

                            Ceará , 12 de Junho de 2024   •   Diário Oficial dos Municípios do Estado do Ceará   •    ANO XV | Nº 3479 
 
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V - projeto, o menor nível da categoria de programação, utilizado para 
identificar a ação governamental com início e término; 
VI - atividade, o menor nível da categoria de programação, utilizado 
para identificar a ação governamental contínua; 
VII - Operação Especial, despesas que não contribuem para a 
manutenção das ações de governo, das quais não resulta um produto, e 
não geram contraprestação direta sob a forma de bens e serviços; 
VIII - Modalidade de aplicação, indica se os recursos serão aplicados 
diretamente pela unidade detentora do crédito orçamentário ou 
indiretamente por outras esferas de governo ou outros entes da 
Federação ou entidades privadas. 
  
§ 1º Cada programa identificará as ações necessárias para atingir os 
seus objetivos, especificando os respectivos valores. 
§ 2º A ação orçamentária, entendida como projeto/atividade/operação 
especial, deve identificar a função e a sub-função à qual se vincula, 
sendo que: 
I – a função reflete a competência institucional do órgão ou, no caso 
de órgão com mais de uma competência, aquela mais relacionada com 
a ação; e 
II – a sub-função, nível de agregação imediatamente inferior à função, 
deve evidenciar a natureza da atuação governamental. 
  
Art. 20 - O orçamento para o exercício financeiro de 2025 abrangerá 
os Poderes Legislativo e Executivo, Fundações, Fundos e Autarquias, 
que venham a existir no âmbito municipal e recebam recursos do 
Tesouro e da Seguridade Social e será estruturado em conformidade 
com a Estrutura Organizacional estabelecida em cada Entidade da 
Administração Municipal. 
  
Art. 21 - A Lei Orçamentária para 2025 evidenciará as Receitas e 
Despesas de cada uma das Unidades Gestoras, especificando aqueles 
vinculados a Fundos e Autarquias, que venham a existir no âmbito 
municipal e aos Orçamentos Fiscais e da Seguridade Social, 
desdobradas as despesas por função, subfunção, programa, projeto, 
atividade ou operações especiais e, quanto a sua natureza, por 
categoria econômica, grupo de natureza de despesa e modalidade de 
aplicação, tudo em conformidade com as Portarias SOF/STN 42/1999 
e 163/2001 e alterações posteriores. 
  
Art. 22 - O Projeto de Lei Orçamentária Anual será encaminhado à 
Câmara Municipal em conformidade com o art. 22 da Lei nº 4.320/64, 
contendo todos os Anexos exigidos na legislação vigente, podendo 
observar, ainda, o disposto no inciso VII do art. 12 da Lei nº 14.133, 
de 2021. 
  
IV - DAS DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO E 
EXECUÇÃO DO ORÇAMENTO DO MUNICÍPIO 
  
Art. 23 - O Orçamento para exercício de 2025 obedecerá entre outros, 
ao princípio da transparência, do planejamento e do equilíbrio entre 
receitas e despesas, abrangendo os Poderes Legislativo e Executivo, 
Fundações, Fundos e Autarquias, que venham a existir no âmbito 
municipal, em respeito ao disposto nos arts. 1º, § 1º 4º I, "a" e 48 
LRF. 
  
§ 1º - Na elaboração da Lei do Orçamento de 2025, poderá observar 
no formato do regulamento o contido no Plano de Contratação anual, 
previsto no inciso VII do art. 12 da Lei nº 14.133/2021, objetivando 
implementar o alinhamento das contratações com o planejamento 
estratégico e com outros instrumentos de governança municipais, 
garantindo, assim, a adequação orçamentária das contratações 
realizadas no referido exercício financeiro. 
  
§ 2º - Deverá ser divulgado em meios eletrônicos de acesso ao público 
a execução orçamentária e financeira bem como os instrumentos de 
transparência da Gestão Fiscal, preconizados na Lei Complementar n° 
131, de 27 de maio de 2009 e suas alterações. 
  
Art. 24 - Os estudos para definição dos Orçamentos da Receita para 
2025 deverão observar os efeitos da alteração da legislação tributária, 
incentivos fiscais autorizados, a inflação do período, o crescimento 
econômico, a ampliação da base de cálculo dos tributos e a sua 
evolução nos últimos três exercícios e a projeção para os dois 
seguintes, nos termos do art. 12 da LRF. 
  
Art. 25 - Na execução do orçamento, verificado que o comportamento 
da receita poderá afetar o cumprimento das metas de resultado 
primário e nominal, os Poderes Legislativo e Executivo, de forma 
proporcional as suas dotações e observadas a fonte de recursos, 
adotarão o mecanismo de limitação de empenhos e movimentação 
financeira nos montantes necessários, para as dotações abaixo, 
conforme dispõe o art. 9º da LRF: 
§ 1º - Não serão objeto de limitação as despesas que constituem 
obrigações constitucionais e legais do ente, inclusive aquelas 
destinadas ao pagamento dos serviços da dívida. 
§ 2º - Na avaliação do cumprimento das metas bimestrais de 
arrecadação para implementação ou não do mecanismo da limitação 
de empenho e movimentação financeira, será considerado ainda o 
resultado financeiro apurado no Balanço Patrimonial do exercício 
anterior, em cada fonte de recursos. 
  
Art. 26 - Deverão estar inclusos no projeto de Lei Orçamentária para 
2025 os valores dos precatórios judiciários em conformidade com o 
disposto no art. 100 da Constituição Federal. 
  
Art. 27 - Constituem Riscos Fiscais capazes de afetar o equilíbrio das 
contas públicas do Município, aqueles constantes do Anexo Próprio 
desta Lei (art. 4º, § 3º da LRF). 
Parágrafo único. Os riscos fiscais, caso se concretizem, serão 
atendidos com recursos constantes de art. 43 da Lei Federal Nº 
4.320/1964. 
  
Art. 28 - O Orçamento para o exercício de 2025 poderá destinar 
recursos para a Reserva de Contingência, não inferiores a 0,3% (zero 
vírgula três por cento) das Receitas Correntes Líquidas previstas 
conforme preceitua o art. 5º, III da Lei Complementar nº 101, de 
2000. 
  
§ 1º - Os recursos da Reserva de Contingência serão destinados ao 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos e eventos fiscais 
imprevistos, obtenção de resultado primário positivo se for o caso, e 
também para abertura de Créditos Adicionais, conforme disposto na 
Lei de Responsabilidade Fiscal no inciso III, alínea "b", do art. 5º e no 
art. 8º da Lei de Responsabilidade Fiscal, observando, ainda, as 
disposições contidas na Portaria MPO nº 42/1999, na Portaria STN nº 
163/2001e suas alterações posteriores. 
  
§ 2º - Os recursos da Reserva de Contingência destinados a riscos 
fiscais, caso estes não se concretizem até o dia 01 de dezembro de 
2025, poderão ser utilizados por ato do Chefe do Poder Executivo 
Municipal para abertura de créditos adicionais suplementares de 
dotações que se tornaram insuficientes. 
  
Art. 29 - Os investimentos com duração superior a 12 meses só 
constarão da Lei Orçamentária Anual se contemplados no Plano 
Plurianual, em cumprimento do art. 5º, § 5º da LRF. 
  
Art. 30 - O Chefe do Poder Executivo Municipal estabelecerá e 
publicará, até 30 dias após a publicação da Lei Orçamentária Anual, a 
programação financeira das receitas e despesas e o cronograma de 
execução mensal em consonância com o disposto no art. 8º da LRF. 
Art. 31 - Os Projetos e Atividades priorizados na Lei Orçamentária 
para 2025 com dotações vinculadas e fontes de recursos oriundos de 
transferências voluntárias, operações de crédito, alienação de bens e 
outras extraordinárias, em cumprimento ao determinado no art. 8º, § 
parágrafo único e 50, I da Lei de Responsabilidade Fiscal, só serão 
executados e utilizados a qualquer título, se ocorrer ou estiver 
garantido o seu registro no fluxo de caixa, respeitado, ainda, o 
montante ingressado ou garantido. 
  
Art. 32 - A renúncia de receita estimada para o exercício de 2025, 
constante do Anexo Próprio desta Lei, será demonstrada pelo 
proponente sendo considerada na estimativa de receita da Lei 
Orçamentária e de que não afetará as metas de resultados fiscais, 
conforme determinado na LRF no art. 4º, § 2º, V e art. 14, I da LRF. 
  

                            

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